Impasses De Uma Princesa Superprotegida escrita por Relsanli


Capítulo 13
Casamento ou guerra.


Notas iniciais do capítulo

Como esperado...o capitulo finalmente revelará quem é que está na cozinha com a nossa princesa Rose, então boa leitura.



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PDV EMMETT


Era incrível como tudo havia mudado em tão pouco tempo, a morte do meu pai, o desespero de minha mãe para saber como a família seria sustentada, e era de minha obrigação assumir todas as responsabilidades, nunca me imaginei sendo guarda real da princesa, ainda mais porque isso só poderia acontecer com a tragédia que foi a morte do meu pai, e isso não era algo que eu costumava imaginar.


Mas foi inevitável, e agora eu estou aqui deitado na cama do quarto que foi reservado a mim no castelo, o quarto era pequeno, mas com certeza era maior do que o antigo em que eu dormia, era o mesmo quarto do meu pai e algumas de suas coisas ainda estavam aqui e eu fiz questão de deixá-las intactas quando entrei, meu quarto ficava no mesmo corredor onde se localiza os outros quarto reais.


Os empregados do castelo costumam dormir no andar inferior, mas como eu preciso proteger a vida da adorável princesa, meu quarto é bem próximo do seu.


Trabalhar para a princesa era algo extremamente irritante, seu jeito egocêntrico e arrogante de ser, a sua vida perfeita e fácil ela nunca saberia como é sofrer ou ter que lutar por algo nessa vida sempre teve tudo e todos aos seus pés, exceto a mim, eu jamais me renderia a assassina do meu pai.


Apesar de que aquele passeio no jardim, a forma como ela se sentia livre e feliz ali, até a fez parecer uma pessoa com sentimentos, que não se importa só consigo mesmo, até que tudo mudou novamente, aquela carta havia a deixado desesperada e eu realmente me preocupei com seu estado, o seu corpo inteiro tremia, mas depois daquela conversa na sala de reuniões acho que eu ficaria no mesmo estado.


Uma guerra com a Rússia seria um desastre para a Inglaterra, ainda mais por motivos bobos como este. Era óbvio que o rei recusaria, a princesa já é noiva do príncipe da França desde quando nasceu e toda a Europa sabe disso, quebrar o acordo é algo impossível, ainda mais com um dos nosso aliados.


A França com é uma aliada forte e favorável,provavelmente se houver mesmo uma guerra ela lutará ao nosso lado, principalmente pra defender a honra da princesinha que vai ser a rainha deles um dia.


Mas com todas essas coisas acontecendo a pior delas foi ter que aumentar a guarda, como se ser o guarda-costas da princesa já não fosse o bastante agora eu teria que ser a sombra dela.


Continuei com o mesmo pensamento, mas um barulho de passos cautelosos vindo do andar de baixo me chamou atenção, apesar de ter quase a certeza que ninguém teria a coragem de invadir o castelo dessa maneira decidi verificar, o meu dever me obrigava.


Levantei-me da cama, vestindo uma camisa rapidamente e pegando a minha espada, descendo silenciosamente as escadas. Os passos iam devagar até a cozinha, e eu os segui.


Quem quer que fosse não fez questão de ligar a luz, entrei na cozinha vendo a silhueta da pessoa bem a minha frente, ela ainda não havia notado a minha presença e parecia procurar por algo, a forma como ela se movia era como se pudesse enxergar perfeitamente na escuridão.


Mas nada me fazia ver quem era, caminhei para mais perto pegando a minha espada em punho e rapidamente a colocando em seu pescoço, a fazendo paralisar, parou imediatamente o que estava fazendo, porem não disse nada, continuava imóvel.


Apertei mais a espada em seu pescoço até o limite do que não machucaria, não ainda.


– Certo... Vou ser rápido e prático. Quero seu nome e o que veio fazer aqui? – Nunca fui de conversar, era noite e apenas queria resolver isso o mais rápido possível, mas a pessoa insistia em não responder.


– Você tem menos de um minuto para responder a minha pergunta. Quem é você?


