It Is The Life... escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 33
Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Hey!!!!
Como vão, meus amados?
Eu vou bem, Graças aos Deuses...
Desculpa pela demora desse capitulo, minha casa virou colonia de férias, meus primos resolveram me visitar uma vez na vida. KKKKK
Espero que gostem do capitulo.



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Amizade com benefícios.

Annabeth riu ao pensar nessas três palavrinhas. Só um louco seria capaz de propor algo assim, e Percy era louco o suficiente para tal ato.

Os dois haviam iniciado esse novo “relacionamento” no começo da semana, e até aquele momento ninguém havia desconfiado de nada, afinal, aquele era o segredo deles, como Percy falara.

– Hey, Percy. Poderíamos ocultar essa “amizade”, por um tempo? – a loira perguntara no dia seguinte.

O moreno fez uma careta, e como sempre concordou com ela.

– Esse será o nosso segredinho. – ele respondeu e deu um selinho nela, que batera em seu ombro, afinal qualquer um poderia ver aquela troca de afeto.

– Idiota. – Annabeth murmurou ao ver Percy saindo para a faculdade.

A Chase ficara bem mais tranqüila, quando Percy concordou com si, se tomassem o cuidado devido Calypso nunca, sequer desconfiaria do que acontecia entre os dois, e apesar de negar com todas suas forças, Annabeth tinha medo do que Calypso era capaz de fazer.

A loira estava terminando de arrumar suas malas, quando a porta de seu quarto fora aberta.

– Hey. Precisa de ajuda? – Percy perguntou colocando a cabeça para dentro do quarto. Annabeth sorriu e assentiu com a cabeça.

– Poderia fechar essa mala pra mim? – a loira perguntou apontando para o objeto que jazia em cima da cama.

– Claro. Sobe. – Percy pediu e Annabeth franziu o cenho, confusa. – Sobe em cima da mala. – o moreno pediu novamente e a loira sentou, deixando que os pés pendessem de um lado para o outro.

– Já preparou suas coisas? – a loira perguntou, enquanto Percy fechava sua mala.

– Não. Você me ajuda? – o moreno perguntou assim que terminara de fechar a mala.

– Sabia que você queria alguma coisa. – Annabeth disse cruzando os braços e sorrindo vitoriosa.

– Vai, Sabidinha. Não custa nada você me ajudar. – o moreno disse fazendo biquinho, e Annabeth roubou-lhe um selinho, fazendo com que o Jackson sorrisse.

– Se eu me recusar a te ajudar, para quem você vai recorrer? – a loira disse sorrindo.

Percy colocou as mãos nas coxas da garota e aproximou o rosto, ficando praticamente de testa colada com a loira.

– Peço ajuda pra minha mãe... E seu ela não fizer eu peço para a Maria. – o moreno disse, achando-se muito esperto.

– Você teve praticamente uma semana, para arrumar essa mala. Por que não fez isso antes? – Annabeth disse, colocando suas pequenas mãos no enorme peitoral de Percy, o empurrando.

– Preguiça? – o moreno afastou-se de Annabeth dando de ombros.

A loira rolou os olhos e saiu de seu quarto, indo até o do moreno que a seguia. Annabeth arregalou os olhos ao abrir a porta do cômodo, o mesmo estava uma verdadeira bagunça.

– Por acaso, passou um furacão aqui? – a Chase perguntou erguendo uma cueca, que Percy deixara em cima da cama.

– Talvez? – Percy disse o que era para ser uma afirmação, saiu em tom de dúvida.

Annabeth balançou a cabeça negativamente e Percy amaldiçoou-se mentalmente, pela bagunça que deixara em seu quarto.

– Vamos começar isso logo. – a loira disse referindo-se a arrumação da mala. – Pega o que você acha necessário.

Percy pegou uma mala de tamanho médio, duas bermudas, sunga, roupa intima e duas camisetas, depois ficou olhando para Annabeth.

– Só isso? – a loira perguntou, e Percy deu de ombros, sinalizando que sim. – Vocês, homens, são sempre assim, se possível viajavam somente com a roupa do corpo. – Annabeth disse mexendo no closet de Percy.

– Enquanto você está arrumando essas coisas, eu vou esvaziar a câmera. – o moreno disse ligando o computador.

– Folgado. – Annabeth murmurou e Percy lhe direcionou um sorriso amarelo.

Quando a garota terminara de arrumar as coisas do moreno, ela puxou um pufe cinza que tinha no quarto de Percy, e sentou-se ao lado do garoto, surpreendendo-o.

– Que pasta é essa? – Annabeth perguntou apontando para um arquivo, cujo nome era Annabeth – Surpresa.

