It Is The Life... escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 43
Efeito Colateral


Notas iniciais do capítulo

VOLTEI!!!!!!
Espero que tenham sentido a minha falta.
Lembram-se que eu tinha falado que queria postar o final da fic antes do dia 27... Então, eu acabei me enrolando com as provas, trabalho finais, curso e academia e não tive tempo para vir aqui. Milhões de desculpas, mas a fic não vai acabar esse final de semana.
Quero agradecer pelos reviews do capitulo adorei todos, e foram bastantes. VLW GALERA.
Espero que gostem do capitulo, e não queiram me matar.



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Depois de que Percy saiu de seu quarto, Annabeth olhava constantemente para o relógio, contando os minutos para que o moreno voltasse.

Há exatos 20 minutos que o moreno saiu da sala, entrou Sally, Max e Thalia. Todos estavam eufóricos e o alívio era evidente em suas feições.

- Annabeth, minha filha! Graças a Deus você está bem. – Max disse abraçando a neta, que sorriu ao se afastar do avô.

- Annie, meu afilhado é LINDO! – Thalia disse ao abraçar a amiga.

- Eu sei. – a loira disse convencida fazendo os outros três presentes rir.

- Parabéns, ele é muito lindo. E você me deu um grande susto. – Sally disse abraçando-a longamente. – Eu sabia que não devia ter viajado. – a mulher disse afastando-se e recebeu um olhar repreensivo de Annabeth.

- Sally, eu não podia atrapalhar seu aniversário de casamento. E pode ficar tranqüila, porque Percy me ajudou muito. – a loira disse tentando diminuir o sentimento de culpa, que Sally estava sentido.

- Mesmo assim, Annabeth querida. Sua mãe me fez prometer que estaria com você em todos os momentos, e não foi exatamente isso que eu fiz. – a Sra. Jackson disse com certo pesar.

 - Eu sei das suas boas intenções, mas até mesmo uma mãe precisa se afastar e deixar que seu filho aja sozinho. E nesse momento eu te vejo como uma mãe, que teve que me deixar agir sozinha. – Annabeth disse com os olhos lacrimejados ao lembrar-se e sua mãe. Sally também tinha lágrimas nos olhos.

Thalia percebendo o clima pesar tratou de mudar de assunto, animando novamente o ambiente.

- Meu afilhado vai ser um tremendo garanhão quando crescer. – a morena disse, e todos riram.

A conversa teria continuado se não tivessem batido na porta.

- Quem é? - Thalia perguntou gritando, sem se preocupar se Annabeth precisava de repouso ou não.

- E a Silena. Vocês não acham que já ficaram tempo demais? – a morena perguntou do outro lado da porta, que ainda está fechada.

- Não, não achamos. – Thalia respondeu divertida.

- Não acham? Pois bem, nós achamos que sim. – Silena disse abrindo a porta do quarto. – Então, por favor, se retirem. – a morena falou batendo o pé.

- Só porque você quer protótipo da Barbie. – Thalia disse sarcástica e bateu o pé igual a prima.

- Tia Sally... – Silena apelou com carinho de cachorro, e a Sra. Jackson acabou cedendo, puxando Thalia para sair do quarto.

- Nos vemos mais tarde, querida. – Max disse beijando a testa da neta, esta que assentiu e acenou antes do homem sair do quarto.

Como Silena não fechara a porta, a garota entrou e em seu encalço entrou Beckendorf e Grover. Que também a parabenizara pelo lindo filho que tivera. Em seguida vieram seus primos, Clarisse e Will, acompanhados de Chris.

- A Clarisse gostou tanto do seu filho que também quer um. – Chris disse, fazendo a namorada enrubescer.

- É só tentar bastante. – Will disse malicioso, eu baque forte foi dado na porta.

- Eu ouvi isso, seus imprestáveis. – Ares gritou de fora do quarto, fazendo Annabeth e Will rirem, já que Clarisse ficou parecendo um tomate, e Chris com as feições assustadas.

Depois dos três entraram Ares, Apolo e Afrodite. O primeiro fuzilou o genro com o olhar esse que se encolheu atrás de Clarisse, e tratou de passar bem longe do sogro.

