Jolly Roger escrita por Luangel


Capítulo 27
Mais uma amazona...


Notas iniciais do capítulo

Oiê!^^ Tudo bem com vocês meus amadinhos?^-^Bem, dessa vez eu vim mais cedo, e com um cap bem grande... Graças as férias to conseguindo xD



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No instante em que a porta foi trancada pelo lado de fora, minha atenção foi atraída pelo cheiro metálico de sangue que enchia o ar, vindo de uma grande poça de sangue que se alastrava rapidamente pelo tapete, um dos meus companheiros de viagem jazia no chão com o olhar vazio, fixo em algo inexistente nesse mundo, o pescoço estava cortado de orelha a orelha. Frustrado, eu desferi um soco contra o chão. Nós três havíamos sido pegos na mais óbvia dentre as armadilhas. Se eu não tivesse perdido a calma, eu poderia ter antecipado os movimentos dele, mas não, eu me deixei envolver pela lábia irritante daquele mosqueteiro, me esquecendo da cautela, e agora, por mais indesejado que fosse, um dos meus companheiros estava morto. Não lamentei a morte dele, mas sim pela maneira como ela havia acontecido, ninguém merecia aquilo.

Sasuke Uchiha:

Após aquela cena sanguinolenta, eu esmurrei a porta irado.

—Deixe-me sair!—Gritei.

—Você é um homem muito confuso!—Exclamou e voz do outro lado, debochada.— Não pode tomar uma decisão, afinal?! Quando está do lado de fora, você quer entrar, esmurra e grita como uma fera. Agora que entrou, você quer sair? Não tenho tempo para as suas brincadeiras tolas...

Ao meu lado, o outro matador tremia da cabeça aos pés, olhando para o corpo imóvel de seu companheiro.

—Deixe-me sair ou cortarei seu pescoço como você cortou ele!— Ameacei, voltando a bater na porta.

—Espero que você não tenha nenhum afeto pelo seu finado amigo, porque ele só recebeu o que merecia. O que fez por merecer por muitos anos. Ah, sim, e saiba que sua esposa é uma mulher excepcional.—O jovem falou com malícia, fazendo com que meu sangue fervesse em minhas veias.— Uma companheira de quarto muito agradável. Pena você ter chegado tarde demais para nos ver juntos na cama. Os três.

Depois de ouvir aquela ousada afronta, eu urrei novamente e sacudi a porta com toda força bruta que tinha.

—Vou matar você por isso!

—Você vai ter que me encontrar primeiro. —O jovem riu e de acordo com as suas passadas, pareceu que infelizmente, ele estava indo para a escada. —Duvido que vai ser fácil.

A porta de carvalho era mais resistente do que parecia, e a tranca de ferro se mantinha no lugar, sem ceder. Foi necessário muito esforço e muito tempo para que, juntos, nós dois conseguíssemos abri-la.

—Ah.—Disse o proprietário, nos recebendo com um ar jovial. —Vejo que o senhor ganhou a aposta.

—Aposta?—Repetiu o grandalhão ao meu lado, tão confuso quanto eu.

—É, a aposta que você fez com o jovem soldado sobre ser capaz de sair do quarto, mesmo que a porta estivesse trancada, em mais ou menos uma hora. A ampulheta que eu preparei ainda não determinou o final do prazo. Você o encontrará no estábulo cuidando da montaria, se quiser cobrar seu dinheiro.

Eu cerrei meus punhos com força. Apesar da vontade, sei que é inútil gritar com o velho homem por ele não ter ido abrir a porta. No fim, eu havia sido vencido pela astúcia de um jovem soldado. Eu caminhei até o estábulo, minha mente fumegando, imaginando em que assim que eu encontrar Sakura, eu irei arrastar a rosada para casa e depois eu juro que vou cuidar do rapaz que tanto abusou da minha paciência. Mas antes que eu alcançasse o estábulo, o velho dono da hospedaria me alcançou e disse:

—Não vai pagar pela porta?

—Pagar?—Indaguei, arqueando uma das minhas sobrancelhas.

—É, o seu jovem amigo me prometeu que o vencedor pagaria o dobro do valor de uma porta nova, uma vez que a vitória resultaria na ruína que havia lá em cima.

Ainda mais irado, eu coloquei a mão no bolso e tirei algumas moedas de ouro, as atirando na direção do proprietário do estabelecimento.