Percy amaldiçoou-se pela loira ter visto aquilo, afinal se tratava de uma surpresa, como o arquivo dizia.

– São as fotos para o seu álbum. – Percy disse soltando o ar, que até então, não tinha reparado que segurava. Também não era para menos, Thalia o mataria se sonhasse que Annabeth desconfiava de algo.

– Posso ver? – Annabeth perguntou olhando para o rosto de Percy em busca de qualquer coisa que o denunciasse.

– É surpresa, Sabidinha. – o moreno disse e beijou-lhe a bochecha quando a mesma fechou a cara.

– Tá bom. Você viu a Thalia? – a loira perguntara olhando as horas que o computador indicava. – Já era para ela ter chegado da faculdade. – a garota completou olhando para Percy.

– Ela deve ter ido fazer um trabalho na casa de alguém, sei lá. – o moreno disse dando de ombros.

“Eu mereço o Oscar por ser tão bom como ator.” – o moreno pensou consigo.

...

Thalia estava aliviada, finalmente tinha conseguido arrumar tudo que era necessário para o que estava planejando. Faltavam somente duas coisas pendentes: arrumar as malas e desconvidar um convidado, ou melhor, uma convidada inconveniente.

A morena foi direto para a edícula no final do jardim de sua mãe, e sem pedir por permissão adentrou o local.

– Maria? – a morena chamou, e ninguém respondeu. – Maria? – voltou a chamar e dessa vez obterá resposta.

– Minha mãe não está aqui, Grace. – Calypso disse aparecendo no batente da porta que dava em um corredor.

– Ótimo. Porque eu quero falar com você. – Thalia disse colocando um pequeno enfeite de mesa, de volta no lugar em que o achara.

– Que pena, eu não quero falar com você. – a filha da empregada disse com desdém, dando ênfase no você.

– Mas é um assunto do seu interesse. – a morena de olhos azuis disse, e Calypso deu um passo à frente. – Tem a ver com a ida na praia. – a Grace completou e a morena de olhos cor âmbar esperou que ela continuasse. – Infelizmente você não vai poder ir. – Thalia disse e Calypso arregalou os olhos.

– Como não? Poseidon me convidara. – a garota disse.

Sim, Poseidon tinha convida Calypso e sua mãe para acompanhá-los na ida até Montauk.

– Primeiramente, para você é Sr. Poseidon. E em segundo, eu sei quais são as suas intenções indo até lá, e acredite, eu não vou deixar você se aproximar do Percy, ou até mesmo da Annabeth. Por isso você vai dizer que não poderá ir, porque tem um trabalho para fazer. Entendeu? – a morena disse com seus olhos faiscando de raiva, e por sinal os olhos de Calypso estavam do mesmo jeito.

– Seria uma grande desfeita da minha parte, afinal o Sr. Poseidon, me convidou pessoalmente. Seria feio eu fazer algo assim. – Calypso disse sorrindo vitoriosa, e Thalia abriu um sorriso ainda maior, quando voltou a falar:

– Acredite em mim, seria muito mais feio, se eu deixasse escapar que você quase matou a Annabeth atropelada, que por sinal é uma hospede que meus pais estimam demais. Ai sim seria feio. – Thalia disse, e Calypso abriu a boca para revidar, mas a morena foi mais rápida emendando sua fala. – E o que será que o Percy pensaria de você? Com toda a certeza, seria algo horrível. – a garota finalizou sorrindo desdenhosa.

– Está me chantageando, Grace? – Calypso perguntou, enquanto Thalia sentava-se no sofá a desafiando com o olhar.

– Chame do que quiser: ameaça, chantagem, ou até mesmo aviso. – Thalia disse dando de ombros.

– Que coisa feia, Thalia. – Calypso disse balançando a cabeça em sinal de negação.

– Engraçado. Não era feio, quando você estava fazendo a mesma coisa com a Annabeth. – Thalia disse levantando-se e caminhando até a porta. – Espero que você faça a coisa certa, senão... O mundo saberá do que você, a doce e inocente, Calypso é capaz. Entendeu? Eu espero que sim. – Thalia disse batendo a porta atrás de si.

A morena estava satisfeita consigo mesma, a garota sabia que era boa com chantagens, sejam elas emocionais, ou físicas. Mas aquilo que ela tinha acabado de fazer, superava qualquer outra ameaça que a mesma já tinha feito em sua vida.

Thalia subiu as escadas cantarolando uma melodia qualquer, mas estancou em seu lugar, quando viu Annabeth deixando o quarto de Percy.

– O que você estava fazendo lá dentro? – Thalia perguntou com os olhos arregalados.

Annabeth olhou confusa para a amiga, e olhou para a porta do quarto de Percy.

