A noite chegou com uma velocidade impressionante, e com ela a hora para ir ao tão falado karaokê.

As meninas se arrumaram rapidamente, já que de cinco em cinco minutos Percy gritava para que se apressassem. O moreno estava impaciente, porque Nico mandava-lhe mensagem pedindo para que agilizassem, afinal todos já estavam lá.

- Maria, por que mulher tem que demorar tanto para se arrumar? – Percy perguntou ao sentar-se no balcão da cozinha.

- Você gostaria de saiu com uma menina que estivesse com o cabelo bagunçado? Ou com a maquiagem feia? Ou até mesmo com a roupa amassada? – Maria foi enumerando com os dedos e Percy pensou um pouco antes de responder.

- Depende. – a mulher franziu o cenho diante a resposta. – Talvez com o cabelo um pouco bagunçado, ela pode ficar sexy. – o moreno de olhos verdes deu um sorriso malicioso e foi repreendido por Maria, mas não se abalou e continuou seu pensamento. – Talvez ela fique mais bonita sem maquiagem. E até mesmo fique com a roupa amassada depois de um bom amasso. – Percy disse e sorriu novamente e Maria revirou os olhos diante o infame trocadilho que o rapaz fez.

- Duvido que você... Como é que vocês jovem dizem hoje em dia? – a mulher disse passando a mão na testa, em sinal de dúvida.

- Namorar? – Percy perguntou e a mulher balançou a cabeça em sinal de negação. – Pegar? – e novamente ela negou – Ficar? – o moreno perguntou novamente e ela assentiu com a cabeça abrindo um sorriso.

- Duvido que você fique com uma menina desarrumada. – a mulher disse e Percy ficou calado, até porque ele escolhe suas companhias a partir da beleza das mulheres. – Não disse? – Maria perguntou ao perceber que Percy concordava com ela.

Annabeth e Thalia logo desceram e a morena de olhos azuis usava uma calça jeans desgastadas e uma blusa dos Ramones de um ombro só e por baixo da blusa usava uma regata branca. Sua maquiagem pesada estava presente e a mesma calçava um coturno preto com taxas. Já Annabeth usava um vestido rosa bebê e por cima do mesmo uma jaqueta jeans clara que tinha as mangas dobradas até os cotovelos, nos pés usava uma sapatilha creme e sua maquiagem era bem leve.

Percy não pode deixar de reparar em como a garota de olhos cinza estava bonita, e se fosse em outra ocasião, com certeza teria a elogiado, mas achou que não deveria. Afinal o clima ainda estava estranho entre os dois, mas o moreno estava disposto a pedir desculpas. Até porque não gostaria de ficar afastado de Annabeth.

Nenhum dos três precisou pronunciar nenhuma palavra para que seguissem rumo ao carro, entraram silenciosamente, mas logo o silêncio fora preenchido pelo som que saia dos auto-falantes espalhados pelo carro.

Não demorou muito para que chegassem ao tal karaokê e por sorte conseguiram achar uma vaga, digamos que próxima do estabelecimento. Adentraram o local e logo acharam a mesa em que seus amigos se encontravam, ainda em silêncio caminharam até eles.

- Oi! – Thalia foi a primeira a se pronunciar e todos a cumprimentaram com uma saudação em uníssono que foi repetida quando Percy e Annabeth os saudaram.

Percy para mostrar cavalheirismo, puxou uma cadeira para que Annabeth se sentasse, mas Thalia foi mais rápida e logo se sentou. O moreno ia repetir o ato, quando viu Annabeth puxar sua própria cadeira e sentar-se sem dirigir o olhar a Percy. Nico vendo a ação da loira ergueu a sobrancelha negra e mandou um olhar sugestivo na direção de Percy, como se perguntasse o que havia acontecido, mas o moreno de olhos verdes deu de ombro demonstrando sua confusão.

A conversa logo foi reiniciada, e todos estavam se divertindo. O lugar era amplo e agradável, o ambiente era dividido em duas partes, sendo uma externa, considerada mais calma e a interna que era a mais agitada por conta do palco, onde diversas pessoas se apresentavam. A mesa mais movimentada era a de Percy, sendo que fora necessário juntar duas, eles estavam localizados em um canto do amplo estabelecimento, próximo a mesa tinha uma enorme janela que dava visão para a espécie de jardim projetada por algum decorador famoso de Nova York. O bar estava na outra extremidade e o banheiro aos fundos do local, o palco era enorme e chamava muita atenção por ter luzes que dançavam por ele, e na frente, praticamente no meio do salão tinha uma pista de dança, onde várias pessoas dançavam ao som de uma música agitada.