—Está me dando mais que o dobro do valor da porta!—Exclamou o velho, surpreso.

—Não tem importância!—Dei de ombros, sem nem diminuir o passo.— Fique com o dinheiro. Graças aquele jovem patife e sua faca afiada, há agora um cadáver no quarto. Você vai ter que enterrá-lo, use o excedente para subornar um médico e convencê-lo a atestar que o homem morreu dormindo.

Sakura Haruno:

A lentidão de Hinata e sua dificuldade em se manter sobre o cavalo começavam a me irritar. Eu olhava para trás com freqüência e eu me lamentava não poder aumentar a velocidade, não podendo tirar ainda mais vantagem de meus inimigos. Mas, pela terceira vez nos últimos minutos, a morena escorregou de cima do animal e caiu a margem da estrada.

—Eu simplesmente não consigo me manter em cima desse cavalo em uma sela!— Gritou a Hyuuga, frustrada.

—Segure-se com as suas pernas, não com as mãos!— Rosnei, já impaciente.

—Vou tentar.—Murmurou a garota, já pela terceira vez, sem muita esperança.

Nós duas seguimos em frente por horas, até que a luz começou a se tornar cada vez mais fraca. Eu olhei preocupada para o céu, que já se tingia de anil e para piorar, nós ainda não havíamos percorrido toda a distancia que eu planejava cobrir.

—Não podemos parar.—Murmurei, determinada.—Ainda não. Nós vamos prosseguir até poder trocar nossos cavalos por outros descansados.

Ai Céus, como eu rezava para que Sasuke não estivesse nos perseguindo!

Mas, como uma ironia do destino, eu ao mesmo tempo, desejava tê-lo por perto, na verdade, por mais que eu não quisesse assumir, eu estava preocupada com o moreno. Ino não pode feri-lo, não depois de prometer que não faria isso. Como desejo que nada de ruim aconteça com ele... A minha missão é importante, mas não mais importante do que a vida do Uchiha e da Hyuuga. O ar começou a ficar mais frio e a noite caiu enquanto nós ouvíamos o som de cascos de aproximando, e para o meu desespero, eu já conseguia enxergar aqueles que nos perseguiam cavalgando vigorosamente em nossa direção.

Mas, agora eram somente dois e eu ainda não decidira se aquilo era bom ou ruim.

—Não vamos tentar escapar?—Minha companheira perguntou, preocupada.

Mentalmente, eu tentei calcular a distância que nos separava dos dois homens, ainda era uma distancia segura, mas que diminuía com uma velocidade impressionante.

—Não vamos conseguir fugir deles até Kazemaru.—Respondi automaticamente, mas havia também outra coisa que me impedia de prosseguir, pode ser egoísta, mas eu não posso fugir se saber se o conde era um dos dois homens. E além de que, se Hinata caísse do cavalo novamente, todo o nosso avanço seria inútil.—De que adianta fugir se nós não temos chance de escapar?

Eu olhei para trás novamente e para meu alivio, eu tive certeza de que o cavaleiro na frente era o meu marido. Ele cavalgava relaxado, sem nenhum sinal de estar ferido. Agradeci aos céus, pela loira cumprir a sua promessa e lutar sem derramar o sangue de Sasuke. Nós nos aproximamos de uma parte mais estreita do caminho, onde o caminho seguia por entre árvores frondosas. Os nossos perseguidores agora estavam tão próximos que eu conseguia ver claramente a expressão do moreno, e dessa vez, ele estava tão determinado e sério, que eu cheguei até a estremecer.

Não me lembro de já ter visto o Uchiha com aquela disposição tão... Ameaçadora. De súbito, a morena deteve seu cavalo antes de seguir na estrada mergulhada no bosque.

—Siga em frente, depressa!—Disse a Hyuuga, sussurrando em um tom urgente.— Eu vou ficar aqui e retardar aqueles dois até você desaparecer.

—De jeito nenhum!— Sussurrei de volta, no mesmo tom.—Eu não vou te deixar sozinha!

—Não seja teimosa!—Replicou enquanto revirava seus olhos perolados.— Você sabe muito bem que eu não vou conseguir chegar até Kazemaru. E se você ainda tiver que esperar por mim, certamente será pega e a missão vai ser uma falha total! Sem mim, você ainda terá a chance de chegar em algum lugar. O mínimo que eu posso fazer por você é retê-los por algum tempo, que eu rezo para que seja o suficiente para você escapar em segurança.Vai!