– Nada demais. Só o estava ajudando com as malas. – a loira contou meia verdade, afinal, Thalia não ficaria muito animada em saber, que sua melhor amiga e seu irmão estavam trocando saliva dentro do quarto do moreno.

Thalia deu de ombros e olhou Annabeth com o olhar de cachorrinho sem dono e abriu um sorriso, que poderia ser rotulado com encantador. A loira rolou os olhos e disse para a amiga:

– Deixe-me adivinhar... – Annabeth colocou a mão debaixo do queixo e fingiu pensar – Você precisa de ajuda com a sua mala? – antes de terminar a loira já estava sendo puxada para dentro do quarto de Thalia.

...

Sexta-feira passou voando e logo era sábado e para ser mais exata, eram sete da manhã.

– Vamos logo. – Poseidon gritou do pé da escada.

– Pensei que você já estivesse acostumado. – Percy disse, quase dormindo no sofá.

Poseidon e Percy já estavam prontos, esperavam somente as mulheres que se resumiam em: Sally, Thalia, Annabeth, Maria e Calypso.

– Eu tinha me esquecido que para sair dessa casa no horário É NECESSÁRIO ACORDAR QUATRO HORAS ANTES. - Poseidon gritou a última parte. Percy riu e voltou sua atenção para o jogo de celular, a única coisa que o mantinha acordado.

Annabeth logo desceu carregando sua mala, e Poseidon a ajudou nos últimos degraus.

–Obrigada. – a loira disse sentando-se ao lado de Percy e Poseidon deu de ombros, sentando-se ao lado da loira.

O homem de barba rala e olhos verdes batia com insistência a chave do carro na perna esquerda e aquilo estava começando a irritar seu filho.

–Que para com isso, pelo amor de Deus? – Percy perguntou colocando a mão em cima da do pai, que deu um sorriso culpado.

– Foi mal. – Poseidon disse e Percy tirou a mão voltando à atenção para seu celular.

Minutos depois desse uma Thalia sonolenta, e Poseidon berra, assustando-a:

– THALIA GRACE. – a morena arregalou os olhos para o pai. – Posso saber por que você AINDA ESTÁ DE PIJAMA? – o homem voltou a gritar na última parte.

– Isso não é um pijama, é uma camisola. – Thalia disse para irritá-lo e sorriu satisfeita ao ver o homem ficar vermelho.

– Não me responda desse jeito, mocinha. – o homem disse ainda vermelho. – Por que ainda não está pronta? – o homem perguntou.

Thalia continuou de boca fechada. E Poseidon franziu o cenho, não entendendo nada.

– Você mandou-a não te responder. – Percy disse, ainda olhando o jogo no celular.

– Thalia, pelo amor de Deus. Deixa de ser infantil. – Poseidon disse e Thalia o olhou cética.

– O senhor que é contraditório. – Thalia disse e Poseidon a olhou nervoso. – Tudo bem. Eu respondo. O resto do povo e eu temos que pegar os resultados dos testes dessas duas semanas. – a morena disse olhando o pai com um olhar sugestivo. Poseidon franziu o cenho.

– Mas no sábado? – Annabeth perguntou desconfiada.

– Não sou eu quem faz as regras daquele inferno. – Thalia disse dando de ombros e sentando-se entre Annabeth e Percy, fazendo com que o irmão perdesse no jogo.

– Idiota. – o moreno diz.

– Bem feito. – Thalia respondeu olhando as unhas.

– Então, você e o resto de seus amigos vão mais tarde? – Poseidon perguntou ainda confuso.

– É, pai. – a morena olhou sugestivamente para Annabeth, que estava distraída pensando em algo. Foi então, que Poseidon lembrou-se do que estavam planejando.

– Ótimo. Então, vai a Annie, o Percy, sua mãe, Maria, Calypso e eu agora. Vamos precisar de outro carro. – Poseidon disse pensativo.

– Podemos ir com o carro da Bianca, o Nico não precisa pegar resultado nenhum. Ai, vai Nico, Annabeth e eu no carro da irmã dele, e o resto na caminhonete. – Percy disse prestando atenção nos demais presentes.

– O Nico não pode ir. – Thalia falou e Percy franziu o cenho.

– Por que não? – o moreno perguntou, e a morena rolou os olhos impaciente.

– Porque ele não pode. – Thalia disse estressada.

– Thalia, tem que ter um motivo. – Percy disse ainda confuso, e se irritando com a insistência da irmã.

– Realmente, Thalia. Precisa de um motivo, para o Nico não poder ir. – Annabeth se meteu, achando tudo aquilo muito estranho.

Enquanto a loira estava com a atenção sobre Thalia, Poseidon murmurou algo no ouvido de Percy e logo a expressão do moreno ficou estampada com o entendimento.

