It Is The Life... escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 36
Flashbacks - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey!
Voltei de viagem, e foi super legal.
Vamos começar com os agradecimentos.
Obrigada a Mih Salvatore Jackson e a Leeh Spears pelas recomendações eu simplesmente amei. E quase surtei quando cheguei da viagem e vi DUAS recomendações, muito obrigada meninas.
Obrigada também, aos leitores que deixaram reviews.
Eu não postei o capitulo antes porque eu não tinha terminado e porque quando sai de viagem só tinha oito reviews isso me desanimou um pouco.
Espero que gostem do capitulo e pelo que vocês já poderam perceber o capitulo está dividido em sua partes.



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Nico estava com um copo de Martini em uma das mãos e a outra batia incessantemente no balcão do bar em que se encontrava. Com os olhos negros o moreno esquadrinhava todo o local em que estava vendo assim as suas possíveis companhias.

A boate em que se encontrava era agradável, possuía dois andares sendo que o segundo era o mais “calmo”, a balada concentrava-se no andar de baixo, e o bar ficava a direita da pista de dança. Caixas de som eram acopladas as paredes, economizando espaço.

O olhar do moreno logo caiu sobre uma morena que dançava na pista. Alta, corpo curvilíneo, pernas torneadas, quadril largo e cintura fina. Perfeita para o moreno. Nico aproximou-se e ficou dançado ao lado da morena, até que ela o percebe-se, o que não demorou muito.

A morena logo começou a dançar praticamente colada, com Nico. E com a proximidade adquirida entre os dois, Nico pode perceber os detalhes que antes passavam despercebidos devido à distância. Um desses detalhes eram os olhos extremamente verdes, o corpo bronzeado e o sorriso malicioso que estampava seu rosto.

Não foram necessários mais de dois minutos de conversa para que os dois estivessem se beijando. Nico apertou a morena misteriosa ao seu corpo e a garota arfou.

- Você é rápido. – a garota disse, quando o ar se fez necessário. – Mas pega uma bebida para mim, por favor? – a morena pediu e Nico não teve como negar, mas antes de se afastar agarrou a cintura da mulher e mais um beijo te tirar o fôlego foi trocado.

Nico logo se afastou caminhando, lentamente, até o bar. Sentou-se em um dos bancos de madeiras e esperou um barman se aproximar. Um homem devidamente uniformizado aproximou-se e perguntou os pedidos.

- Dois Sex on the beach. – a garota com quem estava não especificou o que queria então o moreno escolheu sozinho.

O barman logo se afastou e Nico voltou seu olhar para a pista de dança, alguns minutos se passaram e o moreno percebeu que um pequeno tumulto acontecia à cerca de dez metros de onde estava. Nico não queria ver o que se passava, mas ao avistar algumas mechas azuis no cabelo da mulher envolvida, ele soube, imediatamente, que coisa boa não sairia dali.

Desviando das pessoas que se amontoavam para ver a briga, o moreno logo chegou a primeira camada de pessoas e o que encontrou não o agradou muito.

Um homem de, aproximadamente, dois metros de altura, segurava o braço de Thalia com uma força exagerada, e a morena como não é de levar desaforo, tentava desesperadamente livrar seu braço do aperto, enquanto o xingava. Nico logo se perguntou, o porquê de ninguém ter interferido na situação, mas ao olhar novamente para o homem, sua dúvida se foi. Com certeza, ninguém gostaria de bater de frente com um homem daquele, alto forte e com cara de mal encarado.

Nico olhou a sua volta, atrás de algum segurança, mas parecia que os mesmos haviam desaparecido. O moreno logo pensou que Percy faria o mesmo se fosse com sua irmã, por isso deu um passo a frente.

- Larga ela. – ele mandou, e o cara o olhou debochado.

- E quem é você, para me mandar fazer alguma coisa? – o homem perguntou olhando Nico com superioridade. – A gostosa, até que está gostando do meu aperto. Não é mesmo, sua vadia? – aquilo fez o sangue de Nico ferver, mas ele se controlou, com certeza, sairia na pior em uma briga com aquele cara.

- Não te interessa quem eu sou. – o moreno respondeu pegando no outro braço da morena.

- Me larga! – Thalia falou e Nico se assustou, mas só depois percebeu que o homem tinha apertado um pouco mais o braço da morena de olhos azuis.

