Diário Mortal I - O Segredo De Bonnie escrita por Nilson Nobre


Capítulo 9
Sob A Luz do Luar


Notas iniciais do capítulo

Inicialmente, gostaria de pedir desculpas pela demora para postar, pois eu estava e ainda estou sem tempo :/
- O capítulo está fantástico! Não é querendo me gabar mas esse realmente está muito bom.
- Esse é o último capítulo de "enrolação", os mistérios em breve serão revelados!
- Como vocês perceberam, mudei a capa da fanfic, o que acharam? Essa tá melhor que a anterior?
No demais, curtam o capítulo e comentem!



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Quando chegou à festa, Elena partiu logo na busca por Caroline, porém por algum motivo, ela não estava lá.

Estranho”, pensou Elena ao cruzar os braços e mirar duas garotas que estavam a sua frente com um olhar preocupado após vasculhar todos os lugares possíveis.

A verdadeira festa estava acontecendo na frente do porão. Haviam muitos garotos bebendo cerveja e meninas partindo para cima deles como leoas famintas. O interior do porão era todo iluminado simplesmente pela luz das chamas das velas, havia uma mesa central com um bolo que possuía uma vela em formato de dezoito no centro e outros petiscos em torno dela, além de um freezer com cerveja e refrigerante no lado esquerdo. Tudo estava muito bem organizado, mas Elena sentia que aquilo não fora feito por Caroline, estava tudo “normal” demais.

De repente, Matt abraçou Elena pelas costas.

- E ai, curtiu a decoração? – Matt estava com o rosto colado no de Elena nesse instante.

Ela se afastou, percebendo que o comportamento dele não estava sóbrio.

- Ficou legal, mas não tem a “cara da Caroline” – Elena respondeu constrangida.

Matt sorriu.

- Porque fui eu quem fiz. – disse ele – Tá bom, a Caroline me orientou por telefone hoje na hora do almoço, isso porque ela ia procurar alguém. Só não me pergunte quem, porque ela não me disse.

Elena olhou para baixo, confusa.

- Procurar alguém? – perguntou ela, porém meio minuto depois, chegou a conclusão que o “alguém” era Tyler. Os ciúmes de Caroline a tornavam muito previsível.

Matt assentiu.

- Tudo bem – disse Elena ao se retirar.

Na certa ela o encontrou, eles se entenderam e estão transando até agora”, pensou Elena ao fazer uma expressão facial de nojo e sorrir timidamente, envergonhada do próprio pensamento.

Numa fração de segundo, a imagem de Stefan, Damon e Bonnie veio até sua mente.

- Ei Matt! – falou Elena ao se virar. – o Stefan e o Damon apareceram? E a Bonnie?

Matt olhou para Elena, coçou a cabeça e com uma expressão duvidosa nos olhos, respondeu:

- Não.

Ele pôs a mão no bolso e tirou o saco que outrora havia guardado.

- Quer um baseado? – perguntou Matt, estendendo o saco na direção de Elena.

Ela olhou incrédula para Matt, que ria de uma maneira muito, mas muito “alegre”.

- Não – respondeu Elena sem jeito. – é...obrigada.

Matt estava tão drogado que havia perdido a noção do que estava fazendo ou falando. Aquilo não combinava com ele. Elena nunca havia o visto daquele jeito.

- Você tá bem? – perguntou ela se aproximando de Matt.

- Melhor impossível – respondeu ele ao sorrir, enquanto tocava o rosto de Elena.

Matt se retirou logo em seguida.

Elena bufou e cruzou os braços. Seu coração que até então sentia as conseqüências de uma surpresa, foi atingido por uma paulada quando aquilo veio a sua mente:

Porque Stefan e Damon não haviam chegado? E Bonnie, onde ela estava?

Com uma expressão confusa, Elena saiu do porão pressentindo algo que certamente não queria.

