It Is The Life... escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 25
Susto


Notas iniciais do capítulo

Hey!!!!!!!!!!
Galerinha Linda do meu S2, peço um milhão de desculpas pelo atraso, mas é que como chegou o último trimestre está saindo trabalhos de matérias que eu nem me lembrava que tinha.
Para vocês verem a minha situação, é muito trabalho, os professores acham que eu não tenho mais nada para fazer.
Para matar a curiosidade de vocês segue mais um capitulo.
E como eu fiquei com pena, eu vou contar de quem é o beijo: THALIA E NICO.
Sim, para os fãs de Percabeth ainda não é o momento.
Espero que gostem do capitulo.
Ia quase me esquecendo. Capítulo dedicado à LUNA HORAN VALDEZ, mais uma vez obrigada pela capa. Espero que goste do capitulo.



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O inverno já chegava ao fim, dando inicio a primavera.

Um mês já tinha se passado desde a viagem a casa de campo, e desde então, foram poucas as coisa que mudaram.

As maiores mudanças ocorreram com Annabeth, sua barriga já dava sinal, além de seus enjôos terem diminuído simbolicamente, seus desejos ficaram cada vez maiores, e sua amizade com Percy aumentara, e muito. Sem contar que ela aprendera, não totalmente, a lidar com a dor da perda.

Percy começara seu curso de Biologia Marinha e como já era de se esperar fez o maior sucesso, entre as meninas do campus, coisa que não agradara nenhum pouco Calypso, que continuara com a sua obsessão pelo moreno de olhos verdes. Outro que também fizera sucesso na faculdade foi o Nico, o moreno de olhos negros, manteve sua postura de misterioso, o que atraia cada vez mais garotas e mulheres.

Agora o que praticamente não mudou nada foram as brigas entre Thalia e Nico, depois do beijo que o moreno roubara, a garota de olhos azuis arranjava diferentes formas de atazaná-lo, e ele não ficava atrás qualquer oportunidade era ótima para alfinetá-la.

– Já vi essa história! – Poseidon comentou quando presenciara uma briga entre os dois, e a única que lhe dera atenção foi sua esposa, até porque ela também já tinha visto algo, se não igual muito parecido.

Bom, Poseidon e Sally não estavam mentindo quando ofereceram ajuda a Annabeth, desde a conversa a cerca de um mês atrás, eles já tinham comprado um berço branco, que ainda não possuíam os lençóis, pois ainda não sabiam o sexo do bebê. Sally tirava todas as dúvidas de Annabeth sobre a gestação, além dos primeiros meses de vida da criança, o que aproximara ainda mais as duas, criando quase que um vínculo de mãe e filha.

A empresa dos pais de Annabeth que agora era presidida por Ares, estava indo bem, apesar de que o homem demorara um pouco a entrar no ritmo acelerado da empresa. Até aquele momento nada colocava em risco a ascensão da Olympus Arquitetura C.O, o que era um peso a menos nos ombros de Annabeth.

– Vamos Annabeth! – Thalia chamava do pé da escada, a morena já estava impaciente.

– Já vou. – a loira aparecera na escada colocando sua bolsa no ombro esquerdo e no direito carregava uma jaqueta jeans.

– Até que fim! – Thalia disse seguindo para a garagem onde seu irmão esperava, e em seu encalço vinha Annabeth ainda desajeitada pela quantidade de coisas em seus braços.

– Thalia, posso dirigir seu carro? – Percy perguntou para a morena com os olhos brilhando, desde que ele chegara há um mês ele vinha insistindo nesse pedido, que por sinal não era atendido.

– Quantas vezes vou ter que te dizer não? – a garota de olhos azuis estava com o mau-humor bem elevado naquela manhã. – E se pedir mais uma vez... Irá se arrepender. – disse batendo a porta da caminhonete.

– Nossa estressadinha! – Percy murmurou baixo, o que tirou uma pequena risadinha de Annabeth que estava atrás dele.

