-Impossível... – Falou Manuela correndo para um abraço também, ela empurrou Sirius e abraçou a irmã dizendo. – SUA DESGRAÇADA, PORQUE VOCÊ MORREU E ESTÁ VIVA?

-HAHA! Eu não morri! – Sorriu. – Eu não acho que morri!

-Vamos entrar Julia... – Falou Sirius. – Que descuido meu não chamar você pra entrar em nossa casa.

Assim que entrou pela, Julia viu John, lá pendurado na janela, não acreditando no que estava acontecendo eles eram seus pais? Apesar de que a sua mãe não se parecia nem um pouco com o que ele via nos sonhos... Ela era mais escandalosa e mais louca, com sorriso mais louco e não estava nem compreendendo como aquela era sua mãe.

Julia sorriu silenciosamente atrás de John e em seguia o puxou pela gola da camiseta e o os cabelos para si.

-AIH, COMO VOCÊ É FOFO... OH MEU MIMOSO!

-MIMOSO? – Fred e Jorge tamparam a boca enquanto sorriam de John.

-Aih meu fofético... – Falou Julia apertando o seu pescoço. – Meu gostosinho... MIMOSO E CHIQUITO!

-Julia... – Murmurou John se afastando dos braços de Julia, que deu um sorriso.

-Queridinho você acha que depois de 15 anos sem apertar esse pescoçinho gostoso, e sem te dar apelidos, eu ia deixar passar impune?

John apenas a observou com a cabeça nem abaixada nem levantada.

-Você tem uma sorte de eu acordar do meu coma na melhor idade escolar!

-Que sorte! – Sorriu Remo. – Agora quero ver John sair correndo para os banheiros escolares quando caí óleo em cima dele...

-Ou então quando tem pesadelos! – Completou Jorge.

-Mas, afinal de contas em que ano você vive? Que Casa você é?

-1995! – Falou John. – Sou da Lufa-Lufa...

-Ah, sim... – Julia olhou para Sirius. – Como eu te falei Sirius... Ele seria da Casa que nos uniu... E ainda falei que tinha certeza!

-Como assim você falou? – Perguntou Hermione se intrometendo no assunto

-Quando um bruxo está inconsciente... – Começou Manuela. – Ele é capaz de falar com um ou outro, principalmente se esse bruxo ainda viver nessa lembrança...

-Então eu fiz um chá, queremos saber o que aconteceu com você, Julia... – Falou Molly.

-Ah, sim...

Apesar de estar perto de seu pai e sua mãe, aquela não era uma sensação muito agradável, era uma sensação que ele nunca havia sentido antes. John não sabia dizer se era uma se era uma sensação ruim ou não. Era um pouco desagradável pelo fato de estar apenas ele ali... Ali com pai e mãe. Pois o Sr. Weasley havia saído.

Todos se sentaram na sala para ouvirem o que ela tinha á dizer. Julia se sentou na perna de Sirius, enquanto mexia em seus cachos, e todos alternavam em sentar no chão e no sofá da Sala da Mansão Black.

-E então Julia?

-Mas, afinal de contas, que lugar é esse? – Perguntou olhando para todos.

-É o quartel general da Ordem da Fênix. – Falou Sirius. – O Segundo quartel general da Ordem da Fênix.

-Sim... Sim... – Julia deu um pulinho nas coxas de Sirius dizendo. – EU SOU DA PRIMEIRA ORDEM DA FÊNIX! – Dizendo isso ela prensou com tudo as mãos na virilha de Sirius que deu um discreto grito de “quase que acertou” e em seguida avisou um pouco rouco.

-Julia, cuidado... – Pedia afastando a mão da noiva de perto de seu membro precioso.

-Oh sim... – Falou ela dando um sorriso escandaloso no colo de Sirius.

-Então Julia, como você chegou aqui? – Perguntou Molly curiosa.

-Eu infelizmente vim andando!

-De onde? Onde você estava?

-Bom dos Hospitais!

-Hospitais? – Perguntou Remo. – Não seriam hospícios?

-Não REMUXE!

-JURUBEBA!

-LOUCO LOBO LUPIN!

-Vamos parar com os apelidos? – Reclamou Manuela segurando no braço de Remo.  – Que hospitais, Julia pelo amor de Deus? O que aconteceu?