- Ela falou para soltar. – Nico pediu e todos já esperavam um briga, quando Thalia jogou a bebida de seu copo no rosto do homem, que com o susto soltou o braço da morena.

- Pronta para correr? – Nico perguntou rente ao ouvido da morena, que assentiu discretamente.

- 1... – ela contou e o homem virou-se para os dois.

-2... – Nico disse e Thalia soltou-se dele, acertando um chute no meio das pernas do homem que a segurava. E antes que o moreno dissesse o próximo número, Thalia agarrou seu braço arrastando-o para a saída mais próxima.

Ainda correndo Nico olhou sobre o ombro e pode encontrar o homem ainda desnorteado, devido o susto, mas por acidente ele olhou na direção dos dois, fazendo com que Nico apertasse o passo.

- Vamos, Thalia! – os dois já estavam fora do estabelecimento, mas ainda era possível ver a agitação causada por ambos.

- Claro, até porque é super fácil, correr com esses saltos. – a morena disse sarcástica e logo depois tirou os sapatos.

A morena voltou seu olhar para a boate e encontrou o homem que a assediava e mais dois caras. Os três pareciam perdidos, e procuravam por algo e pelas suas expressões, a coisa não seria muito boa, caso encontrassem o que queriam.

- Que tal voltar a correr? – Thalia perguntou segurando os sapatos nas mãos. E Nico voltou seu olhar para a boate e logo os dois estavam correndo feitos loucos, pelo pequeno centro da cidade.

Antes de saírem correndo, foram avistados por um dos brutamontes que estavam com o cara que arranjara confusão e os três começaram a correr na direção deles.

- Meu Deus, eu vou morrer!- Thalia disse atravessando a rua e quase sendo atropelada por uma moto.

- Quando eu pegar os dois, eu vou torcer o pescoço de cada um. – o brutamonte que agarrara Thalia gritou.

- Nunca que você nos pega, seu idiota. – a morena devolve e Nico a olha abismado.

- Está afim de morrer mais cedo? – Nico perguntou em choque, a morena deu de ombros abaixando-se atrás de um carro.

O moreno ao seu exemplo agachou-se ao seu lado e aguardaram alguns minutos, até que os três brutamontes passaram correndo e logo sumiram de vista. Nico sentou-se no meio da calçada, arfando devido à corrida.

Os olhos negros analisaram o local e por fim percebeu que estava perdido.

- Onde estamos? – o garoto perguntou debilmente e Thalia olhou a sua volta.

A faixa de areia e o mar atrás não negavam o local, mas a distância que percorreram fora suficiente para fazer com que os dois perdessem o rumo.

- Na praia? – Thalia disse erguendo uma sobrancelha.

- Não me diga. – Nico respondeu, debochado e Thalia revirou os olhos. – Eu sei que estamos na praia, mas em que lugar de Long Island? – o moreno de olhos negros perguntou tentando, em vão, identificar algo familiar.

- Nós viemos de lá... – Thalia disse apontando a sua direita – Ou seja, a boate é para lá.

- Não me diga. – Nico disse levantando-se e Thalia deu-lhe um chute na canela. – Está louca? – o garoto gritou.

- Não, mas irei ficar se você continuara com os seus “Não me diga”.  Estamos entendidos? – a morena perguntou com os olhos faiscando e Nico assentiu com a cabeça.

Os dois logo começaram a andar no sentido que vieram, ou o sentindo que Thalia achava o correto. Nico logo começou a resmungar coisas inteligíveis e Thalia começara a se irritar;

- O que é que você tanto reclama? – a garota explodiu estacando na calçada.

- Não te interessa. – o moreno respondeu andando e a garota bufou de raiva.

“Minha noite estava garantida, mas não...”

“A maldita tinha que arrumar confusão...” – essa era algumas das palavras que saiam da boca de Nico, ou pelo menos, eram as que Thalia entendia.

- Quer para de reclamar? Está parecendo um velho gago. Ou pior um papagaio chato. – a morena irritou-se, novamente.

- É que minha noite tinha tudo para ser perfeita, mas não... – o moreno não chegou a concluir a sua frase, já que Thalia o interrompeu.

- E qual o problema? Pelo que eu saiba foi VOCÊ que se meteu na confusão.

- Para TE proteger. – o moreno revidou.

