John ainda se matinha escondido, quando ouvia Ísis aos poucos diminuindo a voz, temendo que alguém os ouvisse.

-Você sabe muito bem que eu não tenho coragem de fazer isso! Ele é como um filho para mim!

-E vai continuar... Ou você quem sabe, já sabe do plano?

- Sei... – Falou Ísis abaixando a voz. – Eu tenho que... Aí mais é tão difícil...

-Não se preocupe vou mandar a noticia á Lueffe, e ela iriam ao socorro, com certeza assim vai estar tudo bem!

-Não quero ficar sem o menino, e aonde eu vou me esconder? Ela vai vir atrás de mim!

 -Se você não souber se esconder, só digo isso, porque “Você-Sabe-Quem” já está agindo, e quando ele agir de verdade, vai querer “Aquela pessoa”.

-Por quê? – Ísis colocou a mão na cintura, e o olhou indignada. – Porque sou eu quem tem que fazer isso?

-Desculpem o atraso... – Pediu outra voz conhecida, encarando Zafre e Snape. John arregalou os olhos.

-Senhorita Karkaroff, porque demorou? – Perguntou Ísis em tom deboche.

-Por favor, eu tinha que me certificar que ninguém viria atrás de mim...

-Com certeza... – Falou Snape com tom de não estar acreditando no que ela dizia.

-É verdade Severo!

-Ok, Melissa, por favor, vamos apressar nossos planos... – Pediu Snape.

-Há uma coisa importante antes disso... – Falou Ísis se erguendo. – Eu quero que não dê nada errado. O menino não pode morrer!

-E porque eu iria mata-lo? Isso não cabe á mim! – Falou Snape observando em direção onde John estava.

Ele estava tremulo e inquieto, talvez estivesse chamando a atenção de Snape. Snape ergueu a varinha e lançou um raio da cor azul em direção da moita em que John estava escondido. John tremeu, o raio passou rasgando no máximo cinco fios de cabelos dele. Não basicamente o machucou. Ele até se sentiu aliviado por não ter acertado nele.

-O que foi Severo? – Retrucou Melissa. – O que você viu?

-Nada! – Falou Snape desviando o olhar para o outro lado. – Bom, eu vou dizer o plano, vocês já sabem a suas partes?

-Eu discordo! – Falou Ísis.

-Ísis, nós não vamos chegar á acordo nenhum se você ficar discordando de tudo que lhe propormos...

-Mais...

-Vamos lembrar que foi você quem acabou matando Sophie Torkes.

-Eu não fui à culpada.

-Mais quem sugeriu que ela fugisse do Lorde das Trevas?

-Fui eu mais... – Falou Ísis se defendendo. – Mais eu só fiz isso porque eu pensei na filha dela.

-E o que aconteceu com a filha dela? – Perguntou Melissa.

-Eu não sei... Eu lembro que foi deixado com... Ele mandou que “Pedro” a deixasse em um lugar seguro! – Falou Ísis.

-Mais pelo o que eu soube, ela estava com os Potter, não estava? – Perguntou Snape.

-Estava...

-E o que aconteceu com ela?

-Eu não sei... – Falou Ísis. – Eu, jurava que estava com a sua madrinha...

-Mais a madrinha dela não é... – Antes que Melissa terminasse Snape voltou á olhar para a moita e disse se aproximando dela.

-Sim, Manuela Lueffe...

O coração de John tremeu duas vezes mais rápido do que seu próprio corpo permitia.

-Manuela Lueffe? – Perguntou Ísis. – Para mim era Kathellen.

-A Black? – Ele deu uma contorcida no nariz dizendo. – Infelizmente tenho que lhe dizer, a Kathellen mal podia pensar em seu filho, que hoje suponho que está com você!

-Sim! – Falou Ísis. – Mais...

-Mas?

-Eu não sei se devemos continuar á fazer isso, vamos logo mandar uma coruja para a Manuela Lueffe, ou sei lá como ela se chama...

Melissa olhou bem a situação.

-E quem te disse que a Manuela é Lueffe?

-Ela era a irmã de Julia, não era? – Perguntou.

-Não! – Falou Melissa calmamente. – Manuela na verdade é uma... François...

-De onde tirou essa ideia súbita? – Perguntou Snape avançando na senhorita Karkaroff, que se encolheu toda e deu três passos para trás. – Suponho que pare com essa brincadeira.

-Verdade... – Falou. – Ela foi criada com os Lueffe... Mais ela não é irmã de Julia. Apenas foi criada com ela, assim que chegou sua carta de Hogwarts ela se mudou para a mansão dos Lueffe.

-Mais onde ela está hoje?

-Eu não faço ideia, suas amigas morreram! – Falou Melissa.

-Não confio nela! – Falou Snape. – No que está dizendo.

-Se eu fosse confiaria, ela está com o grupo das garotas desde o segundo ano, ela sabe tudo delas! – Falou Ísis. – Ela foi à primeira á saber que a Corletto havia deixado as Damas para se unir ao mal por causa do Pedro... Vocês lembram? Nem a Julia sabia. Foi uma das últimas á saber... – falou Melissa.

-Eu sei que ela foi à última á saber... Estamos saindo do assunto. – Falou Ísis. – Porque então não mandamos uma simples carta para a Manuela François e pronto?

-Você sabe onde ela está? E se ela casou? Você não sabe as coisas mudam! – Falou Melissa.

-E seu comportamento também! – Falou Snape.

-Escute aqui, eu sei que o meu marido está deveras nervoso com o que está acontecendo em volta, mais precisamos nos apressar, se não entregamos o garoto toda a família Zafre morrerá!

