It Is The Life... escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 26
Aviso


Notas iniciais do capítulo

Heyyyy!
Antes que vocês me matem, posso me explicar?
Como tinha dito no capitulo anterior, eu estou com muitos trabalhos para fazer, e além disso a série TVD volta na semana que vem, então eu tive a brilhante ideia de rever todas as temporadas, antes de começar a 4º. E eu consegui. Estou muito feliz.
Mas voltando, todo o tempo livre que tive no PC foi assistindo a episódios. Então por isso a demora.
Ia quase me esquecendo. Pensei que chegaria ao 200º review no último capitulo, mas pelo visto sonhei demais. Senti falta de alguns leitores e fiquei um pouquinho triste, por isso peço que os fantasminhas e os sumidos aparecem.
Espero que gostem do capitulo.



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Annabeth fugiu. Ela simplesmente fugiu.

Aquilo era o certo a se fazer, não era? A loira se martirizava ao pensar no beijo, definitivamente aquilo não poderia ter acontecido. Afinal Percy é seu amigo, além de ser filho das pessoas que lhe estenderam a mão, seria covardia da parte de Annabeth se envolver com Perseu, ainda mais grávida de outro homem. Pelo menos era assim que a garota pensava.

Ao chegar à sala ela se deparou com sua melhor amiga, e o semblante da mesma não demonstrava felicidade, pelo menos até ver a loira parada na porta que ligava o jardim à sala. A morena abriu um sorriso e a abraçou.

- Fico feliz que tenha saído do hospital. – Thalia disse, e Annabeth agradeceu ainda abraçada
à amiga.

- Eu também. – a loira respondeu ao se afastar.

As duas começaram a conversar até que Thalia perguntou:

- Cadê o meu irmão? – a morena procurava pelo local, mas sabia que não o encontraria.

Annabeth gelou ao Thalia mencionar o irmão, com certeza ele ainda estaria no jardim, tentando entender o motivo da fuga de Annabeth. E antes mesmo que a loira abrisse a boca para responder, a porta de vidro e aberta e por ela passa um Perseu alheio a tudo a sua volta.

- Você é um idiota! – Thalia disse assim que Percy terminou de entrar no cômodo.

- Eu? Por quê? – o moreno realmente estava em outro mundo.

- Você sabia que eu teria que ficar até mais tarde hoje. – Thalia respondeu emburrada.

- E...? – Percy insinuou para que ela continuasse.

- E, que ao teria ninguém para me dar uma carona. – a morena respondeu sentando-se no sofá.

- Já ouviu falar em ônibus? – Percy perguntou, mas não deu chance para que a morena respondesse – Então, se você pegar um desses pode chegar a qualquer lugar da cidade. – Percy disse como se explicasse a um bebê. Annabeth riu diante a explicação e Thalia jogou uma almofada no irmão, que por sinal foi facilmente desviada com a mão.

- Eu falei isso para ela, mas quem disse que ela me escuta. – Nico disse próximo a Percy, que praticamente pulou de susto, fazendo Thalia e Annabeth gargalharem.

- Tá louco. Saiu da onde? – o moreno de olhos verdes perguntou ainda assustado.

- Da cozinha. – Nico disse, depois de dar um beijo em Annabeth e sentar ao lado da loira.

- Tinha que ser. Já foi atazanar a Maria? – o moreno de olhos verdes disse se sentando próximo a Thalia. – Afinal o que você está fazendo aqui?

- Nossa! Depois diz que é meu amigo. – Nico disse colocando a mão no peito se fingindo de ofendido. Percy como resposta revirou os olhos. – Na verdade, eu dei uma carona para a sua irmã. – o moreno de olhos negros respondeu, voltando ao normal.

Percy mandou um olhar malicioso, que alternava entre seu amigo e sua irmã, afinal, ele ficara sabendo do que acontecera na casa de campo. Annabeth percebera a troca de olhar entre os três e logo perguntou:

- O que aconteceu? – os três desviaram o olhar ao mesmo momento, aumentando assim a curiosidade de Annabeth. – O que aconteceu? – a loira voltou a perguntar, e novamente não obteve resposta. Annabeth bufou irritada e ficou quieta, esperando uma próxima oportunidade de perguntar o que havia ocorrido que ela não sabia.