Nico, Bianca e Poseidon entraram a parabenizado, e o Sr. Jackson brincou perguntando quando viria o próximo. Annabeth corou, pois ela sentiu que Poseidon sabia de algo a mais, e esse algo a mais estava relacionada a ela e Percy, que por sinal não tinha dado as caras desde o momento que deixara o quarto.

Katie, Juniper e Maria entraram juntas e a mulher parecia maravilhada com o filho de Annabeth, e como uma mulher experiente que é, deixou milhares de recomendações de como tratar cólica e noites mal dormidas. E a loira agradeceu pelos conselhos, já que se sentia perdida ao lembrar-se de que bebês precisavam de atenção redobrada.

Travis e Connor entraram sozinhos e irritaram Annabeth ao falarem que o pequeno Peter tinha cara de joelho.

- Cara de joelhos tem vocês dois. – Annabeth disse brava.

- Ui. A mamãe brava foi liberada. – Travis disse rindo, e a loira fechou a cara.

- Deixa eu sair desse hospital e vocês verão quem tem cara de joelho. – Annabeth falou de uma forma ameaçadora, fazendo com que os dois deixassem o quarto, ato que fez a Chase rir sozinha.

Minutos depois Sally e Thalia entraram no quarto para informar que o horário de visita tinha acabado. Esse fato fez com que Annabeth se sentisse mal, pois Percy não tinha voltado.

- Você ficara até amanhã no hospital e de manhã recebera alta. – Sally disse sentando-se na poltrona que tinha no quarto.

- E o meu filho? – Annabeth perguntou, pois já sentia falta do seu pequeno.

- Eles o trarão para o quarto e ele dormirá com você, ou melhor, com nós. – a mulher disse com as mesmas palavras da enfermeira com quem conversara, acrescentando somente a última parte.

 - Como nós? – Thalia perguntou arqueando a sobrancelha, ao perceber que ela não estava incluída nesse grupo.

- É. Eu vou dormir aqui. – a mulher disse apontando para o sofá que tinha no quarto, além da pequena poltrona reclinável onde estava sentada.

- Mas é claro que não Sally. Esse sofá deve ser muito desconfortável, sem contar que você chegou de viagem hoje, não posso deixar que passe a noite aqui. – Annabeth disse ultrajada.

Sally ia replicar, quando Thalia se intrometeu.

- Eu concordo com a Annie, mãe. A senhora deve estar cansada Então, vá para casa e deixe que eu durma aqui. – a morena se habilitou, mas o que ela queria mesmo era saber se Percy já tinha introduzido o assuntou namoro com Annabeth.

- Não. Da última vez que eu deixei vocês sozinhas a Annabeth entrou em trabalho de parto. É melhor, não arriscar. – Sally disse olhando para as duas que faziam caras de crianças comportadas, até o momento que você da às costas.

 - Mãe, pelo amor de Deus. Nós estamos em um hospital, a coisa mais grave que pode acontecer é a Annabeth se molhar com o soro. – Thalia disse irônica ao apontar um pequeno saquinho que tinha ao lado da cama de Annabeth.

Sally hesitou ao olhar para as duas, no entanto, o cansaço falou mais alto e ela se deu por vencida.

- Tudo bem. – as duas garotas comemoraram. – Eu vou para casa, mas amanhã antes da Annabeth ter alta, eu estarei de volta. Vocês me ouviram? – Sally perguntou, como se falasse com duas crianças de quatro anos, mas por ela ser mãe essa situação era aceitável, já que para as mães seus filhos, nunca, crescem.

- Tudo bem, mamãe. Nós nos comportaremos, e se isso não acontecer o médico ligará para a senhora. Está bem? – Thalia disse sarcástica e com a voz fina tentando imitar uma garotinha, coisa que ela não era mais.

Sally a olhou nos olhos, e a morena já estava pronta para ser repreendida, quando a Sra. Jackson falou:

- Você viu o seu irmão? Ele sumiu desde que nos deixou no berçário. – a mulher disse um pouco preocupada.