- Quem disse que EU preciso de proteção? – a garota perguntou andando na frente do moreno e virou a primeira esquina, fazendo com que o garoto a seguisse. – A situação estava sob o meu controle.

- Ah, claro que estava. – Nico disse sarcástico.

- Mas estava mesmo, você se intrometeu porque quis. – a morena disse olhando para Nico.

- Olha aqui garota... – Nico disse puxando Thalia pelo braço, fazendo assim que os corpos se chocassem brutamente. – Custa você agradecer? – o garoto aparentava estar nervoso.

- Custa e muito. – Thalia disse puxando seu braço com força.

- Você é muito turrona, Thalia Grace. – Nico disse e a morena virou-se para o moreno.

- Eu sou o quê? – a garota perguntou, baixinho e Nico engoliu em seco.

O moreno olhou para os dois lados, tentando achar algo que desviasse a atenção de Thalia do que ele acabara de dizer, e por fim achou um bar.

- Eu preciso beber. – o moreno disse e praticamente, saiu correndo do lado de Thalia que, infelizmente teve que segui-lo.

O moreno entrou no bar e arrependeu-se no mesmo instante. Nico bebia e não tinha preconceito sobre isso, mas ele sabia que existiam os viciados em bebidas alcoólicas, que tinham a partir da bebida uma válvula de escape para os problemas, e com isso eram acarretadas conseqüências que podiam ser de extrema alegria à agressividade. O moreno odiava, acima de tudo, pessoas que achavam a “solução” na bebida, como fizera seu pai em seus primeiros anos de vida.

Hades ao ganhar Bianca e Nico, perdeu sua esposa e a mãe de seus filhos. A dor que o atingira pareceu, naquele momento, ser maior que a felicidade de ser pai, então, em todos os aniversários de Nico e Bianca, Hades sumia e só aparecia horas mais tarde em estado deplorável, completamente bêbado, sujo, rasgado. Um verdadeiro mendigo. Ninguém nunca diria que aquele homem era um importante empresário italiano, se o encontrassem naquele estado.

No entanto, Nico era muito novo para entender o que se passava, mas ao completar nove anos, seu pai novamente, chegara devastado e dessa vez sua Tia Ártemis o repreendera, fazendo com que o homem batesse na mesma. O Di Ângelo mais novo interviu na briga, o que lhe rendeu um soco e um tapa, sua tia logo o tirou do alcance de seu pai, o levantando para o quarto, onde os três: Ártemis, Nico e Bianca passaram a noite trancados.

No dia seguinte, era de se imaginar que Hades não se lembrasse de nada, mas ao ver os hematomas no rosto de seu filho e em sua irmã mais nova a culpa o atigira, fazendo com que o mesmo se sentisse um monstro. A mulher ameaçou tirar a guarda de seus sobrinhos do homem, mas Hades assumiu o compromisso de se tratar e com isso garantira a guarda de seus bens mais preciosos.

Nico com o tempo viu que seu pai mudara, mas as cenas que presenciara quando criança, nunca foram apagadas.

Thalia também se sentiu incomodada pelo local, sua família também tinha histórico com a bebida e ver aqueles homens bêbados, fez com que a morena se lembrasse do irmão naquela mesma situação.

- Vamos embora daqui. – a morena disse baixo para que somente Nico a escutasse.

- Uma garrafa de vodca. – o moreno pediu, amaldiçoando-se mentalmente.

- Duas. – Thalia disse e o carinha que os atendia ergueu as sobrancelhas.

- Duas, por favor. – Nico reforçou o pedido e o homem foi atrás da bebida.

- Por que você vai beber? – Thalia perguntou, depois de certo tempo em silêncio.

- Para esquecer essa maldita noite? – Nico perguntou, sarcástico e a morena revirou os olhos.

- Eu já falei que você se meteu porque quis. – a morena respondeu e dessa vez fora o garoto quem revirara os olhos.

- Está bom, Thalia. Da próxima vez que um brutamonte estiver quase te batendo, pode deixar que eu passo reto e finjo que não te conheço. Tudo bem? – Nico disse, e agradeceu mentalmente pelo carinha chegar com seu pedido.

Nico jogou o dinheiro no balcão e saiu do boteco às pressas, Thalia ainda estava atônica pela explosão do garoto, que somente depois de dois minutos percebera que o moreno havia se mandado.

Thalia saiu correndo do estabelecimento, a tempo de ver Nico virando a esquina.

