It Is The Life... escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 40
Passado


Notas iniciais do capítulo

Oie.
Voltei como mais uma capitulo para vocês.
Primeiramente queria agradecer a todos que deixram reviews e pedir desculpas pois prometi de aparecer antes, mas havia esquecido completamente que essa semana seria semana de provas. Por isso desculpas.
Espero que gostem do capitulo.
E ainda não é o capitulo que aquele alguém aparece, eu me confudi. Foi mal.
Aproveitem.



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- Como assim, Thalia? Que pesadelo? – Nico perguntou do outro lado da linha, e parecia preocupado.

- Não comenta com ninguém que eu te perguntei essas coisas. Entendido? – Thalia pediu ainda agarrada ao telefone.

- Não comento, se você me explicar o que está acontecendo. – o moreno pediu confuso e a morena de olhos azuis bufou.

- Resumidamente, existem 99% de chances de seu amigo Luke Castellan ser o mesmo Luke Castellan que a Annie namorou, sendo assim ele é o pai de Peter, e por obra do destino ou não, a mãe dele é amiga da minha mãe. E essa mulher não pode saber sobre a existência da Annabeth e muito menos a de Peter, se não Luke os acha. E isso é o que a Annabeth menos precisa no momento. – Thalia disse em um fôlego, para no final respirar fundo.

- Espere ai. Você está me dizendo que, Luke, o meu amigo, abandonou a Annabeth grávida? Ele nunca faria isso. – o Di Ângelo disse defendendo seu amigo.

- Não faria? Sério Nico? Ele fez exatamente isso. – a morena disse incrédula. – Não me surpreende nada que ele seja seu amigo.

- Ele sabe que Peter existe? – o moreno perguntou ignorando a alfinetada da morena, ainda descrente das ações do cara que julgava conhecer.

- Claro que sabe. No mesmo dia que Annabeth contou sobre a gravidez, o canalha deu um pé na bunda dela, revelando que era multimilionário, e só para piorar a situação os pais da Annabeth morreram em um acidente de carro no mesmo dia. E ele ainda teve a cara de pau de oferecer dinheiro, para que a Annie tirasse o bebê. – a morena disse estressando-se ao se lembrar do que Luke havia feito. - Ou seja, a minha amiga esta mil vezes melhor sem ele. Por isso eu te peço que não comente nada com ninguém. Por favor.

Nico ficou surpreso com a súplica da garota.

- Não contarei nada a ninguém. Mas o que você fará com May? Se ela for mesmo amiga da sua mãe, ela vai tentar contanto e o que você vai fazer? – o moreno perguntou, e Thalia começou a pensar.

- Impedirei ao máximo qualquer contato. – a morena respondeu determinada, e Nico teve a certeza de que Thalia faria qualquer coisa para manter a família Castellan afastada de Annabeth.

...

Percy e Annabeth já tinham chegado ao shopping e enquanto andavam distraídos com as vitrines não viram uma figura feminina se aproximar os olhando curiosa.

A mulher já os acompanhava, de longe, a um bom tempo. Ela tinha a sensação de que conhecia aquele rapaz de olhos verdes, e cabelos negros que andava com certa distância de uma loira de olhos cinza e grávida. Os dois pareciam manter uma conversa amistosa, mas nada muito intimo.

Quando reconheceu o rapaz, a mulher se aproximou e perguntou:

- Percy? – o moreno a olhou com a sobrancelha arqueada.

Quem seria aquela mulher? Era o que o moreno de olhos verdes se perguntava.

No segundo seguinte uma onda de lembranças fez com que ele se lembrasse da onde a conhecia, e isso não fez com que ele se sentisse bem.

- Zöe! – ele disse em um tom amargo, que não passou despercebido por Annabeth, que franziu o cenho esperando uma reação da garota de cabelos e olhos cor de amêndoa.

- Oh meu Deus, Percy! Como você está bonito. – a mulher disse jogando-se de uma forma vulgar em cima do moreno que arregalou os olhos ao receber o abraço, esse que ele não retribuiu.

