Pov Nick

Eu entrei na sala e a vi, nossa ate com as roupas de hospital ela ainda lembrava uma boneca, vi que ela não estava bem e corri para abraçá-la, acho que ela estava passando mal então eu disse em seu ouvido:

- Calma eu sou só o ‘cara’ que te atropelou.

- Acho que isso não vai me acalmar, você é Nick Jonas, ou eu estou morta no paraíso ou eu estou tendo alucinações - eu tive que rir daquela frase e respondi, colocando na cama sentada.

- Acho que nenhuma das alternativas, mas é serio que o seu paraíso seria comigo - eu ri novamente e ela corou.

- Sei lá, eu pensei que só teria a chance de ter conhecer quando estivesse morta ou em meus sonhos - ela disse e cada vez ficava mais corada.

- Acho que você não esta sonhando e nem que esta morta, porque se você estiver eu também estou e sua mãe também - nós dois rimos e eu continuei - viu você nem precisou morrer para me conhecer, bastou ser atropelada.

-Bom nunca pensei que ser atropelada seria tão bom - ela riu e quem corou dessa vez fui eu.

- Prazer, sou Nick Jonas - eu falei sarcástico e ela riu.

- Prazer, sou a garota que Nick Jonas atropelou e que esta realizando um sonho baby - ela disse e eu ri corando mais ainda - Meu nome é Carol, mas acho que pelo tempo que eu dormi minha mãe já deve ter te contado, alias o que mais ela te falou? - ela disse curiosa.

-Ela disse que você era fã de Jonas e que seu Jonas favorito era eu - eu menti só para saber qual seria mesmo seu Jonas favorito.

- Nossa eu vou mata-lá - ela disse baixinho, mas eu consegui escutar.

- Se entregou - eu disse rindo a deixando confusa - sua mãe não me disse nada eu só falei para saber qual era mesmo seu Jonas - eu disse rindo, o que a fez rir também.

- é verdade, é você, desde sempre foi você, e acho que para sempre vai ser, eu gosto muito de todos os Jonas, mas você sempre foi o melhor pra mim, quando eu estava mal por meus amigos estarem em festas se deliciando com os doces, e eu decidia não ir por não saber se iria resistir e acabaria em uma cama de hospital - ela deu uma pausa e eu vi uma lagrima caindo de seu rosto ela não disse mais nada e eu entendi perfeitamente, ate que um sorriso saiu de seu rosto, e ela disse ainda sorrindo - eu não esperava te conhecer, e muito menos ser atropelada por você. - ela disse rindo e me fazendo corar.

         - Você tem diabetes? – eu perguntei e ela assentiu dizendo.

         - Sim, a mais ou menos 4 anos, eu passei mal e fui parar em um hospital, foi ai que o medico me deu a noticia que eu estava com diabetes, e que ela ainda não tinha cura. – ela disse e seu rosto ficou rígido – eu não entendia direito que se não controlada a diabetes podia matar, eu cheguei em casa e minha mãe me deixou um pouco sozinha e eu me enchi de doces, uma quantidade que você não pode sequer imaginar, e tranquei a porta do quarto e fiquei lá, ate alguma coisa acontecer, e aconteceu – ela disse e eu á vi ali chorando – eu desmaiei e fiquei em coma durante mais ou menos uns 5 dias, no hospital eu não me lembro de nada, eu só me lembro que ao acordar, todos estavam ali chorando, e eu acordei dizendo ‘hei, vocês não vão se livrar de mim tão cedo’, e a partir daquele dia eu tinha  consciência de que eu não podia me entregar á uma doença, e que minha família precisava de mim, e eu ainda precisava deles, que eu iria me cuidar e que a minha vida continuaria a mesma, mas acho que você sabe que a vida muda um pouco, pelo menos pra mim mudou, escutar vocês e a musica de vocês, era com certeza o meu ponto de paz – ela disse ainda chorando e eu abracei muito forte, eu a entendia e sabia pelo que ela tinha passado. Acho que ficamos nos abraçando ali por muito tempo, ate que eu a soltei e a vi sorrir.

