Diário Mortal I - O Segredo De Bonnie escrita por Nilson Nobre
Notas iniciais do capítulo
- Capítulo repleto de ação e culpa , para mim, o melhor da história até agora.
- Desculpem por demorar a postar, é que eu estava sem tempo.
- Aos leitores fantasmas, mais uma vez peço que mostrem um sinal de que vocês existem. Comentem nem que seja um "legal".
Acho que não tenho mais nada a dizer, então curtam esse capítulo tanto quanto eu curti fazê - lo.
Com o ondulado cabelo loiro voando para trás, Caroline se aproximava de Nathaniel de forma relativamente lenta. Ele sorria maliciosamente ao olhá – la, desejando tocar em cada parte do corpo de seu corpo.
O sol ainda era quente, porém ventava muito naquele lugar.
Caroline parou cerca de cinco metros na frente de Nathaniel que ainda segurava a barra de ferro com seus largos braços.
- Quem é você? O que você quer? – perguntou Caroline com o tom da voz elevado. O olhar dela era sério e seu rosto estava ligeiramente rígido.
Nathaniel apoiou com força a barra de ferro no chão, fazendo – o vibrar. Ele a olhou com o rosto meio de lado inclinado para baixo e soltando um risinho, respondeu:
- Eu quero você.
Caroline bufou e como uma leoa, correu até ele e o socou. Ele segurou a mão dela como se ela não tivesse imposto força alguma no golpe e a apertou, fazendo – a soltar um leve gemido. Nathaniel a olhou nos olhos e sorrindo, falou:
- Curto demais garotas violentas, elas são mais selvagens na cama.
A fúria invadiu cada parte do corpo de Caroline. Impondo força no braço, ela o puxou para trás, se livrando da mão asquerosa de Nathaniel que a segurava. No mesmo instante, Caroline tentou socá – lo com a mão machucada, ele desviou e com a barra de metal tentou golpea – la, porém ela também desviou.
- É melhor você desistir e vir comigo. Você não vai sentir dor alguma, aliás, só um pouquinho. – disse Nathaniel ao morder a parte inferior do lábio.
Caroline apertou o próprio punho com força. O ódio aumentava a cada palavra que Nathaniel falava. Tudo que ela queria era arrancar o coração dele e depois esmaga – lo com o pé.
- Eu não sou esse tipo de garota. – falou ela.
- Tem certeza? – retrucou ele.
“Agora já chega”, pensou Caroline ao fuzila - lo com os olhos.
Ela saltou e com a força do impulso, o empurrou, fazendo com que ele caísse metros a frente dela e derrubasse a barra de ferro.
Caroline correu e a pegou, porém, naquele mesmo instante, Nathaniel apareceu atrás dela com uma velocidade extraordinária e a chutou com uma força infinitamente superior a do empurrão que ela dera anteriormente, fazendo – a cair a no mínimo dez metros ao seu lado direito.
Caroline estava desacordada no gramado. Nathaniel pegou a barra de ferro e sorrindo, partiu em direção a loira. Ao chagar do lado dela, ele se ajoelhou e tocou seu rosto, o acariciando.
- É uma pena princesa, porém eu tenho que te matar. – disse ele ao se levantar e preparar a barra de ferro para atingir Caroline e assim, decepar cada parte do corpo dela.
De repente, foi possível ouvir o barulho de um carro freando.
Aflita, uma frágil garota desceu dele as pressas e correu em direção ao local onde haveria um homicídio. Era Bonnie e ela estava com uma expressão preocupada nos olhos.
Quando Bonnie chegou exatamente no lugar, Nathaniel bufou e apressou seu ataque a fim de matar Caroline de uma vez. Bonnie o fitou e no mesmo instante, a barra voou das mãos dele caindo a metros de distância.
- Eu te avisei que haveriam conseqüências se ousasses me trair. Agora morra seu traidor. – falou Bonnie ao olhá – lo firmemente.
Nathaniel a mirou e pediu piedade com o olhar, vendo que aquilo não adiantaria, saltou para trás e tentou fugir.
Ledrion, Amisor, Euchey, Orison, Klippoth, gritou Bonnie e imediatamente o corpo de Nathaniel começou a pegar fogo.
Bonnie se aproximava dele lentamente, com os braços cruzados.
Nathaniel não conseguiu correr muito até cair. O corpo dele queimava por inteiro. As chamas incendiavam seu corpo e ele se contorcia e gritava de desespero.
Bonnie o olhava queimar sem a mínima expressão de sentimentos.
Nathaniel queimou até que de seu corpo restasse apenas a carne podre tostada sobre os ossos e uma expressão de desespero no rosto.
Ainda de braços cruzados, com a luz do sol atingindo seus olhos, Bonnie foi até Caroline e ajoelhou – se ao lado da amiga, que por pouco, salvara a vida.
• • •
Cerca de quinze minutos depois, Caroline despertou.
Ela abriu os olhos lentamente e os coçou. O sol ainda estava forte e Bonnie chorava, com a cabeça baixa, ao lado dela.
- Bonnie? – perguntou Caroline ao tentar se levantar, sendo interrompida por uma dor que atingiu sua costela esquerda, lugar onde Nathaniel havia chutado.
Bonnie não respondeu.
O coração dela estava cercado de culpa pelo que ela teria de fazer posteriormente. Bonnie estava ajoelhada com as mãos entre os joelhos. Era possível ouvir os soluços e sentir a dor e o desespero que exalavam de suas lágrimas.
Vencendo a dor, Caroline levantou – se e se sentou ao lado da amiga, abraçando – a.
- Porque você está chorando? Hoje é o seu aniversário, minha linda. – Caroline a abraçava de uma forma única e sublime.
Sabe a sensação daquele abraço de conforto que você recebe na hora que mais está precisando? Era exatamente assim que Bonnie se sentia, mas isso a fazia se sentir mais culpada ainda.
Bonnie continuou sem responder e em meio as lágrimas, abraçou Caroline que sorriu e se emocionou, sem saber o que a esperava.
Num piscar de olhos, Bonnie que estava com uma pequena seringa na mão direita, apontou a mesma em direção ao coração de Caroline.
De repente, a ventania parou e uma extensa nuvem negra cobriu o céu como numa mágica.
- Me perdoe, Caroline. – disse Bonnie ao injetar o veneno da tal seringa no coração de Caroline.
Caroline caiu imediatamente. Bonnie não queria olhá – la nos olhos, mas aquilo foi inevitável.
O olhar de Caroline era confuso e magoado. Ao mirá – los e sentir o que eles transmitiam, um nó desenfreado apertou a garganta de Bonnie e as lágrimas de seus negros olhos passaram a cair numa intensidade ainda maior.
Tentando conter as lágrimas de seus negros olhos, Bonnie se levantou.
Em meio ao gramado, agora opaco e sem vida, ela arrastou a amiga até o carro que estava no meio da estrada. Com dificuldade, Bonnie colocou Caroline na mala. Entrando no carro, ela o ligou e partiu de volta para casa, com a maior dor que já sentira na vida.
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Quero reviews! Desde já obrigado a quem leu :D