A morena ficou abraçada ao pescoço do moreno durante um bom tempo, e nem se tocou que Annabeth a fuzilava com o olhar, e que Percy não estava feliz com a demonstração de carinho.

- Há quanto tempo não nos vemos. Não é mesmo? – a tal de Zöe disse e Annabeth a olhou, cética, e depois fuzilou Percy que deu de ombros.

- Da última vez que eu te vi, você não estava em situações apropriadas. – Percy disse seco e frio, o que fez Annabeth achar seu comportamento muito estranho.

Desde quando Percy era frio e insensível desse jeito?

Era a dúvida que rondava a cabeça da loira, que parecia pensar em milhões de coisas ao mesmo tempo.

- Você ainda se lembra daquilo? – Zöe perguntou surpresa.

Percy a olhou incrédulo.

“Como não lembrar?” – o moreno pensou sarcástico. Mas a única coisa que fez foi deixar sua expressão mais dura do que antes.

A expressão de Zöe mudou de animada para surpresa ao perceber que a resposta era positiva.

- Vocês poderiam me situar, por favor. – Annabeth pediu cansada de tentar descobrir o que se passava a sua frente.

- Quem é você? – Zöe perguntou em tom de superioridade e a loira a olhou, incrédula.

“Quem ela acha que é?” – perguntou Annabeth beirando a raiva.

- Annabeth essa é a Zöe minha... – Percy ficou tentando a dizer blasfêmias sobre a mulher a sua frente, mas ele travou,dando a chance de Zöe continuar.

- Eu sou a primeira namorada do Percy. Prazer. – Annabeth sentiu sua visão ficar turva de raiva, e saber que aquela garota, muito bonita por sinal, era ex-namorada de Percy fez com que um ciúmes descomunal se espalhasse pelo seu corpo. – E você é...? – a morena perguntou em um tom enjoativo. Na verdade sua voz era enjoativa, seu perfume era enjoativo, sua imagem era enjoativa, claro que no ponto de vista de Annabeth. Já para Percy a presença daquela garota o deixava enojado.

- Zöe essa é a Annabeth... – e mais uma vez o moreno não soube como classificá-la. Seria ela amiga ou ficante? Namorada ou conhecida?

Então, Percy olhou para Annabeth em busca de ajuda e a loira logo percebeu adiantando-se em falar:

- Eu sou a atual namorada do Percy. – a loira disse com um sorriso cínico e deu ênfase ao atual e seu sorriso que já era grande abriu-se de orelha a orelha ao ver o sorriso superior de Zöe se desmanchar.

- Ah. Então, você será... – a morena não precisou concluir sua frase, para o casal saber que ela falava da gravidez de Annabeth.

- Sim, sim. Ele será pai. E eu estou louca para saber se ele terá os olhos verdes dele ou os meus olhos cinza. O que você acha que será? – Annabeth estava, simplesmente, adorando ver a cara de Zöe a cada palavra que a loira pronunciava.

- Será um menino? – a morena perguntou e Percy resolveu entrar na brincadeira. Até porque lembrava muito bem, que prometera a si mesmo que quando a encontrasse de novo ele estaria por cima e ela, bom ela com certeza estaria por baixo.

- Meu jogador de futebol. – o moreno respondeu com um orgulho sincero, pois querendo ou não, ele já sentia um enorme afeto por Peter, apesar de ele não ser seu filho.

- Fico muito feliz por vocês. – Zöe disse, e logo tratou de arranjar uma desculpa para sair da presença do casal, que naquele exato momento trocava sorrisos e alguns selinhos. – Bom, eu tenho que ir trabalhar. Tchau.

E só então, Percy reparou que a mesma estava com um uniforme de vendedora e isso o vez sorrir ainda mais, acenando freneticamente com a mão que estava desocupada, já que a outra segurava Annabeth pela cintura.

- Tchau, Zöe. Foi um prazer te conhecer. – Annabeth gritou acenando junto do seu suposto namorado.