– Ahhhh. – o moreno soltou e Annabeth o olhou.

– Ahhhh. – Thalia imitou o irmão e bateu na própria testa murmurando algo como: “Homens lerdos” ou “Eu não sou dessa família.”

– Por que o Nico não pode ir, Percy? – Annabeth perguntou, e o moreno sorriu malicioso.

– Thalia e ele vão se agarrar por ai. – Percy disse e deu uma piscadela para a irmã.

– Ei! – Poseidon e Thalia disseram em uníssono.

– Isso é modo de falar da sua irmã, Perseu? – Poseidon perguntou bravo.

– Como se isso fosse algum segredo, acredite querido pai. Essa daí, já fez coisas piores. – Percy disse e Thalia deu-lhe um soco no braço, relativamente forte, na verdade muito forte.

Poseidon estava com as mãos tampando os ouvido e murmurava:

“Eu não preciso saber disso.” Ou “Tiraram a inocência da minha garotinha.”

– Vish... Acho que foi a Thalia que tirou a inocência dos garotos e não o contrário. – Percy disse e seu pai arregalou os olhos, e em seguida o moreno recebeu outro soco no mesmo braço. – Ei. Isso dói. – o moreno disse exasperado, e Thalia riu cínica.

– Eu quero arrancar o pedaço. – a morena disse e deu outro soco, Percy massageou o braço e se “escondeu” atrás de Annabeth, que só ria da situação.

– Posso saber o que está acontecendo aqui? – Sally perguntou no pé da escada e todos se silenciaram.

– O papai ainda achava que Thalia era virgem, só estou contando a verdade para ele. – Percy disse fingindo-se de inocente e balançando a cabeça negativamente.

Thalia correu e começou a socá-lo na costa e o moreno tentava se esquivar, sem muito sucesso.

– Thalia pare de bater no seu irmão, e você, Percy pare de falar das intimidades de sua irmã. – a mulher disse apontando para o dois, que pararam imediatamente. – E você querido... – a mulher disse ajoelhando-se em frente ao marido. – Isso aconteceu a tanto tempo, que você não precisa ficar preocupado. – a mulher encerrou vendo o marido arregalar os olhos. Percy e Annabeth riam iguais a condenados, e Thalia estava mais vermelha do que uma pimenta malagueta pronta para ser colhida.

“Eu não precisava saber disso. Eu não precisava saber disso.” Poseidon murmurava balançando-se para frente e para trás, e o circo teria pegado fogo se Calypso não tivesse entrando na sala de estar com uma mala na mão direita.

Thalia a olhou, raivosa, e a morena sustentou seu olhar. Maria entrou atrás da filha com uma mala menor.

– Bom, já que estão todos aqui, podemos seguir viagem. – Poseidon agradeceu mentalmente pela conversa ter sido interrompida.

Todos foram para a garagem, e Poseidon juntamente com Percy começaram a colocar as malas e suas pranchas na parte traseira da caminhonete. Quando terminaram Poseidon olhou para os presentes e franziu o cenho, apesar da caminhonete ser enorme só tinha cinco lugares, alguém teria de ir depois.

– Não cabe todo mundo, quem fica? – o homem perguntou e antes que alguém se manifestasse, Calypso começou a falar:

– Não se preocupem. Eu não vou poder ir. Tenho um trabalho importante para entregar essa semana, e ainda nem comecei. – a morena disse doce e inocente. Annabeth e Thalia estavam com vontade pular no pescoço fino da garota. Como alguém poderia ser tão falsa, como aquela garota era?

– Que chato, será que você não pode pedir para deixar pra entregar depois? – Sally perguntou e Calypso olhou para Thalia que negou, disfarçadamente, com a cabeça. A morena de olhos cor de âmbar fechou a cara, e sem saída respondeu:

– Infelizmente, não. Mas fica para uma próxima.

“Não haverá uma próxima.” – Thalia pensou consigo, e sorriu vitoriosa ao ver Calypso despedindo-se de todos.

Annabeth olhou sugestivamente para Thalia que sorria, e quando a morena percebeu o olhar da melhor amiga alargou ainda mais, se possível, o sorriso vitorioso. E logo Annabeth deduziu que aquele “trabalho’ tinha o dedo, não dedo não, mas a mão inteira de Thalia.

Thalia despediu-se de todos e quando viu o carro se afastar de vez, correu para se arrumar.

Já tinha alguns minutos que estavam dentro do carro, Sally disse:

– Pare em algum lugar para que possamos tomar café. – Poseidon fechou a cara.

– Tomamos café lá, senão chegaremos muito tarde. – o homem disse e sorriu.

