11/02/xxxx

Os times Pokéheroes e Agilidade estavam na câmara de Raider:

- O que houve, mestre? Para você chamar duas equipes para cá, deve ter acontecido alguma coisa! - disse Tyson.

- Exatamente. Ontem, uma equipe iniciante da associação foi até um dungeon recomendado para equipes mais experientes. Eles queriam ir até lá, mas eu os proibi. Mesmo assim, alguns dizem terem os visto entrando lá. Por isso, eu gostaria que você seis fossem procurá-los. - explicou Raider.

- Mas mestre, nós temos condições de sobreviver a esse dungeon? - perguntou Harry.

- Não se preocupem. Vocês poderiam ir até lá mesmo sem outra equipe acompanhando. Mas é melhor previnir. - disse o lucario - O time que vocês devem procurar é o Keen Eye, aqueles que se registraram há menos de uma semana, e eles estão em um dungeon chamado Monte Aerodactyl. É um lugar conhecido pelos poucos aerodactyls que vivem por lá. Mas não se preocupem, seus níveis são superiores aos desses aerodactyls e não há como vocês serem derrotados.

- Aerodactyls? - disse Tyson, com um leve calafrio.

- O que foi, Tyson? - perguntou Caleb.

- Nada. É melhor procurarmos essa equipe antes que algo aconteça. Vamos logo! - disse Tyson.

As equipes saíram para ir ao dungeon. "A mãe de Tyson... Morreu durante uma batalha contra um aerodactyl. Será que foi uma boa ideia mandá-lo para essa missão? Ele está em um nível alto o bastante para derrotar um aerodactyl, mas será que ele já superou esse trauma?" Raider pensou. Os seis chegaram à entrada do dungeon. Ficava mesmo dentro de um monte:

- Tyson, você está muito quieto. Tem certeza de que você está bem? - Pauline perguntou, um pouco preocupada.

- Ah, sim, eu estou bem! Vamos terminar logo com isso? - Tyson perguntou.

- Você parece um pouco nervoso. - disse Chelsea.

- Não é nada. É que não gosto muito desse lugar. - respondeu o treecko.

- Eu também não. Na última vez que exploramos um dungeon em um monte, ficamos presos lá dentro e eu perdi minha novela! - disse Caleb.

- Bom, nós exploradores temos que fazer alguns sacrifícios, não é? - disse Satoshi.

- Mas para perder um capítulo de "Chiquititas", tem que ser alguma coisa muito importante! - o cyndaquil respondeu.

Os seis entraram no dungeon. Tyson não parecia à vontade naquele lugar. As equipes lutaram contra geodudes, shuckles, aipoms e nincadas, mas nenhum aerodactyl apareceu:

- Estranho... Até agora não encontramos nenhum aerodactyl! - disse Pauline.

- Mas é melhor ficarmos alertas. Esse monte não deve ter esse nome à toa. - Tyson disse, ainda apreensivo.

- Por que você está tão preocupado com os aerodactyls? - perguntou Harry - Eu, o Satoshi, a Chelsea e a Pauline somos fortes contra eles, então não precisamos nos preocupar.

- Eu sei. É que...

Um sentret e um starly assustados passaram correndo pelas equipes:

- Time Keen Eye! - exclamou Pauline.

- Cuidado! Um aerodactyl está vindo! - disse o sentret.

- Um aerodactyl?- perguntou Tyson, assustado.

Todos olharam para frente e viram o aerodactyl, que se aproximou deles. Pauline e Satoshi atacaram ao mesmo tempo com bubblebeam e thunderbolt. O aerodactyl desmaiou na mesma hora:

- Belo ataque, Paulie! - disse Satoshi para a piplup.

- Obrigada, seus golpes elétricos também são ótimos! - respondeu Pauline.

- De nada. - respondeu o pikachu, olhando para ela ternamente.

“Paulie? Desde quando...” ela pensou, olhando para Satoshi. Os dois continuaram olhando um para o outros, ambos um pouco corados:

- “Paulie”? - Chelsea perguntou, olhando para Harry.

- Eu não sei de nada! - disse Harry, virando os olhos. Ele prometeu a Satoshi que não contaria sobre os sentimentos do parceiro pela piplup.

- Isso foi incrível! - disse o starly, se aproximando das equipes ao lado do sentret. - O mestre falou para vocês virem aqui procurar a gente, não é?

- Sim, e agora que encontramos, vamos sair daqui! - disse Tyson.

- Que pressa é essa, Tyson? - Pauline estranhou.

- Ainda dá pra chegar a tempo de assistir a Sessão da Tarde, não é? - perguntou Caleb.

Os outros sete ficaram encarando Caleb:

- Hoje vai passar “A Fantástica Fábrica de Chocolate!” - disse Caleb, como se isso justificasse sua personalidade peculiar.

- Você já viu esse filme vinte e três vezes! - disse Pauline.

- Eu quero entrar pro Guiness Book! - Caleb respondeu.

- Pessoal... Pokéheroes e Agilidade, não é? A gente soube de histórias sobre ruínas dentro desse monte e queríamos investigar. Se nós oito formos juntos, seria seguro, vocês não acham? - propôs o sentret.