Alguns segundos se passaram com eles sorrindo para o nada e acenando feito bobos, quando Annabeth voltou em si e se virou para Percy atrás de uma explicação. Mas antes que pudesse falar alguma coisa, Percy se adiantara:

- Por que me ajudou? – o moreno perguntou entrelaçando seus dedos aos da loira e reiniciando a caminhada.

- Por que você é meu... Amigo! - Annabeth respondeu e sentiu um aperto no coração ao pronunciar a última palavra.

Percy não pareceu ouvir o tom de triste que Annabeth usou no final de sua frase, mas se ouviu não disse nada, pois estava imerso em pensamentos sobre um passado não tão distante.

- E por que você ficou tão sentido com a presença daquela tal de Zöe? – Annabeth perguntou, mas Percy não respondeu, a Chase esperou alguns segundos até perceber que o moreno não prestava atenção em si. – Ei, Percy eu estou de chamando! – a loira disse balançando a mão em frente aos olhos do moreno.

- Ah. Oi? – o moreno disse tentando se situar. – Me perguntou alguma coisa? – perguntou debilmente, e Annabeth bateu em sua própria testa.

- Claro que eu perguntei, Cabeça de Algas. – Percy riu ao ouvir o apelido, mas essa felicidade momentânea se foi, quando Annabeth repetiu a pergunta. – Por que você ficou estranho com a presença daquela garota?

- Eu não gosto de falar sobre isso. – o moreno disse e a loiro o olhou com um olhar pidão, e como sempre acontecia ele acabou cedendo. – Sabe, quando se é adolescente nós levamos as coisas muito a sério, dependendo do caso é claro, mas sempre fazemos tempestades em copo d’água, e o meu problema foi levar esse namora muito a sério.

- Como assim? – Annabeth perguntou franzindo o cenho.

- Na época eu achei que tinha encontrado o amor e tudo mais... – Percy fora interrompido por um arquejar de Annabeth.

- Você era apaixonado por ela? – a loira perguntou incrédula.

- Nunca acreditam quando eu digo isso. – o Jackson respondeu soltando um riso nervoso.

Annabeth o puxou se sentando em um dos bancos que ficam distribuídos nos corredores do shopping.

- Mas como vocês terminaram? – a loira estava impaciente.

- Nós estávamos em uma festa e...

Flashback:

Percy tinha acabado de chegar à festa de um dos jogadores do time de futebol de sua escola, e o calouro de apenas quinze anos estava animado, pois era a última festa antes das férias de verão. Sendo assim, depois delas ele seria um aluno do segundo ano, jogador de futebol e namorado de uma das lideres de torcida mais bonita que podia existir e isso o deixava cada vez mais perto da popularidade sonhada por todo adolescente no colegial.

O volume das caixas de som faziam com que a casa tremesse, e os adolescentes bêbados e drogados estavam na pista de dança dançando loucamente, ou se agarrando descaradamente.

O moreno de olhos verdes tentava espichar o pescoço tentando encontrar a cabeleira cor de amêndoas que tanto amava, ou dizia amar. A agitação ao seu redor fazia com que a sua missão se tornasse mais difícil do que já era, e o moreno suspirou aliviado ao encontrar Grover e alguns de seus amigos bebendo algo, próximos a piscina da casa.

- E ai, galera beleza? – ele perguntou bem humorado, e recebeu saudações na mesma animação que a dele. – Por acaso vocês viram a Zöe por ai? – perguntou enquanto tentava acalmar o coração e a mente, que estavam a ponto de entrarem em uma intensa batalha para saber se o que ele pretendia fazer era certo ou errado.

- Cara, eu não sei te dizer onde ela está, mas ela já chegou. – Grover respondeu gritando, tentando ser ouvido por cima da música.

- Valeu, cara. – o moreno respondeu e antes de sair viu seu amigo ir atrás de uma garota e riu consigo mesmo.

Continuou a busca pela sua namorada, e alguns minutos depois encontrou a melhor amiga dela. Phoebe.

