Dama Negra escrita por Laryssa Costa


Capítulo 5
Capítulo 5 – Bela? Não. Necessária. Parte II


Notas iniciais do capítulo

Só por favor, não me matem agora. Se não voces não terão mais capitulos kkkkk. PESSOAL, vou implorar pra que voces leiam as notas finais Ok? Quero agradecer as recomendações da Isabella e da Maria Clara McCarty. E as meninas que favoritaram minha fic: Erica, LiHK, Thamires e TLS. Obrigada gente! E boa leitura :*



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Isabella narrando.

Assim que cheguei ao castelo, fui cercada por perguntas. Esme foi a primeira a fazê-las. Porque eu tinha chegado mais cedo, se eu ainda estava melhor... E como eu não queria dar nenhuma explicação elaborada, podendo ser pega mentindo preferi falar o básico. Que não estava me sentindo tão disposta assim. Um dia apenas se passou e eu infelizmente já estava melhor, sim infelizmente. Quando convivemos em uma situação que não nos agrada nenhum pouco, ficamos assim. Indisposta a querer fazer algo fingido. Depois de tanto tempo, abusa.

- Estou vendo que está se sentindo melhor, minha querida. – Esme falou sorrindo. Nós estávamos passeando pelos arredores do castelo, ela estava me mostrando todas as partes que eram dela e de Edward. – Acho que está com saudade da família, e como todo mundo precisa de um descanso, acho melhor você parar um pouco pra visitar sua mãe.

- Eu adoraria. – Dei um sorriso um pouco forçado. Não, eu não queria ver meu pai. Minha mãe não seria tão má ideia assim, mas a visita seria bem estranha. – Poderia levar duas de minhas damas? Não quero levar todas.

- Por quê? Elas seriam suas melhores amigas meu bem. Leve três meninas, ficarei bem mais agradecida e feliz. E não demore muito, temos uma festa muito importante para comparecer. Carlisle precisa resolver algumas coisas... – ela terminou a frase pensativa, mas não tocou mais em nenhum assunto.

Então seria assim, eu iria hoje mesmo.

- Estamos tão felizes que escolheu nós pra irmos com você princesa, é maravilhoso poder voltar nem que seja por umas horas para onde nascemos! – Alice falava empolgada, enquanto Rosalie pegava algumas malas e dava para um criado. Ângela, a que tinha me acompanhado no outro dia eu decidira levar também, pois ela me parecia mais confiável que as outras.

- É o mínimo que eu poderia fazer por vocês, que ficaram ao meu lado nesses momentos. – Falei baixo para apenas elas três ouvirem. – Agora vamos, que enquanto mais cedo irmos, mais cedo voltamos e podemos nos aprontamos para a festa.

Elas sorriram e entraram na mesma carruagem que a minha. Da janela, vi as outras damas acenando. Umas com raiva, outras tristes e outras que não se importavam muito. Bem no começo da entrada estava Esme, e Carlisle estava se afastando, entrando no castelo. Meu digníssimo marido, é claro, não estava presente.

- Príncipe Edward não está aqui. – Ângela falou um pouco impressionada.

- Claro que não está. – Falei simplesmente e fiquei olhando atentamente para a janela ao meu lado, era realmente reconfortante ver as arvores passando ao meu redor, claro, às vezes dava até um pouco de medo, mas nada com o que não me acostumasse.

A viajem deu alguns dias, acho que dois e meio no máximo. Mas de acordo com o cocheiro, ele disse que a estrada estava um pouco prejudicava por causa da chuva repentina que deu na noite passada, e isso nos atrasou um pouco.

- Finalmente veio visitar a sua digníssima mãe. Achei que nem me escreveria mais, já que nunca chegou a escrever!

- A senhora sabe muito bem que se fosse por mim eu não estaria aqui. – fui direta e ela me olhou um pouco espantada – Preciso urgentemente falar com você.

- Se é assim, também tenho coisas a falar. Não criei filha nenhuma para ser mal falada pelos reinos, e se você acha que passarei por esta vergonha, está muito enganada. – ela falou baixa e friamente para mim. As minhas damas estavam sendo acomodadas, enquanto eu estava sentada com minha mãe em um dos sofás do castelo – Como pode passar por esta vergonha Isabella?

