It Is The Life... escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 28
Fúria/ Menino


Notas iniciais do capítulo

Hey!!!!!!!!!
Estou de volta.
Minhas provas acabaram. ESTOU MUITO FELIZ.
Não postei esse capitulo antes, pois no domingo quando estava praticamente terminando de escrever esse cap, caiu uma tempestade aqui em Sampa e acabou a força fazendo com que o meu capitulo se perdesse.
Então tive que reescreve-lo o que eu achei melhor.
BEM-VINDOS os leitores novos e obrigada aqueles que favoritaram a minha história.
Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/218949/chapter/28

Calypso estava furiosa.

A morena tinha planejado completamente tudo quando soubera pela mãe aonde Percy e seus amigos iriam naquela noite. A primeira coisa que fez foi ligar para uma de suas amigas, de preferência a mais burra, afinal seria mais fácil de enrolar. Depois se arrumou para o seu encontro casual com Percy, que não passaria de uma mera coincidência. Na verdade era o que ela queria que certo moreno de olhos verdes achasse.

Sua amiga logo chegou à casa dos patrões de sua mãe. A morena a cumprimentou e a loira respondeu com um sorriso. E cerca de trinta minutos depois elas já admiravam o estabelecimento, Calypso deu um sorriso em expectativa, que aumentou ainda mais quando a mesma avistou de longe a caminhonete de Percy.

- Vamos? – Mary perguntou e Calypso assentiu com a cabeça deixando o carro.

As duas atravessaram a rua e logo estavam andando pela área aberta do local. Calypso insistiu para que fossem para dentro, mas assim que entraram, foi possível ver a enorme mesa onde se encontrava Percy e seus amigos e como ela, ainda, não queria chamar muita atenção, fez com que Mary e ela sentassem em uma mesa ao ar livre. Mas é obvio que o lugar escolhido tinha visão privilegiada de uma certa mesa.

Calypso começara a prestar muita atenção na mesa, observando qualquer movimento que dessem, mas algo prendeu sua atenção. Percy e Annabeth, para ser mais exata.

Os dois estavam separados por uma cadeira, ou seja, por uma pessoa. Que Calypso reconheceu sendo Thalia. Porém não foi exatamente isso que prendera sua atenção, mas sim a forma como Annabeth parecia ignorar Percy, e aquilo a deixou feliz. Pelo visto Annabeth tinha entendido muito bem o “aviso” que a morena lhe dera mais cedo.

Os minutos que se seguiram ficaram um pouco confusos para a morena, mas ela logo percebeu que a movimentação de dinheiro se tratava de uma aposta.

Mary que tinha ido ao bar minutos antes, voltara com dois copos de uma bebida qualquer, mas antes que pudesse entregar um dos copos para a amiga, fora interrompida por uma mulher falando de dentro do local onde havia o palco para as apresentações. 

- E a primeira a se apresentar é: Silena Beauregard. – a morena rolou os olhos.

- Oi. – Silena disse animada e logo continuou – Eu vou cantar a música Lucky, do Jason Mraz. – Calypso repetiu o rolar de olhos. A morena odiava Silena, qualquer pessoa que não a conhecesse diria que era pela forma de agir de Silena, mas na verdade era pela proximidade que a garota tinha com Perseu.

Calypso voltou sua atenção para a mesa, mas dessa vez não encontrou todos nela. Provavelmente tinham ido dançar ou aplaudir a patricinha em forma de Barbie que cantava. Foi então, que a morena viu a oportunidade perfeita de colocar seu plano em ação.

- Mary, sabe o Di Ângelo? – a morena perguntou como se não quisesse nada.

- Sei. Por quê? – sua amiga perguntou interessada na conversa.

- Sabe... Não querendo fazer fofoca, mas você sabe que eu moro na casa do Percy. E bom o Nico vive lá e um dia desses, eu o ouvi conversando com o Percy sobre uma tal de Mary do curso de Dermatologia. – a morena disse desmentindo tudo, mentalmente, é claro. – E pelo que eu saiba só existe uma Mary nesse curso. – ela terminou dando de ombros.

- Sério, que ele estava falando de mim? – a loira perguntou retoricamente.

- Acha que estou mentido para você? – Calypso perguntou fingindo-se de ofendida.

- Não. – a garota negou e sorriu diante a perspectiva.

