It Is The Life... escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 19
Conversa/ Bem-Vindo a Nova York.


Notas iniciais do capítulo

Heyyyy!!!!!
Eu estou de volta.
Milhões de desculpas pela demora.
Precisava fazer alguns trabalhos que acabaram tomando todo o meu tempo.
E obrigado a todos que deixaram reviews no capitulo anterior.
Espero que gostem do capitulo.



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- Que susto, Percy. – a menina disse com a mão no local onde seu coração pulsava descontroladamente devido o susto.

Annabeth já estava sentada no jardim a um bom tempo, quando Percy chegou. A loira pensava na conversa que tivera com Sally e Poseidon, a mesma acreditava que se tivesse ficado na casa de qualquer outra pessoa, aquela conversa teria um fim diferente. E com certeza seria com ela indo embora. Sally e Poseidon foram verdadeiros amigos e agora Annabeth se sentia em divida com eles.

Percy sentou ao lado da loira que voltara a olhar algo distante, estendeu-lhe uma das xícaras com o conteúdo quente e escuro, Annabeth demorou a notar o objeto estendido na sua direção, mas aceitou assim que percebeu.

- Obrigada. – a loira disse tomando um gole.

O silêncio voltou a predominar no ambiente, Percy mexeu-se desconfortável e Annabeth tremeu de frio, fazendo com que o moreno notasse que ainda estava com os dois cobertores nos ombros. Deixou sua caneca encostada no banco e passou os dois cobertores pelos ombros da loira e pelos seus, fazendo com que Annabeth se encolhesse para aproveitar melhor o calor que emanava dos cobertores e do moreno ao seu lado.

- Sem sono? – Percy tentou iniciar uma conversa.

- Pesadelos. – Annabeth respondeu simplesmente.

A verdade era que quando a loira encostou a cabeça no travesseiro, tudo que havia se passado no seu dia tomou conta de seus pensamentos.

- Quer falar sobre isso? – o moreno perguntou, e tomou um gole de seu chocolate quente.

Annabeth ponderou se contava, ou não sobre o que lhe afligia, ao fim resolveu que contaria. Até porque Percy prometera ser seu amigo.

-Sabe, tudo que eu não me permiti sentir durante esse último mês, veio com mais força em um único dia. – Annabeth disse em um tom melancólico, mas não com voz de choro, suas forças tinham sumido, e nem chorar ela conseguia mais. Percy continuou quieto e a loira continuou – Toda a saudade, dor, angústia, decepção, frustração, medo que eu deveria ter sentido durante um mês, me atingiu como um soco e eu não estava preparada para o golpe.

Percy não sabia exatamente como Annabeth se sentia, mas tinha uma pequena noção do que a garota falava. Ele só não entendeu o medo que ela disse sentir.

- Medo? – o moreno não queria perguntar, já que aquele era o momento da loira colocar tudo para fora sem interrupções, mas a pergunta acabou escapando de seus lábios com vestígios do chocolate quente.

- É. Medo do futuro. – Annabeth disse ainda olhando pra frente – Mesmo não querendo todos temos um plano para o futuro. O meu era me formar em Arquitetura, trabalhar com os meus pais, formar uma família com o... – a loira ia falar Luke, mas obrigara a si mesma a nunca mais pensar no loiro, que por sinal era pai da criança que crescia em seu ventre naquele exato momento. Ela sabia que seria difícil, mas teria que pelo menos tentar. – Bom, formaria uma família com alguém, mas de repente as pessoas que estavam incluídas nos meus planos simplesmente se vão me deixando sozinha.

- Também sinto medo de ser uma péssima mãe. – Annabeth continuou e acariciou levemente a barriga que já se vazia presente.

E de novo o silêncio se vez presente. Annabeth agradeceu mentalmente por Percy não fazer nenhum comentário, ela realmente precisava desabafar sem que fosse repreendida. Mas Percy pensava somente consigo mesmo, que não adianta fazer planos, o destino sempre acha um jeito de nos pregar uma peça. E o moreno dizia isso por experiência própria. Depois de alguns minutos quietos, Annabeth perguntou:

- Posso? – de inicio o moreno não entendeu, então se virou e olhou para o rosto de Annabeth que estava iluminado pela água da piscina que refletia a luz da lua cheia. A loira apontava para seu ombro, o moreno só mexeu a cabeça em sinal de concordância e Annabeth encostou a cabeça no ombro largo do moreno, como a proximidade com o pescoço do moreno era grande ela pode sentir muito bem o cheiro de maresia que exalava do moreno. E aquilo a acalmava.