Percy tentava a todo custo fazer com que Annabeth conversasse com ele, mas a loira sempre encontrava um jeito de tirá-lo da conversa. Aquela situação já o estava irritando, ainda mais que Nico percebera o estranho clima que pairava entre seus dois amigos e mandava olhares curiosos na direção de Perseu, que continuava a dar de ombros.

- Annie, já sabe o sexo do bebê? – Silena perguntou animada.

- Não. Mas irei descobrir nessa sexta-feira. – Annabeth respondeu com o mesmo entusiasmo. A loira estava louca para saber se seu filho seria menino ou menina, porém a mulher já tinha uma pequena ideia do que seria.

- Aposto cem dólares que vai ser uma menina. – Connor disse colocando uma nota em cima da mesa.

Todos se sentiram desafiados naquele momento, e sem pestanejar, todos estavam apostando qual seria o sexo do filho de Annabeth.

- Mais cem de que será um menino. – Travis disse depositando mais dinheiro no centro da mesa.

- Menino. – Grover disse colocando outra nota de cem, em cima das outras duas.

- Menina. – Clarisse, depositou mais dinheiro.

- Menino. – Beckendorf disse – Vai jogar futebol com a gente. – o moreno continuou dando um sorriso para os outros homens presentes, fazendo com que as mulheres revirassem os olhos em desaprovação.

- Não, amor. Vai ser uma menina e vamos colocar vestidos rosa de babados. Vai ficar linda! – Silena respondeu depois de colocar o dinheiro sobre o monte que se formava. Só que dessa vez foram os meninos que rolaram os olhos e claro Thalia.

- Que nada. Ela vai ser que nem a tia. – a morena de olhos azuis disse depositando uma nota em cima do bolo no centro da mesa. – Nada de rosa para ela. – a morena disse emburrada.

- Até parece. – Silena disse, e todos prevendo a briga que começaria continuaram a apostar.

- Menino. – Nico disse e logo continuou. – Vai ser pegador que nem o tio aqui. – disse apontando para si mesmo.

- Deixa de ser convencido, Nico. Vai ser uma menina. – Bianca disse e colocou o dinheiro no centro da mesa.

Pouco a pouco todos já tinham apostado, pelo menos quase todos. Annabeth e Percy só ficaram vendo o movimento que seus amigos faziam, e divertiam-se quando as mesmas opiniões não eram partilhadas, logo se tornava uma pequena briga que era logo acalmada pelo resto do grupo.

- E vocês acham que vai ser o que? – Nico perguntou para os dois, que estavam perdidos em pensamentos. Que por sinal eram completamente diferentes.

Percy pensava em uma forma de fazer com que Annabeth voltasse a falar com ele, tudo que o moreno menos queria naquele momento era ficar sem falar com ela. O mesmo sentia que com a loira poderia ser ele mesmo, sem nada para que parecesse melhor, ou mais legal. Ele sentia que não precisava que ninguém lhe julgaria pelo seu passado. Resumindo, ele se sentia bem ao seu lado.

Já os pensamentos de Annabeth divagavam entre seu filho e o pai da criança. A loira se repreendeu, mentalmente, milhares de vezes quando percebia que pensava em Luke, mas quando seus amigos começaram a apostar qual seria o sexo de seu bebê, ela não pode deixar de pensar como ele seria. Se ele teria os cabelos dourados, igual à mãe, ou seria cor de areia igual do pai. Se os olhos seriam azuis cristalinos ou cinzas. Pensou até mesmo se seu filho herdaria alguma semelhança dos avós, seja eles maternos ou paternos. E para se permitir ter tais pensamentos era necessário, que certo loiro estivesse presente.

- Então, Annabeth você acha que vai ser o que? – Nico voltou a perguntar quando percebeu que Annabeth estava totalmente alheia ao que se passava a sua volta.

- Todos já apostaram? – a loira perguntou olhando para o centro da mesa, onde jazia um monte com notas de cem dólares.

- Falta o Percy. – o moreno de olhos negros disse olhando para o amigo, que percebeu.

- Menino. – Percy respondeu e depositou mais uma nota deixando o monte ainda mais desajeitado.