- Eu não sei aonde o Percy se meteu. – Thalia disse dando de ombros, e sentou-se na poltrona, onde minutos atrás estava sua mãe.

- Ele está de carro? – Sally não sabia se o filho tinha ido de carro para o hospital.

- Está sim. Por quê? – Thalia perguntou, enquanto Annabeth sentia um arrepio subir em sua coluna, pois Percy sumira antes de falar com seus amigos de que eles já poderiam vê-la, mas isso não era tudo, o pior era que ele estava acompanhado de Calypso, e isso era motivo suficiente para Annabeth sentir-se mal.

- Caso o veja, avise que eu e seu pai já fomos para casa. – a mulher disse.

Thalia assentiu, e olhou sua mãe se despedir de Annabeth com um beijo na testa, gesto esse que fora repetido na garota de olhos azuis.

Assim que Sally fechou a porta, Thalia virou-se para Annabeth e a olhou como se pedisse respostas, a loira riu esperando essa ação de sua amiga, pois já estava desconfiada de que ela sabia algo sobre Percy e ela.

- Por que está me olhando assim? – a loira perguntou fingindo-se de inocente.

- Você não tem nada para me contar? – Thalia respondeu com uma pergunta fazendo com que Annabeth revirasse os olhos.

-Nada. – a loira disse, e a morena a olhou erguendo a sobrancelha em desafio.

- Nem sobre uma suposta amizade colorida? – a morena perguntou irônica e a Chase riu.

- Se você já sabe sobre essa tal amizade colorida, me explique o motivo de ter que lhe contar. – a loira pediu e Thalia a fuzilou com o olhar.

- Você quer mesmo que eu vá perguntar sobre esse tipo de coisa para o meu irmão? – a morena ameaçou se levantar e, Annabeth riu negando com a cabeça.

 - Está bem eu te conto. – a Chase disse e Thalia sorriu vitoriosa se sentado, novamente, na poltrona.

Annabeth ia começar a contar a história enrolada que desenvolvera com Percy, quando viu a tela de seu celular brilhar e o mesmo vibrar no criado mudo ao lado de sua cama.

- Espera um pouquinho. – a loira pediu para Thalia que revirou os olhos, mas aguardou pacientemente.

As palavras “uma nova mensagem” pareciam brilhar e Annabeth sentiu um aperto no coração, antes de clicar em “ver” na tela de seu celular.

“Espero que goste!” – a loira franziu o cenho, pois a mensagem se resumia a essa três palavras.

- Que estranho. – a Chase murmurou, mas bloqueou o celular devolvendo onde estava.

- O que? – Thalia questionou curiosa e a loira deu de ombros e fez um sinal de descaso. – Voltando ao nosso assunto... – a loira estava com um sorriso enorme no rosto, até ser interrompida pelo celular.

A loira pegou o celular com menos paciência do que a última vez, e ao desbloquear a tela, clicou automaticamente na tecla “ver”, e logo abaixo da última mensagem tinha um vídeo. Annabeth deu o play no vídeo e franziu o cenho quando a tela permaneceu preta. Com certeza, a pessoa por trás da câmera não sabia manuseá-la corretamente.

A loira olhou de esguelha para Thalia que estava debruçada próxima ao seu ombro tentando ver o vídeo. A morena de olhos azuis deu de ombros, continuou com os olhos grudados na tela do celular, e cutucou a melhor amiga quando o corredor branco entrou em foco, ao mesmo tempo, que um casal também aparecia.

- É o Percy? - Thalia perguntou ao ver o rapaz de jaqueta preta.

- É. - Annabeth assentiu, mas sua atenção estava voltada para a mulher com que o Jackson conversava. - E essa e a Calypso. - a loira disse com raiva transbordando em cada palavra que pronunciava.

- Isso é de hoje? - Thalia perguntou incrédula. - Que vadia! - a morena exclamou ao ver a filha da empregada passando a mão entorno do pescoço de seu irmão.

Annabeth estava em silêncio aguardando os próximos movimentos dos dois, e ao ver que a garota se aproximava do rosto de Percy a tensão começou a correr em suas veias em expectativa pela reação de Percy.

