American Idiot escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 12
Too much too soon


Notas iniciais do capítulo

HEY!
Então, ficaram apelando pra eu por um bônus nessa fic (NÉ, NANCY BOY?!), então eu resolvi pôr as bonus tracks que tinham no iTunes. Poréém, só vou colocar duas delas. Não gosto muito de Governator e não consegui encaixar direito... Quer dizer, até consegui, mas vai ficar meio forçado, então resolvi pôr Too much too soon e Shoplifter (que vai ser o próximo).
Enjoy!



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Gerard me arrastou por ruas e mais ruas da Danger Zone, e eu não questionei. Acreditei que ele soubesse o que estava fazendo, portanto, mantive minha boca fechada. Acabamos indo parar no carro de Cherry. A própria estava sentada na parte de trás do carro, com um iPod (roubado) na mão. Ao nos ver, ela sorriu e tirou um fone.

–Ora, ora, ora. Então o urso acabou de hibernar e saiu de sua caverna? – seus olhos estavam direcionados a Gerard. Ri baixinho enquanto ele fechou a cara.

–Cala a boca, Cherry. Será que você pode nos ajudar ou fica difícil?

–Posso tentar. – ela deu de ombros – O que querem?

–Bom, como a Whatsername não está mais aqui...

–Obrigada por me chamar de segunda opção. – murmurou ela, com a cara emburrada. Porém, Gerard não ouviu isso.

–... Você é nossa última esperança. Digamos que... Você tenha outra personalidade, entende? E... E essa personalidade esteja começando a tomar conta do seu corpo. Existe algum jeito de tirá-la do controle?

Ela arqueou as sobrancelhas e desceu do carro.

–Você gosta de perguntas complexas, não? – ela franziu a testa, mas deu de ombros – Tudo bem, adoro desafios. É algum tipo de Transtorno dissociativo de identidade?

–Não. É como se a segunda personalidade falasse com... Com a primeira. – falei.

Ela arqueou mais uma vez as sobrancelhas e riu divertidamente.

–Estamos falando de você, huh, Jimmy? Tudo bem, já entendi tudo. Quer dizer que você vê essa sua outra personalidade como se fosse outra pessoa?

Assenti e corei.

–Eu sei que vai parecer estúpido, mas... Drogas?

Sacudi a cabeça negativamente.

–Também apareceu quando eu não estava usando nada.

Ela mordeu o lábio inferior.

–Olha, tem a última opção de sempre...

–Qual?

Ela suspirou.

–Eu não sei que merda que você fez, mas você está começando a se afastar de seus sentimentos e sua segunda personalidade está tomando conta deles, mas ainda tem o pequeno pedaço que ainda lhe pertence... E é o pedaço do arrependimento.

–Eu... Eu tenho que me arrepender de alguma coisa?!

–É. Não importa o quê, contanto que seja bem importante para você.

–Meu deus... Tem certeza que vai funcionar?

–Se não funcionar, eu não me chamo mais Cherry.

–Você sempre teve cara de Sofia mesmo. – falei, irônico. Ela fechou a cara e mostrou o dedo médio antes de voltar a ouvir sua música.

–Depois me diz se funcionou ou não. – comentou ela antes de subir no carro e se desligar do mundo novamente. Olhei para Gerard, com uma expressão de dúvida, e ele deu de ombros, em um gesto de “não custa nada tentar”. Suspirei e me rendi, afastando-me de Cherry. De repente, ouvi sua voz de novo:

–Ei, espera aí! Jimmy!

–Oi?

–É verdade que vocês dois terminaram? Você e Whatsername?

–É sim. Por quê?

Suspirei profundamente. Gerard também passou a prestar atenção.

–Ela está sempre vivendo como se estivesse sem tempo, o “muito” não é o suficiente para satisfazê-la. Seu cartão de plástico está cheio de um vazio que enche a mente e agora é seu trabalho, ela é boa demais, segundo ela. – dei de ombros – Os olhares são sempre ilusórios e a verdade nunca é bem vista para ela.

–Ela comentou comigo que você era muito... Lento.

–Hah! Eu sou lento? Ela que quer tudo muito rápido. Se tem muito pouco, ela se afasta. Foi o que ela fez agora. Tarde demais, agora é uma merda ser quem ela é.

Cherry mordeu o lábio.

–Eu não deveria dizer isso a você, mas... Vou repetir as palavras dela antes de ir embora. Só não conte a ninguém.