- Que bom! Mas voltando... Ele está aqui, eu acho que é uma ótima oportunidade de ficar com ele. O que você acha? – a morena perguntou e Mary sorriu, ainda mais se possível.

- Onde ele está? – a loira perguntou rodando o local com o olhar.

- Eu o vi lá dentro, provavelmente foi no bar ou está dançando. Ia quase me esquecendo, vê se arruma um amigo dele para mim. Beleza? – Calypso assentiu sorrindo.

- De preferência um moreno de olhos verdes, com o nome de Perseu. Certo? – Mary se levantou e Calypso sorriu para ela.

- Ei, Mary? – Calypso chamou antes que Mary desse mais um passo. – Só não aparente estar desesperada por ele. Tudo bem? – a morena perguntou e Mary assentiu com a cabeça.

Apesar de estar usando a amiga para um plano seu, ela odiava que qualquer mulher parecesse desesperada por um homem. A morena achava ridículo esse tipo de comportamento, além de ser uma tremenda falta de respeito por si mesma.

Ao ver sua amiga desaparecer dentro do salão, seus pensamentos tomaram outro rumo. Na verdade eles voltaram-se para o seu plano. A primeira parte estava praticamente concluída, agora só faltava Nico pedir para sair com Mary e a mesma usar a desculpa de que estava acompanhada. Logo o moreno de olhos negros pediria para um amigo, de preferência Percy para sair com a tal “amiga”. Calypso estava convicta de que Percy aceitaria sair com a tal “amiga”, afinal o moreno não é de negar uma garota. Bom, o resto ela se encarregaria pessoalmente.

Minuto incontáveis já haviam se passado e Calypso sentiu sede, mas antes que pudesse entrar no salão, olhou para cima e seu rosto que antes não demonstrava nenhuma emoção, contorceu-se em uma expressão de raiva.

No andar de cima estavam Annabeth e Percy rindo de algo que o moreno falara, mas o que mais irritou a morena fora o braço de Perseu nos ombros da garota, e o braço dela o abraçando de lado.

Calypso se voltou para a entrada do karaokê e andou a passos firmes até o bar. Sentou-se em um dos bancos que tinha perto do balcão e pediu uma dose de tequila para o barman, assim que seu copinho chegou, ela o tomou em uma única virada e logo depois começou a procurar sua amiga com o olhar. Calypso a encontrara nos fundos do estabelecimento se agarrando com Nico, e antes que desviasse o olhar viu Mary cochichar alguma coisa no ouvido do moreno e o mesmo sorriu, sorriso que Calypso classificou como malicioso.   

“Agora é só uma questão de tempo” a morena disse mentalmente. A mesma ainda estava convicta de que Percy aceitaria sair com a “amiga” de Mary.

Calypso voltara para sua mesa e olhou novamente para cima, só que dessa vez não encontrou Percy ou Annabeth, o que fez a morena sentir-se com mais raiva, por ter perdido eles de vista. Mas logo esse sentimento foi dissipado ao ver Nico e Mary aos beijos saindo do karaokê, mas sua atenção mudou novamente de rumo ao ver Thalia passar furiosa pelos dois, que pareceram não perceber a morena.

Thalia Grace. Estava ai, outra garota por quem Calypso nutria o sentimento de ódio, mas diferente de Silena, não era pela sua proximidade com Percy, ou algo parecido. E sim porque a morena não conseguia enganar Thalia.

Sua atenção mudou novamente ao ver Nico indo conversar com Percy, mas a morena não conseguiu concentrar-se nas expressões dos dois, pois seu olhar estava voltado para as mãos entrelaçadas de Percy e Annabeth, tal cena vez Calypso apertar com força exagerada o enfeite que tinha em cima da mesa, deixando-o deformado.

Todavia, sua raiva chegou ao ápice ao ver Percy e Annabeth caminharem até a caminhonete preta, onde Thalia estava encostada com cara de pousos amigos. Os três entraram e deixaram o karaokê para trás.

Calypso balbuciava palavrões destinados a Percy por não ter aceitado sair com ela, mas a maioria era para Annabeth, mas o motivo resumia na existência da loira.

- Calypso? – a morena saiu de seus devaneios ao ouvir a voz grossa de Nico chamar seu nome.

- Nico? – a morena se fez de desentendida.

