Fairy Tale escrita por Sonne


Capítulo 4
O primeiro sonho.


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, espero que vocês não tenham desanimado para continuar a ler ^^'

Nesse novo capítulo a história começa a ficar um pouco mais pesada.



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Papai havia recebido uma promoção no emprego, mas para isso teríamos que nos mudar para um apartamento perto de sua empresa. O apartamento não aceitava cães, e meus pais tiraram Yuki de mim, mesmo com todo meu esforço para ficar com ele.

O novo emprego aparentemente foi um sucesso, eles nadavam no dinheiro que tanto adoravam e compravam o que queriam, mas nunca conseguiriam comprar algo que me fazia feliz como Yuki.

Nossa vida piorou depois que um colega de serviço deu um golpe em meu pai para conseguir uma promoção maior. Ele conseguiu subir de cargo, mas meu pai perdeu o emprego e nossa família entrou em crise.

Atualmente temos pouco mais que o básico para continuar nossa vida, tudo isso por causa da ganância dos adultos. Se eles tivessem me ouvido... Se tivessem se importado mais comigo do que com o dinheiro...

(...)

Já estava tarde, Inoue precisava voltar para casa. Não queria, mas ainda era melhor do que se arriscar a passar a noite no parque.

Ao se levantar não havia uma única alma viva por perto, o que antes era o parque fora engolida por um breu. O brilho fraco da Lua possibilitava Inoue de ver poucas silhuetas nas árvores, mas o que eram?

Ela se aproximava. Não se lembra de terem tantos balanços nas árvores desse parque, mas se não eram balanços o que eram?

Então ela viu... Bonecas? Por que alguém havia pendurado bonecas velhas nas árvores?

Algumas gotas caiam do céu, péssimo momento para chover... A jovem começou a sentir um nauseante cheiro metálico no ar. Assim como o céu, as bonecas choravam, mas suas lágrimas eram diferentes, elas eram... Eram vermelhas?

(sangue)

As bonecas choravam, estavam sozinhas e queriam companhia, e elas poderiam ter a companhia daquela bela jovem que estava parada próxima a elas.

Inoue correu e ela sentia as bonecas cada vez mais próximas. Não só sentia, agora poderia ouvir as risadas delas... Risadas distorcidas que chegavam aos seus ouvidos como navalhas.

– Parem!

A jovem tampou os ouvidos com as mãos, mas era como se o som estive dentro dela. Havia sido pega pelas bonecas?

(A ultima brincadeira antes de você ser uma de nós)

Sua respiração para por um instante ao sentir braços a envolvendo.

(Então você poderá brincar para sempre com Alice)

Não podia mais se mover ou enxergar e o som que a perturbara estava ficando cada vez mais distante.

(...)

Inoue acordou assustada e com a respiração ofegante. Não se lembrava de ter tido um sonho tão horrível, só de lembrar a sensação de ser observada pelas bonecas, o cheiro de sangue e as mãos que a envolviam a deixavam agonizada.

Após se acalmar um pouco, a jovem percebeu que o quarto estava diferente, não era seu quarto.

Tateando pela mesinha à procura de algo para iluminar o local, Inoue esbarrou sua mão em um pequeno abajur, quase o derrubando. Ao ligar a pequena fonte de luz ela viu que não se encontrava em sua casa, mas sim em uma mansão.

Ao se levantar ela percebeu um livro próximo ao abajur. A jovem o pegou, abriu na primeira página e começou a ler.

“Capítulo I - A----

A---- eras tão jovem... Uma escritora com um futuro brilhante. Viveste lendo e escrevendo novas histórias.

Teus contos encantastes a todos que vistes, foste a mais dedicada aluna de tua escola e orgulho da família. Tua vida foste feliz, até que...

Enquanto voltavas para tua casa durante um vendaval, teus manuscritos fostes levado pelo forte vento para a rua. A ingênua criança não viste a carruagem se aproximando, e assim foste o fim de tua vida como escritora.”

Fora a primeira letra o nome estava borrado.

– ‘A’?

Algumas das páginas seguintes foram arrancadas.

A jovem se levantou da cama destinada a encontrar uma saída. Se isso fosse um sonho, nada poderia acontecer a ela, certo?

Ela lentamente caminhou até a porta e encostou na fria maçaneta. As batidas de seu coração eram tão fortes que podiam ser ouvidas no silêncio do quarto. Respirou profundamente para manter a calma e abrir a porta, quando seu movimento foi interrompido ao ouvir o baque surdo de algo caindo no chão.


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