Ours Secret escrita por Princess


Capítulo 3
Capítulo 3 - Conhecendo o pirralho...


Notas iniciais do capítulo

Beem, o nome da capítulo ficou grande, então vou postá-lo no inicio do texto. E explicações sobre a demora lá no final. Aproveiteeem!
P.S: eu coloquei o link das fotos dos atores como me pediram ^^



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Capítulo 3 - Conhecendo o pirralho, reencontrando a partidora de corações

Não havia falado muito depois de ter reencontrado Rose, e Selene percebeu, mas preferiu não perguntar nada. Sabia que o herdeiro Malfoy era extremamente fechado e não queria que ele se aborrecesse com ela. Depois de deixar Selene em casa, Scorpius fez o caminho mais longo até o escritório. Durante o percurso, pensou em diversas coisas.

A primeira era a mais obvia: onde estaria o marido babaca dela? O Thomas Evergrenn... Aquele surfista idiota! Não bastava apenas rouba-la dele, era preciso que voltassem e que ficasse bem claro a quem ela pertencia. E então, ele chegou à segunda pergunta: porque eles haviam voltado? Sempre passaram duas semanas a cada ano em Londres, pois moravam na Austrália e queriam que seu pimpolho conhecesse os costumes ingleses. E isso o levava a terceira pergunta que mais o inquietava: como seria o filho deles? Nunca o havia visto e sempre teve essa curiosidade. Teria ele os olhos azuis da mãe, ou os olhos verdes do pai? Com quem pareceria mais? Seria...?

– Ah, mais que droga! – o Malfoy ralhou consigo mesmo – Porque você fica se torturando, seu idiota?!

Assim que estacionou o carro na garagem do edifício no qual mais de três quartos dos funcionários estavam ás suas ordens, Scorpius subiu pelo elevador de serviço e parou na recepção.

– Ema! – chamou a recepcionista de maneira rude, assustando-a – Desmarque todos os meus compromissos de hoje e os remarque nos horários vagos durante a semana. Eu não estou para ninguém. E se for algo muito importante, diga a Megan para tratar do assunto. Não quero ser incomodado hoje.

– Sim senhor... – a recepcionista disse de maneira profissional; já conhecia o suficiente de Scorpius Malfoy para saber que se o desacatasse, estaria no olho da rua.

– E diga a Luke para que leve os documentos que preciso assinar até a cobertura do centro... Não estou de bom humor hoje. – completou fechando os punhos.

– Nota-se. – alguém disse por sobre o ombro do homem.

Virando-se lentamente para ver quem o afrontava, deparou-se com alguém que pouco via e, quando tinha esse prazer, procurar ter o mínimo de contato.

– O que quer Potter? – Scorpius perguntou de maneira seca, virando na direção do elevador.

– Visitar um velho amigo. – James disse com a ironia tilintando na voz.

– Vá direto ao assunto, James. – Scorpius pediu retirando os óculos de seu casaco.

– Bem, você sabe que meu pai anda com algumas burocracias atrasadas e precisa que alguém faça o trabalho... E adivinhe? Escolhemos você! – James Potter disse de maneira um pouco debochada, o que não contribuiu muito para o humor de Scorpius.

Mas o que o Malfoy não podia fazer era se dar ao luxo de negar que os contratos com o Sr. Harry Potter eram os mais vantajosos. Claro, como não seria vantajoso ter em mãos documentos pertencentes ao Primeiro-Ministro? Esse era o único motivo por tolerar o engomadinho James Potter, o tão adorado primo da garota que arrasou seu coração.

Sim, Rose Weasley é sobrinha de Harry Potter.

– Leve à minha secretaria e diga a ela para entregar junto com os outros documentos à Luke. – o loiro disse suspirando.

James Potter, com seu terno marrom claro e jeito de playboy, sorriu. Era óbvio que Scorpius era sensato e não recusaria esse pedido de seu pai. Ninguém jamais recusaria...

– Devo voltar amanhã para busca-los? – James perguntou.

– Depois do almoço, de preferencia... – Scorpius respondeu apertando o botão do elevador, que abriu suas portas automaticamente.

