It Is The Life... escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 7
Recomeçar


Notas iniciais do capítulo

Esse cap chegou mais rápido que o outro, se bem que vocês não merecem, já que no cap anterior recebi poucos reviews.
Mas mesmo assim espero que vcs gostem. E EU QUERO REVIEWS. ENTENDIDO?



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Annabeth chegou no exato momento em que a morena desligou TV.

- Por que, você desligou a televisão? – a loira perguntou sem entender nada.

- Por nada não. – Thalia disse nervosa e tentando esconder o controle entre as almofadas.

- Por nada? Conta outra. – Annabeth disse e pegou o controle que estava “escondido” e ligou a televisão novamente.

Thalia estava desesperada, se Annabeth descobrisse pela TV sobre o acidente seria horrível, mas para a sorte da morena estava passando os comerciais. Thalia suspirou.

- Vish. Thalia você está estranha. – Annabeth disse – Faz um favor? – a morena assentiu com a cabeça – Pega o meu celular na bolsa. Por favor.

Thalia se dirigiu até a bolsa da loira e pegou o aparelho que estava desligado. E ao ligar o mesmo notou que tinha umas trocentas ligações perdidas. Algumas eram de Atena, outras de Frederick e algumas de um número desconhecido, que ela deduziu ser do hospital.

Annabeth não estava entendendo a forma com Thalia estava  agindo. Enquanto assistia aos comerciais e comia jujubas o telefone ao seu lado tocou.

- Alô? – Annabeth disse com a boca cheia de doces.

- Boa noite. Aqui é do hospital Saint Nicholas. Gostaria de falar com Srta. Chase, por favor. – a moça falou e Annabeth estranhou.

- Está falando com ela. – respondeu.

- Bom. Sinto em informar que seus pais sofreram um grave acidente... – a moça continuou falando, mas Annabeth deixou de ouvir o que a moça falava. “Como assim sofreram um acidente?“ era a única coisa que pensava.

Thalia voltava com o celular da loira e a encontrou a mesma com o telefone próximo ao ouvido, seus olhos estavam lacrimejados e a loira aparentava estar em estado de choque.

A morena logo sacou do que se tratava o telefonema, tratou de pegar o aparelho e antender.

- Senhorita Annabteh? – a voz feminina soou do outro lado da linha.

- Aqui é a amiga dela. Onde é o hospital? – Thalia perguntou preocupada.

- É próximo ao Edifício Empire State. – a moça respondeu.

- Estamos indo agora. – a morena respondeu aflita e desligou o telefone.

Quando se virou para Annabeth, a loira não estava ao seu lado e a porta estava aberta, o que só podia significar que a amiga havia saído, Thalia pegou sua bolsa e correu atrás dela.

Quando a morena chegou perto do elevado ele já tinha descido, então só sobrou a escada para Thalia.

Já na garagem Thalia se apoiou nos joelhos, a morena estava sem fôlego e descabelada pela corrida, encontrou Annabeth trêmula tentando abri aporta do carro, a morena correu para alcançar a loira.

- Me dê essa chave. – Thalia disse autoritária e Annabeth se negou a fazer o que foi pedido e continuou a tentar abrir a porta. – Você não está em condições de dirigir. Vai causar outro acidente. – a morena falou e dessa vez Annabeth deu o braço a torcer, entregando-lhe a chave, e assim seguiram para o hospital.

Annabeth saiu do carro antes mesmo de Thalia o estacionar direitamente, as lágrimas impediam que ela enxergasse um palmo a sua frente, mas mesmo assim ela correu até a recepção, onde ela encontrou Sally que imediatamente a abraçou, então Annabeth se deixou levar por toda a tristeza que a cercava.

Thalia chegou segundos depois da loira, e a encontrou abraçada a sua mãe.

Então foi até a recepcionista e perguntou:

-Onde podemos encontrar a  paciente Atena Chase?

- Só um momento. – a recepcionista disse, e começou a procurar algo em seu computador. Thalia teve a imensa vontade de pular no pescoço da mulher para que ela fosse mais rápida.

- No momento ela está em cirurgia. Vocês podem esperá-la na sala de espera, que é só seguir até o final desse corredor. – a moça indicou as mãos.

As três seguiram até o local indicado, e já na sala, encontraram Max, Apolo e Ares com semblantes preocupados.

Thalia ajudou Annabeth a se sentar e tentou acalmá-la, o que estava mais para missão impossível.

Logo depois chegaram Poseidon, que provavelmente estava estacionando o carro, seguido de Clarisse e Will que foram ajudar Thalia com Annabeth.

Horas depois um médico apareceu e disse:

- Parentes da paciente Atena Chase – todos se levantaram – A paciente sofreu uma hemorragia interna e quebrou a perna esquerda. Conseguimos estancar o sangramento, mas infelizmente ela perdeu muito sangue.