- Bom... Eu não vou apostar, mas eu acho que é um menino. – Annabeth disse acariciando a barriga e sorrindo.

- Ótimo. Então Percy, Beckendorf, Grover, Juniper, Travis, meus pais e o Di Ângelo apostaram que seria menino... – Thalia disse, mas antes que continuasse levantou o olhar e percebeu que todos os presentes estavam confusos. – Que foi? – a morena perguntou.

- Seus pais? – Clarisse perguntou.

- Eu avisei da aposta e eles quiseram apostar. – a morena disse dando de ombros – Mas continuando... Bianca, Will, Clarisse, Connor, Chris, Silena e eu apostamos que seria menina. Eu vou guardar o dinheiro e quando sair o resultado nós dividimos.

-E por que você vai ficar com o dinheiro? – Nico perguntou arqueando a sobrancelha negra.  

- Porque sou a madrinha da criança. – Thalia respondeu como se fosse óbvio.

- Nada a ver isso! – Nico disse e Thalia infantilmente lhe mostrou a língua. Annabeth prevendo a discussão que se iniciaria, interveio.

- Eu fico com o dinheiro. – a loira disse tirando o maço de notas da mão de Thalia e logo em seguida guardou em sua bolsa. A morena ficou emburrada e Nico acompanhado de toda a mesa riram fazendo com que a moça de olhos azuis elétricos ficasse ainda mais emburrada.  

 Eles teriam continuado a zuar com Thalia, mas uma mulher que aparentava ter trinta anos subiu ao palco e chamou a atenção de todos, informando que o karaokê seria aberto para o público, e em como qualquer outro estabelecimento com esse tipo de entretenimento, eles possuíam uma lista daqueles que desejavam participar e não foi surpresa para ninguém quando a mulher disse:

- E a primeira a se apresentar é: Silena Beauregard. – a morena se levantou radiante, e todos lhe desejaram sorte.

- Oi. – a morena disse animada e logo continuou – Eu vou canta a música Lucky, do Jason Mraz. – logo os primeiros acordes começaram a ressoar pelo ambiente e muitos casais rumaram até o centro do local e começaram a dançar.

 Grover, Juniper, Travis, Katie e até mesmo Clarisse e Chris seguiram o exemplo dos demais casais. Beckendorf fora para frente do palco, admirar a namorada, sobrando assim Connor, Will que logo foram atrás de uma distração, Bianca, Thalia, Annabeth, Nico e Percy que assim que foram abandonados pelos amigos ficaram em um silêncio incomodo.

A loira logo se levantou e disse que iria ao banheiro, mas as outras duas garotas observaram tal ato como uma escapa e logo a seguiram desejando saber o que havia ocorrido. Não eram só as meninas que estavam curiosas, Nico assim que viu as garotas em uma distância segura, logo perguntara ao amigo:

- O que aconteceu entre você e a Annie? – o moreno de olhos negros foi direto e em resposta recebeu um dar de ombros – Vamos Percy, me conte. – o garoto insistiu novamente.

O moreno de olhos verdes ponderou se contava ou não sobre o ocorrido naquela manhã e por fim decidiu que não contaria. Apesar de Nico ser seu amigo, Percy tinha a absoluta certeza de que Annabeth o ignorava por conta do beijo, e o moreno não via razões para isso, afinal os dois eram descompromissados, não deviam satisfações a ninguém. Mas talvez certa loira não achasse isso.

- Se eu realmente soubesse faria alguma coisa. – Percy disse, e Nico o fitou seriamente, mas não voltou a falar nada.

O moreno de olhos negros logo se levantou e disse algo como pegar uma bebida, mas Percy sabia muito bem que ele tinha arranjando algo melhor. O moreno de olhos verdes sorriu ao constar que estava certo, seu amigo estava falando com uma loira, que por sinal era muito bonita. Sua atenção foi tirada de seu amigo quando avistou Thalia e Bianca andarem lado a lado, mas nenhum sinal de uma loira que praticamente estava em todos os seus pensamentos.

Percy logo a encontrara saindo do banheiro e em questão de segundos o moreno estava atrás dela. O moreno tampou a boca da moça com a mão esquerda e com a outra a guiou até um lance de escada que passara despercebida por todos.