-Calma Manu... – Pediu Sirius sorrindo. – Deixe Julia se divertir um pouco.

-Éh, isso aê... Ficar em coma por anos é osso! Eu queria acordar mais não conseguia! Dá pra acreditar que eu sonhei com cachorros? E eu, morro de medo de cachorros! E esses cachorros me perseguiam e eu não podia escapar... Eu fugi de cães furiosos por 14 anos! – Falou desesperadamente jogando Sirius da poltrona e se sentando no lugar dele. Cruzou as pernas e ficou se depreciando.

Todos se sentavam ao seu redor, ficaram fissionados em Julia, que sorria escandalosamente e mostrava o seu pânico ao lembrar-se do que aconteceu com ela própria. John observava a mãe, afastado de todos. Enquanto que os Weasleys, Granger, Potter estavam sentados no chão, bem perto de Julia admirando o pouco e curioso que ela falou.

Todos estavam em volta prestando atenção, menos o próprio filho dela, que se mantinha em silêncio observando, era vergonha? Medo? Era tão esquisito, se ele queria tanto uma mãe para abraçar, porque não correu para abraça-la?

-Eu me lembro de estar com o meu pequeno Johnny nos braços, corri o máximo que pode para que não descobrissem onde estava o meu filho. – Ela passou a mão nos cabelos negros. – Mas eu sinceramente não consegui correr muito... Foi aí que usei o “Corpus Protengo”. O feitiço que nós Belas Damas de Copas inventamos... Lançaram-me um MALDITO AVADA KEDAVRA!

-Você viu quem lançou? – Perguntou Sirius ás costas da poltrona onde Julia estava sentada, passando as mãos nos ombros de Julia.

-Bellatrix Lestrange! A sua maldita prima me lançou um Avada Kedavra. – Falou Julia desesperada se lamentando amarguradamente. – Mas como estava fortemente protegida, eu não cheguei á morrer. Bati na guia da calçada e entrei em coma. Eu lembro muito bem que aquela doida me atirou nove, foram nove AVADA KEDRAVAS E nenhum acertou em mim...

-Nenhum? – Repetiram Fred e Jorge. – Nenhum mesmo?

-Nenhum!

-Mas, havia uma mancha de queimado onde encontramos a sua varinha! – Falou Manuela. – Como explica isso?

-Vocês a usaram? – Perguntou Julia.

-Aan... Não! – Falou Manuela retirando a varinha do bolso e mostrando para ela.  Julia se inclinou e pegou a varinha das mãos da mulher. Colocou do lado do corpo e continuou explicando.

-Eu antes de cair e bater minha cabeça eu me explodir para que ficasse claro que eu estivesse morta o tempo todo, seria como se eu tivesse cometido suicido junto com o meu filho. Assim Bella deu um sumiço, aí então não demorou a uma ambulância trouxa aparecer por ali... E durante 12 anos eu fiquei em coma, lá, em um hospital do mundo trouxa!

-E aí? – Perguntou Molly.

-Aos 13 anos quando acordei, notei que estava lá jogada... A minha sorte foi que um dos funcionários era um aborto, me transferiu para o Hospital St. Mungus para doenças e acidentes mágicos, onde me lembrei de tudo... Aos poucos passei mais uns dois anos, aí aconteceu tudo... E estou aqui!

-Era pra você ter morrido! – Alarmou Hermione. – Essa é a maldição da morte!

-Hellou, essa é Julia Lueffe! – Falou Sirius beijando sua bochecha. – Uma das Quatro Damas de Copas! Ela é a Graça!

-E Manu é a Beleza... – Sorriu Remo a abraçando.

-Eu até hoje não entendi porque a Kathellen era a “Alegria”. Ela só trazia tristeza.

Todos riram.

-Julia... – Chamou John meio envergonhado. – É verdade que você botou fogo na Torre de Astronomia?

-Wouh! Quem lhe contou isso? – Perguntou Manuela.

-Aan... Foi o Frei Gorducho!

-Você queimou a Torre de Astronomia? – Perguntou Fred alucinado.

-Oh, sim... – Sorriu Julia. – Eu queimei sim, e foi até divertido... Eu estava lá, esperando os animagos: Sirius, Tiago e Remo voltarem para pegar Manuela que pegou Pedro pelos dentes de raposa dela e o levou pra longe da morcega Ashley!