– Eu quero tomar café agora. – Sally disse ajeitando o cabelo no espelho do retrovisor. – Aposto que estão todos com fome. – a mulher completou e ouviu sons de concordância, que foram interrompidos assim que Poseidon virou-se para olhá-los.

– Aposto que não estariam com fome, se tivessem acordado mais cedo e preparado o café, mas não deixam para acordar em cima da hora. Mas quando eu digo, para dormir cedo e acordar cedo, quem disse que alguém me ouve. Ninguém me ouve. – Poseidon murmurou emburrado e Sally o olhou, fazendo com que o homem se calasse.

– Disse alguma coisa, meu bem? – a mulher perguntou inocentemente e Poseidon negou com a cabeça. – achei que tivesse ouvido alguma coisa.

Maria, Percy e Annabeth riram e Poseidon fechou ainda mais a cara. A loira deitou a cabeça no ombro de Percy e o moreno começou a acariciar os cabelos dourados de Annabeth, fazendo com que a mesma cochilasse.

– Você gosta mesmo dela, não é mesmo? – Maria perguntou rente ao ouvido do moreno, como se disse um enorme segredo, mas naquele momento, aquele era o grande segredo de Percy.

O garoto corou e Maria viu aquilo como uma afirmação, então sorriu e afastou-se de Percy. A mulher, por acidente, ouvira a conversa de Percy e Thalia e ficou orgulhosa quando o moreno dissera que havia crescido e que Annabeth era diferente das outras. Quantas vezes Maria não ouvira o moreno menosprezar uma garota? Ou até mesmo encontrar um pedaço de papel com nomes, e mais nomes de garota? Inúmeras e aquilo a decepcionava, porque seu menino só tinha se transformado naquilo por ter parado de acreditar no amor. E a mulher tinha certeza, de que Annabeth o faria mudar de ideia.

...

Depois do café da manhã, eles seguiram para Montauk e quando chegaram já passava das onze da manhã, sendo assim a fome já se fazia presente.

A casa de Montauk era considerada uma mansão. Poseidon sempre gostara de praia e casa cheia, por isso o tamanho da casa e a vista. Sim, a vista era direta para o mar, e Percy adorava isso, aquele era o lugar que ele mais amava no mundo, e era bom poder voltar para aquele pedaço do paraíso.

Sally abriu a porta da frente e Percy foi o primeiro a entrar, o garoto olhou em volta e viu que continuava a mesma coisa. Era como se o tempo não tivesse passado.

A sala continha dois enormes sofás em cores pastéis, o assoalho era de madeira, a parede que dava vista para a praia era de vidro, e subia até o andar de cima, o que dava uma ótima iluminação pelo sol na parte do dia, e a noite pela lua, mas o enorme vidro estava escondido pela cortina branca.

Em frente ao sofá não tinha nada, até porque era necessário um controle que fazia com que a televisão descesse, de uma espécie de compartimento secreto, que economizava espaço, além de ser ótimo para evitar acidentes com bolas, algo que já acontecera em um passado distante. A mesa de centro estava disposta em seu lugar e era de madeira como os outros móveis dispostos na sala. Ao lado da sala de estar tinha a sala de jantar com uma mesa de até doze lugares também de madeira, o que dava um ar rústico e ao mesmo tempo luxuoso para a casa.

Percy não quis ir à cozinha, pois sabia que continuava a mesma coisa: armários brancos, pia, fogão e geladeira pretos, ou cinza, no caso do último item, uma mesa pequena para refeições rápidas e uma balcão que dividia a cozinha e dois ambientes.

O moreno subiu as escadas rapidamente dando de cara com as dezenas de portas, doze ao total, e no final do corredor tinha outra escada que levava a mais quatro quarto, uma biblioteca, sala de jogo e/ou música e a cobertura.

Percy subiu o último lance de escadas e entrou em seu quarto, aquele era o melhor de todos, tirando é claro o de seus pais. O quarto de Percy tinha duas paredes de vidro, uma dava vista para o mar, e a outra para a área da churrasqueira e da piscina, onde possuía uma escada que dava em um píer, que claro, acabava de encontro no mar.

Seu quarto estava igual quando viajara. Um guarda-roupa branco com detalhes verdes, as paredes em tons mesclados de verde claro e escuro, duas pranchas penduradas na parede onde a cabeceira de sua cama ficava encostada, e ao lado de sua cama de casal, que por sinal tinha vista para o mar, tinha dois criados-mudos brancos, com um abajur em cada.

Percy ainda estava analisando o quarto, quando Annabeth batera na porta.

– Posso entrar? – a loira perguntou, colocando somente a cabeça para dentro.

– Claro. – Percy disse sentando-se na cama e ela seguiu seu exemplo.

