O Anel De Prata escrita por Hermiarry Potter


Capítulo 3
Risco de Vida


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOI!
Em primeiro lugar, DESCULPEM A MINHA DEMORA DEMORADA.
A minha mãe me O-BRI-GOU a ficar estudando pras provas (principalmente por causa da prova do conhecimento u-u) e me proibiu de usar twitter e nyah,e em geral, a net inteira. A não ser pra pesquisas. A minha sorte é que assim eu ainda posso entrar no msn u-u
Mas agora, como só falta um resultado de prova, bem, eu estou LIIIIVRE dessa tortura torturadora!
Agora eu vou tentar voltar a minha vida normal. Enfim, espero que gostem do capítulo (que ficou curto porque eu estava com pressa de fazer logo hoje). Suspense nunca é demais né? *U*



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Coloquei as mãos em minha boca para abafar meu grito de desespero, mas pelo visto não foi o suficente. Minha voz se ecoou pelo bosque inteiro, e alguns pássaros voavam assustados.

Ah, meu deus, ah, meu deus, AH, MEU DEUS, eu pensava aterrorizada, branca de medo, me tremendo dos pés a cabeça. Eu sentia um frio na espinha: Aqui não é seguro.

O local onde o espinho atingira estava muito vermelho e agora pulsava e ardia muito, quase se tornando insuportável. O medo me percorria pelas veias. As vozes falavam de Josh Clark... E eu tinha tantas perguntas... O que queriam com Josh? Por que ele não era “o certo”? O que queriam arrancar dele? Quem eram as vozes? Por que o mataram?

Parei pra juntar os fatos e percebi: Josh Clark fora torturado até a sua morte. Eu não gostava de Josh. Nem um pouquinho. Mas nunca pensei assim... Nunca pensei nele morto de verdade...Mas por que ninguém ouviu? Deviam chamar a polícia ou...?

A minha mão ardia mais e mais. Fiquei com medo de o espinha conter veneno, e eu me sentia fraca... Pontos coloridos dançavam na minha visão e eu perdia o meu equilíbrio. Todas aquelas ideias fuzilando a minha cabeça... Toda a ideia de ter um “colega” morto na minha própria escola, pensar que nenhum lugar é seguro o bastante...

E minha cabeça girava mais... E mais... Minha respiração estava descompassada... “É hoje que eu morro...”

–Jessie! –ouvi uma voz detrás de mim, e foi a última coisa que me recordei antes de cair nos braços de alguém, desmaiada.

[...]

–Ahn...? –foi a primeira coisa que eu disse quando acordei numa maca branca, deitada, com os raios de uma hora da tarde ofuscando a minha visão, e logo percebi que, por essa razão, eu tinha dormido bastante.

–Bom dia, Jessie... –disse a enfermeira Fabrícia com sua voz angelical de coro de igreja. Fabrícia Sussan era uma mulher que não tinha mais que 30 anos. Os cabelos dela era cacheados e negros, porém ela sempre prendia-os com um coque com hashis. Seus olhos eram extremamente negros e seu rosto tinha um traço oriental. Mesmo com a sua idade, Fabrícia tinha o corpo de uma garota de 19 anos. Ela estava mais pra garota de propaganda de maquiagem que enfermeira do secundário.

–Oi, tia Fabrícia... –era assim no Colégio McKenzie.Por mais velho que o funcionário fosse, nós. Sempre. Íamos. Chamá-los. De tio. Ou. Tia. –Por que... Por que eu estou aqui?

–Nem se preocupe, Jessie. Parece que você espetou a sua mão num espinho bem raro que eu já disse pro Argo podar! –disse ela, com um pouco de raiva. –Mas está tudo bem agora. Foi apenas necessário um antibiótico e um soro. –e ela mostrou os perfeitos dentes brancos. –Agora... Tem um senhor que queria falar com você. Comandante Brown? –chamou ela da porta.

–Bom dia, senhorita Sussan. Será que você poderia me deixar a sós com a estudante por um segundo? –disse um homem alto entrando pela porta. Tinha cabelos grisalhos escondidos por um chapéu e usava uma roupa oficial com a... Insígnia da Scotland Yard? “Ah,meu deus, vão me prender? Cara, eu não...”

–Claro, senhor. –disse tia Fabrícia, e saiu da enfermaria.

–Bem, bem... –disse o Comandante Brown puxando uma cadeira para de sentar. –Jéssica Flynn McAlesse, estou certo?

–Sim, senhor. –eu disse, tentando manter o respeito e não passar mensagens suspeitas. “Sua idiota! Você não fez nada!”

