It Is The Life... escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 44
Plano


Notas iniciais do capítulo

HOJE A FIC ESTÁ FAZENDO UM ANO QUE FOI POSTADO. AI QUE EMOÇAO. - SQN.
E para comemorar essa data tão especial - sqn - eu voltei com o capítulo antes do esperado.
Só que, não está o capitulo inteiro, pois eu o dividi em duas partes, já que eu não fiquei muito satisfeita com o número de reviws do capitulo passado, etnão, vocês só terão essa parte. Combinado?
Eu, sinceramente, espero que gostem.



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Percy estava certo sobre o fato de Annabeth não querer falar com ele tão cedo. Tanto é, que já haviam se passado quase dois meses, e a loira não dera nenhuma brecha para que ele, pelo menos, voltasse a ser seu amigo, pois nem isso ele se considerava mais.

No dia em que o mesmo fora expulso do quarto de hospital, ele encontrou com Thalia que quase partira pra cima dele, mas Nico, que estava ao lado da morena, segurou-a impedindo que as unhas da Grace fizessem algum tipo de estrago no rosto do irmão.

- Você é um retardado! – Thalia gritou para os quatro ventos. – De manhã fala que gosta da Annabeth e de tarde está enfiando a língua na garganta da Calypso. O que você tem na cabeça?

- O que... Como... Do que você está falando? – Percy questionou confuso. O moreno não tinha a mínima ideia do que a sua irmã está falando.

- Estou falando de você beijando aquela cobra peçonhenta da Calypso. Seu idiota! – o moreno lembrou-se do beijo que trocara com a filha da empregada há alguns minutos.

- Como você sabe disso? – questionou coçando a nuca, e antes que Thalia pudesse voltar a gritar, um enfermeiro apareceu e falou:

- Se a senhorita não abaixar o tom de voz, terei que pedir que se retire. Entendido? – Thalia o fuzilou com o olhar, mas o rapaz não se abalou o que fez a morena concordar.

- Me solta, Nico. - a garota pediu e o Di Ângelo a olhou de esguelha para se certificar que ela estava falando sério.

- Você não vai pular no Percy, não é mesmo? – ele perguntou preocupado, e a morena o olhou incrédula.

- Não, apesar de que eu devia, mas não, eu não vou pular na cara desse idiota. – Thalia garantiu, e o rapaz tirou seu braço da cintura da mesma, deixando-a livre, mas a qualquer alteração de humor, ele estava pronto para apartar uma briga.

- Thalia, você não me respondeu. Como você ficou sabendo disso? – Percy perguntou autoritário, e a morena o fuzilou com o olhar.

- Simples, a vadia com quem você estava gravou tudo e mandou para a Annabeth. - a morena disse, erguendo o celular que tinha em mãos. – Você é mesmo muito idiota. Você nunca percebeu que essa garota é obcecada em você?

O moreno pensou e, realmente, ele nunca tinha reparado o quanto Calypso demonstrava-se prestativa para com ele, mas ela nunca era assim com as demais pessoas.

- Não, nunca. Mas isso não explica o motivo de você ter esse vídeo.

- Sério? Mesmo Percy? Você não percebeu que isso foi uma armadilha? Ela só queria te afastar da Annabeth, e pelo visto ela conseguiu. – a morena disse cansada, e se sentou em uma das cadeiras que tinha no corredor.

Como o seu irmão poderia ser tão lerdo?

- Você está me dizendo que ela armou tudo isso? Não, Thalia. Ela seria incapaz de fazer algo assim. – Percy disse incrédulo. Calypso não seria capaz de fazer aquilo com ele, pelo menos, era isso que ele queria acreditar.

- Meu querido irmão, a Calypso pode ser tudo, menos incapaz de fazer algo que a favoreça. – a morena disse olhando para o celular.

- Eu preciso falar com a Annabeth. – Percy disse se levantando e quando ia tocar a maçaneta do quarto da loira, Nico o impediu.

- Cara, se a Annie quisesse conversar agora, você estaria lá dentro e não aqui fora. – o rapaz disse, até porque os dois, Thalia e Nico, escutaram quando Annabeth pediu que Percy se retirasse de seu quarto.