– Sally está pedindo que você desça, acho que precisam da sua ajuda. – Annabeth disse dando de ombros.

– Já estou descendo. – Percy disse tirando a camiseta, ficando somente de bermuda. E Annabeth amaldiçoou-se mentalmente por ter ficado encarando o belo físico de Percy. – Vamos? – o moreno perguntou divertido e a loira corou ao ver que ele tentava não rir dela.

– Claro, Perseu.

– Vai, sabidinha. Não fica brava comigo. A culpa não é minha se eu sou gostoso. – Percy disse passando o braço, envolta dos ombros de Annabeth que fechou a cara.

– Esqueceu-se do modesto. – a loira disse tirando os braços do moreno de si, e desceu na sua frente, emburrada.

Percy desceu e não encontrou sua mãe e nem Maria, e quando abriu a boca para perguntar, onde elas estavam, Poseidon fez sinal de silêncio e apontou para fora de casa. O moreno logo entendeu o que o pai queria, então o homem de barba rala tirou a camiseta e de fininho abriu uma das portas duplas e Percy o seguia em silêncio, Annabeth, que estava na sala, rolou os olhos divertida com a situação, e assim que Poseidon encostou a porta, Sally apareceu dizendo:

– Onde pensam que vão? – a mulher perguntou e os dois entraram em casa.

– Pegar uma onda? – Poseidon perguntou baixo, e Annabeth segurou-se para não rir.

Os dois pareciam dois adolescentes que foram pegos tentando ir para uma festa escondidos dos pais.

– Pois bem, vocês não vão. – Sally disse e Percy abriu a boca para reclamar, mas sua mãe não lhe deu chance. – Temos que limpar algumas coisas, além de que precisamos ir ao mercado, não tem nada na despensa. E daqui a pouco seus amigos chegarão, seria muito ruim não ter nada para comer. Não acha, Percy? – Sally o olhou, sugestiva, e Percy rolou os olhos.

– Só é ruim, porque eles são um bando de esfomeados. – Percy disse dando de ombros.

– Olha como fala de seus amigos. – Sally o repreendeu e o moreno sentou no sofá emburrado.

– É só a verdade. – o moreno deu de ombros, e a mulher o olhou, brava. Como podia ter um filho tão lerdo? – Mãe, é só uma onda. – o moreno disse e seu pai concordou com a cabeça.

– Eu conheço muito bem esse “é só uma onda” de vocês. – Sally disse para o marido e o filho. – Além de que você precisa ir ao mercado... – o moreno abriu a boca para discordar, mas a mulher não deixou – A não ser que queira limpar a os quartos.

Percy não estava entendendo nada. Eles tinham o caseiro para isso, para manter a casa limpa, porque sua mãe iria limpar o que já estava limpo?

– Meus Deuses! Esse garoto não é meu filho. – Poseidon usou uma expressão, que costumava usar com seu irmão, afinal eles tinham nomes de deuses.

– Querido, você é tão lerdo quanto ele. – Sally disse debochada e Poseidon fechou a cara.

– Filho, vá ao mercado do centro e leve a Annabeth. – Sally o olhou quando disse o nome da loira, então ele percebeu que devia tirá-la da casa.

– Tudo bem. – o moreno disse fingindo-se de entediado. – Vamos ao mercado, comprar comida para os mortos de fome? – Percy perguntou estendendo a mão para que Annabeth pudesse se levantar. A loira recusou, afinal ainda estava brava com ele, sem contar que era legal ver o mesmo se desculpar.

– Tem lista? – Percy perguntou.

– Maria está fazendo, esperem um minuto. – a mulher pediu e sumiu adentrando a cozinha.

Sally logo voltou com a lista, que por sinal não era pequena e lhe entregou juntamente com o cartão de crédito. Minutos depois os dois estavam a caminho do supermercado, no centro da pequena cidade.

Demorou um pouco para que chegassem, a casa em que estavam, ficava afastada da cidade, mas Percy ainda se lembrava do caminho que fizera inúmeras vezes com o pai.

Annabeth não pronunciara nenhuma palavra e Percy estava incomodado com aquilo, por isso disse:

– Peter, pede para sua mãe falar comigo. – Percy pediu para o filho de Annabeth e a loira arregalou os olhos. – Que foi? – o moreno perguntou assustado.

– Ele chutou mais forte. – Annabeth disse abismada.

– Sério? – Percy perguntou depois de dar a volta no carro, ajudando Annabeth a descer do carro. A loira assentiu com a cabeça e o moreno sorriu. – Será que seu eu pedir de novo, ele vai chutar? – Percy perguntou colocando a mão na barriga de Annabeth, que deu de ombros. – Peter, amigão. Você está me ouvindo? – Percy perguntou ajoelhando-se em frente de Annabeth, que arregalou os olhos surpresa.