Após entrar, pressionou o botão da garagem e se virou para encarar James, mas ele já não se encontrava mais ali. O loiro bufou e colou os óculos de sol. Depois de já estar no interior de seu carro, retirou as chaves e conectou uma delas na ignição do carro. Dirigiu o mais rápido que pode, tentando descontar a frustração que sentia nos pedais do automóvel. Quando percebeu que já estava prestes a quebra-los, reduziu a velocidade, indo com mais calma durante o resto do caminho.

Assim que desligou o motor e desceu, notou que não estava sozinho na deserta garagem. Normalmente – nesse horário – os outros moradores estavam fora, e consequentemente seus carros também. Mas havia um novo ali e não só ele. Havia um garoto. E por alguns instantes Scorpius pensou estar olhando para um espelho.

Alto, cabelos loiros claros e ensebados, postura ereta, mãos nos bolsos... Se não tivesse absoluta certeza que estava no ano de 2012, diria que estava de volta a ’94. Não só a aparência e a postura, mas também as roupas. Jeans, camisetas de bandas de rock e tênis sujos. Uma visão perturbadora, tinha que admitir.

Notou que o garoto admirava seu precioso camaro. Suspirou e aproximou-se. Parou ao lado do garoto e reparou que ele tirava do bolso um bloco de anotações e um lápis. Viu-o fazer alguns rabiscos, que depois de cinco minutos se transformou na replica perfeita de seu carro.

– Você tem talento... – Scorpius disse colocando as mãos nos bolsos.

– Obrigada. – o garoto disse repetindo a ação do loiro mais velho.

– Sou Scorpius, moro na cobertura. – disse se apresentando.

– Sou Maximillian, mas pode me chamar de Max. – o garoto disse estendendo a mão, se apresentando.

Scorpius apertou com firmeza a mão do jovem rapaz. Havia algo de perturbador em Maximillian. Talvez fosse o sorriso tão familiar, ou o tom azul de seus olhos, mas aquele garoto... Aquele garoto o perturbava.

Trocou mais algumas palavras com Max, até que resolveu ir para seu apartamento. Deixou-o terminando seu desenho, com a certeza de que conhecia aquele garoto. Não sabia de onde, mas o conhecia. Ao chegar até a cobertura, retirou a jaqueta e depois a camiseta branca que usava. Foi até o aparelho de som e o ligou, colocando sua playlist com as músicas do Guns N’ Roses para tocar. Após abrir as persianas e verificar se havia algo comestível nas prateleiras, Scorpius sentou-se no balcão da cozinha com os papéis que precisava examinar. Deixou ao seu lado a xicara com seu chá preferido e colocou-se a ler.

Depois de duas horas, dez xicaras de chá e incontáveis papéis, alguém tocou a campainha do apartamento. Scorpius precisou de alguns segundos para entender que era de sua porta a origem daquele som irritante. Não esperava ninguém.

– Luke... – lembrou se levantando.

Foi até a porta coçando a cabeça. O que faria para comer...?

Suas preocupações caíram por terra após reconhecer a pessoa que tocava sua campainha. Poderia haver milhões de maneiras diferentes de descrever o que sentiu, mas nenhuma seria a correta. Foi único, como na primeira vez em que se viram. Os sentimentos afloraram, o corpo reagiu... Naquele momento – quando viu Rose parada em sua porta – sentiu-se como há 18 anos. Um bobo apaixonado que vê a luz do luar pela primeira vez depois de séculos...

A ruiva abriu a boca diversas vezes, mas nada escapava tamanha era sua surpresa.

Lá estava ele novamente, parado, sorrindo... Sorrindo daquele jeito bobo que fazia todas aquelas lembranças que queria tanto esquecer voltarem... Fazia os velhos sentimentos deixarem de ser velhos. Fazia aquelas sensações estranhas – afeição, carinho, culpa, medo... – voltarem com toda a força. O destino havia abalado as estruturas que levou anos para construir em horas... O que poderia significar tudo aquilo? O que poderia ser aquele brilho nos olhos azuis-gelo dele? Tantas perguntas a afligiam, mas foram obrigadas a deixar sua mente quando sentia a mão firme de Maximillian em seu ombro.

– Mãe... – Max chamou.

Por um instante, Scorpius pensou estar em um pesadelo.