- Mas eu preciso falar com ela agora. – o rapaz disse impaciente.

- Percy... – Thalia o chamou – Eu não acredito que vou dizer isso, mas... Eu concordo com o Nico. É melhor deixar, ela pensar com calma, porque do jeito que a Annie é, vocês vão acabar brigando feio. – a morena disse mais tranqüila, ela sabia que Percy tinha caído em uma armadilha, mas agora custaria fazer Annabeth acreditar na mesma coisa.

Custaria tanto, que o trio ainda não tinha conseguido tal proeza. Annabeth se fechara completamente perante o assunto do beijo entre Percy e Calypso. Thalia tentava iniciar o assunto, e a Chase fechava a cara, ou se retirava, com a desculpa de ter que cuidar do pequeno Peter, esse que crescia forte e saudável a cada dia que passava.

A loira não estava feliz com a sua atual situação com Percy, pois ela sentia falta dos braços, dos beijos, do cheiro, da voz, de tudo que Percy tinha, ao seu redor. Era como se estivesse faltando uma parte de si. No entanto, a loira era muito orgulhosa para admitir a falta que o mesmo fazia.

Percy estava do mesmo jeito, a falta dos lábios de Annabeth, do cheiro de limão, característico dela, e os olhos acinzentados o fitando com curiosidade, faziam com que ele se sentisse como um quebra-cabeça sem uma peça importante. Mas como a desgraça alheia é a felicidade de algumas pessoas, Calypso estava animadíssima com esse afastamento entre os dois, pois ela via a oportunidade que sempre buscou ao longo dos anos. A oportunidade de ter Percy para si.

No entanto, ela não contava que o moreno abrisse os olhos e, finalmente, percebesse o tipo de pessoa que ela era. Uma pessoa que joga baixo, e destrói a felicidade dos outros em busca da sua. Tanto é, que um dia quando chegava da padaria, o moreno explodiu com Calypso, rebaixando-a a nada.

Era um dia de domingo comum, e estavam todos em casa, quando Annabeth desceu as escadas brincando com Peter em seu colo. A loira estava linda aos olhos de Percy. E como sempre acontecia, o moreno não pode deixar de olhá-la de longe, mas dessa fez algo inédito acontecera desde que ela saiu do hospital, há quatro semanas, ela olhara em seus olhos verdes mar, porém, para a infelicidade do moreno a mesma desviou o olhar andando até Thalia.

Sally que já tinha reparado no clima tenso, que estava suspenso em sua casa pediu que Percy fosse até a padaria comprar algumas guloseimas para o café da tarde, o moreno agradeceu mentalmente a mãe, pois não queria permanecer no mesmo ambiente de Annabeth, porque sabia que seria ignorado, e isso estava matando-o.

E como lhe fora pedido, o rapaz foi até a padaria que tinha em uma das ruas de seu condomínio, e enquanto voltava para casa fora abordado por Calypso, que tinha um sorriso de orelha a orelha.

- Oi, Percy. – ela falou com a voz manhosa, e o moreno revirou os olhos.

- Oi. – retrucou. Seco e simples.

- O dia está lindo. Você não acha? – a morena disse olhando para as árvores que faziam sombra no asfalto.

- É. – o rapaz disse monótono.

- Posso te perguntar uma coisa? – os dois já estavam na esquina da casa do moreno, quando a garota o questionou.

Percy parou e a olhou, dando de ombros em seguida.

- Você pensou no que eu te disse? – a morena questionou passando as mãos nos braços de Percy.

- Sobre? – o rapaz devolveu com outra pergunta e se afastou do contato que a garota insistia em manter.

- Mas você já se esqueceu? – perguntou manhosa, e depois acariciou os cabelos negros do moreno, este que fez questão de tirar as mãos dela de si. – Sobre a Annabeth?

- Ah, você está se referindo da armadilha que você me fez cair? – o rapaz questionou seco.

- Como assim, bebê? – a garota se fez de desentendida e ofendida.