- Primeiramente, você não sabe de nada que está acontecendo em minha vida. Ele se quer, quer saber onde estou, ou algo do tipo. Ele não liga para mim, minha mãe. É apaixonado por uma meretriz maldita e parece que todos que estão ao meu redor, me tratam como uma intrusa. Não quero isso pra mim!

- Em hipótese alguma tente fazer algo imprudente Isabella. Você foi prometida ao príncipe, casou-se com ele e agora é dele de direito. Se fugir ou tentar uma atrocidade dessas por “sonhos de amor” você não ficará viva por muito tempo.

Ela levantou-se e me levou até uma sala onde ela tratava de assuntos particulares. Tanto ela, quanto meu pai. Que felizmente não estava presente teria uma longa viajem para outro lugar, comemorar uma vitória.

- É necessário que tenha um filho Isabella. Será para o seu próprio bem. Caso isso não aconteça, sabe que poderá ser devolvida. E se você for devolvida, seu pai não irá lhe aceitar.

- Como posso ter um filho herdeiro se nada nunca me aconteceu mamãe? Ele prefere dormir com minhas damas, com as criadas e principalmente com aquela meretriz do que comigo. Eu não sei o que fazer! Todos estão esperando alguma coisa de mim, provavelmente que eu enlouqueça logo e ele coloque a outra em meu lugar.

- Então deverá fazer algo que elas não estão esperando. Isabella, quem controla o casamento é a mulher, concordando ou não. Se ele não quer nada com você, tente se acalmar, mas eu tenho certeza que ele como Príncipe, não quer ser motivo de chacota para outros países, disto eu tenho certeza. Sei que você tem capacidade o suficiente para converter essa situação, porque afinal é minha filha. E eu já passei por muita coisa.

- Por favor mamãe, o que eu poderia fazer? Nem vestir as roupas que eu quero, eles deixam! É estressante. Todos me veem apenas como uma dondoca que sai comprando tudo que aparece pela frente e me olhando com cara de pena. Poupe-me.

- Já falei, converta essa situação. Sei muito bem que é mulher o suficiente para isso.

- Poderei até tentar minha mãe, mas duvido muito que algo dê efeito. Dê lembranças ao meu pai quando chegar da viajem. – Levantei e virei atrás do meu chapéu que eu tinha jogado em algum lugar perto.

- Mas querida... achei que ia ficar pelo menos uma noite, ou dois dias.

- Não tenho nada para fazer aqui minha mãe, e sei que não vai me adiantar de nada. O assunto que eu queria tratar com a senhora já foi tratado, obrigada pela “ajuda” – Que alias, não ajudou em nada. – Completei em pensamento e dei-lhe as costas.

- Mande lembranças a Rainha Esme.

- Certamente.

# # #

As arvores agora passavam com mais rapidez do que antes. Acho que é porque eu estava a caminho do lugar menos querido por mim. Não, nada a ver com a beleza estonteante do lugar... E sim com a ignorância das pessoas. Era uma terra linda, não poderia negar, mas olhe o que as pessoas acabaram fazendo com ela.

As meninas aproveitaram pouco, mas bem, pelo menos eu as trouxe aqui para matar a saudade das amigas, da família.

E infelizmente, cedo de mais... Chegamos.

- Minha querida! – Esme e as criadas me receberam enfrente ao castelo. Algumas pegavam as malas das minhas damas enquanto outras pegavam as minhas, que eram poucas. – Como está sua família?

- Estão ótimos rainha, obrigada. – Já era noite, perto de quase todos dormirem. Por isso ao entrar no castelo, estávamos indo em direção ao meu quarto. Quer dizer, ao quarto de Edward que Esme, achava que era meu aposento também.

Ao entrarmos no quarto felizmente não tinha ninguém. Edward não tinha chegado, o que é um alívio.

- Meu filho não chegou ainda, as sua bagagem logo vão chegar e voce manda as criadas colocarem tudo em seu lugar, provavelmente quer um espaço pra poder trocar-se então irei lhe deixar a vontade aqui meu amor.