Assim que Annabeth entrou no banheiro, Thalia e Bianca também entraram, afinal estavam atrás dela e perguntaram o motivo dela estar agindo estranho, mas a loira nada respondeu e como desculpa disse que não estava se sentindo muito bem. Thalia preocupada disse que procuraria por Percy, e assim poderiam ir embora. Assim que as duas morenas saíram do banheiro, Annabeth lavou os pulsos e molhou a nuca. Olhou-se no espelho e soltou um longo suspiro e logo em seguida saiu do banheiro.

A loira não nem dado cinco passos, quando sentiu uma mão forte cobrir sua boca e a outra segurara sua cintura guiando-a para um lance de escadas, até então desconhecida pela garota. A moça de olhos cinzentos pensou em diversas possibilidades de quem seria o homem que a agarrara, mas suas hipóteses foram por água a baixo quando ela pode sentir com mais clareza o aroma de maresia que o homem exalava, e logo ela soube de quem se tratava.

- Você é louco? – a garota perguntou assim que Percy a soltara.

- Desculpa. Eu não queria te assustar. – o moreno disse cabisbaixo.

- Então, por que fez isso? – a loira perguntou exaltada. Ela não poderia ficar sofrendo fortes emoções e por um dia ela já tinha tido diversas.

- Eu quero saber o porquê de você estar me ignorando. O que eu fiz para você? – o morena ainda se negava a acreditar que ela o estava tratando daquela maneira por conta do beijo que ambos trocaram naquela manhã.

Annabeth refletiu sobre a pergunta do moreno. Eles tinham se beijado. Fato. Mas Percy não fizera aquilo sozinho, e por mais absurdo que soava na cabeça da loira fora ela quem terminou com a distância que os separava. Sendo assim fora ela que o beijara e não ao contrário.

- Aquilo não poderia ter acontecido, Percy. – a garota disse sentando-se em uma cadeira. O local em que os dois estavam era um enorme terraço que tinha seu perímetro rodeado por uma grade que evitava acidente. Naquela “andar” tinha outra espécie de bar e uma pista maior que a do andar de baixo, a única diferença era que as músicas tocadas naquele ambiente eram eletrônicas e que comandava a festa era um DJ, e não um dos clientes do local.

- E por que não? – Percy perguntou sentando-se ao lado da loira – Pelo que eu saiba, nós dois somos descompromissados. – o moreno continuou e viu Annabeth soltar um longo suspiro.

- Você não entenderia. – a garota disse, mas não passava de um sussurro.

- Tente me explicar. – o moreno pediu e ela olhou em seus olhos.

- Aquilo foi errado, Percy. – a loira repetiu e antes que Percy abrisse aboca para replicar ela continuou. – Estou grávida de outro homem, e por mais que eu me odeie por isso, ainda gosto dele. – Annabeth disse com os olhos lacrimejados.

Por mais que Percy quisesse dizer o quão estúpida Annabeth estava sendo por ainda gostar do tal de Luke, ele não disse nada, afinal ele não poderia lutar contra os sentimentos dela. Mas o moreno sentiu um sensação estranha como se fosse um vazio, e desde aquele momento ele odiara se sentir assim. Percy respirou fundo e percebeu que nada poderia fazer, senão dar um tempo a Annabeth. O garoto de olhos verdes passou o braço pelo ombro de Annabeth a abraçando de lado e disse:

- Por que você está triste? – o moreno se fez de desentendido e Annabeth soltou um risadinha entre um soluço e outro.

- Por causa de tudo que aconteceu. – a loira respondeu, e quando ela disse tudo, ela se referia a tudo mesmo. Desde a noticia da gravidez desde o maldito beijo daquela manhã.

- O que aconteceu? – o moreno perguntou ainda fingindo.

- Ahh. Você sabe. – Annabeth entrou na brincadeira dele. – O beijo.

- Que beijo? – Percy entendera muito bem o recado que Annabeth queria lhe passar e ele faria. Pelo menos por hora. Os dois fingiriam que não tinha acontecido nada entre os dois.

- Já te falaram que você é o melhor? – a loira perguntou e Percy sorriu convencido.

- Se eu responder você vai me chamar de convencido? – o moreno perguntou ainda com o sorriso presunçoso no rosto.

- Quer saber? Não me responda. – Annabeth disse passando a mão pela cintura de Percy.

Os dois se levantaram e foram até a grade e ficaram olhando as pessoas dançarem, se agarrarem e beberem, todos pareciam estar muito animados para uma quarta-feira.