Sasuke Uchiha:

Eu vi um cavaleiro se virar com a espada na mão. Enquanto isso, vi a Haruno partir num galope frenético, mergulhando na escuridão da floresta. Revirei os olhos, vendo que eu teria que lutar contra mais um dos cúmplices da esposa antes que finalmente possa alcançá-la. Eu cravei os calcanhares nos flancos do cavalo. Com um pouco de sorte, logo vencerei desse mais novo oponente e em pouco tempo eu conseguiria pegar minha esposa antes que a mesma se meta em mais confusões.

Empunhando a minha espada, eu emiti um grito de guerra e empinei meu cavalo, sinalizando a intenção de atacar. Assustado, a montaria de meu oponente se assustou e também ergueu as patas dianteiras, fazendo com que o mosqueteiro caísse violentamente contra o chão. O matador de aluguel desmontou, impelido pela intenção de dar cabo rapidamente do mosqueteiro caído. Um assassinato estava prestes a acontecer, mas eu estava disposto a impedir.

Se o homem merecesse morrer por ter desonrado Sakura, ele perderia sua vida pelas minhas mãos, suplicando por misericórdia e sabendo porque havia morrido. Eu detive o assassino com um grito determinado, depois eu desmontei de meu animal e o segui até que de repente, o assassino soltou uma exclamação assustada:

—Por Deus, é uma mulher!—Essa frase fez com o sangue corresse de minha face e que eu suasse frio.—Não é um soldado!—Sem nenhum pudor, o homem rasgou a camisa de sua vítima com a ponta da espada e olhou para o peito desnudo com evidente avidez.— Eu sabia!—Ele exclamou com prazer e crueldade, como um demônio.—Que sorte, assim nós poderemos nos divertir com ela antes de eu lhe cortar o pescoço com minha faca.

Com a mão livre, o assassino tentava desamarrar a calça, mas o nó era apertado demais para que ele pudesse fazê-lo. Chorosa, a mulher olhou para mim, pedindo socorro, vendo em mim, alguma esperança de salvação. Aquilo me fez ficar cego de raiva e me fez ver a rosada naquela mulher inocente, afinal, Sakura também era um soldado. Podia ser ela quem estava ali, exposta a luxuria de um rato impiedoso disposto a estuprar e matar, chamando aquilo de diversão...

Aquilo revirava o meu estomago e tingia a minha visão de escarlate.

—Solte-a!—Sussurrei, furioso.

O homem virou seu rosto para mim, surpreso.

—O que? Você ficou maluco? Eu vou me divertir com ela. Só um pouquinho. Não vou me demorar, e depois você também vai poder ter a sua vez. Então, depois de matá-la, iremos atrás do soldado, e se tivermos sorte...—Disse rindo.—Talvez seja outra mulher!

Eu não hesitei em empunhar a minha adaga e repeti:

—Eu já mandei você soltar essa mulher, ou eu...

Eu não tive tempo de completar a minha ameaça, já que um zunido letal cortou o ar, surgindo como um raio leve e luminoso, vindo do meio da floresta, passando a poucos centímetros de meu peito e cravando-se fatalmente no pescoço do assassino. O homem nem teve tempo de gritar antes de cair morto no chão, e agarrando-se desesperadamente a lança, ele se foi ao inferno, afogado pelo seu próprio sangue que agora tingia o chão.

Eu olhei, perplexo, na direção de onde partira o ataque. Nada se movia entre as arvores, como se a flecha tivesse sido enviada por uma força maior celeste, mas eu sabia que o lançamento partira da rosada. Lembro-me de que uma vez, a Haruno havia mencionado que ela era boa com o arco, mas sinceramente, eu nunca imaginaria que a mulher fosse tão boa assim. A morena no chão, empurrou o corpo sem vida para longe dela, levantando-se apressada, ainda assustada com tudo o que acabara de acontecer.

Pálida e tremula, ela tinha o braço esquerdo pendendo inútil na lateral de seu corpo, mas a faca em minhas mãos chamou a atenção da mesma, que disse:

—Ah, não! Não me obrigue a lutar contra você também!—A cena seria até cômica, já que a mulher soava histérica.— Eu passei a tarde toda caindo de um maldito cavalo, tenho dores por todo o corpo e nem momento eu prefiro um bom banho ao invés de uma luta, se é que o senhor me permite. Além do mais...—Resmungou cruzando os braços na frente do corpo.— Nem teria graça travar um duelo contra você. Sakura me fez prometer que não te machucaria...