Lá estava ela. A garota por quem foi - e nunca deixou de ser – apaixonado com seu filho. Não seu, dela. O filho dela. Eram parecidos, mas Scorpius não podia negar que agora gostava muito menos do garoto. Saber que metade do sangue que corria pelas veias dele pertenciam ao homem que estragou sua vida o enjoavam.

–Ah, o cara da cobertura! – Max disse vendo Scorpius parado, olhando para ele com a expressão dura – É Scorpius, certo?

– Vocês se conhecem? – Rose perguntou preocupada, olhando para o filho rapidamente.

A voz dela... Continuava a mesma...

– É dele o carro que vi na garagem mais cedo. Eu voltei lá para desenha-lo e acabei trocando algumas palavras... Política da boa vizinhança, se esqueceu mãe? – Max disse à mãe de maneira tranquila.

Mãe... Porque esse garoto tinha que existir? Porque ele precisava ser tão... Legal?!

– Vocês se conhecem? – Maximillian perguntou, fazendo Rose ficar totalmente lívida.

O que estaria acontecendo com ela?

– Sim. – Scorpius respondeu, cruzando os braços sob o peito.

Ele e Max não perceberam, mas Rose suspirou. Scorpius estava... Tão lindo quanto da última vez em que o viu. Seu corpo... Céus, ela não podia ficar pensando em como seria ter os braços dele ao seu redor, sentir seu toque. Não! Não podia pensar nessas coisas.

– Vocês eram amigos, ou o que? – Max, curioso para ter as respostas que tanto procurou na Austrália, perguntou.

– Apenas conhecidos. – Scorpius respondeu antes que Rose pudesse abrir sua boca – Eu nunca realmente conheci Rose Weasley.

A ruiva percebeu a acusação na voz dele. E quis chorar. Quis gritar e implorar que ele entendesse que fez aquilo pelo bem de Max. Queria o perdão dele. Queria que ele voltasse a olha-la com olhos apaixonados. Queria ser sua Rose novamente. Mas sabia que nunca mais seria essa Rose. Ela havia a matado quando virou as costas para aquele homem que lhe deu tudo pelo que realmente valia a pena lutar. “Sinto muito”, essas eram as duas palavras que nunca deixariam seus pensamentos.

Scorpius percebeu que Rose ficou desconfortável. Essa era a intenção. Queria que ela sentisse um pouco da dor que ele sentiu durante esses 18 anos.

Alguém pigarreou, chamando a atenção dos três. Era Luke, finalmente. Ele esta parado bem atrás de Maximillian, tendo apenas alguns centímetros a mais que o garoto. Esse tinha uma expressão preocupada e decepcionada no rosto. Porque, diabos, estaria assim? Um garoto estranho.

– Trouxe o que mandou. – Luke disse, profissional e responsável como sempre.

Scorpius apenas balançou a cabeça, indicando que ele entrasse. Não queria que seus novos vizinhos percebessem a mudança em sua voz. Depois de uns cinco segundos que Luke passou pela porta, Rose se pronunciou.

– Acho que atrapalhamos alguma coisa. Melhor irmos, certo Max? – a ruiva disse desconfortável.

– Certo, mas antes quero perguntar algo... – o loiro mais jovem disse, fazendo sua mãe e Scorpius ficarem apreensivos.

Ele apoiou a mão sobre o queixo e olhou para o Malfoy parado em sua frente, com os braços cruzados e a expressão confusa.

– Você disse que morava na cobertura... – Maximillian disse sentindo-se frustrado. Ele havia mentido?

– Ela era pequena demais, então comprei esse apartamento e os interliguei. – Scorpius disse simplesmente.

– Deve ter sido... Uma grande obra. – Max disse – Será que poderia ver como ficou, qualquer dia desses?

– Claro. – Scorpius respondeu um pouco rápido demais.

– Sério? – o garoto disse surpreso e com os olhos brilhando.

– É... Você pode entrar se quiser. – o homem disse dando de ombros.

– Não, Max. Já o incomodamos demais por hoje. Deixe para outro dia.

– Mãe... – ele choramingou.

– Deixe o garoto. – Scorpius disse rindo.

– Não! Ele é meu filho, eu decido por ele enquanto ele estiver morando debaixo do mesmo teto que eu. – a ruiva disse irritando-se.