O joguinho de perguntas sem respostas estava me cansando, estava prestes a perder toda a minha paciência, quando senti uma cotovelada no estomago fazendo todo o meu corpo se curvar com a dor, logo em seguida uma pisada no meu pé esquerdo, junto com uma cotovelada que acertou o meu nariz, em segundos a pessoa já não estava paralisada por mim, tentei acertá-la com a espada, mas a única coisa que consegui fazer foi um corte superficial em seu braço, senti um chute em minha costela e outro na minha mão direita, o que me fez perder a espada que voou para algum lugar inalcançável com a escuridão.


Eu percebi que mesmo sem uma espada seja lá quem fosse sabia lutar muito bem, começamos então uma luta corporal, porém a falta de luz e por não conhecer tão bem o local me deixava em desvantagens, e em um piscar de olhos a pessoa sumiu, não senti mais golpes ou passos, a pessoa havia sumido. Simplesmente desaparecido.

Com certeza conhecia o castelo, isso me fez pensar em duas coisas: Que havia perigo no reino, e o que meu pai faria no meu lugar?


Corri para fora da cozinha, mas a pessoa havia sumido sem deixar nenhuma pista, procurei por todo o castelo, mas parecia que nada havia acontecido, os guardas continuavam em seus postos, nada aparentava uma invasão, seja lá quem fosse havia entrado e saído sem dificuldade alguma.


Como não havia mais nada a ser feito voltei ao meu quarto, porém antes andei até o quarto da princesa, era meu dever certificar-me que ela estava bem.


A porta se encontrava destrancada, então abri lentamente para não acordar a princesa, olhei para sua cama para meu alívio ela dormia, parecia estar em um sono profundo. Estando ela bem, voltei ao meu quarto e tentei lembrar e ligar a algo os acontecimentos de hoje à noite, não me admiraria o czar tentar sequestrar a princesa, uma vez que a recusa era obvia.


Teria que dar o relatório ao rei assim que amanhecesse, adverti-lo sobre o ocorrido era algo de extrema importância.


A manhã havia chegado e era como se não tivesse dormido durante a noite, levantei cedo nem todos do castelo estavam acordados, apenas os guardar e empregados se encontravam de pé.


Mas não demorou muito para que o rei e a rainha descessem e se sentassem a mesa, a rainha Esme me cumprimentou com aquela voz materna que só ela possuía, o rei parecia ainda tenso com todo o ocorrido.


– Dormiu bem meu jovem?- A rainha me perguntou.


– Sim majestade, dormi.


– Por acaso notou algo de estranho durante essa noite meu rapaz? – Como sempre o rei se preocupava com a segurança, me perguntei se devia contar ali, a rainha podia ficar preocupada e não era necessário alarmar a todos.


– Não alteza, nada de estranho foi escutado.


– Nancy! – A rainha a chamou e em poucos segundos Nancy já estava presente no local.


– Sim majestade.


– Vá até o quarto da Rosalie, acorde-a diga que eu e pai dela a aguardamos para o café. Se essa menina não for acordada ela não levantará tão cedo.


– Sim majestade.


E logo a Nancy saiu para fazer o que lhe foi pedido. Depois de alguns minutos a princesa descia sendo acompanhada por Nancy um pouco mais atrás.


– Bom dia a todos.


– Bom dia minha filha, dormistes bem?


– Sim mãe obrigada.


– Meu pai, como foi a reunião ontem com os garotos?


– Conversaremos sobre isso mais tarde minha filha, agora sente-se e tome o seu café, temos muito o que fazer hoje.


A princesa se sentou e começou a tomar o café, porém tinha algo erado nela, a maneira como ela passou por mim pela a manha, não disse nada, nem ao menos olhou para mim, parecia estar escondendo algo, ainda a observava discretamente, mas a pergunta do rei chamou minha atenção.


– Filha?!


– Sim pai?


– O que aconteceu com você?


– Do que exatamente está falando meu pai?


– Seu braço, está com um corte nele.


Rapidamente ela levou sua mão até o braço a pondo em cima do corte.

– Devo ter o machucado ontem no jardim, existem flores com espinhos e eu me deitei na grama.


– Que horas foi isso.


– Durante a tarde. Eu acho.


– Esse corte não estava ai quando eu a vi ontem.


