Agora Annabeth tinha motivos suficientes para pirar, grávida aos 19 anos, sua família não aceitaria isso, seus pais não iriam aceitar. Logo começou a chorar. Thalia vendo a situação da amiga, somente abraçou a loira.

Ás vezes, um abraço ajuda aliviar o que estamos sentindo. Annabeth abraçou a outra de volta e chorou feito um bebê com medo.

- Thalia, meu pais vão me matar. – a loira disse desesperada.

- Não. Eles não vão. Eles te amam. Irão te ajudar. – a morena respondeu.

- E o Luke? O que será que ele vai fazer?- Annabeth perguntou mais para si mesma do que para a morena ao lado.

- Se ele te ama, tanto quanto ele diz amar, ele vai ser homem o suficiente e vai assumir esse filho. – a morena respondeu convicta.

Annabeth apegou-se mais ainda a morena e chorou mais. Muito tempo depois Thalia que já estava cansada se levantou e disse:

- Olha aqui Annabeth! – falou chamando sua atenção. – Agora que já fez a cagada, não adianta fica chorando, se não queria engravidar, tomasse cuidado. - Thalia disse para o espanto de Annabeth. – E se seus pais não aceitarem, o que eu duvido, ou o Luke. Fique sabendo, que euzinha – disse apontando para si – Vou te ajudar, sabe por quê? Porque você é minha irmã de coração. Entendeu? - Annabeth assentiu com a cabeça, com os olhos mareados, pronta para chorar de novo. – Ei! Você não me ouviu? Sem choro.

Depois das palavras de Thalia, a loira soube que teria pelo menos uma pessoa ao seu lado. Mas algo a fez sorrir verdadeiramente, ela notou que tinha um pedacinho seu dentro dela, ela estava carregando uma nova vida em seu ventre. Ela seria mamãe.

- Viu filho, a tia Thalia só sabe brigar com a mamãe. – Annabeth disse acariciando a barriga. Thalia sorriu ao ver o que a amiga estava fazendo.

- Nada a ver, sua mãe que é uma cabeça dura. – Thalia respondeu em sua defesa.

As duas riram do que estavam fazendo, com certeza essa criança teria muito amor pelo menos por da parte da mãe cabeça dura e da tia punk.

- Ahh. Claro Annabeth. Eu aceito sim ser a madrinha. – Thalia respondeu, ao convite que não foi feito.

- Vish. Eu não te convidei! Eu acho que vou convidar outra pessoa, meu filho não merece alguém como você para madrinha. – Annabeth soltou em tom de brincadeira.

- A ta. E você vai convidar quem posso saber? – Thalia levou o que Annabeth disse a sério. – Ahh. Já sei a Dominique da aula de cálculos. - Annabeth riu e disse:

- Não é uma certa punk que está com ciúmes.

- Ei. Eu não to com ciúmes não senhora. – Thalia protestou.

Ficaram conversando, sobre coisa de bebês, quando o estômago de Annabeth roncou.

- Acho que tem alguém com fome. – Thalia disse, mas a morena não estava atrás, já que não almoçara.

As duas desceram e prepararam dois sanduíches. Na porta  da geladeira tinha um bilhete.

Annie,

Não se esqueça de pegar o vestido.

Beijos mamãe.

Annabeth sorriu ao ver o bilhete. Daqui alguns anos seria ela deixando bilhetes assim.

- Punk, temos uma festa para ir. – Thalia praticamente pulara da cadeira, quando Annabeth mencionara a festa. Olhou para o relógio e já passavam das três da tarde, elas tinham menos de quatro horas para estarem na festa.

Desceram e foram até a loja pegar os vestidos que usariam a noite. Uma moça atendeu as duas, tiveram que provar os vestidos antes de retirá-los, para ver se estava tudo certo.

Voltaram para o apartamento onde se arrumaram, horas depois estavam se olhando em frente do grande espelho que havia dentro do closet de Annabeth.

Thalia estava com um vestido roxo balonê tomara que caia até dois palmos antes do joelho, que tinha uma faixa preta que marca sua cintura. O sapato era uma ankle boots pretas com tachas que fazia o estilo de Thalia, a maquiagem pesada que também era sua marca registrada destacava seus olhos e seu cabelos que horas atrás estavam lisos, agora possuíam lindo cachos que caiam levemente em suas costas e sua franja caia de lado. Realmente estava muito linda.