- Você acha que eu nasci ontem? – o moreno perguntou bravo – Eu, sinceramente, espero que não.

- Percy, eu só quero abrir os seus olhos para o que aquela garota vai fazer. Que é brincar com o seu coração. – a garota disse ficando estressada. – Você merece uma mulher fiel, e que te ame, incondicionalmente.

Percy riu sarcástico, e olhou-a de cima a baixo, e em um tom de desprezo disse:

- E essa mulher seria você? – a garota sorriu, e ameaçou se aproximar. – Poupe-me, Calypso. – o garoto disse se livrando dos braços dela, pela terceira vez. – Se você me dissesse isso há um mês e meio atrás, eu até que seria idiota o suficiente para cair na sua ladainha, mas depois do que você fez... Não. - o rapaz disse negando com a cabeça. – Você armou para cima de mim, fez com que a Annabeth me odiasse, e agora quer se passar por santa?  

- Eu não sei do que você está falando. – a garota disse, assustando-se com as palavras proferidas pelo garoto.

- Não sabe? – o rapaz franziu o cenho, e fingiu-se de confuso. – Deixe-me ver se eu consigo esclarecer o que você fez. – Percy estava com uma raiva descomunal da cara que Calypso estava fazendo. Ele não se conformava com o fato de ter sido traído por uma garota que fora tratada como da família, por seus pais e até mesmo por ele.   – Você me falou um monte de lorota, me fez ficar confuso diante dos meus sentimentos, e ainda filmou aquele beijo ridículo para mandar para Annabeth.

- E-Eu não fiz isso. – a garota gaguejou ao falar e Percy a olhou cético.

- Pára. Pára com essa encenação. Você acha mesmo que eu sou idiota? Mais uma vez, eu espero que não. Sabe por quê? Porque eu cansei de ser feito de trouxa, cansei das pessoas me passarem para trás. – o rapaz gritou, fazendo Calypso se encolher.

- Percy, por favor, me ouça. – a garota pediu, e ele revirou os olhos, mas continuou ali. – Eu te amo. Eu só queria te mostrar quem, realmente, está do seu lado. Eu não quero que você me entenda nem nada, porque o que eu fiz foi errado, mas foi a única forma que eu achei para fazer você me notar. E eu tinha certeza, na verdade ainda tenho, que a Annabeth só te fará sofrer.

- Você me ama? – o rapaz perguntou cético, e a garota assentiu, fazendo com que o Jackson desse uma risada fria. – Que pena eu tenho de você. Porque isso que você está falando ser amor, é obsessão. Você é doente Calypso. Você é só uma garota que precisa de atenção. Uma garota carente que ninguém quer. Eu, realmente, tenho pena de você.

- Pena? Você tem pena de mim, Perseu? – a garota perguntou com a raiva crescendo dentro de si. – Pena eu tenho de você que sempre é a segunda opção; que sempre se acha o bonzão, mas sempre fica para escanteio. E quando alguém te quer você não percebe. – a garota disse deixando a máscara cair de vez.

O ódio e a raiva passaram a tomar conta das atitudes de Percy, fazendo com que o moreno se tornasse bruto.

- Finalmente, deixou a máscara cair, não é mesmo? – o rapaz perguntou alto, atraindo a atenção de algumas crianças que passavam na rua de sua casa. – E eu acabo de mudar os meus sentimentos por você, agora eu tenho NOJO de você. Sabe o que é NOJO? – ele gritou agarrando-a pelo braço. – Eu tenho nojo, ao me lembrar de que já fui seu amigo, tenho nojo de saber que você fez parte da minha vida. Eu tenho nojo de saber que já te considerei da minha família. O que não tem cabimento, porque vadias, desgraçadas e ordinárias como você não costumam freqüentar a minha casa, mas infelizmente, nós não percebemos antes e acabamos criando uma cobra dentro de casa. – o moreno finalizou largando o braço dela.

O moreno ia continuar seu caminho, quando a risada de Calypso chamou sua atenção.

- Será mesmo Percy que vocês não deixam vadias entrar na sua casa? – a morena perguntou e riu em seguida. – Porque da última vez que eu constei, a Annabeth estava lá.