A garota se aproximara e de um segundo para o outro tinha seus lábios prensados contra os de Percy. A raiva tomou conta de Annabeth ao ver que a garota não o largava, mas a decepção fora maior ao ver Percy retribuir ao maldito beijo. Thalia que ainda estava ao seu lado arfou surpresa, e Annabeth começou a tremer de raiva.

- E-eu não acredito. - a Chase gaguejou vendo o vídeo encerrar com o beijo dos dois. - Eu pensei que ele... - a garota não conseguiu terminar sua frase. O que Thalia tomar à dianteira.

- Eu vou matar essa vadia e o meu irmão. - a morena disse tomando o celular das mãos de Annabeth.

A loira não estava nem ligando para as atitudes bruscas de sua melhor amiga, pois seus pensamentos estavam mais confusos do que os de Thalia.

Ele não ia pedi-la em namoro?                                

Então... Por que estava enfiando a língua na boca daquela vadia?

- Eu não acredito que ele fez isso. - a loira disse com os olhos lacrimejados.

- Annie eu aposto que ele não fez por querer... - Thalia começou a defender seu irmão, mas a Chase a olhou, raivosa, fazendo com que a morena se encolher.

- Ele não fez por querer? Pelo que eu saiba ninguém beija contra a sua vontade. Ou seja, ele QUIS SIM beijar aquela vadia. - Annabeth gritou a última parte, fazendo Thalia a olhar assustada. - E eu pensando que ele queria alguma coisa com uma mãe solteira, eu sou mesmo uma idiota. - a loira disse deixando algumas lágrimas escorrerem por seu rosto.

Thalia levantou-se resignada, e andou até a porta, sendo parada pela voz de sua melhor amiga.

- Aonde vai? - a loira perguntou fungando.

- Vou tirar essa história a limpo, agora. - a morena disse e saiu antes que Annabeth pudesse falar alguma coisa.

...

A morena saiu tão apressada do quarto de Annabeth, que ao virar-se trombou com um corpo másculo e forte.

- Ei, calma Thalia. - a voz grossa e tão conhecida disse, quando do rapaz a segurou pela cintura impedindo que a garota caísse no chão.

- Me larga, Nico. - a morena disse empurrando o peitoral do rapaz a sua frente.

- O que aconteceu? - o Di Ângelo perguntou olhando-a nos olhos.

- O que aconteceu? Simples. Essa merda aconteceu. – a morena disse dando play no vídeo, em que seu irmão beijava a Calypso.

Nico não acreditava no que via. O Percy não estava a fim da Annabeth?

- Mas... O que ele tem na cabeça? – o moreno perguntou, quando o vídeo se encerrou.

- Eu também quero saber, mas primeiro eu preciso achar essa vadia e dá uma lição nela. – a morena disse andando até a saída com Nico em seu encalço.

- Thalia, o que você vai fazer? – o moreno perguntou, mas a Grace nem deu atenção, pois acabara de achar seu alvo na recepção do hospital.

- Ei, sua vadia! – a morena gritou chamando a atenção de todos os presentes.

Calypso a olhou de cima a baixo e com um sorriso desdenhoso, disse:

 - Está falando comigo? – a garota perguntou cínica, e a mão de Thalia coçou para ir de encontro ao rosto de porcelana da moça.

- Não estou vendo outra puta no recinto. Sua descarada. Poderia me explicar que palhaçada é essa? – a morena perguntou mostrando o vídeo, e Calypso riu ao ver que seu plano tinha tido o efeito esperado. Igual ao veneno de cobra, que sempre tem efeitos colaterais.

Nico passou o braço em torno dos ombros de Thalia, impedindo assim que a morena pulasse em cima e Calypso.

- Olha como você fala comigo, Grace. E, é claro, que eu posso te explicar esse meu amasso com o Percy. – Nico apertou o braço entorno de Thalia, quando a mesma ameaçou andar. – Eu só abri os olhos do teu irmão sobre o que é melhor para ele, e eu acho que ele entendeu. – Calypso completou com um sorriso de orelha a orelha.