- Ei, ei, Phoebe! – Percy gritou chamando a atenção da garota que dançava agarrada a um garoto do último ano. – Viu a Zöe? – perguntou quando ela virou-se para ela, e a garota deu de ombros. Murmurando algo como “lá em cima.”

Percy agradeceu e subiu as escadas até o segundo andar da enorme casa em que se encontrava.

As escadas e o corredor estavam piores do que o andar de baixo, pois as pessoas que antes se agarravam descaradamente lá em baixo, se agarravam de uma forma pecaminosa próximas aos quartos, e isso fez com que Percy sorrisse malicioso.

“Isso que é festa.” – o moreno pensou ao lembrar-se das festas que costumava freqüentar com seus pais.

O garoto não se preocupou em procurar Zöe agarrada com nenhum menino, até porque ela era comprometida e não fazia o estilo dela trair.

Percy por instinto começou a procurar pelo banheiro da casa, e depois de abrir duas portas erradas, arriscou no uni duni tê e escolheu a última porta do corredor.

O Jackson não estava pronto para o que encontraria atrás daquela porta, mas ao abri-la ele soube que tudo que tinha vivido até aquele momento não passou de uma farsa.

- Zöe? – o moreno perguntou incrédulo.

Como ela pode fazer isso comigo? – ele se perguntou melancolicamente.

A sua namorada, agora ex, estava despida igual ao cara que estava por cima dela. Os dois estavam enroscados de uma forma que Percy não soube dizer aonde começava Zöe e onde terminava o cara, que depois de um tempo, ele reconheceu como o capitão do time de futebol, Matt Coleman, veterano do último ano.

E então, tudo que ele vivera com a garota o atingiu mostrando-lhe que ela sempre fora uma interesseira que só pensava em si mesmo. Até porque seria vantajoso para ela namorar o cara que no ano seguinte se tornaria o capitão do time, o cara mais disputado do colégio, mas enquanto isso não acontecia, ela se divertia com o atual capitão, até porque não teria graça ser uma puta e não servir a todos. Não é mesmo?

Flashback.

- Ela só te namorava porque você seria o próximo capitão do time? – Annabeth perguntou incrédula.

- E pensar que eu achava que ela era uma santa. Depois daquele dia eu ficava me perguntando para quantos ela serviu de distração. Porque era isso que ela era, uma distração. Enquanto as meninas para namorar estavam se fazendo de difíceis, os caras a procurava para se divertirem. E só o trouxa aqui não reparou de que tipo ela era. – Percy disse sentido com tudo que lhe acontecera.

- Mas você gostava dela? De verdade? – Annabeth perguntou confusa.

- Ela foi a primeira menina que veio falar comigo por livre e espontânea vontade, sem contar que eu a achava linda quando tínhamos sete anos. Eu achei que ela também gostasse de mim desde pequena. Mas eu quebrei a cara e virei o que virei. – Percy disse amargurado, aquele assunto estava tomando um caminho que ele determinara ser proibido.

- E o que você virou? – Annabeth perguntou curiosa, e Percy ficou tentando a soltar uma resposta mal-educada, mas respirou fundo e voltou a narrar sua estória.

Flashback:

- Percy eu posso explicar! – a garota disse de levantando e arrastando o lençol da cama para esconder seu corpo. – Não é isso que você está pensando.

- Então, você não é uma puta interesseira que só estava comigo por popularidade? – ele perguntou em um tom que transbordava sarcasmo.

Matt que ainda estava na cama riu sonoramente, fazendo com que Percy e Zöe o fuzilassem.

Percy estava revoltado com os dois, ela por ser sua namorada e ele por ser seu “amigo.” Quantas vezes aquele mesmo cara batera em seu ombro depois de um jogo e murmurou algo como: “Bom trabalho hoje, cara! Continue assim.”

- Eu vou embora. – Percy disse depois de encarar Zöe por um longo tempo.

- Percy, me espera. – a morena pediu e Percy saiu sem olhar para trás uma única vez.