O sangue de Percy ferveu mais rápido e em questão de segundos o moreno estava apertando o braço de Calypso, de forma exagerada.

- Nunca mais, abra a sua boca para falar mal da Annabeth, ou melhor, nunca mais abra a sua boca para fala dela. – o moreno disse baixo, mas de uma forma ameaçadora e amedrontadora. – Porque você não é nada, NA-DA, comparada à ela.

O moreno a soltou bruscamente, fazendo com que a mesma se desequilibrasse e caísse machucando as mãos.

- Você me paga, Perseu. – ela gritou, antes de se levantar.

Naquele dia, Percy entrou como um furacão dentro de casa, largando as sacolas da padaria no sofá, e logo em seguida subiu para seu quarto se trancando até o resto do dia. O que acabou deixando, Thalia, Sally e Annabeth preocupadas, mas nenhuma das três, se atreveram, a ver o que tinha acontecido.

Percy estava disposto a mandar Calypso para fora de sua casa, mas ao lembrar-se de Maria, não pode fazê-lo, pois a mulher tinha um carinho de mãe por ele, e tudo que o moreno não queria era decepcionar mais uma pessoa, então deixou que o assunto passasse batido, mas sem deixar que o ódio morresse. Esse que parecia crescer a cada dia que passava, pois sempre que o moreno a olhava lembrava-se que estava longe de Annabeth por única, e exclusivamente, culpa de Calypso.

...

Era dia dez de agosto, quando Nico chamou Thalia para uma conversa séria.

Os dois tinham passado muito tempo juntos desde o ocorrido no hospital, pois segundo eles era injusto, seus melhores estarem separados por uma armação. Por isso, estavam tentando limpar a barra de Percy com Annabeth.

- Eu preciso falar com você. – o moreno disse a Thalia, quando chegou perto da garota.

- Sobre? – a morena perguntou distraída com o jogo do celular.

- May. – o moreno respondeu sucinto, e a garota arregalou os olhos.

- Eu vou lá fora, daqui uns dez minutos você vai também. Combinado?  - a morena perguntou, finalizando o jogo do celular.

O moreno assentiu, discretamente, enquanto via a Grace levantar e sair de seu campo de visão.

Os dois poderiam ter saídos juntos, e até mesmo abraçados, que ninguém repararia, já que Percy estava confinado em seu quarto, e Annabeth estava na cozinha conversando com Maria, enquanto amamentava o pequeno Peter.

Thalia que saiu pela porta frente foi direto para a pequena guarita onde James, o porteiro ficava, quando não tinha nada para fazer. Já Nico que saiu pela porta que dava na piscina, ficou completamente confuso ao não achar Thalia. Até que recebeu a seguinte mensagem:

“Estou na guarita, me encontre agora, Thals.”

Com certeza, o tempo que os dois passaram juntos tentando fazer Annabeth enxergar o que estava a um palmo de seu nariz, fez com que estabelecessem uma relação mais amigável, na verdade foi uma espécie de trégua. No entanto, essa pacificação era momentânea, pois quando não estava trabalhando juntos, as brigas rolavam soltas.

O moreno caminhou até lá, garantindo que ninguém o veria.

- Thalia? – ele chamou abrindo a porta do pequeno cubículo.

- Então, o que você tinha para me contar? – a morena perguntou sentada na cadeira, que James sempre ocupa.

- Eu via a Sra. Castellan passando aqui em frente há dois sábados.

- COMO É QUE É? – a morena gritou ao se levantar, e acabou batendo a cabeça contra o queixo de Nico, já que a guarita era muito apertada.

- Isso que você ouviu. – o rapaz disse massageando o queixo. – Caramba, você tem uma cabeça dura. – o Di Ângelo alfinetou, e Thalia o fuzilou com o olhar.

- Você falou com ela? – a morena perguntou, pouco se importando com a ardência em seu coro cabeludo.

- Não, mas ela falou com o James, e ele disse que vocês não estavam em casa. O que eu estranhei, porque assim que ela saiu, e entrei e estavam todos em casa. – o moreno disse confuso com a mentira do porteiro.