- Você é uma vadia. – Thalia disse e desviou do aperto de Nico, deixando-o atordoado. E segundos depois a morena de olhos azuis estava agarrada ao cabelo ao cabelo de Calypso.  – Eu não vou deixar que nenhuma vadia de quinta estrague a felicidade do meu irmão. Está entendendo? – Thalia disse pontuando cada palavra com um puxão de cabelo.

Calypso que estava por baixo tentava a todo custo bater em Thalia, mas a morena de olhos azuis tinha conseguido imobilizá-la com as pernas impedindo que a garota a tocasse.

A morena de olhos cor âmbar riu amarga e disse em meio a dor:

- Vai bater na Annabeth também? Porque ela também é uma vadia que só está brigando com o coração do seu preciso irmão.

- Você não sabe de nada. A Annabeth gosta sim do Percy, e não vai ser as suas lorotas que o fará esquecer esse detalhe. –Thalia disse, quando dois seguranças se aproximaram para afastar as duas.

Nico que ainda estava atordoado assistindo a briga pegou a cintura de Thalia e a puxou de cima de Calypso, fazendo com que a garota de olhos azuis o esmurrasse tentando soltar-se, mas não estava conseguindo, pois o aperto do rapaz era de ferro.

- Aposta quanto que ele será meu, em Thalia? – Calypso perguntou levantando-se com a ajuda dos seguranças.

- Eu aposto a minha dignidade que não. Sabe por quê? Meu irmão sabe que com puta a gente só se diverte. – Thalia disse e cuspiu próximo a Calypso, enquanto Nico a tirava da recepção.

- Está louca, Thalia? – o moreno perguntou.

- Não, mas vou ficar se não achar o Percy, agora.

...

- Argh! – Percy gritou ao socar a parede do lado de fora do hospital.

O moreno estava desconcertado com tudo que Calypso lhe falara, as palavras pareciam martelar em sua cabeça como uma canção que teima em ser esquecida.

“Eu lhe garanto que ela ainda ama o pai do filho dela.”

Malditas eram essas palavras. Na verdade maldito era ele, por ter se apaixonado pela pessoa errada, pela segunda vez. Sim, Percy admitira para seu coração que estava perdidamente apaixonado por Annabeth, mas nunca admitiria aquilo em voz alta, pois sabia que sofreria com tal revelação.

E ele sabia disso, pois acontecera a mesma coisa quando se apaixonara por Zöe. Percy quebrou seu coração e de quebra foi para o caminho errado, ele não queria aquilo para ele, sofrer não era mais uma opção.

- Você é mesmo um idiota. – disse para si mesmo. – E ainda estava pensando em pedi-la em namoro. Seria até engraçado de ver receber, um não como resposta. – o moreno disse com amargura.

Percy olhou para sua mão ao perceber uma dor localizada naquele local.

- Além de idiota, é masoquista. – riu seco ao ver a mão sangrando.

Uma senhora que passava ao seu lado o olhou de esguelha e apressou o passo, ao ver que o moreno falava sozinho.

Como que sem opção, ele voltou para dentro do hospital em busca de uma enfermeira que o ajudasse com a mão machucada. E a única que encontrara foi a mesma que ajudara a doutora Justine com o parto.

- Senhor Jackson, o que aconteceu com a sua mão? - - a mulher perguntou espantada, e o moreno sorriu amarelo para a mesma.

- Um pequeno acidente. Será que a senhora poderia me ajudar? – o rapaz perguntou, sabendo que se fosse para a emergência teria de dar entrada no hospital, e aquilo era o que menos queria já que sua cabeça não estava atenta a toda a burocracia que seria necessária.

 - Claro, claro. Venha comigo. – a mulher disse guiando-o para a área infantil.

Percy estranhou, mas a seguiu até o berçário onde ficavam os recém-nascidos.

- É que aqui é minha área, então não posso ir até o pronto socorro. – a mulher disse ao ver a confusão estampada no rosto de Percy.

Ele soltou um pequeno som de entendimento e a seguiu até um pequeno banheiro que tinha ali.