- Obrigada Esme. Não se preocupe, tenha uma boa noite.

- Você também querida.

Sentei-me na ponta da cama enquanto ela saia. Tirei o meu chapéu devagar e fiquei com ele nas mãos esperando os passos no corredor onde ficava o quarto cessarem. As criadas provavelmente colocaram minhas bagagens no quarto ao lado, no meu quarto, pois a que ficou responsável por ela já sabia de tudo que estava acontecendo. Afinal, por quanto tempo conseguiríamos esconder isso?

Levantei-me da cama com cuidado, infelizmente o espartilho ainda estava me apertando mais que o necessário, e eu estava começando a ficar enfadada com isso. Assim que cheguei à metade do caminho até a porta, vejo sendo aberta escancaradamente. Edward estava entrando por ela, sendo carregado por duas criadas que mal aguentavam seu peso, e atrás, outra com uma pequena bacia com água e um pano pequeno. Provavelmente para passar nele.

Ele estava trôpego, sem foco no olhar e parecia mais um mendigo do que qualquer coisa. Elas o sentaram na cama e ele olhou mal humorados para todas, gritando para elas saírem.

- Saiam daqui, saiam! Vocês não servem para nada neste quarto, saiam daqui! – A ultima que vinha deixou a bacia com agua encima do criado mudo e virou-se pra mim.

- Eu cuido disso. – Falei baixo para a criada assustada que me olhava. Afinal de contas, eu cuidaria disso? Como?

Olhei pra figura decadente a minha frente. Edward estava com os cabelos bagunçados, sua manga estava um pouco rasgada e a camisa branca totalmente suja. Ele estava sentado na ponta da cama, assim como eu a poucos minutos, com as mãos apoiadas em cada lado seu, provavelmente pra aguentar seu peso. Ele estava bêbado, era óbvio. Ele fedia a própria bebida, sem mesmo abrir a boca para falar alguma coisa.

Ele olhou pra mim e demorou um tempo para raciocinar que eu estava em seu quarto. Foi aí que ele tentou abrir a boca para falar.

- O que está fazendo aqui? Não mandei você ir pra outro quarto, sua idiota?!

Sorri um pouco e coloquei meu chapéu em uma mesinha perto de mim, coloquei a mão na cintura e o olhei fixamente.

- Idiota? Não sou eu que está bêbada, e parece um mendigo que acabou de sair de uma briga. Por favor.

- Querida princesinha, eu sou Edward Cullen. Eu! Herdeiro do trono da Grã Bretanha! – ele falou orgulhoso de si mesmo, mas as palavras saiam embaralhadas e lentas pela bebida claro.

- Não será herdeiro se acabar morto no meio da rua por assaltantes ou vagabundos. Eu estaria com vergonha de mim mesmo se estivesse em seu lugar. – Peguei o pano seco e molhei um pouco na agua, cheguei aos poucos perto dele, que por causa da bebida provavelmente, não fez nada pra me afastar.

- Eu sei que estou bêbado, mas é o melhor. Sabe, eu não me abalo com o que você está falando. Não me abalo com o que ninguém está falando. Nem com o meu pai, que me dá brigas diárias por causa das minhas escapadas... – ele parou um pouco e olhou pras minhas mãos com a toalha – Não quero que cuide de mim.

- Desculpe seu príncipe, mas infelizmente fui obrigada a casar com você. É minha obrigação. – Coloquei a toalha molhada em sua testa, e ele relaxou um pouco.

- Eu também não quis casar com você, alias, quem iria querer? – ele riu. Mesmo bêbado, ele tem um dom enorme de magoar as pessoas. Suspirei baixo para ele não ouvir e ele continuou. – Minha amada Tânia, mais uma vez, ela me fez ficar assim.

- Precisa mais do que uma toalha com água, precisa de um banho gelado urgentemente. – Tirei a toalha de sua testa e ele desabou na cama, de braços abertos e com cara de desolação.

- Ela estava com outro homem, outra vez... Outra vez. – ele repetiu baixo pra si mesmo e fechou os olhos.

