Impasses De Uma Princesa Superprotegida escrita por Relsanli


Capítulo 18
Protegida


Notas iniciais do capítulo

Bom, que saudades de voces amores... eu espero que todas gostem desse capitulo ele é bem... fofo.



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PDV Rosalie


Fiquei por um momento fitando o rosto parado em minha frente, sua expressão seria o seu olhar que penetrava o meu como se quisesse destruir-me com os próprios olhos.


– O que fazes aqui?


Não obtive resposta por um momento, e antes que me respondesse o vi empurrar a porta com uma certa violência fazendo-me dar a liberação da entrada em meu quarto, queria expulsa-lo, mas não sabia o que procurava ali, olhei em volta e vi que o corredor estava vazio, um calafrio subiu pela a minha espinha fazendo o meu corpo tremer com a possibilidade de estar sozinha com ele, procurei pelo o meu segurança, afinal era para ele estar aqui fazendo o seu papel de me proteger, mas como não havia tempo para pensar fechei a porta queria que isso acabasse logo.


– O que fazes aqui? – Perguntei novamente.


– Serei breve princesa.


– Espero que seja.


– Eu sei exatamente o que pretende fazer.


Eu não havia entendido o que dizia, na verdade nada me passava pela a cabeça, o vi caminhar até a mim e seu corpo ficar centímetros do meu de uma forma bem desconfortável para mim, dei uma pequena recuada, mas suas mão seguraram firmemente os meus braças me impedindo sair do lugar.


– Não sei do que estás falando.


– Não banque a idiota comigo princesa, eu sei que não és.


– Ainda continuo sem saber do que se trata.


– Então permita-me que diga.


– Se puder fazer isso fico grata.


– Calada! – Sua voz foi baixa, mas autoritária, me perguntava se devia obedecer afinal esse era o meu reino não o dele, ele nem possuía de fato um reino, havia usurpado o do irmão e agora achava que podia mandar em tudo e em todos.


– Não mande calar-me, ou se esqueceu aonde se encontra? Esse é o meu quarto, minha casa, meu reino, meu país, e o Senhor Majestade não possui nenhum direito aqui, se não obedecer aos meus.


– Não me venha com essa princesinha, não estás em vantagem aqui.


– Diga de uma vez o que queres e vá embora!


– Eu nada quero de ti, apenas lhe darei um único aviso.


Levantei a minha cabeça, dando-lhe todo o sinal de minha soberania naquele local, não deixariam que tirasse a minha voz em meu próprio quarto. Ele olhou-me com fúria e prosseguiu.


– Sei o que pretende fazer, jogar o rei contra mim princesa? Faze-lo acreditar que sou um péssimo rei? Definitivamente foi uma boa jogada no jantar, realmente você conseguiu fazer-me passar pelo o vilão da historia. Mas se é assim que você quer Vossa majestade, se me queres como o vilão então eu serei o vilão. Acho bom a princesinha abrir os olhos, pois os meus estão em todos os lugares, não irá destruir os meus planos, será noiva do meu filho e o tornará rei esse é o seu dever, não tente escapar dele.


– Está me ameaçando?


– Sim. E espero que a leve em consideração, não sou de brincadeiras, mas se você quer jogar princesa queres ver que lado é o mais forte, então pegue as suas cartas e que o jogo comesse.


E antes que eu pudesse falar qualquer coisa saiu do meu quarto deixando-me parada e sem nenhuma reação.


Quando foi que as coisas haviam saído do meu controle? Porque eu não tinha percebido nada? Estava em desvantagem e isso não me alegrava, não poderia contar com ninguém, afinal não sabia do que aquele homem era capaz, mas de uma coisa eu tinha a certeza de que independente do que ele era capaz eu teria que estar preparada para qualquer coisa, pois se antes ele ainda não estava usando tudo o que tinha, agora...


Dirigir-me para fora do meu quarto, pegando antes o meu livro que estava em cima da minha penteadeira e saindo em seguida olhando para o corredor certificando que estava deserto, desci as imensas escadas em silencio e abri a grande porta de madeira que permitia a passagem para a parte de fora do castelo, desci as escadas de pedra e o vento frio logo me atingiu passei a mão pelo os meus braços tentando aquece-los, mas mesmo congelando continuei caminhando até o jardim sentando-me no banco de ferro que se tinha perto dos canteiros das flores, olhei para o céu, estava escuro e as estrelas brilhavam se destacando, a lua estava cheia e linda como sempre, o vento batia novamente em mim fazendo o meu cabelo voar e a minha roupa que por sinal era fina, já que estava de camisola branca longa que possuía mangas longas também, havia colocado um sobre tudo do mesmo tecido que na verdade fazia parte do conjunto, o vento fazia a minha roupa dançar, mas isso não me incomodava mesmo sabendo que podia ser vista por um dos guardar do palácio.


