New Feelings. escrita por Soquinho


Capítulo 24
24 - Namoro em Crise.


Notas iniciais do capítulo

Pô leitoras. Onde vocês estão? Sim, eu estou enervada. Csramba, dei tanto duro, madruguei, piorei minhas notas, me dediquei perigosamente a fic e vejo que está sem sucesso. Por favor, deem uma chance, não vai fazer mal, igualmente a escrever um review, seu dedo não irá cair e nem sua imunidade irá baixar.
Não abandonem a fic, fiz ela com muito carinho, porém estou realmente magoada.



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O ódio e a mágoa fazem coisas absurdas com a gente, nos transformam em pessoas más e temerosas. Roberta estava neste estado, aquele selinho no show tinha sido a “prova” para ela que Tomás não valia nem o pão que o diabo amassou, foi muita sacanagem ele tirar uma casquinha dela no show, ficaria confuso na mente dos fãs, eles mantinham uma amizade colorida ou eram namorados? Não, porque a Roberta é do Diego, mas sempre tem que haver um “Tomás” na história.

A moça loura afundava o chão da cidade de Porto Alegre, chovia intensamente e a sua maquiagem preta escorria pelo rosto a deixando com uma aparência de assassina. Segurava suas botas cheias de tacha na mão esquerda e o figurino que usara para a apresentação, segurava na outra mão, estava descalça e apenas com uma calça jeans com rasgões, uma camisa preta e vermelha e um colete azul. Devido à chuvarada, o cabelo de Roberta parecia liso de tanta umidade acumulada ali. Abandonou seus amigos no camarim, pois não queria olhar na cara daquele sádico. A loira achava que ele tinha o prazer de vê-la sofrer, só que Roberta não parava para pensar nele também, o garoto jamais iria querer a ver sofrer, os dois estavam no mesmo barco.

A garota começa a achar que estava perdida, talvez tenha informado ao taxista o endereço errado do hotel. Pronto! Era só mais essa que faltava para acontecer na vida da jovem azarada. A adolescente já sentia os seus olhos pesarem, o sono já estava chegando e precisava sim de uma bela noite de sono.

- Você é demente?

Ela se vira assustada e intimidada pela voz que soara diferentemente. Está declarado que esse menino vive para perseguir a garota.

- Diferente de você, eu não sou uma atirada.

- Tá falando daquilo? Eu só queria causar euforia. – Mentiu. Ele estava mesmo querendo cometer aquele ato apaixonado.

- Causou até demais. Porque você não para hein?

Ele fica irresoluto, com certo receio e hesitação de responder a pergunta elaborada pela a garota.

- Eu já te disse naquele dia. Não vou querer repetir!

- Por culpa sua a Alice compôs aquela música para nos fazer resolver os ponteiros, só que serviu para me ajudar a desenvolver um ódio maior sobre você! – Honestamente, eles não sabiam o que estavam dizendo. Tudo isso era máscaras para se esconderem, palavras que ocultam palavras. Marrentos e rebeldes.

- Projeto danificado de Ke$ha!

- Encanamento de bombeiro!

- Mascarada.

- Sádico.

- Tonta.

- Besta.

- Acho melhor parar por aqui, antes que role um clima e aconteça um dêja-vu. – Diz Roberta tendo noção que sempre que tinha uma discussão dessas com o amigo, acabava surgindo romance no ar.

- A chuva não para de engrossar. – Fala o garoto deixando a palma da mão para cima, assim podia sentir os pingos de água cair por sua mão.

- Estamos perdidos? – Indaga medrosamente.

- Não, o hotel é aqui perto. Vamos!

Longes um do outro, por aquele calçamento deixavam suas pisadas e marcas. Nada fazia barulho, além do volume imenso descido do céu, mas a loira adorava água, vício imortal. Aprofundada em seu mundo, Roberta recebe a vaga lembrança daquele show jamais esquecível.

A receosa parte chega, ele a puxa contra seu peito, colando seus rostos e alisando sua face angelical e suave, ela sente calafrios e o coração pulando. Até as fãs sentem calor.