Peter deu sua resposta, dando um chute na barriga da mãe, que pode ser sentindo por Percy, que ainda tinha a mão repousada na barriga da loira.

Percy riu e levantou-se para olhar Annabeth.

– Me desculpa por rir de você? – o moreno perguntou e dessa vez fora Annabeth quem riu.

– Já te disse que você fica lindo pedindo desculpas? – a loira perguntou e Percy fechou a cara, assentindo. Annabeth deu-lhe um selinho que o moreno fizera questão de aprofundar. Com certeza, Percy não enjoaria do gosto de chocolate com morango, tão cedo.

– Eu já te disse que você fica linda brava? – o moreno perguntou e Annabeth corou. – E corada, também. – Percy disse e deu-lhe um beijo na bochecha.

– Vem, vamos logo. – Annabeth disse puxando-o pela mão, que o mesmo entrelaçou, enquanto andava.

Pegaram um carrinho e começaram as compras. Estavam na fila da carne, quando um casal de idosos se aproximou dos dois e a mulher perguntou:

– Está com quantos meses, minha jovem? – Annabeth sorriu para a mulher.

– Seis meses. – a loira respondeu acariciando sua barriga.

– E você quer que seja um garotão, ou uma menininha? – a mulher perguntou para Percy, e os dois ficaram tensos.

– Desculpa, é que ela gosta de crianças, e mulheres grávidas. – o homem disse, quando Percy e Annabeth não responderam.

– Será o nosso garotão. – Percy respondeu, abrindo um enorme sorriso e Annabeth o olhou abismada.

– Que lindo. Vocês formam um lindo casal, com certeza essa criança terá muito amor. Se cuidem. – a mulher disse e o homem acenou com a cabeça, despedindo-se do casal.

Quando estavam longe, Annabeth virou-se para Percy com um olhar raivoso.

– Por que disse que era “nosso garotão”? – Annabeth perguntou brava tentando, em vão, imitar a voz de Percy. – Ficou louco?

– Você preferia que eu dissesse que era filho de outro, sendo que nós estávamos nos beijando desde que entramos nesse mercado? Aposto que ela entenderia muito bem, a nossa amizade, e com certeza, não acharia que você é uma puta, ou algo do gênero. – Percy disse seco, ele estava tentando ajudá-la e ela simplesmente briga com ele. – Pode deixar. Da próxima vez que encontrar os dois, eu conto a verdade.

Annabeth fechou a cara e virou-se para frente deixando Percy indignado.

Terminaram as compras e estavam indo para o carro, mas Percy ainda não tinha recebido nenhum sinal de que poderia voltar com ela para casa, então ele virou para o lado oposto do carro e seguiu andando, e sorriu quando percebeu que a loira o seguia.

– Aonde você vai? – a loira perguntou e Percy a olhou de esguelha e deu de ombros.

– Comprar sorvete. – o moreno disse e chegou à barraquinha, pedindo um sundae duplo, o moreno pagou seu sorvete, e olhou para Annabeth. – Vai querer alguma coisa?

Annabeth negou com a cabeça e o moreno deu de ombros, empurrando o carrinho para o carro. Ajudou a loira a colocar as compras na traseira da caminhonete e entraram no carro. Percy ligou o rádio e enquanto comia cantarolava algumas melodias, deixando Annabeth impaciente.

– Sai daí, que eu vou dirigir. – a loira disse, e Percy negou com a cabeça.

– Você não pode. – o moreno disse entre uma colherada e outra do seu precioso sorvete.

– Por que não? – a loira perguntou e Percy ergueu as sobrancelhas, como se a desafia-se a continuar com aquela discussão.

– Pelo simples fato de você estar grávida, e essa sua barriga ficar batendo no volante e se bobear nem o cinto fecha direito. – o moreno disse em tom superior e Annabeth bufou irritada.

– Você é chato.

– E você cabeça-dura.

– Irritante.

– Sabe-tudo.

Annabeth continuaria com as trocas de afeto se Percy não tivesse a ignorado, sim o moreno a ignorara em meio a uma discussão.

–The day I first met you

No dia em que te conheci

You told me you'd never fall in love

Você me disse que nunca se apaixonaria

Now that I get you

Agora que entendo você

I know fear is what it really was

Sei que era medo na verdade

Now here we are, so close

Agora estamos aqui, tão perto

Yet so far, haven't I passed the test?

E ainda tão longe, não fui aprovada no teste?

When will you realize

Quando você perceberá

Baby, I'm not like the rest?

Querido, que eu não sou como o resto?