– É melhor irmos logo. – a loira disse tomando a dianteira, e logo em seguida entrando no carro. Percy seguiu sua ação e depois de alguns minutos os três já estavam indo rumo à faculdade.

O moreno de olhos verdes ligou o rádio para preencher o silêncio que se instalara no carro, mas assim que tirou a mão direita do botão, para voltar ao volante, Thalia pegara um CD no porta luvas e trocou. Percy voltou e mudou novamente para a rádio, e Thalia trocara para o CD, os dois teriam continuando naquela “brincadeira” até tarde se Annabeth não tivesse interrompido.

– Pare os dois, já! – a loira estava nervosa com aquele troca-troca e quase que instantaneamente os dois se afastaram do rádio. – Agora como pessoas civilizadas que são, escolham o que irão escutar. – Annabeth disse tentando acalmar-se.

– Rádio.

– O CD. – os dois disseram em uníssono, fazendo com que Annabeth revirasse os olhos.

– Eu liguei primeiro. – Percy disse infantilmente.

– E eu com isso? – Thalia perguntou emburrada.

– Você que não tinha que ter mudado. – o moreno disse fazendo biquinho.

– Quem é você para mandar em mim? – a morena perguntou mandando um olhar mortal na direção do irmão.

– Seu irmão mais velho. – Percy respondeu. E Thalia fingiu uma risada.

– Faça-me rir, Perseu. – a morena disse e mudou de estação. Percy tirou a mão do volante para apertar o botão do rádio quando Annabeth disse do banco de trás:

– Chega os dois! Pronto. Agora ninguém vai escutar nada. – a loira disse ao desligar o rádio, recebendo lufadas de ar, indicando insatisfação de ambas as partes.

O resto do caminho foi silencioso, cada um com seus pensamentos e os mais intrigantes eram os de Annabeth. A loira pensava que se o irmão que sua mãe tinha perdido ainda na adolescência chegasse a nascer, os dois seriam que nem Thalia e Perseu, ou seja, ficariam brigando a cada segundo que estivessem juntos. A garota de olhos cinzentos sorriu diante o pensamento. Que logo depois tomaram outro rumo.

Bom, com certeza ela iria seguir com a vida dela, e depois que estivesse estabilizada financeiramente e emocionalmente construiria uma família com alguém, que ainda se tratava de uma incógnita para a loira. Ela começou a pensar nessa família, e para o filho que ela já esperava, a mesma queria uma família bem grande, para que sua criança, não se sentisse sozinha em nenhuma situação que viesse a ter em seu destino.

A loira foi tirada de seus devaneios, quando escutou a porta do passageiro bater e logo em seguida a do motorista. Quando Annabeth desceu os dois irmãos já estavam quase na porta da grande entrada do prédio, mas antes que desse um passo na mesma direção foi parada por Nico.

O garoto de olhos negros tinha chegado á pouco tempo com sua irmã, quando viu a caminhonete de seu amigo adentrar o espaçoso estacionamento. Despediu-se de Bianca, que teria de passar na secretária, para fazer algo que Nico não prestara atenção. Antes mesmo que o moreno se aproximasse do carro, viu um vulto de cabelos negros, bater a porta com força desnecessária, e ele logo percebeu que Thalia estava de mau-humor, então nem mexeu com a fera. E em questão de segundo o mesmo ato foi repetido por Percy.

– É a coisa foi séria. – o moreno murmurou para si mesmo, enquanto caminhava até Annabeth.

– Como vai a mãe mais linda de Nova York? – Nico perguntou, quando chegou perto da loira, ele se mostrara um ótimo amigo. E Annabeth gostara disso.

– Por que só de Nova York? – a loira perguntou fazendo careta, e Nico riu.

– Talvez seja porque eu não conheça outras mamães em Nova York, e ao redor do mundo. E com certeza existem mais bonitas que você. – o moreno disse a acompanhado até a enorme porta da faculdade.