Já no andar debaixo a noticia corrias solta, já que os casais que estavam no corredor espalharam que Percy pegara sua namorada com outro cara na cama.

Murmúrios como: “É um tapado mesmo.” “Foi corno desde que entrou na escola.” “Até que em fim ele descobriu.” E outros mais que mostravam que isso ocorrera debaixo de seu nariz e ele nunca tinha reparado.

Percy fechou as mãos em punho e as colocou dentro do bolso de sua calça jeans, apressou o passo querendo sair o mais rápido possível daquela festa. Quando já estava do lado de fora esbarrou com Ethan Nakamura, um repetente do primeiro ano, que tinha a cara da mal encarado e sempre estava metido em confusão.

- Vejam só se não é  o grandioso Percy Jackson? Como é descobrir que é corno? – o garoto perguntou debochado e Percy lhe desferiu um golpe certeiro em seu maxilar.

O Jackson sabia que não podia descontar sua raiva no Nakamura, mas ele fora o único que falara em sua cara que ele era corno, e isso o irritara profundamente.

- Olha só se ele não tem um ótimo gancho de direita meus amigos. – o Nakamura disse para o nada. Com certeza, ele estava drogado. – Mas sabe meu amigo, problemas com mulheres nós resolvemos em uma mesa de bar e não batendo no primeiro que aparece. – Ethan disse massageando o lugar em que o golpe atingira. E Percy o fuzilou com o olhar.

- O que você quer dizer com isso? – o moreno perguntou retoricamente, e Ethan riu.

- Não está óbvio? Beba para esquecer. – e do nada o Nakamura estava com uma garrafa de vodka na mão e oferecia a mesma para Percy que aceitou de bom grado, entornando a garrafa no segundo seguinte. - Isso meu amigo. – o rapaz comemorou e logo emendou. – Acho que você vai gostar de conhecer um lugar.

Flashback.

- Ethan me levou para um beco aonde tinha mais alguns caras e até mesmo algumas meninas se embebedando e de drogando. Ficamos bebendo, como era o meu caso, e se drogando, como era o de alguns outros, mas eu me lembro que a policia chegou e levou todos presos. – Percy disse e acabou rindo fazendo com que Annabeth o olhasse de forma reprovadora. – Meus pais ficaram loucos quando soubera que eu fui detido, e segundos depois estavam pagando a fiança e me dando uma bela bronca.

“- Já na segunda-feira a noticia que eu fora preso junto com a turma do Ethan fez com que a história de eu ser corno fosse abafada, mas ainda era possível ouvir sussurros nada discretos sobre a minha pessoa. Mas graças a Deus, a minha fama de corno logo foi encoberta pela a de Bad Boy, sem contar que eu comprei briga com Matt na hora da saída, e por incrível que pareça eu acabei me saindo melhor que ele. – Percy terminou de falar e deu um sorrisinho mínimo se lembrando daquele tempo.”

- Então depois de descobrir que era traído, você se enturmou com a galera de Ethan e passou a ser um rebelde sem causa? – Annabeth perguntou acariciando os cabelos de Percy, que brincava com seus dedos que ainda estavam entrelaçados.

- Da para dizer que foi isso mesmo. – o moreno respondeu. – Passei as férias de verão inteira andando com Ethan e sua turma e quando voltamos para a escola, todos tinham medo de mim, e isso meio que me fortaleceu, sem contar que eu gostei muito desse tipo de poder.

- Você é um idiota. – Annabeth disse tentando desfazer-se do clima que os rondava e acabou conseguindo, pois Percy riu e concordou.

Depois de um tempo uma única dúvida ainda martelava na cabeça de Annabeth.

- Percy, posso te perguntar mais uma coisa?

- Na verdade você já perguntou. – o moreno disse e riu, fazendo Annabeth o fuzilar.

- Seu idiota, é sério. – a loira disse e Percy respirou fundo tentando controlar a risada.