- Então, Nico o que você está fazendo aqui? – Percy perguntou para quebrar o silêncio.

- Eu dei uma carona para sua irmã. – o moreno respondeu, em tom de obviedade, afinal ele já tinha lhe dito aquilo.

- Você não daria uma carona para a Thalia, se não estivesse vindo aqui. Então, o que você quer? – o moreno de olhos verdes voltou a perguntar. Como que instantaneamente Nico se lembrou o que estava fazendo ali.

- Você disse que me emprestaria seu violão. – o moreno de olhos negros diz, ao se lembrar desse pequeno detalhe. – E por sinal, você me deu bolo. Fiquei te esperando igual a um idiota na porta faculdade.

- Começou a D.R. – Thalia tinha que fazer seu comentário diante a cena que presenciava e Annabeth teve que rir.

- Cala a boca, Thalia! – Percy disse calmo. – Você viu meu violão? – Percy perguntou para a irmã.

- Você está sendo contraditório, meu irmão. Primeiro você me manda calar a boca, e agora quer que eu responda. – Thalia disse e Percy revirou os olhos.

- Só responde. – o moreno pediu.

- Deve estar lá na biblioteca. – a morena respondeu indiferente.

Annabeth ao ouvir a última frase, arregalou os olhos.

- Vocês têm uma biblioteca e nem me avisam? – a loira pergunta exaltada, afinal a leitura é um de seus maiores prazeres, ela adora se deliciar com as diversas histórias contidas em simples pedaços de papel.

- Se eu lhe dissesse você nunca mais sairia de lá. – Thalia respondeu com a atenção voltada a seu celular.

Percy subiu as escadas deixando a discussão das duas para trás e entrou no cômodo ao lado de seu quarto, as longas janelas deixavam que a luz do sol se fizesse presente iluminando as centenas de livros que existiam ali. A biblioteca tinha o teto alto, o que possibilitava a criação de um segundo “andar” que tinha o acesso por uma pequena escada de madeira próxima a janela. As paredes tinham diversas prateleiras, e ao centro da sala tinha uma pequena mesa com quatro ou cinco lugares, que antes era usado para o estudo, mas estava totalmente esquecida. Percy rodou a sala com o olhar que parou próximo a prateleira a sua esquerda, onde possuía uma porta.

Percy caminhou sem nenhuma pressa até a mesma, e a abriu revelando um pequeno quartinho, onde estão guardados diversos brinquedos e coisas velhas, como as apostilas do colégio.

- Por que ela ainda guarda isso? – Percy perguntou-se ao ver seu antigo carrinho de controle remoto, e diferente do que ele pensava o mesmo estava em ótima condição.

Logo ele começou a procurar seu violão, e o encontrou no canto do mini quarto. Quando o moreno abriu a capa preta, encontrou seu precioso violão preto, mas com ele também estava uma garrafa de vodca vazia. Ao notar a presença do artefato, o moreno de olhos verdes a pegou e instantaneamente foi levado a um passado não muito distante, onde ele não era nenhum pouco parecido com o Percy de agora. 

As recordações não eram nenhum pouco agradável, mas o moreno foi tirado de seus devaneios ao ver Thalia entrando de repente no quarto.

- Percy, morreu ai dentro? – a morena perguntou sem ao menos olhar o irmão, e quando não obteve resposta olhou em sua direção.

Ao notar a garrafa vazia na mão de Percy, Thalia apressou-se em dizer.

- Vamos Percy. Deixe isso ai. – a morena sabia quanto o passado de seu irmão era perturbador, e pelo que parecia, ele ainda o atormentava. Thalia pegou a garrafa com uma mão e com a outra puxou o irmão, que ainda estava parado.

Ao saírem da biblioteca Percy, acordou e pediu a Thalia.

- Joga isso fora, por favor. – a morena assentiu cautelosamente, afinal Percy parecia bem abalado.

Percy desceu as escadas vagarosamente, ainda se lembrando do dia em que escondera a garrafa na capa do violão, aquele tinha sido um dia agitado, e foi no mesmo que descobrira que teria que se mudar para a casa de seus avós na Inglaterra. Novamente Percy foi tirado de seus devaneios, ao ouvir chamarem seu nome.