– Nossa! – Annabeth disse fazendo um biquinho, fazendo Nico rir novamente.

– Então, o que aconteceu com os dois? – o moreno perguntou curioso.

– Sabe como é que é. CRIANÇAS não sabem se comportar direito. – Annabeth respondeu séria, ao avistar os dois os esperando na porta. A loira ainda sorriu satisfeita, quando viu que os dois reviram os olhos.

– Mas, foi ela que começou. – Percy disse se defendendo.

– Ai meu Deus! Grande coisa. – Thalia disse olhando para cima.

– Pode parar os dois. – Annabeth os repreendeu.

– Tá bom, mamãe. – os dois responderam em uníssono e logo depois se olharam. Annabeth prevendo outra briga, interferiu.

– Vamos logo para a aula.

Depois da pequena “conversa” no corredor, cada um se dirigiu para sua sala de aula, sem trocar nenhuma palavra. As aulas passaram tranquilamente para todos.

...

Annabeth saiu de sua última aula e estava faminta, uma coisa que aumentara, e muito fora sua fome, sem contar o sono. A loira estava indo ao refeitório do campus, quando uma dor aguda, em seu baixo ventre, lhe atingiu. Annabeth caiu de joelhos e todos ao seu redor estranharam tal ato, a loira gritou e só viu seus amigos correndo em sua direção.

Percy foi o primeiro a chegar até a loira, suas sobrancelhas estavam juntas e seu cenho franzido, semblante que demonstrava a sua preocupação.

– O que foi Annie? – o moreno perguntou preocupado.

– Hos- Hospital. – Annabeth disse ofegante, já que a dor lhe impedia de falar mais alguma coisa.

Percy passou um de seus braços na parte de baixo dos joelhos de Annabeth e o outro pelas costas da mesma, e logo depois saiu correndo, abrindo caminho entre os outros estudantes. Logo atrás do moreno vinham Thalia, Nico, Silena e Bianca, que estavam mais próximos naquele momento.

O moreno de olhos verdes depositou Annabeth no banco do passageiro e logo depois Thalia bateu a porta, entrando atrás com Nico e Silena. Percy entrou na caminhonete, e logo em seguida deu partida na mesma.

– Eu aviso os outros! – Bianca gritou vendo a caminhonete se afastar em uma velocidade incrível.

Annabeth respirava entre cortado, já que a dor lhe impedia de fazer até mesmo esse simples movimento. A garota de olhos cinzentos já tinha a mínima ideia do que podia significar aquela dor, mas se recusava a acreditar.

Percy ia fazendo zig-zag entre os carros, alguns até o deixavam passar, já que o pisca-alerta estava ligado, e em menos de dez minutos, ele já estava retirando uma Annabeth pálida do carro. Quase que na mesma velocidade em que chegaram ao hospital, Percy estava no hall do grandioso hospital, depositando Annabeth em uma cadeira de rodas e vendo a mesma ser levada por dois enfermeiros, que injetavam algo em seu braço direito.

A dor que Annabeth estava sentido era insuportável, mas a dor presente em seu coração superava qualquer outra que ela já tivesse sentido. A loira se negava a acreditar que aquilo estava acontecendo. Não podia ser. Ele era tão novo.

A doutora Justine entrou em seu quarto, e falava algo, mas Annabeth não entendia, estava quase perdendo os sentidos, de tão insuportável que era a dor. Sentiu uma picada e se virou a tempo de ver, um dos dois enfermeiros lhe injetar algo, pela segunda vez. Só que dessa vez, ela adormeceu.

...

Já fazia mais de trinta minutos que Annabeth sumira pelo corredor, sendo acompanhada por dois enfermeiros, e essa demora angustiava todos os presentes. Tudo bem, talvez não fosse tempo suficiente para que tivessem noticias, mas todos pareciam desesperados por boas-novas, e estavam apreensivos, não queriam noticias que destruíssem Annabeth mais uma vez.