- Manda. – ele disse olhando nos olhos de Annabeth e tirando uma mecha loira de seus olhos. O moreno desceu os dedos pela bochecha da garota e começou a fazer desenhos aleatórios. A Chase fechou os olhos aproveitando o carinho e Percy sorriu ao vê-la tão leve.

- Como você foi parar na Inglaterra? – de repente o carinho tão gostoso parou fazendo com que ela abrisse os olhos se deparando com duas orbes verdes brilhando perigosamente. – Oh. Se não quiser me contar não precisa. – a loira apressou-se em dizer, mas Percy já tinha tomado sua decisão.

- Não, tudo bem.

Flashback:

O segundo ano se passara rápido para Percy, até porque ele não comparecia as aulas e quando aparecia não prestava atenção em um A que os professores falavam. Por isso, não fora surpresa nenhuma quando viu em seu último boletim que tinha reprovado direto.

- Você pode me explicar o que é ISSO? – Poseidon perguntou gritando para Percy que estava sentando em frente de seus pais.

- Meu boletim. – o moreno responde e deu um sorriso cínico, fazendo com que todas as cores tomassem conta do rosto de Poseidon.

- Eu sei que isso é um boletim. Mas eu quero saber que notas são essas. - o homem de barba rala disse tentando controlar sua respiração.

- São minhas notas, papai. – Percy estava brincado com fogo e ele sabia disso.

- Olha como você fala comigo garoto. – o homem explodiu levantando-se em um átimo assustando Percy e conseqüentemente Sally que estava ao seu lado. – Eu quero saber o por quê dessas notas. – Poseidon disse, enquanto Sally tentava acalmá-lo.

- É simples, eu sou um burro que não presto atenção nas aulas, e por isso eu tirei essas notas. – Percy deu de ombros e seu pai respirou fundo tentando contar até dez.

- Percy, o que está acontecendo com você? Desde quando você é assim? Malcriado, encrenqueiro, mau aluno? Você sempre fora um aluno aplicado, o que está acontecendo, meu filho? – Poseidon parecia preocupado e ao intercalar seu olhar de seu pai para sua mãe e vice-versa, o moreno de olhos verdes pode ver que essa preocupação também estava estampada nos olhos dóceis de sua mãe.

- Minha vida é uma droga. – o moreno respondeu como se falasse do tempo.

- Como assim meu filho? O que te falta? – Sally perguntou carinhosa como sempre.

- Eu não quero falar sobre isso. – Percy disse se levantou e estava pronto para sair, quando Poseidon o impediu.

- Onde você pensa que vai? – a voz do homem estava mais grave do que de costume, e isso fez Percy temer seu pai.

- Sair com alguns amigos. – o moreno deu de ombros e girou a maçaneta.

- Você não vai sair até me explicar o que está acontecendo. – Poseidon disse autoritário, e Percy revirou os olhos.

Um clique fora ouvido na porta e logo a maçaneta girou pelo lado de porta, fazendo com que a porta se abrisse e por ela passasse uma Thalia sorridente, só que esse sorriso morreu quando a morena deu de cara com seu irmão, que via em seus olhos azuis elétricos o quanto a mesma estava magoada pela humilhação que ele a fizer passara alguns meses atrás.

- Thalia... – o moreno fora interrompido pela garota que voltou-se para seus pais e disse.

- O meu boletim já chegou, será que agora vocês podem confirmar a minha presença para o acampamento? – a morena disse e Poseidon assentiu ainda com seus olhos vidrados em Percy.

- Que acampamento? – o moreno de olhos verdes perguntou interessado e Thalia revirou os olhos. 

- Você não foi chamado? – Sally perguntou confusa, e Percy franziu o cenho. – Seus amigos estão preparando um acampamento desde o mês passado.

Aquilo fora como uma apunhalada nas costas de Percy. Seus amigos estavam deixando ele de lado.

- Por que eu não fui chamado? – ele perguntou olhando para Thalia que ainda estava de costas para ele.