         - Nossa eu nunca tinha contado essa historia com tanta facilidade, quer dizer foi muito legal me abrir com você – ela disse ainda sorrindo o que me fez sorrir também – ‘A Little Bit Longer’ – ela disse cantando e eu completei.

         - ‘And I’ll Be Fine’ – eu disse e sorri, ficamos nos encarando por um tempo, seus olhos me deixavam corado, a intensidade do seu olhar era infinita e sua felicidade por me ver estava escrita em sua testa, bom eu tinha que dizer alguma coisa, eu tinha á atropelado.

POV Carol

Quando eu descobri que era Nick Jonas que tinha me atropelado, eu achei que iria desmaiar ali de novo, na frente de Nick Jonas, mas ele acabou me segurando e tudo ficou bem, conversamos um pouco, quer dizer nossa conversa parecia não ter mais fim.

- Bom, eu quero te pedir mil desculpas pelo que aconteceu, eu estava irritado, peguei o carro, eu não devia ter saído ass... - eu o interrompi.

- Nick, digamos que esse atropelamento foi a melhor coisa que já aconteceu comigo aqui em L.A., ter conhecido você é o melhor pedido de desculpas que você poderia me dar - eu disse e o percebi corando.

-É tão bom saber que ainda temos fãs que se importam com a gente, e que ainda nos amam do fundo do coração - ele disse.

- Nossa Nick, você precisa dar uma passadinha lá no Brasil, mais de 50% da população é fã de vocês, eu me incluo nessa porcentagem – eu percebi que ele ficou curioso e perguntou.

- Você é brasileira?

- Sim, nasci no Brasil e morei lá ate duas semanas atrás, quando meu pai chegou em casa dizendo que teria que trabalhar nos EUA, e queria que a família fosse junto – eu fiz uma pausa e olhei para o seu rosto e continuei – eu não pensei duas vezes em dizer sim e vim pra cá, sempre foi meu sonho morar aqui, então me despedi dos meus amigos e agente veio, acho que vir pra cá foi a realização da primeira parte de um sonho, L.A. baby – eu o vi sorrindo, e acredite com os dentes – e a melhor parte do sonho esta se realizando agora, conhecer você – eu disse e o vi corar.

            - Obrigada, as fãs brasileiras são as melhores, sempre nos apoiaram em tudo, as primeiras a falar sobre algo novo sobre os ‘Jonas Brothers’, as primeiras a enlouquecer com os rumores que surgem sobre nos – quando ele disse isso eu tinha que dizer algo.

          - Rumores, digamos que meus piores inimigos, mas eu nunca fui uma fã louca que ao saber de um rumor sobre alguma namorada de vocês xinga ate a 7 geração e enlouquece, eu acho que se meus ídolos estão felizes isso que importa pra mim.

          - É bom saber, porque nossas fãs significam muito pra nos, mas ás vezes elas dão uma exagerada, e é triste saber que elas não apóiam nossas namoradas, mas a nossa vida também precisa continuar.

          - Eu entendo que não deve ser fácil.

          - É, porque se você esta feliz com uma pessoa, milhares de fãs estão tristes.

          - É não posso dizer que eu ficava feliz com a confirmação de um namoro seu, mas eu entendo a situação que você passa, eu pensava a alguns anos atrás que você era meu e de mais ninguém, ate que eu descobri que milhares de fãs pensavam o mesmo e que você não me pertencia – eu disse e o vi corando, eu descobri que não devia ter falado aquilo, eu e minha boca grande. 

          - Viu agora imaginando você triste eu me sinto culpado, mas eu tenho que continua a minha vida e não posso deixar de amar alguém porque as minhas fãs não gostam às vezes elas tornam tudo bem mais difícil para mim – ele disse e eu entendi completamente, ao mesmo tempo em que a fãs os apoiavam, elas atrapalhavam em sua vida – mas eu não tenho o que reclama das minhas fãs, eu as entendo também e esse amor é bom, quando você esta pra baixo, por exemplo, você entra no twitter e vê milhares de mensagens das fãs com um amor verdadeiro, isso é muito confortante – ele disse e eu tive que rir.

