Por Trás De Uma Magia 2 escrita por anne_potter23


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura XD
Estavam ansiosos?
PS- a fic vai ser bem mais curta que a outra. Provavelmente vai ter mais uns 9,10,11, no máximo 12 capítulos. (favor n matar a escritora)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/217656/chapter/9

Logo coloquei minha roupa outra vez e fui embora, mesmo estando cambaleando muito. Dei um jeito de chegar ao salão comunal, onde Luke notou que eu estava bêbada, e pediu que Ella me levasse a nosso quarto. Ninguém perguntou nada a mim nesse meio tempo.

Mas assim que cheguei ao quarto, comecei a chorar. Não lembro exatamente o porquê, mas sei que meu cérebro me disse para fazê-lo.

– O que houve, Se?

– Eu sou muito burra! Minha vida é horrível. – continuei chorando.

– Onde raios você arranjou bebida, sua louca?! – assim que Ella gritou comigo, comecei a chorar mais. – nunca alguém deprimido deve beber!

– Foi Draco que me deu! Vai gritar com ele! – continuei chorando. Minha cabeça latejava.

– É melhor você dormir, Serena.



Felizmente era sábado, porque eu estava com uma ressaca dos infernos. Logo que acordei já vomitei, acordando Ella. Ao me olhar no espelho, tive nojo de meu estado precário. Minha cabeça latejava. Muito.

Só depois de me deitar na cama e voltar a respirar, foi que comecei a pensar nas besteiras que eu havia feito. 1- Aceitei álcool mesmo sabendo que minha resistência é baixa. 2- Não parei de beber porque estava deprimida. 3- Não saí dali assim que notei que as coisas estavam perigosas.

Mas então entendi porque eu havia chorado. Não só porque eu já estava triste, mas também porque ficar com Draco foi horrível. Simplesmente não era a mesma coisa. Não tinha paixão.

Naquela hora, pela primeira vez entendi que eu sentia atração por Draco simplesmente porque eu estava excitada. Com saudades de sexo. Mas o que eu preciso mesmo é de amor. Mas não o de qualquer pessoa. O de Alvo. Voltei a chorar.

– Que tipo de besteiras você fez ontem? Além de beber, é claro. – Ella perguntou, revoltada.

– Como se beber não fosse besteira suficiente... – comentei, com uma voz rouca, irritante, e sonolenta – eu transei com Draco.

– Ótimo. – disse, irônica e muito brava.

– Obrigada pela gentileza, mamãe! – falei, irritada pelo jeito que ela me tratou como criança.

– Serena, nem venha me dizer que você não precisou de alguém para cuidar de você. Eu sei que foi assim somente porque você estava deprimida e extremamente mal, mas você agiu sem um pingo de responsabilidade.

Ela continuou a falar, mas não ouvi porque vomitei outra vez. E ficamos naquela de sermão, vômito, dor de cabeça até o fim do dia.



Todos comentaram que eu tinha sumido no dia anterior. Menos Al, é claro. Eu já não o via há um tempo. Mas eu não tive o trabalho de explicar a ninguém o que acontecera, já que Ella já o fizera por mim. Omitindo algumas partes da história, é claro.

Eu ainda insistia em me obrigar a perguntar onde Alvo estava, mas sei que se ouvisse essas palavras saindo da minha boca, minha garganta arderia.

– Onde está o Al? – ai. Doeu mais até do que eu esperava. De repente, há um silêncio constrangedor.

– Ele está na enfermaria desde sexta de manhã. – Tiago disse.

– E o que houve? Está tudo bem? – eles se entreolharam, me deixando mais preocupada ainda.

– Sim. – disse Luke. – não se preocupe. – embora eles tenham pensado que eu estava mal demais para notar, eu vi que Luke fez uma cara do tipo “se for necessário, eu mesmo conto”.

– Certo, então acho que vou visita-lo na enfermaria. – comentei, e assim que virei às costas, ouvi todos gritando com Luke. Mas não me importei, fui assim mesmo.

Acho que eles entenderam que não tinha mais volta, pois ninguém me seguiu enquanto eu me dirigia à Madame Pomfrey.

– Oi, Madame Pomfrey. Alvo está aí? – perguntei, e ela logo me levou até ele, sem dizer uma palavra, o que me preocupou.

Quando o vi, meu coração quebrou em pedaços. Não só porque doía vê-lo mais que deixar de vê-lo, mas também porque a última coisa no mundo que ele parecia era bem.

– Ai, meu deus! O que houve com ele? – perguntei segurando mais lágrimas.

– O garoto está em depressão. – respondeu Madame Pomfrey. – a doença, eu digo.

– E ele vai ficar bem?

– Não dá para saber. Nenhum remédio ou feitiço cura esse tipo de coisa. Talvez aos poucos ele volte ao normal. Mas talvez fique assim para sempre.

Me lembrei de quando minha amiga, na segunda série, entrou em depressão porque sua avó havia morrido. Ela não queria levantar da cama ou abrir os olhos. Chorava quando alguém a obrigava a fazer algo. Não queria viver.

– Al. – acariciei seu rosto de leve, com milhares de lágrimas escorrendo por meu rosto. Seus olhos estavam vidrados e vermelhos. – está me ouvindo?

– Serena? – sua voz estava rouca, como se houvesse dias ele não a utilizasse.

– Sim, sou eu. Porque não se levanta? – perguntei com esperança, enquanto lágrimas caíam sobre seu rosto, mas ele não se movia.

– Não consigo.

– Consegue sim, vamos lá. – peguei uma de suas mãos. Primeiramente tentei fazê-lo sentar. Então estiquei suas pernas para que ele levantasse. Mas isso foi tudo. Ele ficou lá, parado, em pé, os olhos ainda vidrados. – eu não disse? – sussurrei, me esforçando para sorrir.

– Obrigada. – falou.

– Sabe, garota, se você vier aqui todos os dias talvez ele realmente volte ao normal. Pode fazer isso? – eu assenti. Usei os dedos de Al para secar minhas lágrimas e beijei-lhe a testa.

– Eu volto aqui amanhã. Espere por mim, ok? – falei baixinho.

– Não vá embora. – disse ele, ainda com os olhos fixados no além, e a voz ausente.

– Preciso ir, mas não se preocupe, eu prometo que vou voltar. – chorei mais. E mais. Vê-lo assim doía. Eu também fiquei mal, mas não tanto. Parece que nosso amor é realmente mais forte do que imaginávamos. É o que dizem que é amor verdadeiro: sem um o outro não vive.

– Você não entende. – a voz falhada permanecia, e eu olhava preocupada para seu rosto. – quando você não está aqui... – houve uma longa pausa – dói.

Chorei como se não houvesse amanhã. Porque eu sentia o mesmo. Não da mesma maneira, mas sentia.

– Então eu fico.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

eu mereço reviews, beijos e abraços! mimimi estou carente



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Por Trás De Uma Magia 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.