- Eu já falei com ele, e o mesmo está estritamente proibido de passar qualquer recado dessa mulher, tanto para a minha mãe quanto para a Annabeth. – a morena disse fuçando os monitores das câmeras externas. – Que dia foi isso? – questionou, e Nico a olhou, incrédulo.

- Você fez o que? Ele pode perder o emprego por sua causa. – o moreno disse exasperado.

- Claro, que não Di Ângelo. Eu garanti para ele que nada aconteceria ao emprego dele, e afinal, o mesmo concordou em ajudar, porque até ele quer ver a Annie e o idiota do Percy juntos. Dá para acreditar? – a morena perguntou alegre, e Nico revirou os olhos. – E qual foi o dia? – questionou pela segunda vez.

- Foi há uns três ou dois sábados passados.

- Deixe-me ver... – a morena murmurou, enquanto colocava as possíveis datas da visita. – Você tem certeza que era ela, não é? – perguntou olhando nos olhos negros do rapaz.

- Absoluta.

Thalia meneou a cabeça em falsa concordância e grudou os olhos nos pequenos monitores que tinham na guarita.

Nico também estava de olho nos vídeos, mas a sua concentração só não era maior, porque Thalia estava a sua frente debruçada sobre a mesa, e como o Di Ângelo é homem, não pode deixar de admirar a visão panorâmica que a morena lhe proporcionava.

Thalia, sem querer, virou-se bruscamente para iniciar uma briga com Nico, pois os vídeos não tinham mostrado nada de útil. No entanto, ela não contava que o moreno estivesse tão próximo dela, o que fez com que seu corpo tromba-se com o corpo do rapaz. E quando ela ofegou, o moreno abriu um enorme sorriso.

- Daria para você se afastar? – a morena perguntou baixo.

Mas na verdade ela não queria que Nico movesse um músculo, pois o calor que emanava do garoto estava deixando-a louca, no bom sentido. E o Di Ângelo parecia saber dessa vontade da garoto, pois ao invés de se afastar como ela mandara, ele colou ainda mais seu corpo musculoso, ao corpo frágil da mulher a sua frente.

Thalia soltou um ofego abafado pelo peitoral do rapaz, e levantou cabeça, lentamente, torcendo mentalmente, que estivesse como uma expressão assassina e não envergonhada pela aproximação.

- Eu pedi para você se afastar. – ela disse, e o moreno se arrepiou, já que o hálito da garota batia em seu pescoço desprotegido.

- Você pediu que eu me afastasse, mas o seu corpo quer, exatamente, o contrário. – o moreno disse. E para dar veracidade a suas palavras ele a prensou contra a parede da guarita, fazendo a morena ofegar pela terceira vez. – Está vendo? – Nico perguntou retórico.

Thalia o olhou, reprovadoramente, mas ao ver que o rapaz se manteria naquela posição, ela o agarrou pelo pescoço e o beijou intensamente.

Nico riu em meio ao beijo, ao perceber o quanto Thalia parecia desesperada.

Mãos bobas eram o que mais se via, o moreno ainda estava agarrado a Thalia, quando a mesma pulou em seu colo, prendo as pernas nos quadris do rapaz.

- Você não tem noção de quanto tempo eu estou esperando por isso. – o moreno disse olhando nos olhos azuis elétricos de Thalia, que agora pareciam azul marinho.

- Desde a praia. – a morena sussurrou sedutora, no ouvido rapaz, fazendo com que ele assentisse em meio a trilha de beijos que tinha começado a distribuir no colo da morena.

Os dois estavam entregues ao momento, sem se importar se seriam vistos ou ouvidos, mas infelizmente, para Nico e pata Thalia, alguns gritos vindos dos monitores os tirou das bolha que tinham criado.