Abri o livro e comecei a lê-lo com o intuito de sair daquela realidade, os livros possuem esse poder, de nos transportar de uma realidade para outra nos fazendo realizar sonhos e desejos que não podem ser feitos ou vividos aqui. Meus olhos começaram a correr por entre as linhas imaginando cada detalhe, cada drama e suspense, já não sentia nada em minha volta, agora era só o livro e eu.


Algo sendo colocado em meus ombros trouxe-me de volta a realidade, olhei ao lado e vi que se tratava de um casaco.


– Está frio aqui fora princesa. – A voz do meu segurança ecoou logo atrás de mim, virei-me para encara-lo e se encontrava parado, ainda vestia o uniforme porem agora sem o casaco.


– Obrigada.


Acenou com a cabeça, e nada mais falava.


– Porque não se senta McCarthy? Deves está cansado de ficar tanto tempo em pé.


E assim fez, dirigiu até o banco onde eu me encontrava e sentou-se ao meu lado olhando instantaneamente para o céu.


– A noite está linda hoje.


– Sim, ela está. Se permita-me saber princesa, o que fazes aqui fora a essa hora?


– Vim para pensar, gosto daqui, é calmo e me dá um pouco de liberdade. Como me achou aqui?


– Estive a te procurar em seu quarto, mas não a encontrei, não sei por que, mas imaginei que estivesse aqui. Romeu e Julieta?


– O que?


– O livro que está lendo, Romeu e Julieta certo?


– Sim.


– Minha mãe é apaixonada por este livro, e pelo o escritor também, já mecontou a historia milhares de vezes quando eu era criança. – Ele olhou para mim e pude ver o olhar divertido em seus olhos, o sorriso em seu rosto demonstrava que estava bem descontraído. – Minha mãe me falava que eu tinha que ser igual ao Romeu e que um dia eu ia encontra a minha Julieta. – Soltou uma pequena risada da qual fui impulsada a acompanhar.


– Não tens cara de que faz o tipo de Romeu.


– Não? E com quem eu me pareço na historia?


– Não sei...talvez com Mercúcio.


– Mercúcio? Por quê? Ele é quase insignificante na historia.


– Isso não é verdade, ele é parente de Páris e amigo de Romeu, foi de grande importância na historia.


– Certo. Mas minha mãe disse que eu sou Romeu. – O bico que havia feito, parecia uma criança teimosa, foi impossível não rir.


– Tá bom então.


– Em que parte do livro está?


– Estou ainda no inicio, lendo pela a terceira vez, estou na parte em que os pais da Julieta contam para ela que irá se casar com Páris, parente do príncipe.


– Terceira vez? Gosta mesmo do livro.


– Ele me dá um pouco de esperança.


– Esperança? Romeu e Julieta morrem no final!


– Sim esperança, de que há uma saída, uma forma de reverter à situação, de acreditar que até mesmo a morte em alguns casos é melhor do que a vida.


– Talvez haja outras formas.


– Seu pai me disse isso uma vez, na verdade disse isso na ultima conversa que tivemos e se não me engano foi exatamente neste jardim.


– Meu pai sempre foi um homem positivo, acreditava de que todos podiam ser felizes. Queria ser assim às vezes.


– Não parece ser um homem negativo McCarthy, pelo o contrario me lembras muito o teu pai.


– Obrigado. Mas creio que ainda tenho muito para alcançar.


– Isso só depende de você.


– Certo, é... Você ainda não respondeu a minha pergunta princesa, porque vinhetes para cá nesse horário da noite?


– Eu é... Precisava pensar um pouco, estava me sentindo um pouco pressa em meu quarto.


– Mentira. Vim atrás de você porque eu vi o rei Simon descendo as escadas, estava serio e parecia zangado com algo, voltava de seu quarto, certo princesa?


– Não tem nada a ver com isso.


– O que ele fez?


– Preocupado McCarthy?


– É o meu dever protegê-la, e se ele lhe fez algo tenho que saber.


– Se queria tanto me proteger assim estivesse lá para isso, mas você não estava.


– O que ele fez princesa? O que disse?


– Não interessa agora.


– Princesa...


– Sinto muito McCarthy, mas já está tarde e irei descansar, tenho um longo dia amanhã. Tenha uma boa noite. - Antes que saisse entreguei-lhe o casaco e agradeci saindo logo em seguida antes que ele tentasse argumentar.