- Se ela te amasse, não estaria com outro homem Edward... – falei baixo, ainda olhando para ele.

- Ela me ama, sim, sim, ela me ama. Apenas está com raiva, porque eu me casei com você, não com ela. Lembro-me da briga. – Ele riu – Foi pouco antes do casamento, mas eu disse que daria um jeito nisso. E agora, de algum jeito, ela não gosta de voce. Mas pouco me importa, eu amo ela, apenas ela.

Sua voz estava baixa e mais difícil de entender ainda, e logo, ele dormiu. Ali mesmo, com roupa, sujo e notei alguns arranhões nele. Subi um pouco as mangas de meu vestido e terminei de abrir os botões de sua camisa branca, ela estava praticamente aos pedaços. Limpei os ferimentos devagar, mesmo sabendo que não corria risco dele acordar, por causa da embriagues. Sentei no outro lado da cama, para ficar mais perto dele e limpar mais rápidos as feridas. Havia sangue em todas, ele provavelmente teria apanhado.

Terminei tirando os seus sapatos e colocando ao lado da cama, levantei-me e coloquei a toalha, agora suja, ao lado da bacia de agua que a criada trouxera. Peguei o chapéu na mesa que eu tinha deixado e então a porta abre-se lentamente. Era Rosalie, e ela estava com uma criada. Sorri para ela e sai do quarto, fechando a porta e ficando perto delas.

- Pegue a bacia d’agua que está aí dentro, juntamente com a toalha. Não precisa mais voltar. – falei para a criada que fez prontamente o que eu tinha pedido.

Olhei para Rosalie e eu não precisava falar nada, ela apenas me acompanhou para o meu quarto, que ficava ao lado.

- Foi bem amável de sua parte ajudar o príncipe Edward, princesa. – ela falava enquanto me ajudava com as minhas vestes.

- Bella, Rose. – sorri – Eu faria aquilo por qualquer pessoa Rose, sei que se estivesse no meu lugar, faria a mesma coisa.

- Eu acho que não – ela riu. – Bom, caso queira banhar, eu trouxe água quente. A viajem foi longa, merece descanso.

- Obrigada. Você também, pode ir dormir. Sei que está cansada também.

- Obrigada Princes... Bella. – ela sorriu e saiu do quarto.

Terminei de tirar os grampos do meu cabelo e a ultima veste que faltava. A água já estava morna, então apenas aproveitei e entrei. Passei um bom tempo lá dentro, simplesmente porque era confortável e relaxante. Parei para pensar... Um herdeiro. Ah sim, as minhas possibilidades...Nenhuma. Minha vida estava por um triz, terei mesmo que esperar desmoronar?

# # #

Edward narrando.

Minha cabeça doía. Meu corpo estava dolorido... Argh, agora que me mexi não sei exatamente onde estava dolorido e onde estava quebrado. Abri meus olhos devagar, me acostumando com a claridade. As cortinas estavam entreabertas, o que facilitou um pouco porque a luz não me pegou por completo. E não estava um dia ensolarado, sim, estava nevando.

Sentei-me na cama e fiquei surpreso. Alguém teria limpado meus ferimentos da briga de ontem, nossa, ontem foi um dia de cão pra mim, ontem eu realmente não tive sorte. Sorte nenhuma, aliás. Não lembro como cheguei aqui e muito menos quem cuidou de mim quando cheguei aqui. Não vou agradecer, deve ter sido alguma criada a mando de minha mãe, como das outras vezes. Ela sempre briga depois, então tenho que descer já preparado para ouvir os gritos, as brigas e tudo mais.

Que vida desgraçada.

Briguei com Tânia, briguei com um cara no bar... O que mais eu fiz? Ahm, nem lembro. E é até melhor mesmo, vou me ferrar de qualquer jeito.

- Tive o imenso prazer de conhecer a sua esposa, Edward. – Ela falou com deboche enquanto repousava na cama, vestida com uma camisola, ela olhava um pouco brava para mim. Como assim, ela estava brava? Eu que deveria estar! Um homem tinha acabado de sair de seus aposentos quando eu estava prestes a entrar!