- Vocês devem estar falando da lenda das Ruínas Shuckle. - disse Chelsea, que por sinal, continuava estudando história e mitologia - Dizem que há muitos séculos alguns shuckles construíram uma civilização em alguma parte desse monte, mas devido a ataques de omanytes selvagens, que eles acreditavam ser algum sinal de suas divindades, eles abandonaram o lugar. Ninguém sabe onde estão as ruínas, parece que os shuckles daquela época acreditavam que o lugar era sagrado e por isso nunca contaram como chegar lá.

- Boa ideia, vamos investigar juntos! - respondeu Pauline, entusiasmada - o que você acha, Tyson?

- Não sei... E se for só uma lenda? Devíamos voltar, o mestre deve estar nos esperando, não deve? - respondeu Tyson, ainda preocupado.

- Espere aí! Esse não é o Tyson que eu conheço! Cadê o seu entusiasmo? - perguntou Pauline, estranhando a reação do amigo. 

- Em uma coisa ele está certo, Pauline, o mestre tem que saber que já encontramos a equipe Keen Eye. - disse Chelsea. - Acho melhor vocês voltarem, peguem isso - ela disse para o time iniciante, entregando uma esfera de fuga.

- Mas nós queremos ir com vocês! - disse o sentret.

- O mestre vai ficar preocupado se não tiver notícias de nós. - disse Harry - E além do mais, uma equipe de oito membros não é conveniente, até de seis membros é muito, por isso o limite de membros num time de exploração é quatro.

- Eles têm razão, além disso, somos novatos. Aquele aerodactyl podia ter acabado com a gente. - disse o starly para o sentret.

- É mesmo, a gente só ia atrapalhar. - disse o sentret - Contem pra gente o que descobriram quando voltarem, está bem?

- Pode deixar! - respondeu Satoshi.

A equipe Keen Eye usou a esfera de fuga para sair do dungeon. As outras duas equipes continuaram andando, até que encontraram uma parede com símbolos em forma de pegadas de pokémons no fim do dungeon:

- O que é isso? - perguntou Pauline, olhando para a parede.

- Está escrito em runas de pegadas. Eu sei ler isso. - disse Chelsea.

- Então traduz logo! - disse Satoshi.

Chelsea se aproximou da parede e leu em silêncio o que estava escrito. Depois traduziu:

- “Uma gema rara para psíquicos que deixa a névoa a seu favor” - disse Chelsea, pensativa.

- O que quer dizer? - perguntou Tyson, que estava quieto há muito tempo.

- Será que... É isso! Existe um item para pokémons psíquicos chamado gema psíquica. - disse Chelsea. - Quando segurada por um em um lugar com névoa, é impossível ter os status alterados!

- Quer dizer que precisamos de uma? - perguntou Pauline.

- Vamos fazer um teste. - disse Chelsea, fuçando uma mochila separada da de itens da equipe em que ela carregava sua coleção de itens. - Achei! Sabia que eu tinha uma gema psíquica aqui!

Chelsea tirou a gema da mochila, que começou a brilhar juntamente aos símbolos da parede. A gema e os símbolos sumiram. Outros símbolos apareceram no lugar. Não eram runas de pegadas desta vez:

- O que está escrito? - perguntou Harry.

- Eu não sei... Eu nunca vi esses símbolos antes, se fossem runas de pegada ou letras unown... - disse Chelsea, analisando a parede.

Tyson se aproximou da parede, fechou os olhos e a tocou. Permaneceu com os olhos fechados por alguns segundos:

- Você ativou o dimensional scream? - perguntou Chelsea.

- Isso mesmo. Acabei de ver o passado. - o treecko respondeu, abrindo os olhos e mantendo a mão na parede. - Parece que os shuckles usaram algum poder misteriosos nessa parede antes de abandonarem a civilização. Depois desse enigma, vamos poder chegar às ruínas.

- E qual é o enigma? - perguntou Pauline.

Tyson tirou a mão da parede, que começou a brilhar e se desintegrou:

- Tinha alguma coisa haver com “ver o passado”. - respondeu o treecko.

- Então nós não conseguiríamos sem o seu dimensional scream? - perguntou o squirtle.

- Acho que não. Vamos continuar?

Os seis continuaram. Além da parede havia um túnel. Depois que o atravessaram, chegaram às ruínas. Uma vós ecoou:

- Qual de vocês tem o dimensional scream?

- É ELE! É ELE! É ELE! - gritava Caleb apontando para Tyson. - EU NÃO TENHO NADA COM ISSO, EU JURO!

- Não surta, Caleb! - Pauline disse, dando um soco no cyndaquil.

- Sim, sou eu. - disse Tyson, olhando ao seu redor.

- Quero falar com você. Os outros esperem lá fora, por favor.

Os outros cinco saíram e apenas Tyson ficou por lá. Um pokémon pequeno, branco e amarelo com a cabeça em forma de estrela apareceu um frente ao treecko:

- Eu sou Jirachi. Diga-me uma coisa... Você faz ideia de como você ganhou o dimensional scream? - o pokémon perguntou.

- Não. Eu sei que poucos humanos podem ter o dimensional scream, mas eu sempre fui um pokémon. - respondeu o treecko.

- Seu nome é Tyson, não é? - perguntou Jirachi.

- Sim! Como você sabe? - Tyson perguntou, surpreso.

- Venha comigo. Vou te explicar como você ganhou essa habilidade.