As meninas já tinham uma breve suspeita do que aquilo significava, e como Annabeth se negavam a acreditar. Nico e Percy, não sabiam exatamente nada do que estava acontecendo, mas estavam nervosos por Annabeth.

Quase que cinco minutos depois, Sally e Poseidon aparecem na sala de espera.

– O que aconteceu com a Annabeth? – a mulher de cabelos castanhos perguntou aflita.

– Ela sentiu uma dor na barriga. – Thalia respondeu aflita – A senhora acha que... – antes que a morena terminasse a sua frase, Sally a interrompeu.

– Não, não. Annabeth é forte. – mais uma que se negava a acreditar nessa hipótese.

Mais alguns minutos se passaram e com eles a angustia por noticias aumentou. Nesse meio tempo, chegaram Bianca e o resto do pessoal, que também pareciam aflitos por noticias.

– Cadê a minha prima? – Clarisse perguntou assim que chegou.

– Está sendo atendida. – Thalia respondeu olhando para a ruiva, e logo depois voltando a andar em círculos.

A doutora Justine apareceu no corredor e todos se levantaram, a mulher de jaleco branco olhou para todos e disse:

– A Srta. : Chase teve uma cólica muito forte, e se ela não fosse atendida com a rapidez que foi. A cólica poderia ser classificada como o inicio de um aborto espontâneo, mas conseguimos reverter à situação ao sedá-la. Ela precisara ficar de repouso por mais alguns dias, sem nenhum esforço e se possível deitada. – a mulher explicava e todos suspiravam aliviados pelo bebê estar bem.

– Mas esses abortos não são comuns, só no inicio da gravidez? – Sally perguntou.

– Sim, esse tipo de aborto é muito comum durante o inicio da gravidez, no máximo até as doze semanas, mas o embrião ainda é muito pequeno. O que torna possível esse tipo de aborto, no caso da paciente. – a doutora voltou a explicar.

– Mas ela e o bebê ainda correm algum risco? – Percy perguntou.

– Como eu havia tido é necessário que a Annabeth repouse o quanto for necessário, para evitar problemas futuros. A gravidez dela teve um inicio bem conturbado, e isso pode gerar complicações. – todos sabiam ao que a doutora se referia. – Então, eu ressalto que ela não pode fazer nenhum tipo de esforço, até mesmo subir escadas se torna perigoso.

A mulher continuou a dar especificações do que Annabeth poderia, ou não poderia fazer, e todos a escutavam com atenção.

Alguns tiveram que ir embora, pois tinham outros assuntos para resolver, mas deixaram o desejo de melhoras para Annabeth e a promessa de uma visita.

Os sedativos já tinham perdido o efeito há algumas horas, mas Annabeth fez questão de não chamar ninguém, afinal ela não sabia o que tinha acontecido. A garota passou a mão por sua barriga, e não soube distinguir se estava ou não, igual à última vez que se viu no espelho. Então, ela se lembrou do que havia acontecido antes de lhe apagarem.

Uma dor se fez presente em seu coração e logo depois seus olhos começaram a soltar pequenas lágrimas. “Isso não pode estar acontecendo”, a loira pensava enquanto, passava a mão em sua barriga. “Ele era tão pequeno, não pode ter ido assim.”

Quando mais nova Annabeth não entendia muito bem o amor que as mulheres grávidas diziam sentir, por seus filhos, que por sinal ainda estava em seus ventres, mas ao saber que estava esperando um filho, Annabeth sentiu a obrigação de protegê-lo com a própria vida se fosse necessário. E agora ela tinha a absoluta certeza de que não tinha feito o impossível, para proteger seu pequeno.

Ainda com suas lágrimas silenciosas, a loira não percebeu a entrada de Sally em seu quarto e se assustou quando a mulher tocou sua testa. O olhar dela demonstrava pena e confusão, o último Annabeth não entendeu, mas o primeiro fez com que a garota se sentisse mais fraca, como se suas hipóteses tivessem acabado de se confirmar.