- Eu vou ter que de dar um apelido. – Annabeth disse pensativa e Percy soltou uma risada.

- Por quê?

- Oras, você me deu um, agora eu tenho que te dar outro. – Annabeth disse ainda encostada no ombro do moreno.

- Que tal... – Percy pensou um pouco e estufou o peito, fazendo com que Annabeth mexesse um pouco a cabeça, e logo continuou – Percy Gostoso Jackson. – Annabeth soltou uma sonora gargalhada que fez Percy sorrir.

- Já falei que você é convencido?

- Já. – o moreno respondeu.

- Eu vou pensar em alguma coisa. – Annabeth disse ainda pensativa.

- Ainda acho a minha opção melhor. – o moreno disse desdenhoso.

- Pode ficar tranqüilo que eu arranjarei um bem legal para você. – a loira disse e os dois tomaram um gole do chocolate quente.

 O silêncio dessa vez era confortável, até Percy interromper.

- Eu acho que você não será uma péssima mãe. – o moreno sentia a necessidade de dizer aquilo, até porque ele repetia mentalmente que se fosse qualquer outra garota que estivesse passado pelo que Annabeth estava enfrentado, com certeza a primeira opção seria o aborto, e pelo que Percy percebeu a loira já amava muito aquela criança.

- Obrigada. – a loira disse e logo depois bocejou avisando que o sono a encontrara, Annabeth não fez nada para sair do calor que a cercava então ficou junto de Percy até adormecer completamente.

O moreno quando percebeu que a loira ao seu lado já estava inconsciente, tomou seu corpo desacordado nos braços e a levou até o sofá, afinal teria que voltar para pegar os cobertores e as duas xícaras que ficaram para trás. Quando colocou as duas canecas na pia voltou para a sala, ainda com os cobertores nos ombros e ergueu Annabeth novamente e dessa vez só a deixou em sua cama de casal.

Percy procurou por algo para cobri-la e optou por deixar um de seus cobertores, depois de Annabeth, estar devidamente coberta ele disse:

- Boa noite. – a resposta não veio o que o moreno já esperava, quando ele se aproximou para dar um beijo na bochecha da loira, Annabeth se mexeu fazendo com que o beijo fosse depositado na metade de sua boca.

Percy pulou exaltado quando percebeu onde beijava, mas para sua sorte Annabeth não acordou, ele achou melhor sair do quarto da loira antes que a mesma acordasse e tirasse satisfações.

Já em seu quarto, Percy deitou-se, mas antes de ser tomado pela inconsciência tocou seus lábios e pensou o quão doces eram os lábios de Annabeth. Não fora tempo suficiente para saber exatamente qual gosto tinha, mas o moreno pode distinguir o sabor do chocolate quente que haviam tomado há pouco tempo.

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- Finalmente é sexta feira. – Thalia disse se jogando no sofá.

Thalia e Annabeth tinham acabado de chegar da faculdade. Percy apareceu na porta que dava para a piscina e ao seu lado estava a Sra. O’ Leary com uma bola vermelha toda babada.

- Pensei que chegariam mais tarde. – o moreno disse ainda no batente da porta.

- Para a sua alegria, não. – Thalia disse irônica andando na direção do irmão. – Vou tomar banho. – disse já no meio da escada.

- E aí? – Percy disse para Annabeth, não falara com ela naquela amanhã, até porque dormira até as dez da manhã.

- Muitas lições, mas irei sobreviver. – Annabeth disse ligando a televisão. – E você novidades?

- Não. Passei a manhã dando atenção para a minha cadela favorita. – o moreno disse e a Sra. O’ Leary latiu, fazendo com que Annabeth risse.

Depois da conversa que tiveram no jardim, Percy e Annabeth ficaram muito mais próximos. O que não agradou a todos, Calypso que presenciara a cena dos dois, não ficou muito feliz ao saber que a loira já era tão amiga do moreno, prometera a si mesmo que não passaria de nada mais que amizade. Agora que Percy voltou, ela iria conquistá-lo, custe o que custar. Pelo menos era assim que a morena pensava.