- Ei, cara. Acorda. – Nico dizia, mexendo as mãos de um lado para o outro, em frente ao rosto de Perseu.

- Aqui está o violão. – Percy disse assim que acordou e estendendo o instrumento para Nico, que o pegou e agradeceu.

O moreno sentou-se novamente no sofá, sendo acompanhado de Percy, e tocou alguns acordes, para ver a afinação do violão, e até mesmo Percy se surpreendeu ao notar que o instrumento ainda estava bem afinado, afinal já fazia quatro anos que não o tocava. Então, Nico começou os primeiros com acordes de By The Way, do Red Hot, e Percy o acompanhou no vocal. Annabeth que ainda estava na sala, os observou admirada, ela já tinha ouvido Percy cantar, mas na ocasião o mesmo se encontrava bêbado, o que a impendia de ouvir sua voz, mas agora ela podia ouvir muito bem. A voz do moreno de olhos verdes era rouca, o que a deixava ainda mais bonita, já a de Nico ficava um pouco mais grossa, o que aumentava ainda mais o mistério que o envolvia.

Depois de alguns segundos que os meninos começaram a cantar Thalia, apareceu novamente na sala, e sorriu quando viu seu irmão cantando. Fazia tempo que ele não cantava desse jeito, muito tempo mesmo. Logo, ela começou a acompanhá-los como uma backing vocal, tornando o som ainda mais agradável. Annabeth tentou juntar-se a eles, mas achou que não deveria. Afinal ela não sabia cantar muito bem.

Quando a música foi encerrada, com seus últimos acordes, Annabeth bateu palmas e parabenizou os três.

- Vocês cantam muito bem. – a loira disse animada.

- Acho que dois anos de banda deveriam resultar em alguma coisa. – Percy disse sorrindo, diante o elogio da loira, e focou seu olhar nela.

- Vocês tinham uma banda? – a loira perguntou atônita, ninguém nunca lhe contara sobre isso.

- Sabe aquelas idéias de adolescentes desocupados? – Thalia perguntou, mas não deixou que ninguém respondesse. – Então, quatorze anos, nada para fazer, acabamos montando uma banda.

- Quem participava? – agora foi à vez de Nico perguntar.

- Era eu na guitarra e no violão, o Beckendorf na bateria, o Grover no baixo... – Percy respondeu e fez uma cara de confuso, e para tirar suas dúvidas perguntou a Thalia – Era quem mesmo no teclado?

- Era o Travis. E o Connor cuidava do som.

- E você Thalia? – Nico perguntou ainda fascinado por ouvir a morena cantar.

- Silena, Katie e eu éramos backing vocals. – Thalia respondeu indiferente.

- Ahh. Pensei que eram tietes. – Nico respondeu para irritar a morena.

- E eu lá tenho cara de ficar correndo atrás de homem? – a morena perguntou exaltada.

- A verdade ou a mentira? – Nico perguntou e Thalia jogou uma almofada nele, fazendo com que o mesmo se calasse.

A conversa continuou normalmente, mas Percy estava totalmente alheio ao que se passava em sua volta. Quando Annabeth perguntou sobre sua antiga banda, o moreno focara seu olhar nela, fazendo com que o resto do mundo deixasse de existir. Ao ver o sorriso dela diante as respostas que lhe eram dadas, Percy ficava fascinado. E ao olhar para seu sorriso, lembrava-se do beijo que ambos tinham trocado há alguns minutos atrás.

O moreno ainda estava confuso com a mudança da loira ao terminar o beijo. Ela lhe dera um sorriso, mas logo depois fugiu. Ela simplesmente havia fugido. Será que ela não teria gostado do beijo? Ou ele estava com mau hálito? As perguntas agora bombardeavam a cabeça do moreno, mas o mesmo deixou se transportar novamente ao momento e sorriu ainda mais ao se lembrar do simples tocar de lábios.

- Cara, eu preciso ir agora. A gente se encontra lá no Karaokê. Beleza? – essas palavras foram as que tiraram Percy de seus devaneios. O moreno de olhos verdes só assentiu com a cabeça para Nico.

- Então, tchau. E nos vemos mais tarde. – Nico disse para todos e saiu levando consigo o violão do amigo.

- Karaokê? – Thalia perguntou assim que a porta da sala bateu.