Annabeth se pronunciou pela primeira vez desde que chegou ao hospital.

- Mas ela vai sobreviver, não vai? – disse receosa

- Receio que não – o médico disse com pesar e se retirou

Annabeth caiu na cadeira e começou a sussurrar palavras sem nexo, a única coisa que conseguiam distinguir de sua fala era:

- Não, não pode ser... 

A loira não era a única chorar, ela estava acompanha de Mas, Sally, Thalia e Clarisse que se faziam de forte e até mesmo os tios da loira estavam desolados.  

Minutos depois uma enfermeira apareceu e disse:

- A paciente Chase deseja ver sua filha e a Sra: Jackson. – que logo foi seguida pelas duas mulheres.

Ao entrarem no quarto da UTI se deparam com uma mulher de pele pálida quase translúcida, ela estava ligada a diversos tubos, seus cabelos antes dourados, brilhava menos que palha agora. Atena então abriu os olhos e encontrou os olhos de Annabeth.

- Minha filha – disse estendendo a mão para que a jovem pegasse e foi o que ela fez – Eu te amo, não se esqueça disso. Cuide bem dessa criança. Por favor.

- Mãe, eu  também te amo e muito, não fale com se fosse... – Annabeth não conseguiu terminar a frase.

- Annie querida, eu sei da minha situação e é só uma questão de tempo até que eu... – Atena continuaria, mas foi cortada por Annabeth.

- Não, não vai.

Atena se virou para Sally e disse.

– Cuide dela e de meu neto para mim, por favor.

- Tudo que me pedir. Você se tornou uma irmã para mim. – Sally respondeu – E nem precisaria pedir, eu faria de qualquer jeito. – Agora eram as três que choravam silenciosamente.

_ Mãe. A senhora é forte, não vai morrer. – Annabeth disse, tentando mas confortar a si mesma do que Atena.

A enfermeira que as trouxe voltou.

- Vocês terão que se retirar agora.

Annabeth deu um beijo na testa de Atena, que fechou os olhos ao sentir o contato da filha, o ato foi repetido por Sally. E antes de saírem Atena falou:

- Seja forte, seu pai e eu estaremos sempre com você.

Quando estavam no meio do corredor, dois enfermeiros entraram as pressas no quarto de Atena, o que significava uma única coisa: Atena havia morrido.

Sally abraçou a loira que chorava horrores.

Vendo o estado da jovem, chamaram um enfermeiro que vendo a situação da loira optou por sedá-la, já que toda aquela situação poderia fazer mal para o bebê.

Annabeth viu tudo ficar escuro, e achou melhor assim já que dessa formar não sentiria tanta dor como estava sentido naquele momento.

...

Quando acordou Annabeth sentiu seus músculos doerem, abriu e fechou os olhos duas vezes para se acostumar com a claridade que vinha de algum ponto do seu quarto. Logo pensou que tudo não havia passado de um sonho, ou melhor, pesadelo. Mas suas perspectivas foram para o ralo quando ela encontrou em sua sala de estar, seu avô, seus tios, seus primos, Sally, Poseidon e Thalia, todos estavam com caras horríveis como se não tivessem dormido direito, se é que eles dormiram.

Annabeth queria chorar, mas nem isso conseguia mais fazer, sua vida mudara drasticamente em questão de dias.

Primeiro ela descobre estar grávida, depois o pai não assume a criança, e agora seus pais morrem. O que mais lhe faltava acontecer? Ela morre?

Se bem que essa última idéia era boa, se morresse não precisaria passar por tudo que estava acontecendo ou ela simplesmente podia se tornar uma rebelde sem causa, não se importaria com nada nem ninguém, faria o que lhe desse na teia.

Entretanto um lado de sua consciência falou mais alto. Ela tinha que por os pés no chão e pensar no seu e no futuro de seu filho. Ela só queria saber onde arranjaria forças para continuar em frente.

- Bom dia, Annabeth. – a loira só acenou com a cabeça. – Nós estávamos conversando, e achamos que seria melhor para você passar alguns tempos lá em casa. – Sally disse.

Annabeth analisou a proposta. Com o avô ela não moraria, odiaria dar trabalho para ele, além de que o mesmo já está de idade. Seus tios Ares e Apolo estavam fora de cogitação já que não saberiam cuidar de uma grávida, muito menos de seus problemas. Então o que sobrara foi a família de Thalia, sem contar que a loira não conseguiria morar no apartamento que um dia dividiu com os pais.

Annabeth acenou de novo com a cabeça concordando. Depois disso todos ficaram em silêncio, cada um com seus pensamentos.