- Como vem falar comigo assim nesse tom tão calmo? E ainda falar daquela lá? – tirei o chapéu que estava na minha cabeça e segurei, ou melhor, o amassei de raiva, em minhas mãos. – Um homem acaba de sair aqui de dentro de sua casa Tânia!

- Desculpe Edward, não sou casada com você pra lhe dar qualquer tipo de satisfação.

- O que deu em voce agora?

- Simplesmente que estou cansada! Estou cansada de ser a outra em sua vida, sendo que desde  o inicio voce falou que eu seria a sua princesa Edward, EU! Aí depois, vem uma menina mimada querendo pegar meu lugar de prince.... – ela me olhou de relance – Meu lugar de sua mulher!

- Sabe que eu não me casei com ela porque quis Tânia.

- Não quero saber, eu a odeio!

Como eu disse, tudo de ruim tinha acontecido comigo ontem a noite. Abri meu guarda roupa e peguei as primeiras vestes que eu encontrei. Minha cabeça ainda estava doendo, e estava fora de cogitação sair esta manha, ou tarde. Teria que ficar aqui, aguentando todos ao meu redor.

Desci as escadas devagar, porque a cada passo que eu dava, minha cabeça parecia que ia explodir. Não encontrei ninguém do meu caminho, o que era bom.

- Edward, filho. – Ops, minha mãe. Virei para olhar ela assim que terminei de descer o ultimo degrau, mas a feição dela estava boa. Alegre, feliz até. – Não lhe vi ontem a noite infelizmente, mas tudo bem, está muito bem esta manha!

Parei para olhar pra ela, e dei um sorriso meio estranho. Se ela não tinha me visto ontem, não foi ela e muito menos as criadas que cuidaram de mim... Então... Quem foi?

- Isabella, querida! – Minha mãe olhou para além de mim – Como estás linda hoje minha querida, apenas este colo de fora me confunde um pouco, mas estás linda. Seus cabelos estão soltos. – ela falou em um tom de reprovação. Virei-me para trás e há olhei um pouco.

Realmente, ela não estava feia.

- Me perdoe, mas estamos em casa. Não gosto de ficar com os cabelos presos, sabe disso Rainha.

Espera, será que tinha sido ela a cuidar de mim? Duvido muito, ela me odeia assim como eu não gosto dela... Mas, será?

- Ah, tudo bem. Estou feliz de mais por você ter voltado a tempo da festa que irá comemorar o aniversario do Príncipe Jacob. Nós fomos convidados e será depois de amanha. Veio um convite escrito para a família... E bom, ele comentou que está muito animado com nossa presença.

- Claro. – Isabella falou baixo e virou-se para sair.

- Vai para onde querida? As suas damas estão para este lado. Tens que fazer elas lhe darem companhia. Sei que todas estão muito entusiasmadas para saber de sua viajem, e da festa... Claro, comente que irão todas elas a festa para que a corte inteira veja como nós somos simpáticos.

Isabela deu um sorriso amarelo e virou-se para o outro lado. Olhou-me de relance e saiu pela porta com uma cara de poucos amigos disfarçada.

Voltei a olhar para minha mãe, que me olhava com um tom de curiosidade.

- Quer me perguntar alguma coisa mãe?

- Como está sendo suas noites com Isabella? Sabe querido... Nós precisamos de um herdeiro. – ela falou baixo e se aproximou um pouco de mim – Ela não é de pouco agrado Edward, ao contrario, ela uma das mais belas que poderíamos ter conseguido! Sabes que teve a sorte grande, por favor, não desperdice. E não diga para sua pobre mãe que deseja ter um filho com aquela cortesã!

- Mas mãe. Eu a amo. Amo ela, mãe. Ninguém vai me fazer mudar de opinião.

- Querido, eu lhe imploro. Tive a sorte grande de me casar com seu pai e ele me amar assim como eu o amo. Não quero que vivas como a maioria dos nossos que se casam apenas por obrigações politicas! Claro, você se casou com ela por essas obrigações, mas não precisa continuar casado desse modo. Ela é uma ótima pessoa. É bonita, e lhe dará filhos à altura. Sinto muito lhe dizer isso, mas não deixarei você ficar com aquela cortesã.