When your lips are on my lips

Tomás fita os lábios em movimento da menina, com aquele desejo ardor dentro de si.

Then our hearts beat as one

Os corações são dois em um, as batidas cardíacas são as mesmas. Pelo que dar a entender, a loira queria era dar seu coração de mão beijada ao colega, queria ser valente para enfrentar as barreiras. O namorado que amava tanto, hoje só sentia carinho de amigo, hoje se sente confusa sobre o amor, ele sempre maltrata essa jovem.

But you slip out of my finger tips

Every time you run.

Ao invés de Tomás afastar de Roberta, ele continua parado sem mover um músculo, só apreciando a voz magnífica e arrebatadora da mesma. Em um “ataque” surpresa, depositou um selinho na boca com gosto de cereja da menina, todos foram à loucura. Pedro e Alice escancararam a boca, assim como os assistentes de palco, os câmeras, o DJ. Para a sorte dos dois, seus namorados não estavam presentes testemunhando tal cena.

Para disfarçar, Roberta olha para os fãs forçando um sorriso. Seu estômago estava embrulhando, o corpo todo estava soltando fogos de artifícios, comemorando aquele selinho apaixonado.

O frio na barriga ela sente, arrepia-se todinha. Tomás que vinha caminhando pensativo queria desculpar-se, mas simplesmente não saia, o orgulho não deixava, ele não daria o braço a torcer por mais que devesse e quisesse fazer aquilo.

O tempo gelava mais, parecia o inverno dos Estados Unidos, sendo só um verão estranho de Porto Alegre. Os galhos das árvores se mexiam em sintonia, o vento bagunçava os cachos de Roberta, a chuva continuava a desabar grosseiramente e só faltava um relâmpago e em seguida o estridente e assustador barulho do trovão. O cenário da tempestade estaria completo.

Enfim, por suas sortes, chegaram ao hotel ainda aceso e recebendo clientes para se hospedarem e o carregador se ocupava levando as malas das pessoas que chegavam. Na porta, Tomás tirou sua jaqueta ensopada e a espremeu tirando todo aquele volume imenso de água, a loira fez o mesmo com seu cabelo e seu colete. Limparam os pés sujos de lama em um papelão qualquer e entraram no saguão sendo campo de visão de muitos que admiravam o visual em que estavam algumas crianças até tinham medo de ver o rosto de Roberta coberto de preto por causa da maquiagem destruída. A recepcionista pensou em se informar do acontecido, mas decidiu não se intrometer, deduzia que eles fossem namorados e acabaram tendo uma relação sexual antes do tempo. Pobre recepcionista! Nem sabia o verdadeiro motivo disso.

A loira apertou o botão para que a porta do elevador se abrisse, adentrou juntamente com o garoto e permaneceram calados. Ao chegarem ao último andar, Roberta sai do local aceleradamente e tranca-se no quarto jogando sua bota em um lugar reservado e indo direto ao banheiro. O rapaz que ficara sozinho deixa o elevador e também acha melhor ir dormir.

A moça segurava muito bem suas lágrimas durante o banho, ela havia cansado de ser o brinquedinho de Tomás, mas ele tinha razão em uma coisa. Ela cedia facilmente ao beijo dele, a garota tinha culpa também. Ela lembra-se do dia em que falou com o amigo no corredor do colégio e eles se abraçaram, naquele tempo era bom, só tinha amizade entre eles.

- Vem cá. – Ele a chama para um abraço, sorrindo meigamente.

- Pra que?

- Vai recusar um abraço?

Ela ri fracamente.

- Pior que eu não to podendo. – Abraçam-se apertadamente, até Tomás ver que Pedro, o grande pivô dessa chantagem se aproximava.

- Eu queria voltar no tempo e fazer tudo direito. – Diz enquanto passa seus dedos cheios de xampu pelo seu cabelo.

- Juro que nunca teria gostado de você.