- Você é a amiga... Da Mary? – Nico forçou a mente para lembrar o nome da mulher ao seu lado, tal ato não passou despercebido por Calypso, mas por Mary, sim.

- Sou. Por quê? – a morena ainda estava no papel de moça desentendida.

- Nada, não. – Nico achou estranha aquela pequena coincidência.

- Amiga, eu não conse... – Mary começou a falar, mas Calypso a cortou prevendo o que sairia de sua boca.

- Mary, eu vou para casa. Estou morrendo de dor de cabeça. – a morena disse passando a mão na cabeça.

- Que pena. – Nico disse e Calypso franziu o cenho não entendendo a sua frase. – Percy acabou de ir embora, ele podia ter de dado uma carona.

- O Percy estava aqui? – a morena perguntou inocente e Nico assentiu com a cabeça. E antes que Mary abrisse a boca para soltar uma barbaridade, Calypso foi mais rápida e continuou - Que pena, mesmo. Mas agora eu vou indo. Boa noite para vocês. –Calypso ainda conseguiu dar um sorriso malicioso, que Nico retribuiu e logo em seguida dando um beijo no pescoço de Mary.

A morena começou andar em direção da rua, quando ela lembrou-se que tinha ido com Mary, até pensou em pedir o carro emprestado, mas ao voltar-se na direção em que o carro estava estacionado, viu Nico abrindo a porta do motorista e Mary a do passageiro, pelo visto sua carona tinha lhe esquecido.

- Ahhhhh. – a morena gritou e começou a andar na direção do ponto de ônibus, mas a exatos cinco passos sentiu que havia pisado em algo mole, respirou fundo tomando coragem e olhou no que havia pisado e mentalmente amaldiçoou todos os cachorros existentes no mundo, mas não resistiu em falar em voz alta. – Annabeth Chase, você me paga. Você não perde por esperar.

...

Annabeth estava animada.

Sexta-feira chegou na mesma velocidade em que o tempo estava passando nos últimos meses, ou seja, rápido. A loira tinha uma consulta, e na mesma descobriria o sexo de seu filho, mas ela já tinha uma pontinha de certeza de que seria um menino. E como intuição de mãe não falha.

- Por que o Di Ângelo faltou ontem? – Thalia perguntou desinteressada.

- Por que você quer saber? – Percy perguntou depois de dar uma mordida em seu pão de queijo.

- Curiosidade. – Thalia respondeu dando de ombros, mas Percy deu um sorriso malicioso.

- Sei... – o moreno de olhos verdes disse e Thalia o fuzilou com o olhar.

- Vai responder ou não? – a morena de olhos azuis elétricos perguntou nervosa e o sorriso de Percy aumentou. – Quer saber? Deixa pra lá. – a morena completou emburrada e bebericou seu café.

- Pelo visto a noite dele foi boa. – Percy disse ao lembrar-se da loira com quem o amigo estava na noite do karaokê. Annabeth e Thalia rolaram os olhos ao ouvirem o comentário de Percy.

Minutos se passaram e o silêncio reinou novamente na mesa, sendo interrompido quando Thalia terminou seu café.

- Vamos? – a morena perguntou para Annabeth que pediu um minuto com as mãos.

Thalia bufou e foi para a sala.

- Por que a Thalia pode faltar e eu não? – Percy perguntou igual a uma criança de sete anos.

- Filho... – Sally começou a responder, mas Thalia da sala a cortou.

- Porque você não é padrinho. – a morena respondeu e deu risada.

- Ninguém te chamou na conversa, Thalia. – Percy gritou e bufou.

- Mas eu quis me intrometer. E ai, vai fazer o que? – a morena perguntou e soltou outra risada.

Percy já sabia que Thalia seria a madrinha do filho de Annabeth, mas o moreno também queria ser padrinho e Annie vendo os exemplos que seu filho teria com eles, achou melhor não. Mas como a loira não queria magoar Percy respondeu que iria pensar e assim que soubesse a resposta ele seria o primeiro, a saber.

- Annie, eu sou mais normal do que ela. – o moreno de olhos verdes disse e fez cara de pidão. A garota rolou os olhos diante a expressão de Percy e respondeu:

- Eu disse que iria pensar, não disse? – a loira perguntou e Percy balançou a cabeça positivamente. – Então, assim que eu tiver a resposta eu te conto. – a garota se levantou e saiu da sala de jantar e logo depois subiu para pegar suas coisas.