–Tudo bem, não conto.

A menina começou a falar:

–“Ele está falando merda de como o passado era melhor. Ele vive cada segundo como se fosse o último. Ele diz que ‘nós somos, nós somos’, mas eu não sou, nunca fui, se é que você entende o que eu digo”. Eu tentei persuadi-la a ficar, mas não consegui, foi aí que ela disse “Não, Cherry. Já decidi tudo, estou indo embora. Que Deus abençoe seu passado de merda e vá para o inferno com a sua glória”. Então, ela fez as malas, diz adeus e bon voyage.

Bufei. Era uma merda ouvir tudo aquilo. Senti alguma coisa fervendo dentro de mim.

–Quer saber? Eu vou vê-la no inferno. Espero que ela descanse em paz. – falei, visivelmente alterado, antes de me afastar de Cherry mais uma vez. Senti Gerard me seguindo e me virei – Não precisa me acompanhar.

–Por quê?

–Porque vou fazer uma coisa e prefiro que você não se meta nisso.

–Por quê? – repetiu ele.

–Porque pode te causar problemas.

–Frank, o que vai fazer? – ele segurou meu pulso. Virei-me para encará-lo e abri um sorrisinho irônico.

–Vou extravazar minha raiva.

–De que jeito?

–De um jeito qualquer. – retruquei. Senti o meu autocontrole se esvaindo aos poucos, junto com alguma outra coisa que não consegui identificar o que era. Vai ver ela alegria, sei lá, alguma coisa dentro de mim se esvaiu junto com o meu autocontrole.

–Fala logo o que vai fazer.

–NÃO É DA PORRA DA SUA CONTA, TÁ LEGAL?! – soltei meu pulso – ME DEIXA EM PAZ! – comecei a andar para longe de Gerard, sem sentir um pingo de remorso por tudo o que eu havia dito. Andei por uns bons quilômetros, até parar no centro da cidade. O brilho ofuscante dos prédios e outdoors ainda me cegava, mas bem menos do que da primeira vez.

Passei os olhos rapidamente, até que vi o que queria: uma loja de roupa. Vi uma jaqueta preta, me lembrava a de Whatsername. Sorri e corri para a loja, pegando a jaqueta e correndo para fora da loja, ouvindo os alarmes soando e pessoas gritando e apontando para mim. Ignorei todos, até que vi duas pessoas conhecidas: Bob e Ray.

–Frank?! O que você... – a voz de Bob morreu aos poucos – Você... Você está roubando? De novo?

–Sai da minha frente. – rosnei. Ray bloqueou a minha passagem.

–Frank, você tem noção do que tá fazendo?

–Sai da minha frente. – voltei a falar, empurrando os dois para o lado e correndo, tentando evitar olhar para trás. De repente, senti duas mãos irem em direção ao meu pulso. Virei para trás e vi um policial me prendendo. Minha visão estava tão embaçada que nem pude ver como o policial era.

–Você acaba de ser preso, ladrãozinho de segunda. – rosnou ele.

Dei um sorrisinho irônico, o mesmo que tinha dado antes de roubar a jaqueta. Olhei para a vitrine de uma loja que estava à minha direita e pude ver o meu sorriso.

Era um sorriso nojento.

–... Jimmy... – rosnei antes de ir para dentro do carro da polícia. Pude jurar que vi St. Jimmy rindo da minha cara no reflexo da vitrine.


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Notas finais do capítulo

Se você ainda está se perguntando: sim, Jimmy é um filho da puta -q
Tá, eu não tenho certeza se vocês entenderam o conceito do St. Jimmy, então acho melhor explicar aqui.
O Jimmy faz parte do Frank, por isso ele não é um personagem completamente diferente. Porém, ele tem suas próprias características e personalidade (como vocês podem perceber né -q), mas o Jimmy vive dentro do Frank. Quando ele vê o St. Jimmy fora dele, é simplesmente coisa da imaginação dele. É como se o St. Jimmy fosse um alter ego do Frank.
Espero que tenham entendido '------' É uma merda explicar isso -q
Então... Temos novidades:
Vou fazer uma fic parecida com o 21st Century Breakdown.
*joga confetes* -n
Já vou começar a escrever, porque sabe-se lá se eu vou conseguir fazer essa fic, já que o material que eu tenho sobre o 21st Century Breakdown é bem menor do que eu tenho de American Idiot. Mas vou fazer o máximo que eu puder, ok?
Beijos *-*