Annabeth ainda estava olhando quando sentiu um olhar sobre si. A loira procurou pela multidão e antes que pudesse encontrar alguém, vislumbrou uma cabeleira morena dar as costas e entrar no andar de baixo. Annabeth conhecia aquela mulher e não gostou nada do que constatara. Abruptamente se separou de Percy que a olhou espantado pela atitude, a garota lhe direcionou um sorriso amarelo e colocou a mão na cabeça sinalizando que não estava bem, mas tudo não passava de encenação.

- Você está bem? – o moreno de olhos verdes perguntou preocupado.

- Só estou com um pouco de dor de cabeça. – a garota respondeu, Percy entrelaçou seus dedos aos dela e Annabeth não reclamou, afinal tinha gostado da sensação.

- Vamos chamar a Thalia para ir embora. – o moreno a arrastara até o andar de baixo.

Caminharam entre as pessoas que se esfregavam umas nas outras, e em nenhum momento se soltaram. Encontraram Thalia conversando com um homem e Percy logo fechou a cara.

- Vamos, Thalia. Seu namorado não vai gostar nada de saber que você estava de papo furado com um carinha qualquer, enquanto ele está na cadeia. – Percy resolveu tirar o abutre de cima da irmã, mas para fazer isso precisava ser com estilo.

- Namorado? – o cara perguntou para Thalia que fuzilava o irmão, Annabeth só ria atrás de Percy.

- É meu irmão. O maior traficante do Brooklyn, se eu fosse você não me metia com a namorada dele. – Antes que Thalia abrisse a boca para desmentir as coisas ditas pelo irmão, o rapaz já estava a metros de distância.

Percy soltou uma sonora gargalhada e Annabeth o acompanhou. Thalia simplesmente socara o irmão no braço com força exagerada e Percy sentira o quanto a morena estava irritada.

- Você é idiota ou se faz? – Thalia perguntou, mas não ficou para receber a resposta. Andara para o mais longe possível dos dois que se divertiam a suas custas.

Percy e Annabeth a seguiram e estavam quase fora do estabelecimento quando fora interceptados por Nico. O moreno de olhos negros estava eufórico.

- Cara, arranjei uma mina linda, mas ela só sai comigo se um amigo meu for com a amiga dela. Quebra esse galho para mim? – Nico pediu e fez cara de cachorrinho.

- Cadê a garota? – Percy disse dando um sorriso malicioso e Annabeth revirara os olhos, mas na verdade a loirinha estava torcendo para que Percy não aceitasse o convite. Ela não sabia o porquê, mas não queria que Percy a deixasse naquele momento.

- A amiga eu não sei, mas a minha está ali. – Nico disse apontando com a cabeça uma mulher loira a mesma com quem o moreno de olhos negros começara a conversar antes de Percy sair da mesa.

Percy ponderou entre aceita ou não aceitar, mas antes de dar sua resposta sentiu um leve aperto em sua mão e logo olhou para aquela que estava entrelaçada com a de Annabeth. Isso fez com que Nico seguisse o olhar. O moreno de olhos verdes voltou a olhar o amigo que lhe mandava um olhar sugestivo, que por sinal passara despercebido por Annabeth.

- Foi mal, cara. Mas eu preciso ir para casa. – Percy respondeu dando um tapinha no ombro de Nico com a mão desocupada. O moreno de olhos negros lhe mandou um último olhar e seguiu até a garota que o esperava.

Annabeth soltara o ar que não tinha percebido que segurava e Percy lhe direcionou um meio sorriso e continuaram seu caminho até o carro, onde encontraram uma Thalia irritada encostada no carro. Ela, igual a Nico tinha reparado nas mãos unidas de Percy e Annabeth, mas como ainda estava irritada com os dois, entrou no carro assim que Percy o destravou e com uma força desnecessária bateu a porta do veiculo.

- Até parece que não tem porta em casa. Percy comentou e Annabeth riu, e logo em seguida entraram no carro.

Antes que o veiculo seguisse sua viagem, Annabeth olhou para a janela e pode distinguir muito bem Nico, a garota com quem ele estava e por incrível que pareça Calypso estava com eles. Será que ela era a tala amiga da garota?

Não, não poderia ser. Se fosse realmente ela, Annabeth podia esperar por outro aviso.

Percy ligou o carro e a última visão do estabelecimento que Annabeth teve foi de uma Calypso aparentemente furiosa, que fuzilava a caminhonete de Perseu com os olhos. E nada de bom sairia daquele “encontro.”