–Então, eu quero fazer umas perguntas, pra você. –disse ele, anotando num bloco amarelo. –Hoje, a polícia da Inglaterra foi chamada aqui, no seu colégio, por razão de um suspeito ato de homícidio de um de seus colegas, que não apresentou vestígios de suicídio. Você foi encontrada na cena do crime. Nega isso?

–Não, senhor.

–Você... Tinha intimidade com a vítima?

–Não senhor. Na verdade, eu preferia ficar longe.

–Você teve alguma participação neste crime? –perguntou como se fosse a coisa mais normal do mundo “Se eu tivesse, não iria dizer pra um oficial da polícia nacional!”.

–Não, senhor. Eu cheguei no bosque pra pegar uma bola perdida na aula de educação física e o encontrei morto.

–Interessante... Você havia visto este aluno neste mesmo dia?

–Não. Eu não sou da classe dele, senhor. Mesmo assim, não o vi.

–Certo... –ele fechou o bloco. –Seus pais te esperam na porta do colégio, já fiz algumas perguntas a eles. Se me der licença... –ele se levantou.

–Claro.

–Um bom dia, senhorita McAlesse.

–Bom dia... –eu disse. Eles achavam que eu tinha matado Josh Clark? Eu não...

Não precisamos mais nos preocuparmos com os Clark. O garoto está morto.

Sim, sim... Belo trabalho. Agora... Os McAlesse...

Engoli em seco. Meu sobrenome ficou ecoando na minha cabeça. O medo me rodeou de novo. Eles já tinham matado o Josh, e agora iam me matar,ou a Pamela. Por quê???

E só assim vamos conseguir o...?

Conseguir o que? Conseguir o que?

–Jessie, seus pais estão te esperando. –disse tia Fabrícia, interrompendo minha conexão com os assassinos. Que droga!

–Ahn, sim... –levantei da minha maca e percebi que meus joelhos estavam trêmulos. Calcei meus all star (nota: Colocar all star de cano alto não é a coisa mais fácil e rápida do mundo.) e assim que terminei, fui pra saída.

Os corredores estavam sem uma alma viva, porém ainda haviam papéis de bala, aviõezinhos de papel, pontas de lápis e muita sujeira pela extensão do corredor, e eu podia ver Argo Filch limpando com a sua inseparável Kloe, cantarolando um reagge de 1980.

De repente, eu senti uma corrente de ar gelada na minha direção. Me estremeci toda. Ah, qual é, Jessie, eu pensava. Você só está assustada demais...

–Jessie, querida! –gritou minha mãe ao me ver saindo pela porta e me abraçou.

–Você está bem? –perguntou meu pai, aflito.

–Sim, sim, estou bem... –menti. “Eu não estou bem droga nenhuma! Eu acabei de ver um cadável, quase morri envenenada, mas ainda sim eu corro sérios riscos de morte!”

–Certeza? Está bem? Está ferida? –surtou a minha mãe, pegando no meu rosto. Essa era Alice McAlesse. Surtada, imprevisível, divertida, mas é bom ficar longe dela quando está com raiva.

–Calma, Alice... –tranquilizou Victor McAlesse. –Você se sente bem, Jessie?

–Sim, mas... Olha, eu quero ir pra casa...

–Com toda a razão, amor. Quer descansar,não é?

–Muito.

–Então, vamos. Vamos,meu amor, vamos. –disse ela,me conduzindo ao corolla branco.

Eu passei o trajeto todo pensando encostada na janela. Era tanta coisa pra pensar... Tanta coisa pra sentir... E o que as vozes queriam, afinal de contas? Se eu pudesse dar um palpite, bem, a única coisa de que os ouvi falando era um tal de Anel de Prata... Mas que droga era o Anel de Prata? Um anel feito de prata, Jessie?!

As vozes não podiam ser simpáticas. Matar um estudante do ensino médio? Eu não posso pensar em nada que Josh tenha feito que seja tão ilegal pra alguém o matar por isso...

Jéssica McAlesse, você a conhece... É a próxima...

Sim, conheço. Mais um McAlesse, eh? Mas eu não havia ouvido essa voz ainda... Parece tão... Jovial.

Perigosa, ela é perigosa...

E precisa ser eliminada...

Ah, tá. Eu. Jessie McAlesse. Fracassada de classe maior. Perigosa. Pra quem?

Quem me conhecia? Quem era a nova voz desconhecida? E por que ela me soava... Familiar?

“Que ideia, Jessie! Que terrorista oculto você conhece que seja um adolescente?” Na verdade, eu não conheço nenhum terrorista...