Sim, Percy começara a cantar Give Your Heart A Break – Demi Lovato, e Annabeth teria ficado muito, mais muito irritada se a voz do moreno não fosse perfeita. A voz rouca e ao mesmo tempo suave, fez com que Annabeth se arrepiasse apesar da distância.

A música logo acabou e o silêncio voltara a reinar no carro.

– Desculpa. – Annabeth disse de repente e Percy tirou os olhos de seu sorvete.

– Pelo que? – o moreno sabia que estava abusando, mas o mesmo não sabia quando aquilo voltaria a acontecer.

– Por ter brigado com você, quando na verdade você só queria me ajudar. – a loira disse baixo, Percy ficou tentado a perguntar o que ela dissera, mas sabia que se fizesse isso era capaz de ficar sem os dentes.

– Está desculpa. – Annabeth sorriu e ele retribuiu o gracejo. – E só para constar, você também fica linda pedindo desculpas. – a loira corou e o moreno riu.

– Agora daria para você me levar pra casa? – a loira perguntou e Percy desviou a atenção de seu sorvete pela segunda vez.

– Nope. – o moreno disse e continuou a comer, lentamente, o seu sorvete.

– O que está acontecendo? – Annabeth perguntou autoritária, a loira odiava não saber de algo.

– Hãm? – o moreno perguntou confuso.

– O que está acontecendo? Não adianta dizer que nada, até porque vocês todos estão muito estranhos ultimamente. – a loira disse irritada.

– Todos? – Percy perguntou divertindo-se por dentro.

– É. Você, a Thalia, Poseidon, Sally, os garotos, a Silena, então nem se fala. – a loira disse enumerando com os dedos.

– O que te leva a crer que estamos estranhos? – Percy perguntou para enrolar.

– A Thalia todos os dias da semana chegou mais tarde. – a loira disse dando ênfase no todos.

– Teve ter ido fazer trabalho. – Percy deu de ombros.

– Poseidon e Sally vivem falando aos cochichos junto com Maria.

– Eu não entendo esse povo velho, então sei lá. – o moreno respondeu.

– E os garotos, toda vez que vou alguma coisa com algum deles, eles sempre acham um jeito de fugir da conversa. Por quê? – a Chase perguntou e Percy deu de ombros.

– Talvez estejam com medo da sua TPM. – Percy brincou e Annabeth o fuzilou- com o olhar.

– Eu não fico de TPM, porque estou grávida, idiota. – a loira respondeu seca e Percy encolheu-se no banco do motorista.

– Então, é a sua bipolaridade. – o moreno arriscou e quase se arrependeu ao ver o olhar que Annabeth lhe direcionava. – Sei lá, eles são um bando de retardados, eu não entendo o que passa na cabeça deles.

– Você é da mesma espécie, aposto que sabe sim. – a loira disse e Percy deu um sorriso malicioso. – Quer saber? Deixa quieto.

– Tá bom. Mais alguma coisa estranha? – Percy perguntou.

– A Silena mal falou comigo nessa semana. – a loira disse fingindo-se de triste e Percy quase deixou escapar o que estava acontecendo.

– Deve ser alguma semana de moda, em Paris, ou outro lugar.

– Quer saber? Eu desisto de tentar tirar alguma coisa de você. Será que da para me levar para casa? - Percy sentiu algo tremer em seu bolso, deduziu que tinha uma nova mensagem. Era a hora de levá-la de volta.

– Agora que eu já terminei o meu sundae, eu posso de levar. –Percy disse jogando o potinho em uma lixeira próxima e logo voltou para o carro, limpando os dedos nos shorts.

O caminho de volta foi silêncio e quando chegaram Annabeth não estranhou absolutamente nada, somente o fato das janelas ainda estarem cobertas, pelas enormes cortinas brancas. O moreno como um cavalheiro exemplar, abriu a porta e deixou que Annabeth entrasse primeiro.

A primeira coisa que a loira registrou foi, muitas pessoas pulando, sabe-se lá de onde e o grito em uníssono:

–SUPRESA!



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Notas finais do capítulo

O que acharam do capitulo?
Espero que tenham gostado...
Reviews e Recomendações, será que eu mereço?
Quero pedir a opiniãomde você pra uma coisinha.
Quantos capitulos vocÊ acham que é ideal para uma fic?
E estou tendo muitas ideias para It is the life... e acredito que ficara cansativo uma fic muito grande.
Então, espero a opinião de vocês nesse quesito.
OBS.: Os reviews do capitulo passado serão respondidos junto com esse. Beleza?
E por favor, deixem reviews, eu preciso saber que ainda tem gente que perde o tempo comigo.
Beijos e até o próximo capitulo.