-O que? – Perguntou Rony.

-Éramos todos animagos... Desde os garotos: Remo, Sirius, Tiago e Pedro, até nós Damas Eu, Manu, Ashley e Kathellen éramos... – Ela sorriu. – Então, a Manu ficou com raiva do Pedro... Porque mesmo? – Perguntou com o dedo na testa para Remo, que deu um sorriso.

-Porque ele e Ashley estavam discutindo qual apelido seria melhor pra Manuela... Ou Marrumada ou...

-Ah, é mesmo... – Sorriu Julia. – Então ela pegou Ashley que era uma morcega e o Pedro que eram um rato, se transformou em raposa e abocanhou os dois os levando além dos muros de Hogwarts... Eu, Kathellen e Remo ficaram esperando todos os outros otários voltarem, e só pra constar Snape sempre foi um espião eu me assustei com ele e em seguida botei fogo em tudo.

-Em tudo? – Perguntaram os gêmeos impressionados.

-Em tudo mesmo, não sobrou quase nada, ah, se não fosse Manuela eu teria...

-Morrido? – Chutou Rony.

-Não, eu? Morrido? Eu teria queimado meu querido Snape...

-SNAPE?

-Ah, por favor, não vamos falar daquele capacho... – Pediu Sirius apertando o pescoço de Julia levemente.

-E então, o que aconteceu com Snape?

-Ele se tornou um Professor de Hogwarts... – Falou Rony aborrecido.

-Qual matéria?

-Poções!

-Que decepção... – Ela sorriu. – Sempre achei que ele queria mesmo ser da DCAT.

-Ele queria... – Falou Remo. – Mas não conseguiu!

-Ah, então crianças está tão tarde... – Falou Molly. – É melhor irem dormir... Vamos crianças...  Imediatamente, todos para cama, sem exceções!

-Boa noite... – Assim todas as crianças como dizia Molly, foram deitar.

Os mais velhos ficaram conversando sobre a volta repentina de Julia. Logo em seguida depois de contar das traições de alguns colegas;

No meio da noite Julia foi até o quarto de John. O quarto onde ele foi colocado era azul, as paredes eram enfeitadas com estrelas e planetas diversos... Com cobertor vermelho e o travesseiro azul celeste. Do modo em que John sonhou uma vez. Ela se aproximou de seu filho que com certeza estava adormecido, se sentou perto dele e passando a mão nos cabelos de John começou á cantarolar docemente.

- Você parece tão triste quanto você dorme. Como se você estivesse tendo um sonho ruim. Como posso viver sem você? No céu chamado de "você". É onde eu estou preso. Você nunca vai ver o céu azul, a menos que você procurar por ele. Que pode parecer triste. Todo mundo está no céu. Na gaiola chamada de "liberdade". Baseando-se em uma noite sem estrelas. Com um olho invisível. Passeando...

-Julia? – Perguntou John se levantando da cama.

-Ah... – Julia se afastou dele. – John? Ah, que sustou pequeno...

-Porque eu podia ver você nos meus sonhos?

-Porque, eu... Eu... Eu não sei... – Ela sorriu o abraçando. – Quando quiser me chamar de...

-Tá bom mãe!

-AAAH! – Ela apertou o pescoço de John que ficou sem fôlego um pouco.

-JU...

-Oh, desculpe... Ás vezes eu sou um pouco louca... – John a encarou.

-Sou mesmo filho de Sirius Black?

-Sim! Por quê?

-E... Ele...

-Ele não é assassino John, foi um engano... Acredite em mim, por favor, amor... Seu pai é tão inofensivo quanto eu...

-Você não é inofensiva! Você fez um monte de coisas impossíveis! Queimou a torre de Astronomia...

-Ah, sim! – Ela sorriu. – Aan, John, e está com o Brasão que te demos de presente de...

-Não recebi nenhum Brasão... Mas se é um Brasão da Grifinória e da Corvinal... – John tirou um colar com o Brasão da Grifinória de um lado e o Brasão da Corvinal do outro, pescoço em baixo da camiseta. – Eu pequei na sala da Dona Macullem!

 -Você já viu o que tem dentro? – Perguntou em um sorriso frágil.

-Dentro? – Ele rapidamente procurou algum lugar que pudesse abrir. – Não!

Julia pegou de sua mão mostrando que o que havia dentro era...