- Mãe, talvez bêbados encrenqueiros não são,  os mais cotados para esse tipo de comemoração. Talvez, uma rave aceite esse tipo de gente. – a morena disse para Sally, mas estava claro que ela queria ter tido para Percy, mas como a raiva era maior, jogou essa indireta, mais que direta. Thalia logo subiu as escadas e Poseidon mandou que Percy fizesse o mesmo.

Ainda naquela noite, Percy escutou uma conversa entre seus pais e isso o deixou muito incomodado, além da culpa que o abateu.

- Poseidon, sua mãe não pode fazer isso! – Sally parecia estar transtornada.

- Eu sei que ela não pode, mas se ela comprovar que Percy não está andando na linha ela pode ficar com a guarda dele.

Percy sentiu seu coração se apertar. Como assim ficar com sua guarda? Isso não podia ser verdade.

- Esse boletim foi a gota d’água, se o juiz achar que Percy é um delinqüente ele terá de ir morar como meus pais.

O moreno de olhos verdes, até podia imaginar seu pai bagunçando os cabelos pretos na cabeça, transtornado com a situação. E tudo isso era culpa de Percy, somente sua culpa.

Infelizmente, o juiz determinara que a guarda provisória de Percy fosse entregue aos avós já que os pais não estavam tendo o controle necessário sobre a vida do filho, e isso só piorou a culpa que o afligia quando o mesmo ouvira sua avó e sua mãe brigando.

- Sempre soube que você seria uma péssima mãe para o meu neto. – Dona Réia disse no dia que chegara para buscar Percy.

- A senhora não entende que isso não é culpa minha? Percy precisa de ajuda e não ser afastado da família dele. – sua mãe disse chorando.

- A família dele? Uma mulher que não saber impor limites não merece ser chamada de mãe, Sally você é uma grande decepção e não devia ostentar o nome da minha família. – Réia disse e Percy não agüentou ouvir o resto da briga, se trancou na biblioteca e tirou uma garrafa de vodka que estava guardada entre alguns livros que não eram usados a anos.

A culpa por ter feito sua mãe ser humilhada por Réia fez com que Percy bebesse a garrafa em questão de minutos e quando a porta da biblioteca fora aberta o moreno estava muito bêbado, e ele agradeceu por ter sido Thalia quem o achara, porque se fosse seus pais ou seus avós eles nunca o perdoariam.

- Eu não acredito que você fez isso! – Thalia disse olhando para a garrafa de vodka vazia, e o corpo de seu irmão jogado no chão. - Nossa mãe está quase morrendo tentando impedir que Réia te leve e você faz isso? Acho que você está precisando de um choque de realidade e ir para a Inglaterra será ótimo, pois só assim nossa mãe terá sossego.

Thalia o ajudou a tomar banho, eliminando assim os resquícios da bebida, mas ainda era possível perceber que ele havia bebido tudo graças aos seus olhos vermelhos e sua fala enrolada.

- Duma um pouco, daqui a pouco você irão para o aeroporto e você precisa parecer bem. Não vai dar para me livrar da garrafa agora, por isso vou colocá-la em sua capa de violão, Tudo bem? – Thalia perguntou para o nada já que em meio segundo depois Percy já dormia um sono pesado.

No aeroporto todos os amigos que Percy havia deixado de lado apareceram para se despedir, mas aqueles com quem ele passara os últimos tempos andando não deram um sinal de existência, o que fez com que Percy notasse quem eram seus amigos de verdade.

Na hora de se despedir de seu pai, ele o abraçara e pedira desculpas rente ao ouvido de Poseidon que assentiu com a cabeça e murmurou um “se cuida.”

Despedira-se de todos seus amigos sob várias recomendações de mudanças e cuidados, que ele fizera questão de repetir, pois querendo ou não amava a todos que estavam ali. Na hora de se despedir de Thalia o moreno se sentira super mal, pois seu abraço não fora correspondido e ao murmurar um pedido de desculpas pela humilhação não obteve resposta, partindo assim sem o perdão de sua irmã.