- Ei! Me espera! - a morena correu e gritou, tentando alcançar o moreno que se virou com expressão entediada.

- Pra quê? – o moreno perguntou debochado.

- Você ia mesmo me deixar sozinha em um bar cheio de bêbados? – a morena perguntou.

- Por quê? Ficou com medo? – o moreno disse arqueando a sobrancelha. – Não foi você que disse que não precisava de proteção?

-N- não. Eu não fiquei com medo, eu só queria saber se você sabe o caminho para casa. - Thalia amaldiçoou-se por gaguejar no inicio da frase.

- Eu vou tentar achar. – o moreno respondeu e saiu andando com Thalia em seu encalço.

Direita. Esquerda. Seguia reto. Dobre aquela esquina.

Todas as informações que lhes eram fornecidas eram erradas, e isso já estava irritando os dois.

- Cansei. Eu simplesmente cansei. – Nico disse sentando-se no meio da areia. O moreno tinha certeza absoluta que já tinha passado três vezes naquele mesmo ponto, e a banca de jornal confirmava esse fato.

Thalia sentou-se ao seu lado e da sacola de papelão que o moreno carregava ela tirou uma das garrafas de vodca. A morena estava pronta para sorver um gole, quando o moreno a impediu.

- Ei, pensa que está fazendo o quê? – Nico perguntou.

- Bebendo? – Thalia perguntou em tom de obviedade.

- Isso é meu! – o Di Ângelo disse pegando a garrafa de Thalia, que o olhava atônica.

- Como é que é? – a garota estava a ponto de bater em Nico.

- Você acha que eu comprei isso por quê? – Nico perguntou.

- Para dividirmos. – a morena respondeu.

- Você achou mesmo que eu conseguiria passar esse tempo todo com você, estando sóbrio? – Nico perguntou como se aquilo fosse um absurdo, e na cabeça dele era.

- Está querendo insinuar o quê, Di Ângelo? – Thalia perguntou ainda atônica pela frase do moreno ao seu lado.

- Que você é CHA-TA. – o moreno falou pausadamente e deu um gole em sua bebida.

- Só fique sabendo que seu eu descobrir como voltar para casa, eu não vou carregar nenhum bêbado. Você ouviu? – a garota perguntou e o moreno abanou a mão em sinal de descaso.

A morena virou-se para o horizonte, podendo ver as ondas se encontrarem com a areia e a lua iluminar a água. Minutos se passaram assim e logo um sorriso malandro estampou seu rosto. Thalia pegou a garrafa, sorrateiramente e deu um longo gole, soltando um arquejo de satisfação, chamando assim, a atenção de Nico.

- Ei! Isso é meu. – o moreno disse revoltado e a morena deu de ombros, sorvendo ainda mais a bebida.

- Até parece que você ia agüentar duas garrafas. Olha só o seu estado. – a morena disse depois de largar o gargalo da garrafa.

- É claro, que eu agüento. – o moreno disse um pouco enrolado.

Thalia deduziu que a bebida ingerida ainda na boate começava a fazer efeito, e não se mostrou antes devido à adrenalina que pulsava nas veias de ambos ao fugirem dos brutamontes. Mas agora... Era inegável o fato de os dois estarem bêbados.

- Eu disse que as garrafas eram MINHAS! – Nico aponta pela segunda vez e Thalia revira os olhos.

-Perdeu, playboy! – a morena disse e deu mais um longo gole em sua bebida.

O moreno arqueou a sobrancelha e Thalia fez o mesmo, em um claro sinal de desafio.

- Vamos ver se você agüenta! – o moreno disse – No já. – Thalia assentiu com a cabeça e iniciou a contagem.

- 1...

- Já. – Nico disse e a morena se atrapalhou alguns segundos, mas logo os dois bebiam com rapidez, sorvendo todo o liquido da garrafa.

O liquido puro descia rasgando na garganta de ambos, mas nenhum dos dois estava disposto a abrir mão dessa pequena “vitória”. Nico fez uma careta depois de soltar a garrafa e o gesto fora repetido pela Grace.

- Ganhei! – o moreno disse.

O Di Ângelo se deitou na areia e ficou olhando para o céu, desejando mentalmente que a lua parasse de se duplicar e pela segunda vez, Thalia o imitou deitando-se ao seu lado, com um sorriso de orelha a orelha que passou despercebido pelo moreno. Minutos se passaram com cada um com seus pensamentos, quando Thalia começou a rir, escandalosamente, atraindo a atenção de Nico.