Chegamos em casa, mas eu não quis nem comer nada. Fui direto pro meu quarto. O estado não era o dos melhores. Roupas espalhadas, cd’s no chão, lençóis bagunçados... Mas eu não ia arrumar droga nenhuma.

Simplismente me joguei na cama e tentei dormir, mas tudo o que aconteceu naquela manhã me impedia. Eu tentei de tudo: contar carneirinhos, beber chocolate, ver Telletubies... Nada deu certo. Parece que o sono que eu senti na aula da White... Sumiu. Se esvaiu.

Fui jogar Guitar Hero III,mas acho que não foi boa ideia. O vizinho começou a reclamar do barulho. E eu como uma pessoa doce e solidária coloquei Vicinity Of Obscenity, do System Of a Down, no volume máximo, mas a minha mãe ameaçou quebrar o meu stereo se eu continuasse com aquela zoada.

Fui tentar alguma coisa no computador, mas a coisa mais interessante que eu achei foi jogar Paciência. Desisti no primeiro segundo. Eu odeio aquele jogo.

Nada conseguia arrancar da minha mente a lembrança de Josh Clark, morto no bosque. Não havia vestígios de tortura física. Só se tivessem usado algum feitiço, mas... Não... Isso é ridículo. Magia... Vê se pode.

Mas as imagens pairavam na minha cabeça como um flashback. Era como um filme muito ruim que estavam te obrigando a assistir.

E aquele negócio de matar o próximo McAlesse.... Poxa, aquilo era aterorrizante! Saber que eu corria um grande risco de vida...

Quando fui tentar pegar um livro pra ler, vi pela janela um cidadão meio... Estranho. Assustador. Uma pessoa com uma capa vermelha muito escura, que ia arrastando no chão, com um capuz. Parecia um tipo de padre do mal ou um bruxo alquimista, de acordo com os desenhos animados. Não dava pra ver o rosto, mas pude perceber na roupa um símbolo. Um símbolo,não. Uma simples forma. Um círculo prateado. Eu ficava me perguntando: Ninguém mais tá achando isso estranho? As pessoas passavam na rua como se aquilo fosse normal... Como se...

Como se nem estivesse acontecendo.

Era impressão minha, ou eu estava vendo e ouvindo coisas demais? Coisas que ninguém via ou ouvia?

Ok, Jessie. Amanhã mesmo você procura um psiquiatra.

Mas e se não for loucura? E se não for só a minha imaginação?

Que ideia. Claro que é.

Ou será que...?

–Toc, toc, toc! –alguém entrou pela minha porta, seguido do outro alguém. –Podemos entrar? Já entramos, diga que sim.

–Oi!

–Oi! Puxa, já são três horas? –perguntei.

–Não. –respondeu Rachel. –Na verdade, eu e o Nath fugimos da aula de química pra te ver.

–Péssima decisão. –respondi.

–Tá tão mal assim? –perguntou Nathaniel.

–Não... –menti.

–Ah, sim. Até parece que vossa senhoria consegue mentir pra gente. –disse Rachel tirando os scarpins com o pé e jogando-os em um canto.

–Você é abusada demais. –contestou Nathaniel.

–Porque ela deixa! –replicou a ruiva.

–Você devia ser mais humilde!

–E você... –Rachel não completou a frase, pois sentiu água espirrar no seu rosto e no de Nathaniel. –Jessie!

–Por que você fez isso? –perguntou o outro ruivo revoltado.

–É assim que se faz pra fazer gatos atacados pararem de brigar.

–Ah fala sério! –Rachel sentou-se na minha cama. –Mas diz aí, Jessie. O que aconteceu hoje? De verdade?

–Se você quiser dizer, é claro! –Nathaniel sentou-se também.

–Acho que nada seria melhor que dizer pra vocês... –e contei tudo o que eu ouvi e vi essa manhã, incluindo o homem estranho. –Foi isso.

Nathaniel e Rachel se entreolharam preocupados.

–Por que se entreolharam? Eu não estou louca!

–Não, Jessie, não é por isso... –disse Rachel.

–Mas acho que é hora de você saber realmente o que está acontecendo. E quem você é.

–Como assim? Vocês estão tirando uma com a minha cara, né? –eu disse.

–Não, Jessie. Senta aqui. –chamou Rachel séria. -É hora de contar pra você o que você devia saber há pelo menos uns 13 anos.


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Notas finais do capítulo

Psé, nada nas notas finais... Fazer o que? =) Deixem reviews, vocês não são só mais um número pra mim =\