- Lave a mão, e venha até aqui para que eu faça o curativo.  – a mulher disse educadamente, e Percy assentiu com a cabeça, fazendo o que lhe fora pedido.

Percy lavou a mão ferida com uma careta e voltou para aonde a enfermeira estava. A mesma começou a limpar o ferimento com algodão e álcool, enquanto Percy travava o maxilar de dor.

- Você estava acompanhando a senhorita Chase, não é mesmo? – a mulher perguntou quebrando o silêncio que se instalara na sala.

- Sim. – o moreno respondeu categórico.

- Você é o esposo dela? – a mulher perguntou curiosa, mas na verdade precisava sanar uma dúvida que estava acarretando uma grande carga de culpa.

 - Não. – o moreno respondeu bravo.

- Namorado? – a culpa estava começando a abandonar o corpo da mulher.

- Também não, mas eu ia pedi-la em namoro hoje.

E a culpa voltou.

- Como assim ia? – Percy estranhou todas as perguntas mais continuou, pois sentia que era preciso desabafar com alguém imparcial perante aquela história.

- Nossa história é um pouco longa. – Percy disse hesitante, e a mulher murmurou um “continue” concentrada no curativo. – O filho que ela teve é de outro cara, que os abandonou assim que ficou sabendo sobre a gravidez, os pais dela morreram no mesmo dia em que fora abandonada, deixando-a sozinha. Meus pais a acolheram na minha casa por ela ser a melhor amiga da minha irmã e depois que eu voltei de uma longa viagem eu acabei me encantando por ela.

Eu me encantei no primeiro segundo, ainda mais por aquele sorriso perfeitamente alinhado, e os cachos loiros, as maças do rosto coradas, e o cheiro, inconfundível, de limão... Mas me encantei pela sua coragem e garra, não é qualquer uma que tem a responsabilidade de cuidar de um filho, fazer faculdade e saber que no futuro terá de cuidar de uma empresa.

Nós acabamos ficando muito próximos e eu não estava mais aquentando ficar só como o “amigo leal” ou o “amigo de todas as horas”, mas ela não queria um relacionamento sério devido a sua situação, e eu entendi, então sugeri que virássemos Amigos Coloridos, só assim eu poderia beijá-la e saciar, mesmo que por alguns minutos, a vontade de tê-la em meus braços.

Essa nossa situação estava dando certo, mas a vontade ser algo a mais nunca me abandonou, e hoje que eu, finalmente, tomei coragem para pedir a mão dela em namoro, eu descubro que ela ainda ama o pai do Peter. Eu sou um azarado, não é? – o moreno terminou de contar e deu um suspiro seguido de uma risada seca.

A mulher estava sentindo-se muito, mais muito culpada, pois tinha ajudado a morena de olhos âmbar a fazer o rapaz cair em uma armadilha, mas em sua defesa trabalhava sua mente, alegando que ela precisava dos trezentos dólares para pagar o aluguel atrasado, afinal não poderia morar com os três filhos debaixo da ponte.

 A mulher tossiu para limpar a voz e disse:

- Meu rapaz, eu não sou conselheira amorosa nem nada, mas pelo que eu vi e entendi, ela também gosta de você, senão não teria apedido que a acompanhasse na hora do nascimento de seu filho, ou não teria aceitado ser sua amiga colorida. – a mulher disse enfaixando a mão de Percy com a gaze. – Eu se estivesse na sua situação, iria, agora, no quarto dela e me declararia, pois pelo que eu entendi existe a possibilidade dela estar apaixonada pelo pai do bebê, mas da mesma forma que existe essa possibilidade, também tem a de que ela goste de você. Já pensou nisso?

O moreno ficou quieto, enquanto um pequeno sorriso tomava conta de seus lábios.

- A senhora acha mesmo? – ele perguntou esperançoso e a mulher riu.

- Eu acho.

Percy começou a bater o pé impaciente e a mulher riu ao perceber tal fato.

- Vai demorar muito? – o garoto perguntou apressado, e a mulher riu.

- Calma, pequeno Romeu. – a mulher disse finalizando o curativo. – Prontinho.