          - Uma grande porcentagem dessas ‘milhares’ de mensagens são minhas – eu disse e ele sorriu, já disse que aquele sorriso era matador.

          - Eu imaginei, obrigada pelo apoio durante esse tempo, é tão bom conhecer uma fã como você – ele disse e eu corei aquilo era um sonho, não podia ser realidade.

          - Obrigada por me ajudar a dois anos atrás quando eu descobri que era diabética, fazendo com que meu mundo caísse, e suas musicas me consolaram o bastante para que eu superasse e seguisse a minha vida, obrigada por fazer do seu show a melhor noite da minha vida, mesmo sem que você tenha me notado gritando que nem uma doida na pista Premium – eu disse e ele sorrir.

          - Sabia que me lembrava de você de algum lugar, show do RS dia 10 de novembro de 2010, não é, acho que seria impossível não lembrar de você, você tava tão perto e gritava tanto – nessa hora um choque veio em meu corpo, como ele se lembrava do show em que eu fui como ele se lembrava de mim, ele me viu e me viu gritando como uma louca.

          - É, foi nesse dia ai mesmo, você não tem noção do quanto eu fui feliz nesse dia, meu sonho se realizo e eu estava ali, perto de você, e era real, digamos que ter acordado a uma da manha e ter ficado quase 22 horas de pé valeram muito mais a pena do que eu imaginava – ele ficou um pouco assustado.

          - 22 HORAS, como você ficou 22 horas de pé, como você acordou a uma da manha para um show a 7 da noite Carolina, você podia sei lá ter desmaiado lá, como você agüentou tudo isso – ele disse quase gritando, porque ele estava tão preocupado comigo.

Pov Nick

          Ela tinha ficado 22 horas esperando pelo show, ela tem diabetes e o risco de acontecer algo serio era enorme, o show seria as 7 da noite e ela foi para lá a 1 da manha, só para ver 1 hora e meia de show, eu me sentia tão culpado, eu não sei o porque, mas eu me sentia preocupado com ela.

          - Calma Nick, eu estou bem agora, e nada aconteceu, a única coisa que aconteceu foi que esse foi o melhor dia da minha vida, eu vi você e os seus irmãos de perto, eu pude ver vocês, eu conheci pessoas incríveis na fila, e essas horas passaram muito rápido, e depois veio a parte boa, quer dizer muito boa, a parte de conhecer vocês, mas você poderia ter sorrido mais em Nicholas – ela disse com cara de braba, mas depois logo riu – obrigada pela melhor noite da minha vida.

          - Esse é o meu trabalho, alegrar as fãs e sorrir pouco, você não lê nas revistas, eu sou o sério – eu disse serio, e ela sorriu e eu tive que sorrir também – é, eu não sorri muito naquele show, mas pode ter certeza que eu amei faze-lo – eu disse e a vi sorrir.

           Eu olhei no relógio eram mais de 7 horas da noite, a gente tinha ficado ali conversando por tanto tempo, mas infelizmente ela e eu tínhamos que ir para casa, eu soube disso quando o medico entrou no quarto e nos avisou que já podíamos ir.

          - Desculpa atrapalhar a conversa de vocês, mas os exames de Carol ficaram prontos e você esta bem, nada aconteceu – um alivio veio em minha mente, eu não me perdoaria se tivesse causado algo nela – sua mãe deixou suas roupas comigo.

          - Pérai minha mãe foi embora? – ela perguntou curiosa.

          - Sim, ela disse que achava que vocês estavam bem conversando e que depois Nicholas podia te levar para casa e que ela não queria atrapalhar – ele disse e nos dois coramos.

          - Que horas são? – ela olhou pra mim um pouco curiosa.

          - 7 da noite – eu disse e ela se assustou.

          - Nossa agente ficou todo esse tempo conversando – ela disse e a gente se encarou, ate que o medico pigarreou e olhou para nos, que coramos na hora, ela ficava tão fofa corada.