– Pensei que ainda estivesse dormindo. – Sally foi a primeira a se pronunciar. E Annabeth só negou com a cabeça. – Por que está chorando?

– O que aconteceu com o meu... – Annabeth não conseguiu terminar sua frase, mas a mulher entendeu sua pergunta.

– Você teve uma cólica muito forte, e se não tivesse sido atendida rápido. Essa cólica teria se tornado um aborto espontâneo. – Annabeth ainda não conseguia raciocinar muito bem.

– Significa que... – ela deixou um soluço escapar.

– Você e o bebê, estão bem, não tem com o que se preocupar. – Sally a tranqüilizou.

Annabeth soltou um suspiro de alivio, bem audível, que fez um sorriso singelo nascer nos lábios da mulher ao seu lado, e até mesmo em seu rosto. E em meio às lágrimas ela acariciava a barriga, feliz por seu filho ainda existir.

Sally saiu do quarto da loira, para chamar a doutora e Justine logo atendeu Annabeth, explicando-lhe toda a situação e como a garota deveria agir daquele momento em diante. Logo em seguida o quarto foi invadido por todos seus amigos que ainda estavam na sala de espera, e Thalia foi a primeira a entrar.

– Como está o meu afilhado? – a morena perguntou com um bom-humor de dar inveja.

– Nossa cadê a Thalia mal-humorada dessa manhã? – Annabeth perguntou.

– Sabe, um ótimo almoço, faz milagres. – a morena respondeu se lembrando do almoço que tivera, logo depois de receber as noticias sobre Annabeth.

– Ahhh. Bom, seu afilhado está bem. E eu também, obrigada por perguntar. – Annabeth respondeu irônica e Thalia fez uma careta.

– Thalia chega de encher a Sabidinha. – só naquele momento Annabeth notou a presença de Percy e Nico no quarto. – Como você está? – Percy perguntou com o mesmo semblante preocupado de horas atrás.

– Estou bem, obrigada. – a loira respondeu feliz por eles estarem ali.

Ainda naquela tarde ela recebeu a visita de Poseidon, seu avó, seus primos e Silena, os demais não puderam estar presentes por outros motivos, mas Annabeth se sentiu feliz por eles terem vindo assim que receberam a noticia, até mesmo seu tio Ares veio ao hospital, mas teve que voltar para a empresa.

– Annabeth, vou ter que te deixar de observação durante uns dois dias. Para prevenir sustos. – a doutora Justine disse ao voltar para o quarto da loira. Annabeth assentiu e achou melhor daquela forma.

Sally se voluntariou a ficar com Annabeth durante a sua estadia no hospital, já que Thalia e Percy teriam aula na faculdade no dia seguinte. E a loira adicionou mais esse ato a sua lista de dividas com a família Jackson.

...

Durante esses dias que Annabeth ficou no hospital, Thalia junto com Percy cuidaram da tranca da matricula da mesma na universidade, a loira achou melhor se desligar de tudo que poderia lhe causar estresse e a faculdade era uma das primeiras da lista.

Ela também recebeu a visita de todos que não puderem lhe ver no dia anterior e até mesmo ganhou presentes para seu bebê.

No dia da alta estavam somente Sally e Poseidon que as levaria para casa, ao chegaram à enorme mansão, Annabeth recebeu ordens explicitas de ficar no sofá e evitar qualquer movimento exagerado, e Maria foi incumbida de ficar de olho na loira.

– Estou tão feliz que estejam bem. – Maria disse logo depois de dar um abraço em Annabeth.

– Eu também estou feliz, Maria. – Annabeth respondeu sentando-se no sofá.

– Vou preparar alguma coisa para você. Até porque comida de hospital é horrível. – a loira só assentiu com a cabeça demonstrando um pequeno sorriso de lado, e realmente a comida do hospital era horrível.