-Eu não quero que a minha família morra! – Falou Ísis.

-Ele não é da sua família! – Falou Snape.

-Eu sei que você não quer... Estou apenas comentando... – Falou Melissa. – por isso, vai ter que deixar o garoto...

-Não quero deixar o menino... – Falou ela angustiada. – É como se ele fosse da minha família, a minha querida família Zafre...

Por um instante todos ao seu redor ficaram em silencio, fingindo não saber o que estava acontecendo, Melissa respirou fundo e assim disse.

-Não se lembram daquela... – Falava Melissa. – Daquela musica que o pai do garoto, cantou antes que...

-Não! – Falou Snape grosso. – O que ele falou?

-“Tu és o meu filho e eu o teu Pai.”.

-Obviamente... – Falou Ísis em tom de deboche.

-Eu não acabei! – Falou Melissa.

-Desculpe...

-“Destino que separou dois Black tão enlouquecidos, desde que não há uma razão.
O fim que chegará em breve pelas mãos familiares. Se isso for que esperam...
Melissa pega o meu filho e não o perca...
Eu lhe dou apenas uma chance.
Se ele é meu Herdeiro não haverá perigo. Ísis cuidará dele, com o auxilio da tia dele.
Mesmo se todos se tornarem inimigos dele, eu serei o amigo dele, e mesmo assim eu voltarei á pegá-lo, pois de certo ele não fugirá de suas mãos.”.

-Bom... – Falou Snape. – Ele escapou de suas mãos.

-Eu sei, mais achei importante guardar essa frase comigo até o meu fim...

-É importante mesmo não deixarmos outras pessoas ficarem colocando isso nas mãos dos outros, por que isso é extremamente perigoso. Então vou dizer apenas uma vez, o que é certo, ele vai procurar o garoto, e de certeza irá mata-lo, por isso coloquem fogo na casa e fujam, não deixem os seus filhos e o outro garoto contar o que está acontecendo... Ou o que vai acontecer.

-Sim...

-Além do mais, eu tenho que lhe dizer... – Falou. – Se isso cair na boca ou nos dedos de Manuela Lueffe...

-FRANÇOIS!

-Que seja ela não pode saber o que irá acontecer... Ela seria capaz de prender todos nós com um único feitiço...

John aos poucos se sentiu tremulo. Ficou lá por mais alguns minutos enquanto eles decidiam como iam e pretendiam fazer tudo, assim que eles se retiraram e estavam bem longe, ele se esticou e voltou para dentro para ficar com Rose. Uma conversa devidamente agradável eles tiveram. Quando a senhorita Karkaroff entrou, pediu que Rose se retirasse, ao se despedirem com um belo sorriso Rose disse á John.

-Um dia a gente volta á se encontrar... – E dando outro sorriso mais lindo ainda deu um beijo em na bochecha dele quase chegando a seus lábios. John ficou imóvel, respirou fundo colocou a mão onde seus lábios tocaram e respirou fundo. Seu sorriso estampado demonstrava a felicidade do garoto á receber algo mais perto de um selinho que ele já vira.

Resolveu contar aquilo para Paul, mais pelo sufoco que ele estava passando com Pansy achou melhor manter segredo para si mesmo. Ele até agora duvidava um pouco que Terence tinha vindo.

-E aí John?

Ele deu um pulo para trás e em seguida olhou. Era Terence...

-Oi Terence...

Olhando para o seu lado esquerdo viu, uma bela dama de cabelos longos e loiros. Era Desirée, uma das alunas da Beauxbatons que ajudará á fazer o seu traje.

-E como vão as coisas á você meu rapaz?

-Vão muito bem... – Sorriu. – Acho que até demais...

-Que bom que as coisas vão bem para você! – Sorriu ele, acompanhado de sua par.

-Bom, agora já que a minha dama já se foi, eu tenho que sair... Boa noite á vocês...

-Boa Noite John... – Falou Terence. Desirée apenas acenou com a sua mão, seu sorriso impecável. E doce... Mas não mais doce que o beijo daquela garota. Assim se dispensando foi em direção ao dormitório da Lufa-Lufa. Foi para o dormitório todo alegre.

Antes de se deitar, raciocinou sobre o que ouviu; se eram dois Blacks, que o destino separou, só pode chegar á conclusão de que era Paul que ela queria se livrar.

Ele respirou fundo e deitando se na cama, pegou a foto de sua mãe a olhou.

POV Johnny

Olá mamãe... Eu nunca paro para pensar em você antes de dormir, já que eu tenho sempre o dia puxado. Nossa como eu queria conversar com você, eu queria tanto sentir você, mais... Você não está mais aqui!
O meu único desejo você não pode realizar, minhas lágrimas mostram o quanto me sinto perdido sem você... Queria você bem aqui, nesse exato momento...
Se nós pudéssemos nascer de novo. Queria que nascêssemos juntos novamente.

Dizem que se eu escrever o meu desejo em um pedaço de papel e atira-lo ao mar, um dia o meu desejo vai se realizar. Eu queria sempre estar ao seu lado. Você só pode me ouvir agora que eu cresci, pois quando eu era pequeno, você não podia. Será que seria tarde demais para nossa família ficar juntas novamente?

O meu desejo é...

Ah, mamãe... As minhas lágrimas...

Elas não são o suficiente para te trazer de volta.

Será que quando você morreu foi doloroso?

Sempre que eu acordo eu estou sozinho, sem nenhuma carta sua, ou palavras que saem da sua boca, queria ouvir sua voz, nem que seja em sonho.

Bem que você podia me ensinar uma canção de ninar para eu pensar em você sempre.

E assim se virando de lado, ele dormiu.