- Mas mãe... Eu sou o futuro herdeiro, posso fazer muito bem o que eu quiser!

- Engana-se se começar a pensar assim. Se você quiser fazer daquela cortesã sua esposa, seu nome estará na lama. O nome da sua família, que por gerações foi consolidado estará na lama. Todos os seus bens e suas riquezas serão perdidos, pois queira saber ou não, essa sociedade vive de aparências.

Olhei para minha mãe e acenei para ela formalmente.

- Com sua licença minha mãe, gostaria de não ouvir mais seus comentários que não irão me afetar.

Dei as costas e virei para o lado oposto em que Isabella saiu.

# # #

Isabella narrando.

Carruagens luxuosas, vestidos altamente extravagantes, várias damas de companhia, várias mulheres que se preocupavam mais em mostrar o tamanho dos seus vestidos, e os quilates de suas joias do que fazer amizades a longo prazo. Chapéus enormes, perucas que aumentavam mais que significante uma pessoa, principalmente nas mulheres, muita bebida, muita comida, muitas pessoas dançando bêbadas no meio do salão de baile... Bem vindos a minha nova vida.

- Que palácio maravilhoso! – Uma das minhas damas começou a conversa com uma das várias que estavam ao meu redor abanando seus leques em movimento sincronizado.

- O palácio, as pessoas... Nossa, os vestidos são maravilhosos! Que bom que eu coloquei o meu de seda. Imagina quantas damas irão vir ridículas? – a outra falou em resposta e riu do seu próprio comentário.

- Não espero a hora de algum lorde, ou conde me convidar para dançar. Claro que eu não iria me incomodar não é? – Uma outra falou e a maioria riu. Dei um sorrio sem graça e parei para olhar a nossa atual situação.

Esme estava de braços dados com Carlisle que mantinha uma conversa com aparência simpática com um senhor já de idade. Esme ficava apenas trocando algumas palavras com a mulher que o senhor estava acompanhado. Algumas meninas que aparentavam ter a minha idade estavam descendo de sua carruagens com elegância e extravagancia, e todos ali tinham ar de superioridade.

Minhas damas estavam todas me cercando falando de coisas superficiais enquanto eu lentamente dava alguns passos para trás para perto da carruagem que eu tinha acabado de descer.

- Olá alteza! – uma jovem conversava com uma senhora que aparentava mais de trinta anos – Que chapéu magnifico. Eu comprei um chapéu quase do mesmo jeito que o seu acredita? Claro, eles não costumam ser tão caros para pessoas como nós... – ela riu – como se eu soubesse de algo sobre preços. Prefiro comprar, que é muito mais agradável.

Elas riram.

Aquilo era ridículo.

- Que coisa mais ridícula. - sussurrei não conseguindo deixar meu comentário apenas internamente.

- Concordo. Mas é nessa ridicularidade onde vivemos, aprenda isso. – Ouvi um sussurro em resposta e me dei de cara com Edward.

Nossa viagem foi longa, e estávamos na mesma carruagem, mas em momento algum trocamos qualquer informação que fosse. Por isso o olhei espantada e logo depois ele se afastou para ir conversar com um homem, jovem, como ele. Logo fui empurrada pelas meninas para dentro do palácio.

Várias pessoas estavam descendo as escadarias, outras subindo. Algumas estavam sentadas conversando, mas a maioria estava dançando no meio do salão empolgados e animados, alguns apenas observando com suas taças e sorrindo para os outros. Alguns casais a parte conversavam reservadamente em partes escondidas ou escuras perto das escadarias... Sim, aquela era uma festa.

Iriamos passar dois dias, no primeiro dia – que seria hoje – para a festa, e a outra para comemorações formais. Ou seja, convidados escolhidos a dedo. Logo todas as minhas damas foram se espalhando. Umas porque queriam se divertir outras por causa da quantidade de pessoas que estavam usando a escadaria. Logo peguei uma taça e fui para um canto afastado ficar em paz, já que todos estavam perdidos por algum lugar da festa e eu gostaria de não precisar ficar sorrindo falsamente para ninguém.