- Doida... – o Di Ângelo disse encolhendo-se na espera do golpe, que não veio. O moreno estava completamente confuso.

Nico olhou para o lado e encarou Thalia como se a mesma fosse um ser de outro planeta. Bom, era isso ou a bebida estava fazendo efeito, Nico resolveu ficar com a segunda opção. Ele voltou a se deitar e deu um sorrisinho mínimo diante a alegria exagerada de Thalia.

Alguns segundos depois o silêncio voltou a reinar e de repente o moreno sentiu um peso extra em cima de seu corpo, fato que o fez abrir os olhos, instantaneamente.

Thalia Grace estava em cima de si com um sorriso de tirar a sanidade de qualquer homem.

Isso não iria prestar! Não mesmo.

O Di Ângelo esfregou os olhos para certificar-se de que aquilo estava acontecendo e que aquela cena era real. E por incrível que pareça era!

- Eu sou chata, Nico? – a morena perguntou rente ao ouvido do moreno e a voz da mesma fez com que alguns fios de cabelo se arrepiassem em sua nuca.

Nico respirou fundo para responder e a morena deu-lhe um beijo no canto da boca, deixando-o desnorteado.

- Mas hein? – Nico balbuciou e Thalia soltou uma risadinha entre os beijos que distribuía no pescoço do moreno.

- Eu sou chata? – a garota repetiu a pergunta, fazendo uma trilha de beijos do maxilar até a base do pescoço do Di Ângelo.

- N- não. – o garoto gaguejou e Thalia sorriu vitoriosa.

- Que bom. Não é mesmo? – a morena disse.

Nico nada respondeu, apenas segurou com firmeza a cintura da morena, certificando-se que ela não se afastaria tão cedo. Thalia arreganhou o sorriso de vitória com o ato do moreno e passou a dar pequenas mordidas entre um beijo e outro, quase levando o Di Ângelo à loucura, esse que não demorou muito tempo para capturar a boca da morena em um beijo de tirar o fôlego.

O gosto de álcool era presente na boca de ambos, mas isso não os impediu de continuar com a agarração. As línguas duelavam entre si e as mãos faziam caminhos, até então, desconhecidos.

Thalia arranhou o peitoral e o abdômen do moreno, fazendo com que o mesmo arfasse. Para não ficar barato, Nico apertou sua coxa direita, que já estava descoberta e a morena também ofegou surpresa pela audácia.

O ar logo se fez necessário e Nico seguiu uma trilha de beijos e chupões no pescoço da Grace indo até o decote em seu colo, o que fez a morena deixar outro suspiro escapar. Nico logo passou as mãos nas laterais do corpo da morena, fazendo com que a mesma sorrisse, maliciosamente.

A Grace levantou-se deixando cada perna na lateral do corpo de Nico, fazendo com que o mesmo ficasse entre elas. Já em pé a morena olhou para Nico que parecia hipnotizado com a visão que tinha, Thalia jogou os quadris para os lados, simulando uma dança lenta e o Di Ângelo acompanhou os movimento com a cabeça.

Nico apoiou-se nos braços deixando seu tronco e a cabeça inclinados, com a mão direita tentou pegar a coxa de Thalia, mas a mesma não deixou afastando a mão com um tapa, fazendo com que o moreno a afastasse. Thalia percorreu o corpo com suas próprias mãos e soltou uma risadinha quando viu que o moreno a acompanhava com os olhos.   

- Está calor, não é mesmo? – a Grace perguntou sarcástica e Nico assentiu com a cabeça, debilmente.

Thalia desceu as mãos até a barra do vestido e começou a subi-lo, lentamente, deixando Nico louco. A calcinha de renda preta começara a aparecer e o moreno estava tentado a tocar a pele branca de Thalia, por isso estendeu a mão mais uma vez.

- Nananinanão. - Thalia disse mexendo a cabeça em um sinal claro de negação. – Você não pode me tocar até segundas ordens.

A morena tinha perdido completamente a noção de onde se encontravam e quando recobrasse a consciência ela cometeria suicídio, além do fato de poderem ser pegos a qualquer momento. Nico estava a ponto de falar sobre a situação que se encontravam, quando Thalia livrou-se completamente do vestido.