Eu abaixei a arma, ainda tentando absorver a informação de que a minha esposa não é a única amazona em Suna. Eu estava diante de outra, uma elegante beldade morena.

—Você é uma mulher.—Falei, como se aquilo por si só, já fosse uma justificativa plausível e inquestionável.— Não preciso atentar contra sua vida.

Um ruído por entre as arvores chamou a nossa atenção, e quando nos viramos para ver um possível inimigo, eu me deparei com Sakura surgindo da floresta, com seu arco em mãos, tendo a delicada face, contorcida em uma mistura de horror e alívio.

Sakura Haruno:

Eu ainda estava assustada e entorpecida pelo o que acabara de acontecer. Há poucos segundos eu estava por entre as arvores, espiando e mirando com cuidado. Eu me esforçava para parar de tremer, senão eu certamente não atingiria o alvo. Os únicos sons que eu ouvia, eram batidas do meu coração e minha respiração ofegante. Esse é um tiro que eu não podia me dar ao luxo de errar...

—Não se mova. —Sussurrei com os olhos fixos em minha vitima, e aquilo soou como uma prece, enquanto eu tentava mantê-lo imóvel com a força de meu pensamento.

Eu puxei o arco com firmeza, que soltou o típico som rouco e borrachudo de sempre. E então, quase mais rápido do que o olhar podia seguir, a arma letal encontrou o alvo com precisão indiscutível. Confesso que é mais difícil acertar pessoas do que patos, pensei aliviada.

Se eu tivesse tremido um pouco, ai céus, a mesma flecha estaria cravada no peito de Sasuke. Eu abaixei a cabeça, e agradeci a Deus pela firmeza de meu arco. Com o coração disparado eu corri até o encontro do moreno e me joguei em seus braços, o surpreendendo.

—Eu não errei! Não errei!—Eu repetia, ainda agarrada ao Uchiha.

O cadáver ensangüentado entrou no meu campo de visão, chamando a minha atenção, e foi só então que eu percebi que eu acabara de matar um homem.

A visão de todo aquele sangue, dos olhos arregalados, abertos, ainda estampando o terror de sua morte, tudo aquilo me deixou nauseada. Eu me afastei do abraço do conde, minha euforia sendo substituída pelo mal-estar.

—Eu o matei...—Murmurei, sem desviar os olhos do cadáver.

—Poupou-me desse trabalho.—Hinata e o homem responderam ao mesmo tempo, como se houvessem ensaiado antes.

Mas a morena continuou falando, suas palavras eram rancorosas e acidas:

—Eu não derramaria lágrimas por esse animal. Ele era um verme, como todos da sua laia. Merecia morrer.

—Tem razão.—Concordei, já me recuperando do choque inicial.—Você está bem?

—Sim, mas não pretendo montar em pêlo nunca mais!—Resmungou a Hyuuga, fazendo uma careta engraçada.—Não enquanto eu viver.

—Seu braço...?—Indaguei ao ver que seu braço pendia ao lado de seu corpo, numa aparência nada boa.

—Não se preocupe tanto Sakura, é só o pulso.—Respondeu estalando a língua.—Na verdade, eu nem sei mais onde sinto mais dor. No pulso obviamente quebrado, ou no meu traseiro castigado por meus tombos. Mas você... Por que voltou? Eles nunca a teriam alcançado!

—Não tive coragem de te deixar sozinha para enfrentar dois homens.— Disse exibindo um leve sorriso.—Somos irmãs, lembra?

Meu marido passou um braço em torno de minha cintura e disse:

—E você é minha esposa.—Falou num tom imperativo.—Nunca mais lutaremos, por mais que você me provoque...

Eu revirei os olhos e disse:

—Será que você pode parar um pouco com essa conversa sobre casamento?Hinata precisa de um médico. Ela sofreu uma fratura.

Nós três seguimos em frente, em silencio, pela estrada que haviam percorrido até ali. Minha companheira ia acomodada na frente da sela de Sasuke, incapaz de segurar as rédeas sozinha por causa do pulso quebrado. O moreno controlava a montaria com uma mão, enquanto a sustentava com a outra. Eu não posso negar o ciúme provocado pela visão dos dois. Mas sei que é um sentimento infantil e ridículo, já que sei que o Uchiha só quer ajudar a mulher, mas, mesmo assim, ainda lamento por não ser eu em seus braços fortes.

