Assim que me levantei para ir lavar meu rosto, dei um abraço nele. Haviam mais do que as palavras que foram ditas, senti que ele queria dizer mais alguma coisa mais não perguntei, apenas me deixei acolher por seus braços. E quando rompemos o abraço ele sorriu. Mas diferente das outras vezes, senti um arrepio dos bons na espinha, como há anos não sentia. Que raios estava acontecendo comigo? Bom, provavelmente deve ser resultado da crise de pânico.

            Quando voltei, ele já estava com o violão cantarolando uma musica que eu reconheci ser do One Direction.

            - Baby you light up my world like nobody else. The way that you flip you hair gets me overwhelmed. But when you smile at the ground it aint hard to tell. You don’t know. You don’t know you’re beautiful. If only you saw what I can see, you’ll understand why I want you so desperately. Right now I’m looking at you and I can’t believe. You don’t know you’re beautiful.Know.That’s what makes you beautiful

            - Cantando One Direction, Bruno?- ele praticamente deu um pulo quando me viu, como se não quisesse ser descoberto- Desculpa! Assustei você? Mas que pergunta boba, é claro que te assustei. Me desculpa?

            - Claro que sim. É que eu tava tão concentrado tentando tocar essa música que nem percebi quando você voltou.

            Assim fui pra casa ainda com aquelas perguntas martelando na minha cabeça. Por que ele não parou de me olhar? Por que ele teve essa repentina onda de solidariedade comigo? Por que eu senti um arrepio na espinha quando ele sorriu se isso nunca tinha acontecido antes? E por que ele se assustou quando eu voltei ao quarto? Na verdade, acho que eu tinha resposta para elas, apenas não queria aceitar, pois me assustavam tanto quanto ele.