- Quando será o enterro? – Annabeth perguntou em um dado momento.

- Esta tarde – seu avô lhe respondeu.

- Acho que você está com fome. Venha tomar café. – Sally disse e Annabeth a seguiu até a cozinha.

Em cima da pia tinha cupcakes azuis, panquecas e café. Annabeth pegou um cupcake e comeu silenciosamente.

- Thalia te ajudará com suas coisas. – Sally falou preenchendo o silêncio e obeservando a loira comer.

Depois que terminou, foi diretamente para seu quarto, seguida somente por Thalia. Pegou uma mala e começou a colocar suas roupas e pertences pessoais.

Enquanto guardava algumas coisas, encontrou uma caixa enorme da cor verde, onde estavam guardadas diversas fotos.

Uma delas estava Annabeth e Atena em um piquenique provavelmente foi tirada por seu pai, em outra Annabeth estava com seus amigos do colegial, todos estavam fantasiados, e aquela noite havia sido longa. Também tinha uma onde ela e Thalia faziam caretas para a câmera, e outras muitas fotos que traziam boas lembranças para ela.

Quando olhou para sua cama percebeu que Thalia dormira, então pegou uma coberta e a cobriu, Annabeth não podia reclamar a morena tinha provado que sempre estaria com ela.

Depois que terminou de arrumar tudo, acordou Thalia que se desculpou por ter dormido, então todos seguiram para o local do enterro.

Os caixões estavam postos lado a lado e estavam fechados, Annabeth achou que assim seria melhor, dessa forma lembraria-se dos seus pais vivos e não inertes dentro de um caixão.

A loira parecia sufocada, todas aquelas pessoas ali presente não lhe parecia certo, todas viam até ela e falavam a mesma coisa “Meus Pêsames”, talvez alguns não sentiam absolutamente nada em relação ao acidente, talvez estivessem lá porque de alguma forma isso iria favorecê-los.

O padre dizia algumas palavras enquanto os dois caixões desciam, punhados de terra eram jogados enterrando-os de fato, depois que a cerimônia acabou Annabeth queria se afastar de todas aquelas pessoas, então seguiu o sentido contrário de todas elas. Mas foi seguida pelo seu avô.

- Annabeth – ele a chamou colocando a mão no ombro da loira, que se virou ao toque do homem de cabelos grisalhos. – Quando sua avó morreu, sua mãe me disse uma coisa que me tocou muito. Atena disse que era para mim me lembrar de Marie como ela era – ele disse e logo continuou. – Então eu te peço que você se lembre de seus pai como eles eram: Felizes e apaixonados. E acredite que eles estão em um lugar muito melhor agora e sempre estarão olhando por você.

- Obrigado, vovô. – Annabeth disse o abraçando.

- Sabe? Eu vejo isso como uma segunda chance. – ele disse – Eu não ajudei sua mãe quando ela precisou de mim, e agora eu tenho a chance de fazer diferença em sua vida. – o  homem falou emocionado – E ... Eu acho que nunca disse isso, mas eu te amo.

- Eu também, te amo vovô.

Depois da inesperada conversa com seu avô, Annabeth seguiu com a família Jackson para sua nova casa.

Ao chegarem Sally, Poseidon e Thalia ajudaram a loira a se instalar em seu novo quarto. E já devidamente instalada, antes de dormir Annabeth disse em um sussurro para si mesma:

- Agora é ter forças para recomeçar.

...

Do outro lado do Atlântico um moreno de olhos verdes arrumava suas mala, enquanto assistia o jornal o que era uma raridade.

- E foram enterrados hoje o casal de arquitetos que sofreram um grave acidente essa semana em Nova York.  – disse a jornalista.

-Eles eram jovens – Nico fez um comentário.

-Realmente. – Percy disse concordando com o amigo.

Nico olhou pata o moreno arrumando as malas e perguntou pela milésima vez:

- Você vai mesmo voltar para N.Y?

- Vou. Só que daqui um mês. – Percy respondeu também pela milésima vez.

- Então, por que esta fazendo as malas?

- Eu preciso ir até a Inglaterra pegar uns documentos e coisas pessoais que eu deixei na casa dos meus avós.

- Não entendo porque quer voltar para casa. – Nico disse inconformado.

- Se você me perguntasse isso à um mês atrás, eu não saberia responder. Mas agora eu sei, eu vou voltar pelo simples fato de precisar da um rumo para a minha vida. – Percy respondeu. – Eu não posso viajar pelo resto da minha vida, eu tenho que me estabilizar em algum lugar. É um tipo de recomeço. – finalizou o moreno e Nico assentiu com a cabeça.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Detestaram? Deixem um review.
O Percy está voltando para N.Y o que significa que muitas emoções estão por vir.