Depois do almoço, Percy desceu suas malas, na verdade sua única mala, que levaria para o campo no dia seguinte.

- Pra que a mala? Vai voltar para Londres? – Thalia disse curiosa, mas não pode deixar de fazer uma brincadeira.

- Para sua alegria, não. – Percy disse irônico, ecoando as palavras da morena de algumas horas atrás. – E eu sinceramente, espero que você não tenha se esquecido que amanhã vamos para a casa de campo da Silena, ela ficaria muito brava com você. – Percy disse e deu um sorriso torto ao notar que Thalia se esquecera completamente da viagem, mas antes que a morena fizesse alguma coisa, Annabeth batera na sua testa e disse:

- Putz. É mesmo. – a loira subiu as escadas e foi arrumar suas malas.

- Sabe Cara de Pinheiro eu acho melhor você não se atrasar. A Silena já me ligou duas vezes essa manhã, perguntando se eu já tinha arrumado minhas coisas. E eu aposto que ela não ficará muito feliz se você se atrasar, até porque ela prometeu vir acordar que não estiver com as coisas prontas. – Thalia podia transmitir medo, mas Silena transmitia muito mais quando algo que planejara desse errado ou atrasasse e pela animação que demonstrava na semana ela fez um verdadeiro cronograma para o final de semana.

- Eu vou arrumar minhas coisas. – Thalia disse cabisbaixa, a morena prometera que colocaria seu sono em dia naquela tarde, até porque nos outros dias da semana ficara até tarde fazendo os trabalhos que faltavam para a faculdade.

Já tinha se passado algumas horas desde que as duas subiram, Percy continuou na sala, não tinha mais nada para fazer naquela tarde, suas coisas já estava prontas, entrar na piscina naquele frio estava fora de cogitação, a Sra. O’ Leary estava dormindo, então só sobrou assistir televisão. Ele já tinha gargalhado demais com os passos apressados que ouvia no andar de cima, com certeza Thalia estava em busca de alguma roupa que sumira de seu guarda-roupa.

O moreno já estava quase dormindo quando Calypso entrou na sala.

- Oi, Percy. – a morena disse e lhe direcionou um sorriso.

- Oi, Calypso. – ele disse se sentando.

- Eu vim falar com a minha mãe. Ela está na cozinha? – a garota perguntou e começou a andar na direção da porta da sala de jantar.

- Está sim. – o garoto respondeu.

Subitamente a garota para e olha para o chão onde a mala de Perseu estava com olhar de surpresa ela pergunta:

- Alguém vai viajar? – sua pergunta soa inocentemente, mas Calypso sabe muito bem para aonde Percy e o resto da turma iam, afinal ouvir conversas alheias tem suas vantagens.

- Ahh. Sim. – Percy disse coçando a nuca. – Vamos para a casa de campo da Silena. – respondeu um pouco encabulado.

- Aquela que fomos no ano novo? – Calypso se referia a uma virada de ano que ela e sua mãe fora convidadas a passar com a família Jackson e alguns amigos íntimos. Bom, Silena e Afrodite estão inclusas nessa lista.

Calypso estava ali por motivos bem claros, mas Percy não entendeu.  

- Essa mesmo. – Percy respondeu um pouco mais a vontade.

- Eu gostei muito de lá. – Calypso disse pensativa e agora ela já estava sentada.

Percy pensou que seria legal convidá-la, afinal comemorariam a volta do moreno e nada melhor do que comemorar com os amigos. E Calypso era sua amiga.

- VocÊ não... – Percy começou, mas foi interrompido por um grito de sua irmã.

Thalia que estava no inicio da escada ouvira praticamente toda a conversa entre Percy e Calypso, quando percebeu que seu irmão ia convidar a morena, deu um grito que chamou a atenção dos dois.

- Thalia! – Percy correu até o andar de cima preocupado, fazendo com que Calypso revirasse os olhos. – O que aconteceu? Está tudo bem? – o moreno estava mesmo preocupado.

- Eu não consegui fechar a mala, me ajuda? – a garota de olhos azuis disse puxando o irmão pelo braço.

- Você está louca? Que me matar de susto? – Percy disse um pouco nervoso. Thalia o empurrou para dentro do quarto e certificou-se que não tinha ninguém no corredor, antes de fechar a porta.