Então a Roberta estava realmente começando a gostar do jovem e o seu medo não a permitia de revelar isso. Gostar ou amar alguém é barra, principalmente quando essa pessoa é melhor amigo do seu namorado e que vocês também são amigos. Que matemática confusa! Tem que chamar um professor formado na matemática e no amor para ensinar Roberta ao não se envolver em ciladas. Veste-se com sua típica roupa de dormir, um short folgado preto, camisa larga preta e seus fones de ouvido para entreter-se com as músicas mais tocadas na rádio.

-x-

Café da manhã bem cedinho naquela cidade deve ser uma delícia e os rebeldes podem comprovar isso. A manhã estava alegre e animada, diferente da noite anterior que estava chuvosa e sombria. O sol clareava intensamente todos os pontos do lugar, o céu azul não tinha nenhuma nuvem para comprometer o clima de verão. Mas para ela, tanto faz se o dia estivesse bom ou ruim, tudo seria igual e normal. Roberta já estava acordada só fitando seu rádio-relógio que nem um peixinho sem piscar, já eram 07h22min. A garota não tinha acompanhante no quarto, pois Alice já descera para o café, atacaria a mesa toda como de costume e sempre mantinha a boa forma, alimentando-se do que era saudável e só comendo besteiras em porções pequenas. Diego sente a falta da namorada naquela mesa, não notara animação sem a sua menina de olhos lindos.

Ele entreabre a porta do quarto e avista Roberta deitada de bruços encarando o relógio.

- Oi amor. – Cumprimenta.

- Oi meu lindo! – Forja um sorriso sincero e feliz.

- Ah, você não me engana. Tem algo te deixando aflita, divide comigo.

- Di, eu não sou calculadora!

- Só que comigo você sempre se demonstrou destemida para me contar sobre seus problemas e aflições, mas tá tão diferente e esquisita.

- Pelo amor de Deus! Diego, quantas vezes vou ter que dizer que não estou mudada? – Levanta-se brutamente da cama com o tom da voz alterado. O rebelde também se irrita.

- Quando vai parar de mentir pra mim? – Ela não gosta do que ouve.

- Eu não estou mentindo pra você.

- Faz tempo que você não me conta verdades!

- Vamos seriamente brigar por isso?

- Se for preciso, sim.

- Sério! Depois de tudo você ainda não confia em mim? Que tipo de namorado você é?

- Do tipo que só aceita verdades e que não é cachorrinho seu.

- Nunca que você foi meu cachorrinho garoto, se eu quiser um, vou lá ao canil e adoto!

- O seu olhar me diz que você precisa de socorro, chego aqui e você me mostra um sorriso falso e agora briga comigo, quando sou eu que estou certo.

- Não te digo nada, porque não a nada acontecendo. Possa ser que eu esteja de TPM. – Desculpas típicas e diárias das namoradas rodeadas de problemas.

- TPM que dura há dias e que já deveria ter ido embora faz tempo. – Não iria colar essa desculpa, poderia ser recente para Roberta toda essa reviravolta, mas para o Diego estava parecendo um ano de uma namorada distante e secreta.

- Eu pensei que realmente me amasse. – Magoa-se.

- Eu pensei que valesse a pena para você.

- Mas é claro que você vale. – Rebate não se contentado com aquela frase absurda e atordoante.

- Sério? Então começa demonstrando isso me contando a verdade.

- Argh! Só que não a nada para eu falar, para eu revelar, para desabafar e receber conselhos. – Até quando ela ficará mentindo?

- Perfeito, fique aí mentindo pra mim e si mesma, não insistirei mais. Fui!

Ele sai muito, muito chateado com a discussão e por sua namorada ocultar a verdade. Nada a ver com Roberta, deveria ter jogado tudo na lata, iria doer sim e o garoto poderia até tomar ódio da ex-namorada, mas ela estaria feliz com aquele que honestamente ama e a faz bem.

Roberta acerta seu corpo contra a cama exigindo dormir de novo, mas o sono já havia ido embora para só retornar a noite. O namoro já está começando a ser afetado por esse sentimento de Roberta que a cada dia evolui mais.

Continua...  


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Notas finais do capítulo

Espero vê-las nos reviews.



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