Eu então olhei a dona daquela voz doce, era uma moça ruiva com olhos claríssimos. Ela segurava a coleira de um cachorro grande e bonito e na outra carregava uma bandeja de café. Ela me olhava como se me visse, ou será que via? Ou será que era verdade que ela não me via?

–O que foi? -perguntou ela- é verdade. -e riu- Me desculpe, eu não tive a intenção, mas é meio dificil na minha situação andar pelo centreo da cidade não é mesmo? -e sorriu- Sou Meryl, Meryl Claire.

Eu ainda estava em choque,o que tinha me dado aquela arrogancia? Ja tinha até me esquecido do café na minha roupa.

–Sou Gabriel, Gabriel BelMonte. -eu disse sem graça- Olha, realmente me desculpe a arrogancia, eu não sabia...

–Tudo bem Gabriel, não é culpa sua... Estava de cabeça quente... Tipo o café que derramei em você. -ela riu- Vamos tomar um lanche, oque acha?

–Pode ser.... ahn... quer ajuda? -perguntei e ela sorriu

–Adoraria.

Quand o braço dela se entrelaçou no meu eu senti um calor subir da ponta dos dedos até o meu ultimo fio de cabelo. Me senti quase completo, oque era aqui eu não fazia a mínima idéia. Mas senti ela estremecer quando apertei levemente o braço dela.

–Como pode saber que não esbarrei em você de propósito e que não estou te sequestrando? -perguntei rindo sem querer ofender, olhei pra ela como se ela pudesse ver minha expressão e ela parecia poder ver, apenas riu.

–Intuição.

Eu sorri.