Estava tomando o primeiro gole quando uma mulher chegou perto de mim.

- Não deveria estar dançando com seu marido? – ela me perguntou com um ar de superioridade, mas sorriu em seguida. – Estou fazendo uma brincadeira, calma. – ela riu.

Sorri em seguida, um pouco mais aliviada.

- Sou Anna, a proposito. Princesa da Rússia. – Ela me abraçou e logo em seguida encostou-se na parede ao meu lado. – Não gosta muito de festas não é?

- Não é que eu não goste... Só não queria vir. – revelei e depois sorri para ela – E você, também não deveria estar com seu marido e também não gosta de festas?

- Meu marido pouco irá se importar comigo aqui. É uma festa, o que mais homens vieram fazer aqui? Principalmente príncipes... – ela deu um sorriso. Em casa palavra sua era pronunciada com sotaque. Um sotaque elegante. – Você é o que? Pelo modo como se está vestindo, também deve ser uma.

- Sou Isabella. Princesa da Grã Bretanha. – Bom, é pra ser. – Completei em pensamento.

- Prazer Isabella da Grã Bretanha. – Ela fez uma reverencia formal e depois revirou os olhos. – Alias, também não é que eu não goste de festas. É que eu não gostos de ficar mostrando a todos as joias que estou usando e meus vestidos. Muito menos ter que ficar olhando pros decotes extravagantes da maioria de senhoras e moças que comparecem aqui.

- Até que é bem agradável ficar olhando eles se divertindo. – ri. Ela me acompanhou.

- Seria agradável, se dançássemos! – ela pegou minha taça e colocou encima de uma mesinha que estava perto. Então tentou me puxar para o meio do baile.

- Onde estão as suas damas de companhia? – Eu perguntei para ela.

- Estão se divertindo. E aquelas duas que estão vindo em nossa direção também parecem ser. Mas são as suas. – Ela apontou para Rosalie e Alice que vinham felizes, com uma taça na mão, cada uma.

- Bella, vamos dançar! – Rosalie e Alice falaram. Anna riu e acompanhou elas.

- É uma festa Isabella, vamos aproveitar! – Anna falou agora, sendo puxada por Alice e Rosalie me puxando.

- Posso aproveitar com vocês? – Virei para trás e encontrei Jacob, sorrindo para mim e para Anna. – Já está tentando levar as minhas melhores convidadas aproveitar mesmo a minha festa sem mim Anna? – Ele falou com cumplicidade com Anna, e ela sorriu.

- Sempre escolho as melhores companhias em festas assim primo. – Olhei para Jacob e ele riu em aprovação. Nos separamos e quando vi todas nós já estávamos no meio do salão com pares, e uma das mãos de Jacob estavam nas minhas costas e a outra pega a minha mão para uma dança animada.

Depois de tantas viradas e pulos que dávamos na dança, todos já sorrindo e empolgados, enquanto as meninas passavam por mim por causa da dança, elas sorriam ou faziam algum tipo de comentário que sempre nos fazíamos pular de alegria, quando foi na hora da troca de pares. Jacob me trocou por uma mulher de cabelos loiros e eu fui para um homem de cabelos castanhos, na outra troca, quem eu menos esperava tentar tirar minha felicidade apareceu.

- Se divertindo sem mim? – Edward sorriu sarcástico para mim.

(Continua....)


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Notas finais do capítulo

N/A: Sei que querem me trucidar. HSUAHSUAHSAU, sério gente eu sei. Mas antes de tudo, MEGA OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS FOFOS E LINDOS que eu recebo até hoje. Se eu estou postando aqui, saibam que tudo é por voces. Porque eu amo ler o que voces comentam. E prometo que responderei todos. E que vou favoritar o comentário mais cute dos cutes. KK '.
Estou fazendo um blog pessoal e literario. Sim, voces serão avisados. Só estou tentando terminar de arruma-lo. E gente, voltarei a escrever. Amo voces, suas lindas ♥
ALIAS, A FANFIC TERÁ SOUNDTRACK ~e será posta no blog :3~