Não estava disposta para uma discursão, não depois de ter sido ameaçada pelo o meu adorável sogro. Antes de esperar alguma resposta vinda do meu segurança, sai.


Dirigir-me novamente para o meu quarto e joguei-me na cama, só então percebi o quão estava cansada, mas ao contrario de todas as outras noites algo me atormentou.


Abri os meus olhos e conseguia ver claramente um campo de grama verde ao meu redor, de certo que era uma linda imagem, mas algo estava erado ali. Meus olhos correram por todo o gramado e como em uma rápida piscada, a cena mudou... Eu via claramente os corpos caídos no chão, mortos, o sangue se espalhava, as espadas e flechas fincadas nos peitos de cada corpo as lagrimam tomaram-me conta... Passei ao redor correndo tudo que queria era sai dali, mas alguns rostos familiares chamaram a minha atenção, ao longe avistei um homem seus cabelos loiros caiam sobre seu rosto me aproximando mais o meu coração ficou descompassado, as lagrimas tomaram por completo e tudo o que foz foi jogar-me de joelhos no chão enquanto chorava e perguntava por que ele, porque o Jasper.


Olhei novamente em minha volta e percebi que não se tratavam de pessoas desconhecidas, eram meus amigos, meu exército, meu povo, olhava em minhas mãos e estavam banhadas por sangue, subi meu olhar e havia uma única pessoa em pé, a espada que segurava suja com sangue as roupas amaçadas entregando uma luta o sorriso falso nos lábios, peguei a espada que Jasper segurava próximo ao corpo e levantei, caminhei determinada para mata-lo.


– O que queres com isso princesa? Matar-me?


– Você os matou...


– Não Rosalie... Você os matou. – Suas palavras trouxeram-me o choque, não acreditava nele eu jamais mataria os que eu amo.


– MENTIRA!


– Olhe em volta princesa... é por sua causa que estavam aqui, protegendo a vida da princesinha da Inglaterra.


– NÃO!


– Sim. O czar venceu minha querida, eles lutaram por você e você os deu a morte.


– Cala a sua boca Simon! – Sua risada entrava em meus ouvidos como a mais terrível musica...


– Olhe em volta...


Meus olhos correram e pude ver ao longe um corpo reconhecido por mim... “não...”, corria ao seu encontro as lagrimas descias sem se importarem, meus pés tropeçavam até chegar ao encontro dele...


– Não... Por favor, não... NÃO! – Gritava com todo o ar dos meus pulmões, segurei o corpo do meu pai em meus braços, seus olhos fechados, a pele fria... Isso não podia estar acontecendo e era a minha culpa, somente minha.


– Pai... Por favor... PAI! PAI! NÃO... VOCÊ NÃO! – De nada bastava gritar, ele não respondia, ouvia a risada do Simon em minhas costas, mas não dava atenção... Estavam todos mortos, Jasper, Edward, McCarthy... Meu pai, todos eles mortos. A dor era insuportável e eu apenas gritava esperando que meus gritos pudessem ser escutados por eles e o trouxessem de volta.


– Rosalie? – Escutava ao longe uma voz me chamar, parecia desesperada, mas nada em volta me levava ao dono da voz... Ela continuava a me chamar e era incrivelmente familiar...


– Rose... Acorde! Filha! 


Minha respiração ficava cada vez mais descompassada e em um súbito meus olhos foram abertos trazendo-me de volta a realidade.


Estava suada, minha face molhada pelas as lagrimas e todo o meu corpo tremia, mãos me seguraram firmes e me abraçaram, eu conhecia aquele abraço, o perfume, e era exatamente dele que eu precisava... meu pai. O segurei com toda minha força, chorava enquanto ele me acalentava em seus braços sussurrando em meus ouvidos que estava tudo bem que só tinha sido um pesadelo.


Ele se afastou um pouco, seu rosto transmitia tanta paz que o meu corpo relaxou.


– Melhor minha filha?


– Sim...


– Quer falar sobre o sonho?


– Não... Só continue me abraçando... – Antes que eu terminasse de dizer, ele me puxou novamente para seus braços colocou-me em seu colo e me ninava, estava protegida ali.


– Fica aqui comigo, por favor...?


– Vem.


Meu pai levantou e deitou-me novamente em minha cama, deitando ao meu lado apoie minha cabeça em seu ombro e como ele fazia quando eu era pequena afagou meus cabelos e cantava uma velha canção de ninar que eu tanto conhecia, e finalmente como nunca havia estado antes, eu estava ali, nos braços do meu pai simplesmente protegida.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado...e que deixem comentarios leitoras estão sumindo e quase não recebi reviews no capitulo anterior...
bom espero todas no proximo capitulo.
beijos gelados



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