Jolly Roger escrita por Luangel


Capítulo 28
Sob as estrelas


Notas iniciais do capítulo

Oiê!^^ Tudo bem com vocês meus amadinhos?^-^ Dessa vez eu vim mais cedo, só que dessa vez é um cap menorzinho. Feliz Ano novo p vcs, e obg por estarem cmg durante tanto tempo, sempre me apoiando a continuar e a postar mais rápido hahaha xD enfim, em 2014 quero todos aki hein



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“—Ele não está ferido... Ainda. —Disparou o moreno, encerrando o assunto.— Até eu pôr as minhas mãos nele... Ai sim, ele ficará muito ferido.”

Sakura Haruno:

—A propósito, o que você pretende fazer com nós duas?—Perguntou Hinata, mudando de assunto propositalmente.— Pois eu duvido que posso contar com sua honra para nos proteger. Se vai nos eliminar, como é vontade de vosso rei, por que não o faz aqui mesmo e me poupa do esforço da cavalgada? Por que afinal, eu não vejo sentido em cuidar de meu braço se vou morrer nas próximas horas...

Sasuke encarou o horizonte com firmeza e a luz alaranjada do pôr do sol iluminava seu rosto de forma máscula, dando-lhe um ar heróico e extremamente poderoso.

—O rei pode ordenar tudo o que ele desejar, mas eu tenho honra o suficiente para seguir a minha consciência e não causar nenhum dano a vocês duas.—Assegurou o moreno, com o tom de voz forte e seguro, sem nenhuma hesitação, como um verdadeiro homem.— Eu sou um mosqueteiro. Não entro em guerra com mulheres. Mesmo que mereçam...—A última frase foi dirigida com um tom ressentido e com uma olhadela endereçada a mim.

A Hyuuga riu ao ouvir a indireta, enquanto o Uchiha continuou a cavalgada, sério, como se não tivesse dito nada demais, e eu por minha vez, fiz questão de me defender diante da opinião acusadora do conde.

—Eu não fiz nada além de seguir minha consciência, assim como você está fazendo agora.—Retruquei, minha voz soando ríspida e meus olhos, em brasa.—Viverei de maneira honrada, ou desistirei da vida.

Depois de ouvir aquilo, o homem balançou a cabeça, mas não respondeu, seja por cansaço ou por simplesmente querer adiar uma briga depois de tudo que passamos para chegar até onde estamos.

Eu também não insisti, resolvendo assistir ao belo pôr do sol com sossego.

Sasuke Uchiha:

Não contive o meu suspiro de alivio quando eu avistei o vilarejo. Certamente ali devia ter algumas mulheres com conhecimentos sobre ervas, e se tivermos sorte, quem sabe não encontramos um boticário?

Desci do cavalo e perguntando para um jovem que trabalhava em sua pequena plantação, onde eu poderia encontrar ajuda e felizmente eu fui orientado sobre onde encontrar a curandeira do lugar.

A velha senhora de vestes um pouco vulgares, mas com um simpático sorriso vivia na periferia do povoado, em um bangalô isolado de todos.Sinceramente, eu preferia um boticário ou um médico, mas já estava de noite e o meu cavalo já dava sinais de exaustão.

Sem contar que, a tal de Hinata era um peso morto, a morena estava mortalmente pálida, sua pele estava brilhante de suor por causa da febre que ensopava a sua roupa e minhas mãos.

Na verdade, a Hyuuga estava praticamente desmaiada em meus braços. Eu e Sakura esperamos ansiosos enquanto a mulher examinava o pulso da garota, diagnosticando uma fratura, para logo depois imobilizar o braço dela com uma tala de madeira.

Admito que Hinata era corajosa, já que a morena não gritava nem chorava, mas mordia o lábio a ponto de fazê-lo sangrar.

—Vai ter de ficar aqui e repousar um pouco, meu bem.—Disse a idosa, ao terminar seu trabalho com maestria, exibindo um sorriso amável.— Seu braço vai precisar de todo descanso que puder dar a ele. E então, em algumas semanas, quando removermos as ataduras, ele estará fraco e com pouca mobilidade, mas, com a ajuda de Deus, a fratura será curada e você poderá recuperar todos os movimentos.

Mesmo com o carisma da velhinha, a Hyuuga não pareceu muito feliz com aquelas “semanas” na qual a curandeira citou.

—Quanto tempo devo passar aqui?—Indagou a garota, em seu tom de voz era visível que ela estava temendo a resposta.

—Bem, isso só a sua recuperação para dizer.— Respondeu a senhora, dando de ombros.

A mosqueteira fez uma careta azeda e ao mesmo tempo cômica, reclamando em seguida:

—Não acredito que vou passar semanas aqui, sem nada para usar além dessa calça! Por Deus, eu deveria ter quebrado o pescoço, não o pulso...—Lamuriou-se.— Ou melhor, eu deveria ter trazido alguns dos meus vestidos de Suna.

A velha riu do drama que Hinata fazia.

—Serão só alguns dias, meu bem, e logo vai estar boa como antes.

A mulher continuou sua fala, dando várias explicações e recomendações, mas eu já não prestava mais atenção naquilo, a minha mente se prendera a frase que a morena havia acabado de dizer.

Vestidos... Em... Suna?! Como se eu tivesse levado um soco em meu estômago, percebi a verdade que estava escancarada em minha cara. Só para conferir, olhei novamente para o rosto feminino da Hyuuga, e a certeza me veio tão forte como uma muralha e soube que eu já havia visto aquela garota antes, mesmo sem nem notar.