- Eu que perguntou. Você está louco? – a morena gritava na base dos sussurros, fazendo com que Percy franzisse o cenho.

- Por que está sussurrando?

- Porque aquelazinha... – Thalia disse gesticulando com as mãos – pode ouvir. – concluiu sua frase.

- Por que a Calypso não pode ouvir? – Percy entendeu de quem se tratava. Thalia fez uma careta e Percy riu. – Ainda acha que ela é do mal? – o moreno perguntou. Sua irmã tinha aquela espécie de rixa com Calypso desde pequena.

- Tenho. – Thalia disse emburrada, mas agora já falava em um tom normal. – E você sabe muito bem disso. – Percy riu novamente.

- Mas por que você me empurrou no seu quarto? – Thalia já estava ficando nervosa com os “por quês” do irmão.

- Você estava prestes a convidar aquelazinha. Você está louco?

- Por que eu não posso convidar ela? – Percy sabia bem o porque mas queria que Thalia respondesse.

- Porque eu não gosto dela. E se você não para com os “por quês” eu vou te bater.

- Ainda não vi um bom motivo para não fazer o convite. – Percy já tinha desistido de convidar Calypso, mas queria provocar Thalia e fazer com que ela pedisse.

- Ahh Percy. Por mim? Não convida ela não. Por favor. – Thalia ainda não tinha sacado o que o irmão estava fazendo.

- Vou pensar no seu caso. – Percy disse e saiu do quarto da Thalia, que jogara uma de suas calças que estava em cima da cama na direção do moreno, mas como ele já tinha saído não o acertou.

Percy descera novamente e Calypso ainda estava sentada no sofá.

- E ai? Fechou a mala da Thalia? – a morena perguntou e Percy balançou a cabeça em sinal de concordância. – Então, continuando nossa conversa o que você ia me falar? – Calypso disse esperançosa.

- Nada não. – Percy disse e voltou sua atenção para a televisão.

Calypso saiu da sala com uma expressão homicida, ela podia não ir nessa viagem, mas na próxima ela iria e como namorado do Perseu.

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Já tinha quase uma hora que Bianca estava esperando seu irmão chegar ao aeroporto, já passava das nove da noite. O vôo de Nico tinha atrasado. A moça estava sentada na área de desembarque quando anunciaram que ou avião vindo da Itália acabara de pousar. Bianca acompanhada de algumas pessoas se aproximaram do portão G e esperaram os passageiros do avião.

Nico tinha acabado de pegar suas malas, e se encaminhava para a porta automática. Assim que a porta se abriu, ele procurou o rosto de sua irmã entre as pessoas e a encontrou roendo as unhas e com o seu inseparável capuz verde. Ele dirigiu na direção da garota que já tinha percebido sua presença e antes mesmo que ele chegasse nela, a garota correu e o abraçou pelo pescoço.

- Como você cresceu! – Bianca disse ainda abraçada a Nico – Quase que eu não te reconheço.

- Você também está bem diferente. – Nico disse. – Está até um pouco mais alta. – o moreno disse e ela deu-lhe um tapa fraco no ombro. – Estou falando sério! Nem parece a minha baixinha. Só reconheci mesmo por causa do capuz.

- Estava com tantas saudades. – Bianca disse, enquanto caminhavam em direção à saída do aeroporto.

- Eu também senti saudades. – Nico disse e passou um dos braços pelos ombros da irmã.

Quando chegaram ao carro de Bianca, guardaram as malas e Bianca deu partida no carro. Nico olhava maravilhado para as ruas de Nova York, a irmã lhe contara que a cidade era bem movimentada, mas o moreno não imaginava que era tanto assim.

Já no apartamento de Bianca, Nico se aproximou da varanda e continuou a olhar a cidade maravilhado com o que via, ainda mais com vista que possuía da cobertura de Bianca. Sua irmã se aproximou dele e disse:

- Pelo visto eu vou ser obrigada a falar isso: Bem- Vindo a Nova York. – ela disse estendendo os braços abertos na direção da cidade que nunca dorme e soltando uma sonora gargalhada sendo acompanhada do irmão. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Quero reviews.
MEU Nico apareceu *-*
No próximo já é a viagem.
O que acham que vai acontecer?
Já tenho uma ideia para o encontro do Nico e da Thalia, o brigado que deixou a sua sugestão.
Prometo não demorar tanto da próxima vez.