Ao se despedir de Sally o moreno deixara algumas lágrimas escaparem e sob milhões de pedidos de perdão os dois deram um último abraço e Sally lhe deu um último conselho:

- Mude e mostre para todos quem realmente você é. – a mulher disse enquanto secava as lágrimas que corriam como cascatas por seu rosto. Poseidon a abarcou de lado tentando lhe dar algum conforto e Percy assentiu, despedindo-se mais uma vez de seus pais.

Seu vôo fora chamado mais uma vez, desta a última e assim ele seguiu seus avós rumando para a Inglaterra. Rumando para uma nova vida.

Flashback.

Depois que Percy encerrou o motivo de sua ida para Inglaterra, Annabeth o olhou nos olhos e disse:

- Eu tenho muito orgulho de você.

- Por quê? – o moreno perguntou confuso e a loira sorriu para ele.

- Você superou esse vicio e não é qualquer pessoa que consegue esse feito. Por isso eu tenho orgulho de você. –Annabeth respondeu acariciando a bochecha direita de Percy e o moreno sorriu encostando seus lábios ao dela.

Ficaram alguns minutos trocando beijos singelos, quando Annabeth teve vontade de ir ao banheiro.

- Eu já volto. – a loira disse dando um selinho em Percy antes de se afastar, e assim que a garota sumiu de vista, um vulto de cabelos pretos tomou o lugar da garota.

- Me explica o que foi isso. Agora!- Thalia pediu autoritária.

Thalia estava os observando a distância desde que chegara e os estava procurando, por coincidência ou não eles estava se acariciando o que despertou a curiosidade da morena, fazendo com que ela esperasse momentos mais íntimos e por incrível que pareça esses momentos aconteceram. O moreno tomou um grande susto ao ver sua irmã praticamente se materializar a sua frente. E quando se recuperara do susto disse:

- Explicar o que, Thalia? – o moreno se fez de sonso e a morena o olhou cética.

- Me explica porque você e a Annabeth estavam se beijando.

- Nós não estávamos nos beijando. – Percy disse e Thalia gargalhou nervosa.

- É claro que vocês não estavam se beijando, ela só estava extraindo o veneno da cobra que e picou na boca. – Thalia respondeu muito sarcástica, fazendo Percy rir. – Você gosta dela? – a morena perguntou deixando a brincadeira de lado.

Percy ficou em silêncio e começou a pensar em tudo que sentia, quando estava perto de Annabeth. Seu coração acelerava em um ritmo frenético, suas mãos suavam, suas pernas ficavam bambas e seu estômago parecia dar diversos loopings em uma montanha-russa.

- Gosto. – Percy respondeu convicto e Thalia abriu um enorme sorriso.

- Então, peça ela em namoro. – a morena disse super animada.

- Thalia, não é tão fácil assim. – o moreno disse desanimado.

- Como não? É só você chamar ela para ir ao cinema e se declarar.

- Mas ela está grávida do Luke, e ela mesma pediu que fôssemos com calma. – Percy disse e Thalia revirou os olhos.

- Se vocês sempre colocaram o Luke como um empecilho, ele sempre será um. Não deixe que a felicidade de vocês seja estragada por aquele canalha. – a morena disse como uma verdadeira conselheira amorosa.

- Então, você acha que eu devo me declarar agora para ela? – o Jackson perguntou inseguro.

- Acho. – a morena respondeu com um sorriso de orelha a orelha.

- Mas eu acho que está faltando uma coisa. – o moreno disse e a Grace arqueou a sobrancelha preocupada.

- O quê?

- A coragem.


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Notas finais do capítulo

Gente, se tiver algum erro me avise beleza?
Bom, todo o passado do Percy fora revelado, e eu senti que esse capitulo não ficou muito bom, mas foi o que eu consegui fazer com a semana tão atarefada que eu estou tendo.
Será que o Percy irá pedir a Annaie em namoro? OMG;
Deixem reviews e quem sabe recomendações. Por favor.
Beijos e até mais.
OBS.: Passem na minha outra fic: As Long As You Love Me. Beleza?
Obrigada.