• • •

Sob a iluminação sombria de seu quarto, abotoando uma camisa social azul clara suavemente justa em seu corpo, Stefan, sentado em sua cama, ligava para Damon pela vigésima quinta vez.

Como nas tentativas anteriores, ninguém atendeu a chamada.

Jogando o celular no lado direito da cama com o viva – voz ligado enquanto terminava de calçar o sapato social preto, Stefan, com a voz grave que possui, mandou uma mensagem de voz para Damon:

- Damon, onde você está? Não acha que já matou coelhinhos demais? Brincadeira. Já estamos atrasados para a festa da Bonnie. – Nesse instante, Stefan bufou preocupado. – Tudo bem... – completou ele – Não acredito que essa mensagem surtirá efeito para você, porém sei o que devo fazer. Até daqui a pouco, irmão.

Stefan pegou o celular e encerrou a ligação. Com a mão direita, empurrou suavemente o cabelo já penteado para trás.

Stefan sabia que Damon não sumiria daquela forma. Por mais que ele fosse um idiota, imprudente ou um verdadeiro estripador sanguinário, ele não faria isso a Elena. Stefan não sabia onde Damon estava nem o que haviam feito a ele, porém, tinha certeza que o sumiço estava relacionado a alguém realmente forte.

Ainda com o celular na mão, ele digitou:

“Desculpe, não poderei ir a festa. Stefan”, logo em seguida enviou a mensagem para Elena.

Colocando o celular no bolso, com uma expressão firme nos olhos, ele se levantou e saiu de casa, partindo em uma busca realmente perigosa.

• • •

O toque de mensagem soou.

Imediatamente, Elena pegou o celular que estava no bolso esquerdo da calça:

“Desculpe, não poderei ir a festa. Stefan

Ela bufou e olhou para o céu. Suas estrelas brilhavam de forma contínua, a lua era cheia e estava ligeiramente amarelada.

Elena havia saído do meio da algazarra e estava, naquele instante, sozinha na parte posterior ao porão onde haviam simplesmente altos pinheiros a sua frente. Ela estava encostada numa árvore ao seu lado, sua cabeça estava apoiada na árvore e seus longos, negros e lisos cabelos contornavam suavemente seu delicado rosto. Seus braços estavam cruzados e o pé direito de Elena estava apoiado num pedaço de raiz que sobrepunha a terra. A jaqueta de couro preta que Elena usava refletia a luz do luar de forma pálida.

Ela estava preocupada.

Tudo bem, Stefan havia se justificado, mas nem o Damon ou a Bonnie, que era a aniversariante, haviam dado sinal de vida. Ela não queria pensar no pior, mas naquelas circunstâncias, era inevitável. Ela amava o Damon. Ela amava a Bonnie, ela era a sua melhor amiga.

As lembranças de todos os momentos felizes e tristes que ela havia vivido com eles passaram por sua mente num breve segundo. Segundo esse que fora interrompido por uma chamada de celular.

Elena afastou – se da árvore e com um pouco de pressa, levantou a mão esquerda que estava com o celular desde quando ela lera a mensagem de Stefan.

Confidencial?!”, pensou ela ao ler o que estava no visor de seu celular.

Sem pensar duas vezes, com um semblante confuso no olhar, ela atendeu:

- Quem é? – perguntou Elena com a voz trêmula.

- Elena, por favor, me salve! – respondeu uma garota no outro lado da linha em meio a soluços e choro. Era Bonnie.

A ligação caiu logo em seguida.

O desespero tomou conta de Elena. Sua melhor amiga estava em perigo. Bonnie precisava dela para salvá – la e Elena não sabia como agir.

De repente, um agudo grito de dor ecoou por entre as árvores.

- Bonnie... – bufou Elena com um nó na garganta, estendendo a mão até o coração.

Sem hesitar, Elena correu guiando - se apenas pela direção de onde surgira o grito e logo sumiu em meio as árvores que se dispunham a sua frente, sem saber o que estava por vir.


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Notas finais do capítulo

Mandem reviews, por favor!