– Não deve ter notado meu pai, não é nada demais.


Eu já estava ficando desesperado, também não me lembrava de a ver machucar-se no jardim.


– Creio que não foi falta de atenção minha, filha.


O rei se levantou e caminhou até a filha olhando de perto o corte em seu braço.


– E esse corte parece recente, e não parece com um dos cortes que adquirimos com espinhos de flores, parece mais com um corte feito por algo mais afiado, me lembra dos cortes superficiais feitos por uma espada.


Espada? Era provável que o rei não se enganaria com algo desse gênero, deve conhecer bem sobre tais coisas, então me lembrei da noite anterior, a pessoa se movia como se conseguisse ver no escuro, talvez seja porque ela conhecesse o lugar o suficiente, entrou e saiu sem nenhuma dificuldade isso pode ser pelo o fato da pessoa já ser de dentro do castelo.


O corte superficial feito por uma espada, sim a minha espada, eu simplesmente sou responsável pelo o corte em seu braço. Como pude ser tão estúpido? Agora dou graças a Deus por ter erado o golpe.


Mas como podia ser ela?! A pessoa lutava tão bem, sabia se defender perfeitamente, uma princesa jamais lutaria daquela forma, eu jamais perderia para uma princesa ainda mais para ela.


– Espada? Não meu pai, acho que está exagerando um pouco, devo ter me machucado quando fui na cozinha durante a noite, lembro-me de ter batido em algo quando fui pegar um copo com água, mas pelo o fato de estar escuro não vi o que era, pode ter sido uma faca ou algo parecido, não me lembro bem, estava com tanto sono que nem prestei atenção se havia machucado ou não.


– Deve prestar mais atenção nessas suas saídas durante a noite minha filha, com tudo que está acontecendo é possível que um dos guardas do castelo a confunda com algum intruso e por estar escuro e não ser possível vê-la possa machucá-la sem saber.


– Não havia pensado nisso meu pai.


– Da próxima tenha mais cuidado. Não a quero andando no escuro pelo castelo, traga uma vela com você dá próxima vez.


– Trarei.


– Ou melhor, quero que você chame o McCarthy sempre que precisar sair do seu quarto durante a noite. São tempos intensos filha. Não podemos descuidar. Vou pedir para que a Nancy cuide desse corte quando terminar o café. Pode fazer isso Nancy?


– Claro majestade.


Então era isso, eu definitivamente havia ferido a princesa com um corte no braço, o que o rei faria se soubesse disso? Apesar de que não era preciso me preocupar já que a princesa havia inventado a desculpa perfeita.


Perguntava-me agora se ela sabia que tinha sido eu. Mas o fato de ela saber lutar tão bem ainda me deixava intrigado, se ela realmente lutava daquela forma provava que ela já não era tão igual às outras dondocas da côrte assim, e quem ensinaria isso á princesa?


Era proibido mulheres lutarem ou mexerem com qualquer tipo de armas, meu pai amava a princesa, mas não creio que ele tenha chegado a esse ponto, apesar de tudo ele obedecia as leis e ninguém teria tanta coragem assim de afligir as leis na casa do próprio rei ainda mais com a sua filha.


O café real havia terminado, porém a princesa continuava sentada a mesa.


– Algum problema querida?


– Pai?


– Sim Rosalie.


– Poderia conversar com o senhor um instante? Prometo tentar não tomar muito o seu tempo.


– Claro minha filha. Onde queres conversar?


– Pode ser na sala de reuniões?


– O que é de tão importância assim para ser tratado na sala de reuniões Rosalie?


– Saberá. E, McCarthy pode nos acompanhar por favor?


– Claro alteza.


Os acompanhei até a sala de reuniões, entramos e a princesa pediu para que nós nos sentássemos, pensei que ela contaria ao rei que havia sido eu a feri-la, mas ela parecia um pouco temorosa para ser algo que só prejudicaria a mim.


– Diga-me minha filha o que é de tanta importância?


– Pai, eu sei que tudo o que está acontecendo é culpa minha.