Agora que eu desfrutava de alguns raros instantes de tranqüilidade, eu voltei a pensar em minha própria situação. Felizmente ou infelizmente, o conde me alcançou e certamente vai tentar me arrastar de volta para Suna, como ameaçara. Então, assim que Hinata estiver amparada e bem-cuidada, eu vou ter que encontrar um meio de escapar e continuar a minha missão de salvar Karura da prisão. Eu olhei para o homem e sorri para ele.

Meu marido me observava e reagiu assustado diante do gesto inesperado de ternura. Mas apesar do susto, ele retribuiu o gesto e foi como se o seu sorriso iluminasse toda a paisagem ao meu redor. De súbito, a voz da morena rompeu o silencio e o encanto, nos tragando de volta a realidade.

—Por que você estava cavalgando na companhia daquele patife? Você tem idéia do tipo de homem que ele era?

Ao contrário de poucos segundos atrás, Sasuke ficou sério, quase carrancudo.

—Eu não estava cavalgando com ele...—Respondeu enfim.—Ele me seguia. Nós estávamos ambos atrás de minha encantadora esposa, seguindo ordens de rei. Meu dever era impedi-la de chegar á Kazemaru e cumprir sua respectiva missão, e o dele e o de outro companheiro igualmente ordinário, era matá-la assim que eu a alcançasse.

Eu fiquei chocada ao ouvir aquilo.

—O rei deseja a minha morte?—Sussurrei.

De repente, a missão em Kazemaru assumia uma nova e desesperada gravidade. Eu não estava mais numa tola aventura para cobrir de honra e glória o nome de meu irmão. Eu já não disputava mais com o moreno a supremacia na área de treinamento. Agora, chegar a Kazemaru tornara-se uma questão de vida ou morte. A minha vida e a de Karura estavam em perigo, em grande perigo.

—É o que parece.—Respondeu o Uchiha, me tirando de meu devaneios.— Ou o rei não teria enviado dois mercenários da pior qualidade em seu encalço. Aparentemente, o rei temia que eu não tivesse coragem para matá-la.

Eu ainda estava perplexa, tentando entender que o rei de Suna, a fonte de toda honra, enviara uma dupla de assassinos de aluguel para me matar?! Jamais teria imaginado tal coisa tal vil e suja vindo de seu soberano! Agora acredito cegamente nas palavras do duque Yashamaru: seu irmão era um monstro que devia ser detido! Se ele foi capaz de mandar assassinos de aluguel para me matar, imagina o que ele não poderá fazer com Karura, que está indefesa e trancafiada? Tremi só de pensar...

—Uma dupla de bandidos?—A Hyuuga voltou a questionar o moreno.—E onde está o outro? O que aconteceu com ele?

—Está morto.—Respondeu o Uchiha, sem desviar seus olhos negros do horizonte.— Seu companheiro cortou-lhe o pescoço de orelha a orelha.

Ao ouvir aquilo, senti um frio na barriga ao pensar em Ino. Céus, no meio desse caos, como eu pude me esquecer dela?!

—E ele está... Ferido?—Perguntei, sem esconder a minha latente preocupação.

Antes de responder, o homem me encarou com os olhos brilhando de raiva, seu rosto de tornou sombrio, com um quê de ameaçador.

—Por que se incomoda tanto em saber?—Retrucou, sua fala saiu quase como um rosnado.—Ele é um patife que merece a forca! Isso sim!

Endireitei a minha postura e arqueei uma das minhas sobrancelhas, indignada, eu não vou me curvar diante da ira caprichosa do conde. Ele é meu marido, não meu soberano. Não faço idéia do que a loira fez para enfurecê-lo de tal maneira, e na verdade, nem quero saber. Suas desavenças, não são problemas meus...

—Porque me preocupo com meu companheiro. Muito.—Disse, sem me importar com o olhar mortal que Sasuke me endereçou.

—Eu também estou preocupada!—Apoiou a mosqueteira.

—Ele não está ferido... Ainda. —Disparou o moreno, encerrando o assunto.— Até eu pôr as minhas mãos nele... Ai sim, ele ficará muito ferido.


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Notas finais do capítulo

E aí? o/ mereço reviews? Recomendações ;-)? Ou Tomates T.T? Mas e então, o que vocês acham q vai rolar?
:*