- Finalmente, deixou a máscara cair, não é mesmo? – aquela era a voz de Percy, e tanto o Di Ângelo quanto a Grace, reconheceriam aquela voz, até mesmo, no meio de uma multidão. – E eu acabo de mudar os meus sentimentos por você, agora eu tenho NOJO de você. Sabe o que é NOJO? – Os dois que agora tinham os olhares grudados na pequena telinha arregalaram os olhos quando viram o Jackson agarrar Calypso pelo braço. – Eu tenho nojo, ao me lembrar de que já fui seu amigo, tenho nojo de saber que você fez parte da minha vida. Eu tenho nojo de saber que já te considerei da minha família. O que não tem cabimento, porque vadias, desgraçadas e ordinárias como você não costumam freqüentar a minha casa, mas infelizmente, nós não percebemos antes e acabamos criando uma cobra dentro de casa.

-Thalia volta esse vídeo. – Nico pediu sentando-se na cadeira outrora ocupada por Thalia, esta que ainda estava em seu colo.

A morena acatou de imediato o pedido do rapaz, e nem ficou brava ao sentir os braços bronzeados do moreno a circundarem a sua cintura.

O vídeo iniciou-se e a cada resposta de Percy, Nico e Thalia, escancaravam a boca, atônitos com a raiva do rapaz. E quando o mesmo defendeu Annabeth, e derrubou Calypso no chão, os dois começaram a rir, escandalosamente.

- Meus Deuses. Uma vez na vida, meu irmão agiu feito homem, e eu não estava presente. – a morena disse fingindo cara de dor, que logo mudou para uma de felicidade. - Ai que orgulho, do meu Percy. – a morena disse secando uma lágrima imaginária.

Nico concordou rindo, até que ele teve a brilhante ideia de:

- Temos que mostrar isso para a Annie, agora. – o rapaz disse tirando Thalia de cima de si. – Tem como passar isso para alguma mídia? – ele perguntou, e a morena assentiu, tirando um CD virgem de uma das três gavetas acopladas a mesa.

Nico colocou o CD na CPU dos monitores e passou aquele vídeo em especial.

- Eu acho que essas são as primeiras câmeras de segurança que possuem áudio. – o moreno murmurou, enquanto via o progresso da transferência no monitor.

- Meu pai gosta de tudo de última geração. – Thalia falou dando de ombros. – E agora eu sei, porque o James anda tão informado do que ocorre na vizinhança. – a morena murmurou a última parte, mas devido a proximidade que ela se encontrava de Nico, o moreno acabou soltando uma risada que a contagiou, e o dois ficaram rindo até o término da transferência.

- Agora vamos dar uma de cupidos e mostrar isso para Annie, e convencê-la a perdoas o pobre coração ferido do meu irmão. – Thalia dramatizou, enquanto saia da guarita, sendo seguida por Nico que continha o vídeo em mãos.

James que estava olhando o movimento da rua perto do enorme portão automático da residência dos Jackson’s percebeu a movimentação perto de sua guarita, e andou até o local tentando descobrir o que estava acontecendo ali.

- Senhorita Grace e Senhor Di Ângelo, posso saber o que os senhores estavam fazendo ali dentro? – o porteiro perguntou, e Thalia estava feliz demais para repreendê-lo pelo, Senhorita.

- Pode me chamar de Thalia, James... – a morena fora interrompida por Nico.

- E eu de Nico. – a morena o fuzilou e ele deu de ombros.

- Mas então o que estavam fazendo ali dentro? – James apontou com a cabeça sua pequena guarita, e com um sorriso malicioso os questionou.

- Nada de muito importante. – Thalia respondeu e James os analisou de cima a baixo, reparando nas roupas amassadas e nos lábios inchados.

- Bom, eu acredito que era algo importante, já que os dois estão... Nesse estado. – o homem procurou as palavras certas, enquanto apontava as roupas dos dois.

Thalia corou e Nico sorriu malicioso, recebendo um tapa no peito.

- James, não aconteceu, absolutamente, nada. Entendeu? – Thalia perguntou de forma persuasiva e o rapaz somente assentiu com a cabeça, sem querer contrariar a filha de seu patrão.

- Mas se me permitem a pergunta... O que é isso que o Sr... Que o Nico tem em mãos? – o porteiro perguntou e Thalia abriu um sorriso de orelha a orelha.

