O Final de semana não tinha sido dos mais interessantes, eu e Iva estávamos nos entendendo muito bem. O Nosso encontro naquele outro dia depois que cheguei do trabalho foi muito bom. Estávamos saindo com mais frequencia, e amanhã iriamos sair eu, Iva, Cath e Arthur, ou Thutuzinho, como chamava Cath agora. 

Eu ria sempre que ouvia um Thutuzinho pela casa, ele corava, mas ficava sem graça de falar com ela que não estava gostando, eu também ficaria se fosse ele, até por que como eu ja disse, ele era muito tímido. Não tinha essa coragem toda, na verdade, ele era cara de pau, só não tinha cara de pau suficiente, para usar a cara de pau dele.

Meu trabalho com Yan estava ficando mais apertado que nunca, e eu estava conseguindo conciliar tudo, e isso estáva chamando bastante a atenção de Yan, mas o que me preocupava mais era minha amizade com Jaque. Almoçávamos todos os dias juntos no intervalo, e sempre que eu saía com Iva a noite, Jaque estava saindo do meu apartamento por que me ajudava com alguns trabalhos que eu levava pra casa.

Iva estava com muito ciumes, o que realmente estava me preocupando, mas para minha sorte Jaque não estava se preocupando muito com Iva. Ela era o tipo de mulher que se elevava a cima de qualquer pessoa que tentasse derrubá-la, não que eu acreditasse que Iva pudesse fazer alguma coisa, mas... nunca se sabe não é mesmo?

Aquele ciumes da Iva estava começando a me matar, era incrível como em apenas algumas semanas tanta coisa podia ter acontecido, o meu reentendimento com Iva, o ciumes dela acabando aos poucos com nossa relação, a minha amizade crescente com a Jaque e o entendimento que Cath e Arthur estavam tendo. Eu estava começando a achar que era só impressão minha o amor de Cath por mim, ou talvez real, só que passageiro.

Eu estava então andando calmamente pelo centro da cidade enquanto pensava nisso tudo, muitas pessoas correndo e esbarrando sacolas em mim. Eu estava estressado naquele dia, até que sinto um liquido quente na minha camisa branca. Eu me afastei e me virei.

-Não olha por onde anda não? -disse arrogante

-Não. -disse uma voz doce- Eu sou cega.

Eu gelei.