As objeções que já estavam na ponta da língua se perderam em algum lugar da mente nublada de Nico. O vestido não tinha mais serventia, por isso Thalia o jogou no rosto de Nico, que praticamente babava em seu corpo.

- Está muito calor! – o moreno exclamou e Thalia riu. O moreno estava pronto para agarrá-la quando...

...

- E o resto?! – Thalia gritou, exasperada, chamando a atenção dos demais clientes que estavam na pequena padaria.

- Eu não lembro! – Nico disse massageando a cabeça, atrás de uma memória completa.

- Como assim não se lembra? Eu praticamente fiz um strip para você e não se lembra do resto?

- É, é exatamente isso.

- Você precisa se lembrar.

- É claro que eu preciso, já pensou? Eu fiquei com você e eu faço questão de te lembrar isso até o fim do mundo. – Nico soltou uma gargalhada ao ver a expressão de descrença estampando o rosto da Grace.

A morena levantou-se e começou a andar até a saída da pequena padaria, deixando Nico confuso.

- Ei, aonde você vai?

- Se realmente eu fiquei com você... – Thalia fez uma cara de desgosto. – Vou precisar de um banho com cândida.

- Nossa... Como você é dramática. – Nico disse e começou a acompanhá-la pelas ruas de Long Island.

Thalia andava com uma cara de nojo e Nico divertia-se vendo a expressão da morena, andaram até a entrada de um píer, quando o Di Ângelo disse:

- E você não se lembra de nada? – Thalia torceu o nariz e negou com a cabeça.

- A minha cabeça está doendo muito, não quero piorar a dor. – a morena disse e Nico a olhou incrédulo.

- Ah. Então, quer dizer que a minha cabeça pode até explodir, mas eu preciso me lembrar do que aconteceu? – Nico perguntou sarcástico.

- É isso aí. Mas veja pelo lado bom, se a sua cabeça explodisse não seria uma coisa ruim! – Thalia exclamou fingindo-se de animada, mas a verdade era que a fala do moreno lhe dera um pouquinho de esperança em relação à possibilidade.

- Vai, Lia. Tente se lembrar de alguma coisa. – Nico pediu, educadamente. – E veja pelo lado bom, se sua cabeça explodir você não irá viver tempo suficiente para que eu possa te zoar por desfrutar do meu delicioso corpo.

Thalia revirou os olhos, mas forçou sua mente a se lembrar de algo.

- O cara chegou em mim, começou a falar algumas besteiras e me agarrou, depois você chegou. Eu quase castrei o cara. Nós fugimos. – Thalia franziu o cenho tentando lembra-se de mais alguma coisa. – Andamos iguais baratas tontas e você me chamou de turrona. O que eu ainda não esqueci! – o moreno encolheu-se ao lado de Thalia. – Você entrou em um bar cheio de bêbados, depois brigamos pelas garrafas de vodca e você me chamou de chata. O que eu também não esqueci. – os olhos azuis elétricos da morena brilhavam de raiva.

- Thalia, pelo amor de Deus! Isso tudo eu te contei. – Nico disse e a morena bufou.

- Está bom... Eu comecei a te beijar. Argh. QUE NOJO. – Thalia gritou e Nico riu, escandalosamente.

- Você não falou isso, enquanto me beijava. Não é mesmo?

- Inspira, expira. Inspira, expira. – Thalia murmurava e o moreno se divertia. – Continuando... Eu tirei o meu vestido e...

...


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Notas finais do capítulo

Eu sou má, muito MÁ!!!!
Agora é muito sério... Eu tenho o próximo capitulo escrito em um caderno, falta só digitar o que eu faço em dois dias, sacome né, internet atrai muito a minha atenção KKKKK, eu posso postar o capitylo daqui dois dias ou daqui duas semanas, vai depender do número de reviews.
Outra coisa: daqui uns seis capitulo ou mais, não sei ainda, o periodo de um ano terá de passar e para fazer essa passagem eu pensei em fazer quatro capitulos bonus no ponto de vista do Nico, da Thalia, da Annabeth e do Percy e talvez de outro alguém sei lá. Deixem reviews sobre isso. POR FAVOR.
Eu volto para a escola nessa quarta feira. eu sei é TRÁGICO.
Que tal 15 ou 20 reviews, afinal tenho quase 100 leitores e mais de 25 favoritos, acho que não é um número muito alto.
Beijos e até mais.