- É. Nico disse que vai inaugurar um perto da casa dele. Não custa nada a gente ir lá. – Percy disse dando de ombros, e indo até a cozinha.

Ao chegar à cozinha ele se deparou com Maria cozinhando e como estava faminto, tentou roubar uma fatia de frango que estava na travessa de vidro, mas antes que tocasse a coxa da ave, sentiu algo metálico bater em sua mão e logo depois ouviu uma repreensão:

- Deixe o frango em paz. O almoço está quase pronto. – Maria disse voltando a contar o tomate para a salada.

Percy resolveu que era melhor esperar. Então, sentou-se na bancada e ficou olhando a mulher cozinhar. Quando Maria terminou de temperar a salada o moreno de olhos verdes já estava com o prato nas mãos, esperando o momento que poderia se servir.

- Percy, deixe de ser afobado e vá chamar as meninas e Nico para almoçar. – Maria disse, levando a comida até a mesa de jantar.

- Nico já foi embora. – o moreno respondeu seguindo a mulher.

- Então, chame as meninas. – a mulher disse em tom de obviedade.

- MENINAS VENHAM COMER! – Percy gritou da cozinha, e Maria revirou os olhos.

- Se fosse para gritar, eu teria gritado. – a mulher disse.

- Então, por que não gritou? – agora o moreno já estava testando a paciência da mulher. – Brincadeira, Maria. – Percy disse quando ela lhe mandou um olhar feio, e logo em seguida lhe mandou um beijo e um sorriso amarelo.

Annabeth e Thalia logo apareceram para o almoço e o mesmo se seguiu em silêncio cada um com seus pensamentos. Annabeth evitou olhar para Percy durante a refeição inteira, já o moreno tentava fazer contato visual a qualquer custo. Já Thalia pensava na carona que Nico lhe dera.

Não aconteceu nada demais no caminho até sua casa, mas o moreno ficara lhe importunando sobre o beijo que ele havia roubado, e que inconscientemente ela havia correspondido.

- Não. Eu odiei aquele beijo! – a morena respondeu exaltada, quando Nico repetiu a mesma pergunta que vinha fazendo pelo caminho todo, pela oitava vez seguida.

- Deixa de ser mentirosa. Aposto que você adorou o meu beijo. – Nico disse, e como Thalia nada respondeu, ele continuou – Viu quem cala consente.

Depois disso Thalia não proferiu nenhuma palavra, mas a verdade era que ela até tinha gostado, mesmo que um pouquinho, do beijo do moreno. Ele parecia ser diferente, afinal o mesmo não se preocupara em ter o consentimento dela, qualquer outro cara teria medo de sua reação, mas ele não teve. E Thalia gostara disso, demonstrava que ele tinha atitude. A morena balançou a cabeça para se livra de tais pensamentos, e praguejou algo inaudível para os demais.

Annabeth foi a primeira a terminar e assim que levou seu prato a cozinha, subiu para seu quarto. A loira não queria encontrar, ou pelo menos ficar sozinha com ele, mas isso seria bem difícil, até porque os dois moravam na mesma casa.

Percy não foi o único a notar essa diferença no humor de Annabeth, mas diferente de Thalia, ele tinha uma leve suspeita do que se tratava.

- O que aconteceu com ela? – sua irmã perguntou assim que escutou os passos de Annabeth na escada.

- Eu não sei. – Percy respondeu olhando para a comida que ainda jazia em seu prato, com certeza seria melhor ocultar o beijo para Thalia. – Talvez seja algo com o bebê, sei lá. – o moreno disse dando de ombros. E Thalia assentiu com a cabeça.

Ao terminar de comer, Percy levantou-se foi até a cozinha e deixou seu prato na pia, logo em seguida voltou para a sala de estar.

- Vou levar a caminhonete para lavar. Tchau. – Percy disse pegando suas chaves.

- Tá bom. – Thalia disse e logo em seguida, quando seu irmão já estava a uma distância considerável, ela continuou – Não perguntei mesmo.

Como não tinha nada de interessante para fazer, Thalia resolveu adiantar algumas atividades da faculdade. Sendo assim se trancou em seu quarto.

Annabeth assim que viu pela janela de seu quarto a caminhonete de Percy deixar a residência, desceu até a cozinha a procura de um chocolate, seu filho já sabia desde pequeno o que era bom.