- Mãe... – Percy chamou e Sally olhou para o moreno, esperando seu pedido. – Deixe-me ir com elas? – Percy pediu e antes que Sally respondesse, Poseidon tomou à dianteira.

- Perseu você tem que ir para a faculdade, além de que Thalia e Annabeth sabem se cuidar. – o homem respondeu divertido com a agonia que Percy demonstrava sentir.

- A verdade Perseu, é que ninguém te quer lá. – Thalia respondeu entrando no cômodo novamente, enquanto girava um de seus fones de ouvido.

Percy mostrou a língua para a irmã, ato totalmente infantil, e como Thalia também tinha a mentalidade de uma criança de cinco anos, fez uma careta em resposta ao irmão.

- Crianças! – Sally os repreendeu e os dois fizeram caretas.

- Não somos crianças! – disseram em uníssono e Poseidon soltou uma sonora gargalhada.

- Não é o que está parecendo. – a mulher respondeu e limpou a boca e logo depois, levantou-se deixando seu lugar e indo até a cozinha.

Thalia já havia terminado seu café, mas ao ver o último pedaço de bolo de chocolate estendeu a mão para pegar, porém ao fazer tal movimento viu mais duas mãos de aproximarem do pedaço.

- Ei! Esse pedaço é meu. – Poseidon disse quanto os três se afastaram.

- Não esse pedaço é MEU. – Percy respondeu e estendeu a mão, mas Thalia deu-lhe um tapa fazendo com que o moreno recuasse.

- É meu! Eu vi primeiro. – a morena de olhos azuis disse. Então se iniciou uma briga para ver quem ficaria com o último pedaço.

Os três estavam tão compenetrados na discussão que não viram quando Annabeth se aproximou e pegou o último pedaço.

- É meu e ponto. Eu sou o mais velho, mereço o pedaço. – Poseidon disse encerrando assim a discussão.

O homem estendeu a mão para pegar o bolo de chocolate e quando percebeu que não tinha mais nada na bandeja, olhou para os lados assustados e seus filhos riram.

- Quem pegou? – Poseidon perguntou, fazendo Thalia e Percy dar de ombros.

- Oh. O senhor queria aquele pedaço? – Annabeth perguntou preocupada. – É... É que eu vi o pedaço e pensei que ninguém o queria. – a loira respondeu culpada.

- Não. Tudo bem, Annie. – o homem respondeu.

- Bem feito! – Percy disse rindo e Thalia o acompanhou.

- Bem feito! Bem feito! – o homem repetiu o filho, fazendo uma imitação da voz do mesmo e logo depois uma careta.

- O que está acontecendo? – Sally perguntou entrando na sala de jantar.

Annabeth contou a história resumidamente, e claro com as intromissões de Percy, Thalia e Poseidon que queriam contar suas versões dos fatos. Sally soltou um muxoxo e disse:

- Havia me esquecido completamente de tinha TRÊS crianças em casa. – a mulher deu ênfase no “três” e recebeu uma careta do marido. – Vamos? – Sally perguntou para o homem que pegou seu paletó e deu um beijo na testa de Thalia e Annabeth que sorriram e quando foi repetir o gesto com Perseu, o moreno se esquivou e disse:

- Eu não sou mulherzinha para receber beijo na testa. – o moreno cruzou os braços. Mas Poseidon deu assim mesmo, só para contrariar o filho.

- Vejo vocês à noite. – o homem respondeu e Sally a acompanhou.

- Boa consulta para você. – disse para Annabeth. – E vocês... Se comportem. – disse apontando para seus filhos que rolaram os olhos. E logo depois ela mandou um beijo para cada um.

- Vamos? – Annabeth perguntou e Thalia assentiu.

- Querem carona? – Percy perguntou as seguindo e Thalia negou com a cabeça.

-Nós vamos no meu carro. – a morena disse mostrando suas chaves.

Percy soltou um muxoxo, mas não disse nada. O moreno entrou em sua caminhonete, jogando sua mochila no banco do passageiro. Já Thalia e Annabeth entraram no Camaro da morena que ao ligar soltou um ronco feroz, que fez a garota de olhos azuis sorrir de satisfação. Já tinha um bom tempo que não dirigia seu bebê.