Annabeth não estava atrás. Seu vestido era azul escuro, que por sinal era a cor da empresa, tinha uma faixa preta abaixo do busto, depois da faixa camadas de renda de caiam levemente até o final do vestido que, era dois palmos acima do joelho.  Usava um scarpin preto, sua maquiagem diferente da de Thalia era franca, mas também realçava seus olhos que possuíam um brilho especial de felicidade os tornando quase azul. Seu cabelo estava trançado e caia no seu ombro direito.

Olharam-se uma última vez, pegaram os sobretudos, já que era inverno e desceram, mas em vez de pegar o carro de Thalia ou de Annabeth, avistaram Argos motorista particular dos pais de Annie, seria ele que as levaria para a festa.

Entraram no carro e desejaram boa noite à Argos que respondeu com um aceno de cabeça ele não era muito de falar. O caminho foi rápido já que não havia trânsito, chegaram ao hotel onde estava acontecendo à festa e foram surpreendidas por muitos flashes.

Já no hall de entrada do prédio podia ver que tinha muita gente, seguiram até o salão principal do hotel, que estava enfeitado com as cores da empresa, os funcionários com suas famílias estavam em mesas, sócios e investidores também estavam presentes, além de outras pessoas que tinham alguma ligação com a empresa.

Annabeth esticou um pouco o pescoço em busca de seus pais, os encontrou ao lado de seu avô e seus tios Ares e Apolo que também eram sócios da empresa, nada mais justo. Foi na direção deles sendo seguida por Thalia.

- Mãe, Pai. – Annabeth disse chamando a atenção de todos os presentes.

- Minha filha. Vejo que chegou na hora combinada. – Frederick disse olhando para o relógio.

- Deixe-a em paz, Frederick. – disse seu avô em sua defesa.

- Está muito bonita minha filha. – sua mãe se pronunciou pela primeira vez. – Boa Noite, Thalia. Também está muito bonita.

- Obrigado Sra. Chase. A senhora também está muito bonita. – Thalia respondeu educadamente, e não era mentira. Annabeth era praticamente a cópia da mãe só que mais nova, é claro.

- Annabeth, pensei que seu namorado viria? Cadê ele? – perguntou-lhe sua mãe a procura de alguém. Ela supôs ser seu namorado.

- Ele não pode vir, por causa do pai dele. – respondeu Annabeth

- Queria apresentá-lo ao resto da família.

Uma mulher muito bonita passou ao lado deles, e logo Apolo disse:

- Se me derem licença, tenho alguns assuntos para resolver.

Típico de Apolo, ele sempre agia assim quando via uma mulher, Annabeth revirou os olhos juntamente com Thalia e Atena murmurou algo como “Homens”, fazendo com que Ares, Frederick e Max rissem.

- Atena,  você sabe se meus pais já chegaram? – Thalia perguntou. Atena não gostava muito de ser chamada de senhora, achava que ficava muito velha quando chamada assim, mas é claro que na empresa devia ser mantido o respeito entre funcionário e chefe.

- Ahh. Sim, eles chegaram. – Atena respondeu olhando o salão até avistar uma mesa onde estavam uma mulher de cabelos castanhos e um homem de olhos verdes. Thalia agradeceu e foi na direção do casal. Annabeth ficara para cumprimentar os convidados junto com a família.

Quase no meio da festa Annabeth viu sua prima Clarisse La Rue, filha de Ares, sua mãe tinha fugido quando a garota nascera deixando-a com o pai, de expressão dura quase não vai com a cara de ninguém, mas quando a conhecem descobrem que ela é uma boa garota. Alta, ruiva e bonita estava com o namorado Chris Rodriguez. Annabeth resolveu não atrapalhar o casal.

Seu outro primo, agora filho de Apolo, Will Solace, é igualzinho o pai loiro, bronzeado e faz muito sucesso com as mulheres, seus pais se separaram um ano depois de se casar, Apolo alega que nasceu para ficar solteiro. Sua mãe diz que ainda vai aparecer uma mulher que vai controlá-lo.

A festa seguiu-se sem muitos acontecimentos, pessoas a cumprimentava, outras diziam o quanto estava bonita e a mesma agradecia, sabe bajular a filha dos chefes ás vezes dá certo.   

Quando viu que estava muito tarde, despediu-se de seus familiares, de Thalia e da família dela e pediu que Argos a leva-se para casa, o caminho foi silencioso.

Chegou em casa tomou banho, colocou um pijama quente e deitou olhou para um porta-retrato onde tinha uma foto de Luke, acariciou a face dele e pensou: “Nós vamos ter um filho, Meu amor.” Depois disso caiu na inconsciência, sonhando com a família perfeita onde ela, Luke e o filho de ambos sorriam.