Por Trás De Uma Magia 2 escrita por anne_potter23


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Hihihi esse capítulo é divertido. Ele mostra toda a confusão do Thi, tadinho =(



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Acordei no dia seguinte com Madame Pomfrey me sacudindo, pedindo que eu acordasse Al.

- Isso com certeza é um sinal de melhora. É a primeira vez que ele dorme uma noite inteira. – comentou ela. Comecei a acariciar o rosto de Al, e chamar seu nome baixinho, até que ele acordou.

- Bom dia, Al. – falei, entrelaçando seus dedos nos meus.

- Bom dia.

- Vamos tomar café? – ele assentiu.

Assim que o fiz sentar, dei-lhe um pouco de chá e de cereal. Ele até comeu tudo e disse que estava uma delícia. Aos poucos, ele ia progredindo mais e mais, até chegar ao ponto que seus olhos não estavam mais vidrados, e ele até sorria. Sua voz também estava bem melhor.

- Obrigada, Se. – foi a vez de ele entrelaçar seus dedos nos meus. Eu o abracei.

Madame Pomfrey disse que provavelmente na terça ele já poderia sair de lá e voltar à sua vida normal. E que, aos poucos, poderíamos voltar a trata-lo normalmente.

O que começou a me preocupar foi como eu diria a ele o que aconteceu entre Draco e eu. Porque eu tinha que fazê-lo. Não tinha outro jeito.

- Oi, Al! O que aconteceu? – não parei de ouvir isso durante o dia todo. Madame Pomfrey pediu que eu ficasse perto de Al sempre que possível. Ele estava bem melhor. Eu diria que voltara ao normal, mas durante uns três dias fui instruída a tomar cuidado com o que dizia a ele.

Mas os três dias passaram, e Al já estava mais que normal. Éramos amigos. Mas eu ainda o amava. Ele ainda me amava. E não tinha o que fazer sobre isso. Foi então que lembrei que precisava lhe dizer o que tinha acontecido.

- Preciso falar com você – disse, criando coragem.

- Diga.

- Eu juro que antes de você terminar comigo eu não tinha feito nada com Draco. – sua expressão dizia “estou ouvindo...” – Mas na sexta-feira ele me convidou para conversar depois da aula. Mas ele estava mal, e estava bebendo. Eu bebi também. – respirei fundo – e nós transamos. – houve uma longa pausa. Silêncio constrangedor. Ao mesmo tempo eu me sentia aliviada, e horrível. Como seria sua reação? - Mas não foi a mesma coisa. – falei, mas não adiantava. Eu o perderia por completo. – E sei que isso só vai me afastar mais de te ter novamente, mas precisava dizer isso. E eu espero que algum dia você me perdoe.

- Eu te perdoo. – uma única lágrima escorreu de seus olhos, mas ele continuava lá, firme e forte. – você estava bêbada. Mas o importante é que eu acredito em você. Você disse a verdade.

Sorri e sequei sua lágrima, esperando que algum dia as coisas voltassem a ser como antes.

- Oi, Se. – disse Tiago, sentando-se ao meu lado. Estava sentada em frente ao lago negro, como de costume. O outono estava vindo e o dia estava nublado.

- Oi. – respondi, distante.

- Também não está bem? – a pergunta me surpreendeu. Era óbvio que não. Não, eu não estava bem. Mas foi como se isso não importasse. Porque ele sem querer admitiu que estava mal. Pela primeira vez. Impressionante. Foi quase um progresso.

- É, por causa de Alvo. Mas isso todo mundo sabe. Está na hora de você me falar porque não está bem, mocinho. Chega de procrastinar. – disse, decidida a descobrir.

Ele ficou vermelho, com o olhar no horizonte, e parecia pensar no que deveria fazer. Não pude descobrir o que seria, mas se o fez pensar tanto, talvez ele finalmente dissesse a verdade.

- Tiago, sou eu. A Serena. A que conhece você como ninguém. A que está ao seu lado para tudo. Se eu não posso saber, quem pode? Porque não me fala? – pedi, acariciando seu braço de leve.

Tiago POV

Se todo o tempo que pensei se devia ou não contar a ela, desde o começo das aulas, não foi o suficiente, como alguns minutos seriam?

Mas era Serena. Ela sabia ler meus olhos como ninguém. Os melhores momentos da minha vida eu passei com ela. Me fazia feliz, me conhecia, não dava para esconder nada dela. Não dava para mentir para ela, pois Se era esperta.

Eu estava mal, não havia dúvida. Al também notou isso. Mas era diferente de qualquer coisa que já tivesse acontecido comigo antes, e não é o tipo de coisa que você fala por aí.

Porque as pessoas não entendem.

Nem mesmo ela. Nem mesmo depois de tudo pelo que nós passamos. Eu não conseguia. Era ruim de mais. Estranho demais. Errado demais.

- Não dá para mentir para você, Serena. Eu sei disso. – comentei, para quebrar o silêncio. Deitei na grama, e ela fez o mesmo. Estava chuviscando. Era extremamente refrescante. – mas é muito difícil falar sobre isso para mim.

- Eu sei, mas você precisa falar com alguém, não precisa? – disse ela. – E por que não eu? Pode me contar.

As pessoas julgam. Não dá para evitar. Eu faria o mesmo. Devo contar? Não. Mas se não o fizer isso vai me consumir por dentro até tornar insuportável conviver com esse pensamento.

Precisava contar.

- Você não entende. É horrível falar sobre isso. Eu sinto nojo de mim mesmo. – a chuva felizmente engrossou um pouco, porque acho que uma lágrima saiu de meu olho.

- Então coloque para fora, Thi. Alguma hora vai ter que falar. Eu não sei o que está acontecendo, mas você está mal. Não é mais você.

Não sou mais eu. Ela tem razão. E ao mesmo tempo em que eu precisava entender que não dá para mudar isso, se eu admitisse, se dissesse em voz alta, não teria mais volta. E isso me perseguiria para sempre.

Serena POV

Talvez seja pior que eu imaginava. Ele simplesmente tinha vergonha de falar sobre isso. Era como se tivesse feito algo imperdoável. Matou alguém? Não, Tiago tem bom coração. Então não era isso.

Talvez eu estivesse errada. Colocar pressão pode piorar tudo. Essas coisas não se apressam. Se ele estava tão mal assim, não era à toa.

- Serena, - houve uma longa pausa. – eu sou gay.


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Notas finais do capítulo

Relviews... Reviiiiieews
REEEEEEEEVIIIIIIIIIIIEEEEEEEEWS!



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