- Algo que vai fazer com que a Annie e o Percy fiquem juntos. – a morena respondeu alegre, e James se permitiu sorrir diante a felicidade da garoto.

- Então, o que estão esperando para fazer isso acontecer de vez?

James podia ser um mero porteiro, mas ele sempre viu o jeito que Annabeth e Percy se tratavam, e estava mais que claro, que os dois nutriam um sentimento muito forte pelo o outro.

Thalia assentiu com a cabeça e puxou Nico pelo pulso levando-o até o quarto de Annabeth.

Nico bateu e Annabeth murmurou um quase inaudível “Quem é?”

- Thalia e eu. – o moreno disse colocando a cabeça para dentro do quarto. Podendo ver a Chase que naquele momento velava o sono de seu filho.

- Entrem, mas façam silêncio, ele acabou de dormir. – a loira disse se referindo a Peter que dormia o sono dos anjos.

- Nós temos uma encomenda para você. – Nico disse na base dos sussurros e ergueu o CD que tinha na mão direita.

- Encomenda? – Annabeth estranhou e caminhou até o moreno pegando o CD de suas mãos, e olhando-o, atentamente. – O que é isso? – questionou curiosa.

- Vai ter que ver para descobrir. – Thalia murmurou tirando o CD das mãos da loira e colocando no espaço destinado no notebook da loira.

A morena plugou os fones ao notebook e os entregou a Annabeth que ainda tinha um pouco de hesitação.

- Isso não vai me assustar, não é? – a loira perguntou com um olhar desconfiado, e não era pra menos já que quando Thalia e Nico se juntavam só saia brincadeiras sem graças, ele estavam pior que os Stoll.

- Não, eu te garanto. – sua melhor amiga lhe garantiu, e Annabeth confiou colocando os fones no ouvido.

No entanto, assim que apareceram Percy e Calypso no vídeo, a loira tirou os fones, e disse em um tom amedrontador.

- Vocês estão de brincadeira com a minha cara, não é? Ou esse daqui só é mais um espetáculo desses dois idiotas? – a loira estava alterada, e só não berrava, pois tinha a plena noção de que acordaria seu filho.

- Annie, por favor, assista ao vídeo completo. – Thalia disse séria, e Annabeth estranhou, pois sua melhor amiga nunca falaria naquele tom se aquilo fosse uma espécie de brincadeira.

Ainda a contragosto, a Chase colocou os fones e ficou olhando o desenvolver do vídeo das câmeras de segurança.

Ao ver Percy e Calypso discutindo feio no meio da rua, Annabeth sentiu uma culpa imensa tomar conta de si, pois tinha sido completamente, injusta com Percy. E esse sentimento só tomava proporções maiores ao desenrolar da discussão.

- Será mesmo Percy que vocês não deixam vadias entrar na sua casa? – nesse ponto do do vídeo a loira podia ver que Percy estava se segurando para não bater em Calypso, e pelo visto a morena estava querendo tirá-lo do sério. – Porque da última vez que eu constei, a Annabeth estava lá.

Annabeth sentiu seu peito encher-se de raiva diante o contexto daquelas palavras, mas para seu alivio Percy partiu em sua defesa, agarrando Calypso pelo braço pela segunda vez.

- Nunca mais, abra a sua boca para falar mal da Annabeth, ou melhor, nunca mais abra a sua boca para fala dela. – como Percy estava falando baixo, Annabeth não entendeu ao certo o que estava sendo dito, mas ela entendeu, pois era como se ela estivesse vendo tudo ao vivo e a cores, e não através de um computador. – Porque você não é nada, NA-DA, comparada à ela.

E com a queda de Calypso, ocasionada pelo movimento brusco de Percy, Annabeth sentiu-se revigorada, pois ao ver a vadia da Calypso no chão uma paz tomou conta de si, como se aprovasse o lugar em que a morena se encontrava. No chão.

O vídeo já tinha acabado, mas Annabeth continuava estática pensando em tudo que acabara de ver.