– Rosalie, por favor, sabe que isso não é verdade. Se tem alguém que é culpado, esse sou eu, afinal fui eu que tornei a Inglaterra na potencia que ela é hoje, se estão interessados em você é somente pelo o fato da Inglaterra render bastante lucro.


– Isso não exclui o fato do czar querer que eu me case com o filho dele, logo a guerra vai ser por minha causa.


– Onde quer chegar com isso?


– Pai, por anos eu o escutei dizer que um dia eu iria precisar tomar as minhas próprias decisões, e que algumas dessas decisões nem sempre seriam fáceis, mas que eu saberia fazer o que é certo e o melhor para todos. Lembre-se disso?


– Sim Rose, mas por que isso agora.


– Porque eu quero que me de uma chance de impedir que uma guerra aconteça.


– Rosalie o czar está decidido mesmo que eu tente conversar ou fechar um acordo de paz será impossível que o reino russo concorde.


– Não estou pedindo que converse com ele.


– O que queres então?


– Que deixe-me conversar com o czar, me deixe tentar reverter essa situação.


– Nunca! Eu jamais deixaria! O czar é perigoso Rosalie deixa-la longe dele é meu único objetivo.


– Permita-me ao menos tentar.


– Não.


– Pai! Não entende? Eu não posso ver todos vocês correndo o risco de perderem suas vidas por minha causa, não suportaria perder alguém e se o senhor se machucar eu me culparei eternamente por isso.


– Rosalie nada disso é sua culpa.


A conversa ali estava extremamente interessante, eu entendia o ponto da princesa, mas também era entendível a visão de seu pai, deixar uma filha perto do czar da Rússia não era algo que algum pai costumava fazer ainda mais se seu reino estiver sendo ameaçado por ele.


– Aviso que enviarei uma carta eu mesma ao czar. Com ou sem o seu consentimento


– Não atreva a burlar uma ordem minha.


– Sempre me ensinou que se fosse preciso deveria ir contra o mundo para fazer o que é certo que sempre valeria o risco e se o senhor meu pai está contra mim nesse momento receio que terei que burlar sim suas ordem.


– Proibirei aos guardas que enviem tal carta.


– Se proibir os guardas ou a qualquer um na Europa eu a entregarei pessoalmente.


– Não teria tanta audácia, desobedeceria ao seu próprio pai. – O rei levantou o tom de voz nesse momento.


– Lamento, mas sim. – E meu choque foi perceber que não houve nenhuma ponta de medo no rosto da princesa. Ela estava mesmo decidida.


Com essa eu realmente havia me surpreendido, nunca imaginei a princesa indo contra alguém ainda mais o seu pai, ninguém ficava contra o rei.


– Rosalie...


– Nada que me diga me fará mudar de ideia, pai, por favor, permita-me tentar, não estarei sozinha é para isso que o McCarthy está aqui, ele ficará comigo durante a conversa com o czar, tirando o fato que o czar não tentaria nos atacar em nosso próprio reino, não quando seus interesses estiverem em jogo.


– Com quem aprendeu ser tão decidida assim minha filha? Você é apenas uma criança.


– Bom, o meu pai é o rei da Inglaterra, acho que eu tenho em quem me inspirar.


– Ainda assim Rosalie mantenho a minha decisão. Você não irá conversar com o czar e ponto final. Não quero ouvir nada a esse respeito. Vá para o seu quarto. Tenho assuntos muito importantes a resolver agora. – Nesse momento a princesa se dirigiu à porta com passos firmes, eu já estava seguindo-a - E McCarthy?


– Sim Majestade? – Parei abruptamente


– Não saia da porta da princesa por nenhum minuto sem ordens que venham de mim.


– Sim majestade. – Continuei os meus passos seguindo a princesa raivosa.


Cheguei até o seu quarto e esperei que ela fechasse a porta, porém antes de feche-la, olhou para mim e seu olhar transmitia completa raiva.


– McCarthy, avisa-me caso alguém venha até o meu quarto, não quero ser perturbada, agora se me der licença tenho uma carta para escrever que deverá ser enviada ainda hoje se possível.



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Notas finais do capítulo

Então o que será que a Rosalie irá aprontar agora? agora com a Russia na jogada as coisas mudam...o que acontecerá?
Beijos gelados.