Fairy Tale escrita por Sonne


Capítulo 3
Um encontro no parque


Notas iniciais do capítulo

Finalmente voltei :3
Desculpe a demora, consegui me recuperar depois de ter um bloqueio de escrita ^^ (Também tive muitas provas, trabalhos, vestibulares e TCC, mas se fosse 'só' isso eu teria dado um jeito x3)
Espero que gostem desse novo capítulo, ele está maior que os primeiros e me dediquei muito para escrevê-lo ;3



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O sinal toca, eu saio da escola e vou para minha casa. Nada de novo no caminho... A praça com as mesmas pessoas brincando com seus animais durante a tarde, as casas continuam com suas tinturas desbotando desde minha mais antiga memória, e a floricultura... Lembro-me que esse lugar era mágico durante minha infância, os mais diversos aromas me atraiam e minha mãe me trazia aqui para observamos as flores e conversarmos com a senhora que cuidava do local. Parei de visitar este local desde a “separação” de minha família... Suas flores não têm mais o mesmo aroma para mim, e as cores que eu dizia serem lindas durante a minha infância são tão depressivas quanto o próprio cinza.

Após caminhar mais um pouco eu finalmente chego à minha casa. Eu que preparo meu próprio almoço, meus pais apenas precisam botar a comida em casa e pagar as contas, quando eu conseguir minha própria moradia eles se livrarão de mim.

-Inoue...

Sempre as mesmas vozes, as vozes irritantes que me fazem comer sozinha no meu quarto. Só ouço o meu nome, não quero ouvir mais nada do que eles falam.

-Inoue?

Ignorei-os enquanto ia para meu quarto e trancava a porta, acho que eles irão parar de me chamar por agora...

Não gosto de comer muito, apenas preparo o que eu posso no microondas e vou comer no meu quarto, ignorando o que eles tem a falar. Não me lembro do meu ultimo jantar em família e acho melhor que continue assim, comigo comendo sozinha no silêncio do meu quarto.

Após o almoço eu levo o prato até a cozinha e saio para caminhar um pouco. O ar daquela casa não me agrada, ou melhor... Os moradores dela não me agradam. Só fico lá para comer e dormir até a hora de ir para a escola, fora isso eu passo o dia na biblioteca, no parque ou fico caminhando sem rumo até começar a anoitecer. Quando se torna uma rotina eu fico entediada, por isso vou alternando entre um lugar e outro.

Hoje irei para o parque, pois é perto de casa e não estou bem para andar muito hoje. Perdida nos meus pensamentos eu não presto atenção em nada que está ocorrendo ao meu redor, e continuo assim até chegar ao meu destino.

Sento-me sob uma árvore e apoio minhas mãos na grama, sua sombra me esconde da luz do dia que ilumina os rostos felizes dos que brincam com seus amigos, eles parecem se divertirem... Eu gostaria de poder sentir isso mais uma vez, mas...

Meu pensamento é interrompido após sentir algo molhado e gelado em minha mão.

-Kyaa!

O filhote de Shiba Inu que tinha lambido minha mão estava agora me observando. Ele tinha uma pelagem castanha clara na parte superior e era branco embaixo, seu tamanho o fazia parecer um bichinho de pelúcia. Ele queria brincar, demonstrou isso com seus latidos e fingindo que queria me atacar, era impossível ser rude com aquela pequena criatura.

-V-Você me assustou! Menino mal! Assustar os outros é feio.

Falei num tom sério com cuidado para não assustar ele, o pobre cãozinho se sentou triste, parecendo entender o que eu havia dito. Ele era tão... fofo. Apesar de ser fria com pessoas eu sempre gostei muito de cães.

Tentei acalmá-lo e o botei em meu colo, ele parecia ter gostado de mim.

-Own, não fica assim. Só te falei para não assustar outras pessoas.

Os latidos alegres do filhote mostravam que ele estava melhor. Quando se mexeu eu pude perceber o reflexo da luz em sua coleira, parece que ele já tinha um dono. Se ele está nesse parque então seu dono não deve estar longe.

-Seu nome é Atila? Te ajudarei a encontrar seu dono no parque, ok?

O pequenino latiu demonstrando satisfação, espero que ninguém me veja agindo tão gentilmente com ele, seria vergonhoso...

Assim começamos a perguntar para as pessoas do parque se alguém conhecia aquele cão ou seu dono, as respostas eram todas negativas. Será que ele havia sido abandonado? Já está ficando tarde, ele não pode ficar sozinho... Não posso abandoná-lo!

Lembro de meu próprio cãozinho... eu o perdi por culpa deles! Por isso odeio meus pais! E eu também me odiarei se eu abandonar outro cão...

-Atila! Você está aqui?

A voz de uma criança chamava por seu nome, era um menino de aparente uns 7 ou 8 anos, estava com voz de choro.

-Atila!

-Ele não está aqui filho, deve ter sumido mesmo.

-Não! Eu sei que ele está aqui!

Atila reconheceu a voz e pulou do meu colo, correndo até seu dono enquanto latia.

-Atila! Eu sabia que você estava aqui, nunca mais fuja de mim, está bem?

Agora o menino chorava de felicidade enquanto o filhote lambia seu rosto e abanava o rabinho.

-Vamos para casa agora, e tome cuidado para que essa coisa não escape de novo.

-Ele não é uma coisa, é o meu cachorro!

Eu soltei um suspiro enquanto ouvi a conversa, já conheço essa história. Éramos uma família de classe média, tínhamos uma vida estável e meus pais me deram um cachorro. Foi o melhor presente que ganhei em minha vida.

Ele se chamava Yuki, era o cão mais fofo que eu já vi. Sempre fomos muito unidos e vivíamos brincando, mas meu pai cometeu um erro...


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo teve muito drama, mas tentei colocar umas partes mais calmas ^^'
Digam o que acharam e onde posso melhorar, obrigada. ^^



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