– 18 anos... 18 anos e você continua a mesma garotinha ciumenta, possessiva e que não deixa que ninguém respire. – Scorpius falou perdendo um pouco do bom senso e avançando dois passos na direção dela.

– É isso o que pensa de mim? – a mulher disse vermelha de raiva.

– O que eu penso de você pouco importa, só acho que o garoto merece mais liberdade. Veja o tamanho dele! Acha que ele vai ficar preso na barra da sua saia pelo resto da vida? – o homem disse ficando próximo a ela, notando que continuava muito maior que a ruiva.

Rose engoliu em seco. Scorpius estava defendendo Max. Sua garganta fechou. Não conseguia dizer mais nada. A situação estava acabando com sua cabeça...

– Eu... Tudo bem Max. Só não chegue tarde em casa. – a ruiva disse virando as costas e começando a caminhar para o fim do corredor.

– Você enfrentou minha mãe. – Max disse estupefaço.

Ninguém jamais fez Rose voltar atrás em suas decisões, principalmente as que envolviam Maximillian. Thomas perdera todas as batalhas contra ela.

– Venha, garoto. Vamos entrar... – Scorpius disse rebocando o jovem Evergrenn para dentro do apartamento.

Não entendia porque aquele homem desconhecido havia brigado com sua mãe para defende-lo. E ainda mais, porque disse aquelas coisas e Rose simplesmente se calou? Max sabia que havia algo de errado com a história de apenas conhecidos... Poderia ser ele? Talvez. Ele sabia sobre sua existência? Na verdade sabia, mas sabia quem ele era? Quem realmente era?

A casa de Scorpius era incrível. Pelo menos o primeiro cômodo era. Assim que entrou – logo atrás da porta – haviam duas plantas daquelas que sua avó cultivava no jardim de inverno na casa dos Weasley. Sorriu ao perceber que eram muito parecidas. Depois de passar pelo hall, Max ficou impressionado com o que o dinheiro podia fazer. Todo o espaço daquele “apartamento” era uma grande sala. O teto havia sido quebrado, então uma das paredes do apartamento de cima tinha um parapeito feito de vidro de onde podia se ter uma bela visão de tudo. A sua direita, um mini bar com várias taças e bebidas era delimitado por um balcão com quase dois metros e meio de comprimento e seis bancos. Luke ocupava um deles, observando os papeis que estavam ali.

– Cara, aquele Potter é osso duro. Você viu os conteúdos desses documentos? – Luke perguntou afrouxando a gravata.

– Fique à vontade. – Scorpius disse a Max.

O garoto apenas balançou a cabeça. Estava olhando para a estante com livros e CD’s do Malfoy. Por um breve segundo pareceu observar o escritório de sua mãe. Milhões de livros classificados como “clássicos da literatura inglesa” e alguns de Direito. Mas assim que notou os CD’s, sorriu. Guns, AC/DC, Black Sabbath, The Doors, Aerosmith, Beatles, Rolling Stones, Led Zeppelin... Eram tantas as bandas que ele não prestou atenção aos objetos ali. Não percebeu a TV de plasma ligada a parede, bem ao lado da escada. Não notou os vários videogames ao lado dela, muito menos o sofá grande e confortável. Só conseguia pensar em como aquele cara era legal.

Uma casa incrível, um carro incrível, um gosto incrível para música... Olhou para o loiro que discutia algo com seu colega, ou seja lá o que fosse. Scorpius havia colocado sua camisa novamente e sua postura passou de despreocupado para preocupado.

Olhou para a prateleira novamente e desejou que fosse ele a pessoa por quem procurava nos últimos meses.





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Notas finais do capítulo

Me desculpem por algum erro! E pela demora, mas eu tive UM ZILHÃO de problemas na escola e ai ficou dificil. Mas, as coisas irão melhorar. Prometoooooo!
Eu coloquei um link beem ai no final de uma fic que eu fiz para a diva Larissa - mrs nightsade - e quem quiser ler e comentar, fique a vontade ;D
Eu sinto que falta algo para dizer, mas não me lembro '~'
De qualquer forma, obrigada! *-*
P.S:² Se tiver alguém ai que leu A Hospedeira, POR FAVOR ME MANDA UMA MP! EU PRECISO CONVERSAR COM VOCÊ COM URGÊNCIA!
ScorpBeijos ;*