Ela usava um vestido amarelo, no dia do meu casamento! Mas... Se a mosqueteira era a bela moça morena, quem era aquela outra dama, com ar carrancudo e olhos intensos? A resposta foi logo respondida e aqueles mesmo olhos azuis que acompanharam meu matrimonio, foram os mesmos que estavam tingidos de fúria ao me verem naquela pousada...

Então, aquele rapaz audacioso e arrogante, não passava de outra mulher! Com alivio, não pude deixar de escapar um leve sorriso, vendo que tudo se encaixava perfeitamente, como a natureza diabólica e a rapidez do raciocínio da loira, ser mulher justificava como ela havia me enganado com suas artimanha.

Afinal de contas, por mais trágico que fosse, um homem nunca poderia superar uma mulher em truques e artimanhas.

—Por Deus, são três então...—Sussurrei, ainda perplexo com minha descoberta, mas também estava profundamente agradecido a Deus pelo fato de que Sakura não dividiu o quarto da hospedaria com um homem.

A desconhecida só me provocara para se divertir, para desviar a minha atenção do que realmente importava naquele momento. Agora, observando a situação com mais calma, fico até com vergonha ao ver o quão primitivo eu fui, sendo cegado rapidamente pela raiva e me deixar enganar de uma maneira tão patética...

Olhei para a rosada e além da vergonha, eu comecei a sentir uma pontada de culpa em meu coração. Eu deveria ter confiado mais na honra da Haruno sem questioná-la. Sei quanto essa confiança significa para ela...

—Três o que?—Quis saber minha noiva, seu tom de voz estava impaciente, como se a mesma já tivesse repetido aquela pergunta antes, quando eu sequer prestava atenção ao mundo ao meu redor.

—Do que está falando?—Quis saber a Hyuuga, já atenta em nossa conversa.

Ao ver as duas me encarando de um modo tão intenso, eu não pude deixar de rir, deixando Sakura ainda mais nervosa e a outra, confusa.

—O companheiro de vocês é uma mulher!—Exclamei com animação, mas foi uma pena que nenhuma das duas compartilhou de minha excitação.

Na verdade, ao ouvirem o que eu havia dito, as duas pareceram fantasmas, ficaram pálidas como papel, com os olhos esbugalhados e os lábios emudecidos de surpresa e susto.

—Ela é uma encrenqueira de maneiras lamentáveis, mas no fundo, eu estou feliz por não ter sido obrigado a matá-la.—Finalizei rindo, enquanto as duas mulheres ainda não haviam se dado conta de que já sabia a verdade.

As duas não falaram nada pelo resto da noite, como se tivessem receio de que se falassem algo, suas mentiras se segredos ficassem cada vez mais expostos. Logo, a curandeira improvisou uma cama no chão para sua paciente, mas não havia espaço para que eu e Sakura ficássemos ali também.

Teríamos que dormir sob as estrelas... Fui até meu cavalo e tirei o mediano colchão que foi transportado no alforje, enquanto a rosada procurava algum abrigo e o achou sob um grandioso pinheiro, onde seus galhos se estendiam em todas as direções, oferecendo proteção contra o orvalho.

A Haruno se deitou sem reclamar, mesmo tendo só as roupas do corpo como sua coberta. Estendi o colchão ao lado da mulher e me deitei, a olhando.

—Venha até aqui e divida comigo o cobertor, ou vai acabar morrendo congelada.—Falei em um tom autoritário, de quem não aceitava “não” como resposta, mas como sempre, minha noiva tem que ser do contra.

—Já passei por coisas piores.—Retrucou de olhos fechados, com a expressão dura e a voz de quem se lembrava de um passado não muito distante.

“Eu sei” pensei, me lembrando de que Sakura já passara momentos difíceis onde tivera que lutar pela sua sobrevivência, batalhando contra a peste, a fome e o frio. Sem dúvida, eu sabia o que a rosada havia passado, já que aquilo já me roubou longas noites de sono e dias de culpa.

Mas eu já estava cansado, exausto na verdade, assim como a Haruno certamente também está, e discussões estavam fora do meu plano. Sem me preocupar com o que a mulher pensaria, eu a puxei para mim, a encaixando contra meu peito, a protegendo com meus braços.

Assim juntos, sob o mesmo cobertor, nós ficaríamos mais aquecidos. Minha noiva estava bem tensa, mas incrivelmente, não protestara, nem tentara me chutar para se libertar, o que era muito bom.

E aos poucos, ela foi relaxando.

—Agora que eu a capturei, minha doce esposa fugitiva, o que você acha que devo fazer?—Sussurrei em seu ouvido, e Sakura se encolheu, ou... Será que estremeceu?

—Partirei para Kazemaru ao amanhecer.— Respondeu a rosada, seu tom de voz estava mais suave, mas não menos determinado.

—Pelo visto eu você esqueceu a minha promessa.—Murmurei.— Quer ser arrastada de volta pela orelha?

—Hmft! Saiba que eu não irei espontaneamente.— Disparou, e eu ri ao imaginar a expressão arrogantemente bela que a Haruno deve estar fazendo.

—Não esperava que fosse. Além do mais, duvido que você deva voltar a Suna agora. O rei estava furioso com a sua desobediência. Certamente você não vai sobreviver muito tempo se voltar.


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Notas finais do capítulo

E aí? Mereço review? o/ Recomendações :-)? Ou Tomates T.T? Bem, o que vocês acham que vai rolar? xD
:*