Maria adentrou a sala de estar e logo depois sumiu pela porta da cozinha. Annabeth pegou sua bolsa que ainda estava com ela e dela tirou um livro, que tinha levado para a faculdade antes de toda a confusão. Como não passava nada de interessante na televisão ela começou a ler. Com o tempo a loira não se sentiu tão confortável no sofá, então foi até o jardim de Sally e se sentou no banco estofado onde conversara com Percy a cerca de um mês.

Percy saiu mais cedo da faculdade naquele dia, porque seu professor de ciências não pode dar aula. Então, as aulas foram suspensas. Deixou uma mensagem para Thalia arrumar uma carona e logo deu partida em sua caminhonete. Poseidon se negara a comprar um novo carro para Perseu. Então, o moreno teve que se contentar com a caminhonete preta, que antes era de seu pai.

O caminho até sua casa foi tranqüilo, já que não era hora de trânsito na cidade de Nova York. Quando chegou cumprimentou James e logo entrou em sua casa. Já na sala não encontrou ninguém, talvez Annabeth ainda não tenha chegado, ele pensou consigo mesmo.

O moreno subiu para seu quarto e deixou a mochila na cama, caminhou até a janela e vislumbrou um ser de cabelos loiros sentado no banco do jardim. Percy sorriu diante a imagem, já que Annabeth acariciava a barriga, enquanto lia um livro da capa azul. O moreno de olhos verdes logo pegou sua câmera e tirou algumas fotos da loira.

Percy assim que voltara da cassa de campo, estava vendo as fotos que tirara na viagem e logo deve uma ideia. Ele decidiu que iria fazer um álbum da gravidez de Annabeth. Quando ele contou sua ideia para a loira, ela se mostrara bastante entusiasmada e Percy gostou disso. O moreno já tinha um pouco mais de duzentas fotos, algumas Annabeth sabia que foram tiradas, outras ela estava distraída e em outras ele nem fazia ideia de que existiam.

Depois de alguns cliques, o moreno resolveu cumprimentar a loira. Desceu silenciosamente na intenção de lhe dar um susto, mas lembrou-se que a mesma não podia com fortes emoções, então, deixou que fosse percebido ao se aproximar dela.

Annabeth se virou assim que ouviu passos atrás de si, e sorriu quando viu Percy tirar uma foto.

– Oi. – a loira disse e se afastou para que o moreno sentasse ao seu lado.

– E ai. Como está? – Percy perguntou sério.

– Estou melhor. – Annabeth respondeu, e quase que inconscientemente acariciou a barriga.

– Foi um grande susto. – o moreno disse olhando todas suas fotos, e percebeu que Annabeth assentia com a cabeça. – Mas, então. Mudando de assunto. O que está lendo?

– Um livro da faculdade. – Annabeth respondeu dando de ombros.

– Aff. Não sei se você se lembra, mas você está de “licença” da faculdade, não precisa fazer nada relacionada a estudar. – Percy respondeu com uma careta engraçada.

– Eu gosto de estudar. – a loira respondeu divertida.

– Se fosse eu, não estaria nem perto de um livro. – o moreno disse tirando uma foto do jardim.

– Fica grávido, então. – Annabeth disse e gargalhou quando Percy fez uma careta.

– Ha-Ha. Faça-me rir senhorita Chase. – Percy disse sério, mas logo acompanhou a garota da risada. O moreno se afastou um pouco e começou a tirara fotos de Annabeth rindo.

– Para Percy. – a moça de olhos cinzentos pedia, tentando interferir a visão da câmera com a mão. – Eu estou feia. – ela insistia.

– Eu vou ter que concordar. Você está horrível. – Percy disse sério, olhando algo no eletrônico que tinha em mãos.

– Nossa! Não precisa humilhar. – Annabeth disse ressentida. – Acabei de sair do hospital, para a sua informação.