Primeiro, Percy tinha visto que havia caído em uma armação. Segundo, ele tinha percebido o tipo de pessoa que a Calypso era. Terceiro, o rapaz a humilhou. Quarto, ele a defendeu de Calypso.

Meu Deus, o que foi que eu fiz? –  a loira se perguntou ao lembrar que tinha afastado Percy de si ao decorrer dos dois meses que se passara.

- Eu preciso fazer alguma coisa. – a loira murmurou, chamando a atenção de Nico e Thalia que velavam o sono de Peter.

- O que você disse? – o moreno perguntou aproximando-se da cama de Annabeth, onde a mesma estava.

- Eu preciso fazer alguma coisa... É eu preciso. - a loira disse mais para si do que para o Di Ângelo. – Mas o que eu vou fazer?  - a essa altura a loira já estava andando de um lado para o outro preocupando seus amigos.

- Hey, Annabeth. Calma e respira. – Thalia pediu segurando sua melhor amiga pelos ombros.

- Não, não Thalia, eu não posso me acalmar. Você tem noção do que eu fiz? Eu fui, extremamente, injusta com o Percy, eu o afastei de mim. Por causa de uma armação. E o pior é que eu sabia muito bem quem, realmente, era a Calypso. – Annabeth estava inconformada com as suas atitudes.

Thalia não pôde deixar de concordar, mentalmente, que Annabeth tinha feito tudo errado, mas a morena não se atreveu a falar aquilo em voz alta, pois só pioraria a situação da Chase.

- Primeiro você precisa se acalmar antes de fazer alguma coisa e se arrepender. – Thalia disse, fazendo com que Annabeth voltasse a se sentar na cama.

Annabeth não queria se acalmar, ela queria resolver tudo aquilo de uma vez por todas, mas ela não tinha se decidido se iria atrás de Calypso matá-la ou ia atrás de Percy pedir perdão.

- Não, Thalia. Eu não posso e não vou ficar aqui esperando o tempo passar, eu vou resolver isso agora. – Annabeth disse ficando de pé, mas Nico se interpôs entre a porta e a loira. – Nico me dê licença agora. – a Chase disse sem paciência.

- Annie, espera um pouco, você não pode resolver as coisas de cabeça quente.

- E você, por acaso, sabe o que seu estou indo resolver? – a loira disse afiada, mas tal resposta não abalou o Di Ângelo.

- De duas, uma. Ou você vai matar a Calypso, ou pedir desculpas ao Percy. – Thalia respondeu parando ao lado de Nico, impedindo assim a passagem da loira.

- Nossa, eu acho que me tornei bem previsível, não é mesmo? – a loira perguntou sarcástica, e Thalia revirou os olhos.

- Eu tenho um plano que vai matar dos coelhos com uma cajadada só. – a morena de olhos azuis disse misteriosa, e Annabeth começou a bater o pé impaciente. – Eu sei como você pode pedir desculpas para o Percy, e matar a Calypso sem ser presa. – a morena disse diabólica, e Annabeth sorriu com aquilo, fazendo Nico tremer diante o brilho assassino que as duas tinham no olhar. – Acho que você sabe que o aniversário do Percy é daqui uma semana. Certo? 


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Notas finais do capítulo

Gente, esse foi o meu "presente" para todos os meus leitores que me acomapanham desde o inicio da fic, e todos que pergaram do meio e ainda a acompanham e em fim, a todos os leitores.
A fic não teria chegado à um ano se não fosse por vocês, que me incentivaram a continuar a escrever e me deram dicas, me deixaram feliz com as recomendações - que tem sido poucas, ultimamente - e que sempre deixam reviews.
E por essa ser a minha primeira fic e tals, eu me sinto muito grata pela forma que eu fui acolhida por cada um dos leitores. Serião, gente muito obrigada, do fundo do meu coração.
Não sei se vocês gostaram do capítulo, mas eu gostaria que vocês deixassem reviews e recomendações.
Beijos e té o próximo capitulo.
VIVA AO UM ANO DE IT IS THE LIFE... VIVAAAAAAAAA.
P.S.: Esqueçam que eu coloquei isso.



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