Antes que chegassem ao seu destino ela recuou um passo para ouvir a conversa de Calypso e Maria, ela sabia que era errado, mas a curiosidade foi maior.

- Acho que já dá para dar entrada no meu carro. – Calypso disse e parecia animada com a notícia.

- Que ótimo minha filha. – Maria disse tão empolgada quanto à filha.

- Com as minhas economias eu dou a entrada, e com a metade do seu salário pago as parcelas. – a vontade de gritar de Annabeth quase foi maior que sua razão.

Aquilo estava totalmente errado. Maria até podia ser mãe de Calypso, mas aquilo não estava certo, a mulher já era de idade e apesar de seu salário ser bem justo, ela precisava pensar em sua aposentadoria, afinal não poderia trabalhar para sempre. E Calypso podia muito bem arranjar um emprego meio período e cobrir as despesas que ela teria com o seu carro. Annabeth não podia falar, mas aquilo era exploração por parte da morena.

Antes que se manifestasse, Annabeth entrou na cozinha falando:

- Maria você sabe se tem chocolate? – a loira fingiu não ter percebido a presença de Calypso, mas pelo canto do olho percebeu que o sorriso da morena morreu quando Annabeth entrou na cozinha. – Ah. Oi Calypso. – a garota disse sorrindo, e a morena abriu um sorriso falso em sua direção.

- Oi. Annie. – Calypso disse o apelido de Annabeth com certa repulsa, mas a loira fingiu não perceber.

- Deixe- me ver se tem aqui. – Maria disse abrindo os armários.

- Não. Deixe que eu veja. – Annabeth disse e começou a procurar pela deliciosa barra que tanto desejava no momento. – é parece que não tem. – a loira disse cabisbaixa.

- Eu vou ver se tem lá na despensa. – Maria disse e antes que Annabeth se oferecesse ela já tinha sumido pela porta.

Assim que Maria saiu da cozinha, Annabeth começou a se sentir desconfortável. A loira não tivera nenhuma conversa com Calypso e nem ao menos ficaram sozinhas em um mesmo recinto, pelo menos até aquele momento. A garota tamborilava os dedos no balcão, concentrada em seus dedos. Já Calypso estava sentada na outra extremidade do longo mármore preto, e não fazia questão de desviar seu olhar de Annabeth.

- É Annabeth... – a morena chamou e Annabeth levantou a cabeça para olhá-la, mas não disse nada, esperando que Calypso começasse. –Sabe aquela frase de que quem avisa amigo é? – a morena perguntou fingindo inocência, mas seus olhos demonstravam outra coisa. Annabeth novamente assentiu com a cabeça. – Então, eu como quero ser sua amiga estou te avisando. Fique longe do Percy. Entendeu? – o tom de inocência tinha se esvaído e agora a morena falava em tom gélido e amedrontador, semelhante a uma ameaça.

- Percy e eu somos só amigos. – Annabeth disse firma, não deixaria qualquer uma lhe dar medo.

- Você acha que eu não vi aquela cena patética? – a morena perguntou se levantado.

- Que cena? - Annabeth se fez de desentendida.

- Annie, querida. Nós duas sabemos de que cena estou me referindo. – a morena disse as palavras lentamente e a cada proferida ela dava um passo na direção da loira, sendo assim quando terminou de falar, estava cara a cara com Annabeth.

- Não vou me afastar do Percy, só porque você está pedindo. – a loira também a encarava.

- Você não está entendendo. Eu estou mandando, e não pedindo. – a morena disse raivosa. – Se você quiser pode considerar isso como um aviso...

A morena iria continuar com suas ameaças, mas a porta que dava na lavanderia e logo depois na despesa, foi aberta e por ela passou uma Maria afoita, afinal ela tinha encontrado a última barra de chocolate que havia na casa.

- Aqui. – a mulher disse estendendo a barra para Annabeth que sorriu agradecida.

- Mãe, eu já vou indo. – Calypso disse se recuperando do susto, não seria nada legal se Maria presenciasse a cena que tinha acabado de acontecer. – E... Annabeth se você se lembrar do meu pedido, você faz para mim? Não vamos querer que nada de ruim aconteça. Não é mesmo? – a morena podia usar um tom inocente, mas seus olhos que estavam na direção de Annabeth demonstravam outra coisa, menos inocência.