O rapaz agradeceu e deixou a mulher risonha para trás, mas o riso que lhe estampava o rosto era um sorriso triste e culpado, já que esse mesmo sentimento a corroia por dentro, pois o maço de notas que tinha no jaleco não a deixava esquecer o que fizera para separar o casal.

...

Percy correu até o quarto de Annabeth e antes de bater na porta escutou a mesma falando com a voz fina, igual a de um bebê.

- Está com fome, meu pequenino? – a loira perguntou, e Percy riu imaginado-a a falar com o pequeno Peter.

Percy abriu a porta silenciosamente, e pela fresta espionou a mulher dando de mamar a Peter, este que tinha uma das mãos para o alto.

- Será que a tia Thalia já matou aquela... – a mulher se segurou para não falar o palavrão que desejava, pois se continuasse com esse hábito seu filho a copiaria no futuro.

Percy franziu o cenho confuso, mas deu de ombros e abrindo um enorme sorriso bateu na porta.

- Pode entrar. – Annabeth murmurou concentrada em seu filho.

- Ah. Oi, Annie. – a loira estava com um sorriso mínimo no rosto, mas até mesmo esse indício de felicidade desaparecera ao ouvir a voz de Percy.

- O que você quer? – disse com a voz fria, fazendo o sorriso de Percy vacilar.

- É... É que eu pensei que nós podíamos conversar agora. – o moreno disse sentando-se na poltrona outrora ocupada por sua irmã, que naquele exato momento o procurava para matá-lo.

- Eu não quero conversar com você. – Annabeth disse em um duplo sentido, que fora percebido por Percy.

- Por que não? Eu te fiz alguma coisa?

Annabeth deu uma risada irônica que assustou Percy e disse:

- Comigo você não fez nada, já com a Calypso... – a loira deixou a sua frase morrer.

- Mas... O que eu fiz com a Calypso? – o rapaz perguntou e Annabeth o fuzilou com o olhar.

- Você ainda vai se fazer de desentendido? – a Chase perguntou e suspirou ao ver a expressão de confuso de Percy se manter intacta – E eu achando que você era diferente. E mais uma vez eu quebro a cara.

- Do que você está falando? – o rapaz perguntou aflito.

- Do que eu estou falando? Eu estou falando do fato de você estar beijando a Calypso depois de sair do meu quarto com a promessa de uma conversa. – a loira disse e Percy arregalou os olhos. Como ela sabia daquilo? – Pelo visto você se lembrou, não é mesmo?

 - Annabeth não é o que você está pensando...

- E você sabe o que eu estou pensando? Se você acha que eu estou me lamentando por ter caído na lábia de mais um idiota. Parabéns você sabe ler pensamentos.

- Annie, deixa eu te explicar o que aconteceu. – o moreno pediu e Annabeth negou com a cabeça.

- Sai daqui, por favor. – ela pediu cansada e Percy não arredou o pé.

Annabeth estava pronta para gritar com Percy, quando o pequeno Peter começou a chorar, Annabeth tentou acalmar o filho, mas o pequeno chorava em plenos pulmões.

- Sai daqui, por favor, Percy. – Annabeth pediu acalentando o filho, e o rapaz se deu por vencido, com plena ideia de que uma conversa entre os dois estaria longe de acontecer.


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Notas finais do capítulo

Quem quer me matar o/o/o/o/o/o/o/o/o/o/o/o/o/o/
Se você quer me matar e não deiseja isso, aqui segue um pequeno SPOILER do próximo capitulo, mas se vocÊ não gosta de SPOLIERS não leia. BELEZA?
SPOILER ON:
No próximo capitulo algum tempo se passará e chegará o aniversário do Percy, e o que acontece no aniversário dele. Hein? Hein?
SPOILER OFF.





Deixem reviews e recomendações, por que eu estou carente dela.
25 reviews para o próximo capitulo. Beleza?


Beijos e até mais.

P.S.: Se tiver reviews que eu ainda não respondi, não se preocupem que eu vou responder.
P.S.: 2 - Não lembro o que eu ia falar, mas tudo bem.

Tchau e tenham um bom fim de semana.



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