Assim que os dois carros passaram pelo enorme portão, ficaram lado a lado, fazendo com que Thalia tivesse uma ideia. A morena pisou no acelerador, o que fez o ronco do motor ficar mais alto. Percy sorriu e gritou:

- Tem certeza, Thalia?

- Absoluta. – a morena gritou de volta e antes que Annabeth pudesse impedir a garota, a morena soltou o freio de mão, arrancando assim o carro.

Percy demorou alguns segundos para perceber que a irmã já tinha dado partida, mas assim que o notou acelerou sua caminhonete ficando alguns quilômetros atrás de Thalia.

- Vocês são loucos? – Annabeth perguntou para Thalia.

- Pensei que já tivesse se acostumado. – a morena respondeu e continuou acelerando, parando somente quando o fluxo de carros se tornou maior.

Percy parou sua enorme caminhonete preta ao lado do passageiro e gritou:

- Maior mancada sua, Thalia. – a morena revirou os olhos e projetou o corpo para cima do de Annabeth, fazendo com que seu rosto ficasse visível.

- A culpa é minha se você é lento demais? – a garota perguntou e deu um sorriso cínico.

Seu irmão não respondeu, até porque o sinal abriu. Sendo assim, cada um seguiu um caminho. Percy indo para a faculdade e as garotas indo para o hospital.

Não demorou muito para que estivessem em frente ao hospital, mas não puderam estacionar o carro no estacionamento anexo ao estabelecimento, porque o mesmo estava passando por uma reforma, sendo assim Thalia teve que deixar seu bebê em um estacionamento a três quadras do hospital.

- Nervosa? – Thalia perguntou a Annabeth, enquanto caminhavam até o hospital.

- Não... – Annabeth mentiu, a loira estava quase explodindo de curiosidade.

- Acha que me engana, Annabeth Chase? – a morena perguntou e Annie sorriu, ela não conseguiria enganar Thalia.

- A verdade é que estou morrendo de curiosidade. – a garota respondeu passando a mão na barriga que já se fazia presente. E Thalia sorriu.

- Se eu disser que também estou nervosa você vai estranhar? – a morena perguntou e Annabeth negou com a cabeça. – Que bom! – Thalia disse soltando uma lufada de ar, representando alivio.

Logo chegaram ao hall do hospital, Annabeth caminhou até a recepcionista Claire e a cumprimentou.

- Bom Dia, Claire. – a loira disse e recebeu um sorriso em resposta.

- Venho para sua consulta das nove. Estou certa? – a mulher perguntou e Annabeth sorriu em confirmação. – Bom ainda falta uma hora e meia, mas como hoje a Dra. Justine está com poucos pacientes é capaz de que ela te atenda antes.

- Obrigada, Claire. – Annabeth disse e caminhou com Thalia até a sala de espera.

As duas começaram a conversar sobre coisas banais, como séries de TV, homens bonitos, nada que as preocupassem. O momento fofoca do dia fora interrompido com a Dra. Justine chamando Annabeth.

- Bom dia. Annabeth e... – a mulher olhou para Thalia procurando saber seu nome.

- Thalia, Thalia Grace. – a morena disse estendendo a mão para a doutora.

- Dra. Justine, mas pode me chamar somente de Justine. – a mulher disse apertando a mão da morena de olhos azuis. – Suponho que a senhorita seje amiga dessa moça. – Justine disse em tom de divertimento, apontando para Annabeth e as duas confirmaram com a cabeça.

- Bom. Annabeth você tem se cuidado. Certo? – a doutora disse em um tom sério. E Annabeth assentiu com a cabeça. – Não queremos que se repita o incidente dessa semana, não é mesmo?

- Não Justine, longe disse. – a loira responde com uma careta ao lembrar-se de seu quase aborto, tais lembranças fizeram com que ela passasse os braços por sua barriga, protegendo assim seu filho.

- Ótimo. Eu irei te recomendar algumas vitaminas, algo de praxe, mas que ajudará muito durante a gestação, além de te deixar um pouco mais disposta. – a mulher respondeu anotando algumas coisas em um papel com o logotipo do hospital. Ao terminar de escrever ela olhou para Annabeth e continuou – Preparada para saber o sexo do bebê?

A garota de olhos cinzentos sorriu e balançou a cabeça concordando.

Justine caminhou até uma maca e sentou-se em uma cadeira a direita da maca e começou a ligar o aparelho que já era tão conhecido por Annabeth.