- Claro. – a loira respondeu um pouco assustada pela intensidade do olhar de Calypso.

Assim que a morena saiu, Thalia apareceu na cozinha e pelo visto estava com fome.

- Maria tem sobremesa? – a morena de olhos azuis perguntou animada, mas antes que Maria pudesse responder, ela olhou na direção de Annabeth estava, e parou seu olhar nas mãos da amiga. – O que você está fazendo com a MINHA barra de chocolate? – Thalia perguntou dando ênfase na palavra minha. – Pelo que eu me lembre eu a escondi muito bem.

- Então, foi a senhorita que a colocou atrás do refrigerador? – Maria perguntou levantando a sobrancelha e Thalia deu um sorriso amarelo.

- Talvez? – a morena perguntou ainda sorrindo. – Mas voltando a minha pergunta. O que você está fazendo com o meu chocolate?

- Se você quiser ser a madrinha do meu filho, vai ter que dividir a sua barra de chocolate com ele. – Annabeth disse sorrindo e logo em seguida fechando os olhos em sinal de estar adorando o chocolate. – Muito bom. Quer um? – a loira disse entendendo na direção de Thalia, e quando a morena foi pegar Annabeth puxou o pacote de volta e deu um sorriso maléfico.

- Eu não queria mesmo. – Thalia disse, dando de ombros infantilmente, o que alargou ainda mais o sorriso de Annabeth.

A garota de olhos cinzentos deu um pedaço para Thalia e as duas comeram a deliciosa barra de conteúdo marrom, silenciosamente, e quando a morena de olhos azuis terminou com o seu último pedaço, ela perguntou:

- O que a... – Thalia fez um barulho de cobra, inaudível, até porque a mãe da garota estava a alguns metros de distância, mas Annabeth riu diante a imitação – Calypso queria com você?

Quando Annabeth se lembrou do “aviso”, como a morena tinha denominado aquela conversa, um frio subiu por sua espinha e ela logo pensou em uma desculpa esfarrapada.

- Ela me pediu para ver preços... De alguns carros. – a loira disse, ao lembrar de que Calypso falava de carros com Maria.

- Carros? – Thalia perguntou arqueando a sobrancelha, em sinal de incredulidade.

- É mesmo, minha filha vai comprar um carro. – Maria disse empolgada e Annabeth sorriu ao vê-la assim, era muito difícil algo abalar aquela mulher.

- Viu? – Annabeth perguntou, mas Thalia ainda estava com cara de que não acreditava em uma misera palavra, mas a morena optou deixar isso para lá. Até porque ela conhecia Annabeth muito bem, e saberia dizer se a loira estava ou não mentindo. E bom, a verdade ela não estava dizendo.

Annabeth voltou a pensar novamente na conversa, e consigo mesma prometeu que não se afastaria de Percy só porque Calypso queria. Percy continuaria a ser seu amigo, custe o que custar.

“Claro. Se ele ainda quiser.” Annabeth disse ao se lembrar de que haviam se beijado. 



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Notas finais do capítulo

Então, gostara? Mereço reviews?
No próximo capitulo será no Karaokê e Percy vai colocar Annabeth contra a parede. O que será que vai acontecer?
Só se vocês deixarem, mutos, muito reviews que vocês terão essa resposta.
Vou tentar ao máximo postar mais rápido, porque além de ser chato para vocês é chato para mim, que fico meio perdida na minha própria história. São tantas ideias que me deixam louca.
Eu queria a opinião de você para uma coisa:
O bebê da Annie será uma menina ou um menino?
Dependendo do sexo que escolherem deixem um nome também.
Eu estava pensando em menino, porque talvez com os fatos que venham a ocorrer isso vai ser satisfatório, mas minha irmã achou melhor colocar uma menina, e eu acabei ficando em dúvida.
Então, reforçando deixem a escolha de vocês: Menino ou Menina.
E NÃO SE ESQUEÇAM DOS REVIEWS. POR FAVOR.
QUEM GOSTOU DO NOVO FORMATO DO NYAH?
Agora da para ver alguns leitores que favoritaram a história e isso é legal. Então aqueles que tem a história como favorita deixem reviews. Estamos entendidos?