– Eu estou brincado. Não precisa ficar brava. – o moreno disse sentando-se ao lado dela. – Olha as fotos estão legais. – ele disse apontando para a câmera.

Annabeth não conseguiu focar seu olhar nas imagens que o moreno mostrava e sim, em sua feição. Ela não podia negar que Percy era bem bonito, o mesmo possuía olhos de um verde hipnotizador, semelhante ao mar em um dia ensolarado, seus lábios eram levemente rosados, o que os tornavam convidativos. A loira também achava fofa a preocupação dele, com ela. As sobrancelhas dele ficavam juntas. Annabeth sorriu diante da constatação.

– O que foi? Estou sujo? – Percy perguntou para Annabeth, ao perceber que ela o olhava.

O moreno só não percebeu a distância que os separava, era bem pouca. E como Annabeth não respondeu nada, ele não fez questão de se afastar. Ao perceber a proximidade entre os dois, Percy focou seu olhar nos olhos de Annabeth, desde o primeiro dia que a viu, ele ficara impressionado com o tom de suas orbes, eram iguais um dia nublado, mas dependendo da situação ele ficavam com um certo brilho, e desse jeito pareciam prata derretida.

Logo seu olhar caiu sobre os lábios da loira à sua frente. Desde o dia, que sem querer, deu um beijo em metade de seus lábios, Percy ficara com uma vontade enorme de beijar Annabeth, mas aquilo não seria certo. Ou seria?

A loira também partilhava da mesma vontade. No dia em que estavam no Tártaro, Percy quase a beijou, mas olhando agora, teria sido certo beijar ele naquele momento, afinal eles ainda não se conheciam muito bem, e agora eles partilhavam uma bela amizade. Seria errado acabar com aquilo. Não seria?

Perguntas rondavam a cabeça dos dois, mas a vontade foi maior do que a razão. E Annabeth acabou com a distância que os separava. O primeiro toque foi um choque para ambos, mas em nenhum momento pensaram em se separar.

A primeira constatação de Percy foi que os lábios de Annabeth tinham um gosto de morango com chocolate, o que era um tanto peculiar. Já nos do moreno Annabeth sentira um gosto de menta, semelhante aos de balas.

Logo as pequenas mãos de Annabeth se encontravam enlaçadas no pescoço do moreno e as de Percy estavam na cintura da mulher. A loira agarrou os pequenos cabelos negros da nuca de Percy o aproximando ainda mais de seu corpo, o moreno pediu licença com sua língua e logo as duas dançavam em um ritmo sincronizado.

O beijo só foi interrompido, quando o ar se fez necessário, e antes que se afastassem totalmente Percy depositou um selinho nos lábios agora vermelhos de Annabeth.

A loira olhou mais uma vez nos olhos de Perseu e sorriu ao constatar que haviam acabado de se beijar, mas logo o sorriso deu lugar a uma expressão confusa e Percy não entendeu o que estava acontecendo.

– Família. Cheguei! – Thalia gritou da sala e Annabeth arregalou os olhos.

A loira logo se afastou dos braços de Percy e saiu sem deixar que o moreno falasse alguma coisa. Ela simplesmente fugiu.



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Notas finais do capítulo

Pegadinha do Malandro. (Esqueçam que eu disse isso) kkkkkkk
O que acharam do beijo?
E o quase aborto?
Deixem reviews, por favor.
Muito de preferência.
Agora vai ser assim.
Serão mais o menos dois capítulos por mês de gestação da Annie, para mostrar os momentos mais importantes. Assim eu dou uma acelerada na fic.
Espero que tenham gostado e não se esqueçam dos reviews.
OBS.: Para quem gosta de Jogos Vorazes, eu fiz uma one-shot da Katniss e do Peeta, então eu peço que leiam:
Link:http://fanfiction.com.br/historia/265441/A_Espera./
Beijos e até o próximo capitulo.