- Só peço que levante a blusa. – a doutora pediu e Annabeth levantou até a altura dos seios a camiseta cinza que usava, a loira deitou-se na maca e sentiu algo gélido em contado com sua barriga. – O tamanho de sua barriga está normal para o período de gestação. – Justine disse e Annabeth sentiu o rolo do ultra-som em seu ventre e o mesmo acabava espalhando o gel para o resto da barriga.

- O que é esse ponto branco? – Thalia perguntou praticamente debruçada sobre a televisão do aparelho.

- Esse daqui? – a doutora perguntou e Thalia concordou com a cabeça.

- Essa é a cabeça do bebê. – Justine explicou e Thalia soltou um som de compreensão. Annabeth se virou um pouco e viu a cabeça de seu filho.

De repente começaram a ouvir um som ritmado, mas muito constante e Justine explicou.

- Esse é o coração dele, ou dela. É normal que bata nessa velocidade. – os olhos de Annabeth se encheram de lágrimas. A garota já tinha ouvido o som do coração de seu filho antes, mas todas as vezes que o escuta ela tem a confirmação de que ele realmente existe e que dali alguns meses ele estará em seus braços. A loira secou suas lágrimas e ao mesmo tempo viu Thalia fazer o mesmo.

- Está chorando Thalia? – a loira perguntou dando um sorriso em meio às lágrimas.

- Não. É que caiu um cisco no me olho. – a morena respondeu, mas era possível ver que seus olhos estavam mais claros, e isso só acontecia quando a mesma chorava ou estava muito feliz.

A verdade era que a morena estava emocionada. Saber que seria a madrinha daquele pequeno serzinho, fez com que Thalia visse que teria uma grande parcela na educação do filho de Annabeth, afinal ela seria a madrinha, isso já era motivo suficiente para estar emocionada. E a morena estava disposta a ajudar a amiga em qualquer dificuldade que aparecesse no caminho dos dois. Ela a ajudaria, coisa que Luke não fora capaz de fazer.

- Bom... Vamos ver... – a doutora começou a dizer fazendo com que a atenção das duas se voltasse para o monitor. – Parabéns, Annabeth... – Justine fez mais um suspense e perguntou. – Tem preferência entre menino, ou menina?

- Não. – Annabeth respondeu, mas Thalia disse ao mesmo tempo:

- Menina. – a loira a questionou com o olhar e a morena continuou – Eu apostei cem dólares de que seria uma menina. – Thalia disse exasperada, fazendo com que as duas rissem.

- Bom. Então eu sinto em lhe dizer que Annabeth será mãe de um belo garotão. – a doutora disse e o sorriso de Annabeth se alargou ainda mais.

Thalia também sorriu, estava feliz pela a amiga e por incrível que pareça não estava triste por perder o dinheiro.

- Parabéns, mamãe. – Thalia a parabenizou e apertou a mão direita de Annabeth.

...

Annabeth e Thalia andavam de volta para o estacionamento e a garota de olhos cinzentos fez questão de parar em uma livraria para que pudesse comprar alguns livros, maioria deles tinham algo relacionado à como criar um bebê.

Thalia também teve que fazer sua parada, mas dessa vez foi em um café, a morena estava com fome. Então pediu um capuccino e um croissant de chocolate, o seu favorito. Annabeth saiu do estabelecimento primeiro que Thalia e mexia em seu celular, afinal ela precisava dar a noticia para seus amigos.

“Já descobri... Será um MENINO!” E marcou todos os seus familiares e amigos.

Chegou a faixa de pedestre, olhou para o farol que mostrava que a mesma tinha vintes segundos para atravessar a rua, seria tempo suficiente, até porque a rua não era tão larga.

A loira começou a atravessar e quando estava no meio da faixa, viu um carro cinza passara raspando e a única coisa que ouviu foi um grito, e esse vinha de Thalia:

- ANNABETH! 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quem será o motorista irresponsável?
Gostaram de ser menino?
Gostaram da decepção da Calypso?
Deixem reviews com as opiniões de vocês. Beleza.
Garanto que o próximo capitulo vai estar muito bom, então recomendo a todos a mandarem muito, muitos reviews porque assim postarei mais rápido, e a única coisa que digo e que vale a pena.
Obrigado aos reviews do capitulo anterior.
Beijos e até o próximo capitulo.