Diário Mortal I - O Segredo De Bonnie escrita por Nilson Nobre


Capítulo 16
Retorno


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Estão bem? Espero que sim!
Bom, hoje trago para vocês o último capítulo antes do Epílogo que será postado em breve! Então, o primeiro volume da trilogia está chegando ao fim e eu gostaria de agradecer a todos os leitores que me acompanharam até aqui! Muito obrigado! Sem vocês eu não teria continuado a escrever, tenham certeza disso!
Bom, a continuação intitulada "O Último suspiro humano" está sendo escrita e será postada em breve. Mais informações olhem o meu perfil e se tiverem dúvidas deixem por review, pode ser?!
Neste capítulo de hoje trago uma introdução dos novos suspenses que serão trabalhados na continuação, portanto não percam e não esqueçam de mandar um review. Ah! Antes que eu esqueça, lembrem da sombra que tocou Elena no banheiro antes da festa! Boa leitura!



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Ainda deitada, Elena podia ver as gotas de chuva batendo na janela de seu quarto.

Ela passara a noite em claro, chorando. Tentando de alguma forma entender como tudo aquilo havia ocorrido. Sua vida, que já era bagunçada, agora estava de ponta cabeça. Ela não sabia o que fazer. Não tinha idéia de como sua vida seria dali em diante.

A noite passada havia sido extremamente difícil. Elena perdera as contas de quantas vezes pediu a Deus que a ajudasse, que mostrasse a ela qual caminho deveria seguir. Ela queria ao menos entender porque tudo aquilo havia acontecido e foi observando as gotas rasas de chuva que batiam em sua janela que ela obteve a resposta. A vida não é fácil, Elena, pensou ela, a vida é um jogo perigoso cheio de altos e baixos, e por mais que você tente fugir da realidade, as coisas são assim e sempre serão. A vida é um jogo para jogadores fortes. Os fracos, serão deixados para trás, serão descartados, eliminados e cabe apenas a você decidir se é uma jogadora fraca ou forte. Pessoas mudam, até aquelas que você mais ama. Coisas ruins sempre vão acontecer, porém você é a dona do seu destino. Você é quem vai decidir seguir em frente, ou sofrer pelo resto da vida por algo que não vai mudar...

Ela fechou os olhos e respirou fundo. As lágrimas brotaram de seus olhos instantaneamente e ela as secou com as pontas dos dedos.

Obrigado, disse ela por fim, com a voz baixa e extremamente aveludada.

Levantando – se bruscamente e esquecendo os problemas Elena foi se arrumar.

O funeral de Tyler Lockwood esperava por ela.

• • •

A chuva havia cessado e o sol começava a dar o seu espetáculo timidamente.

De frente para o espelho, enquanto terminava de se arrumar, Elena se perguntava: “Quantas pessoas ainda irei perder? Quantas?”

Ao ver a foto da tia Jenna e dos pais no canto superior direito do espelho ela não pôde conter as lágrimas. Enquanto colocava os brincos, Elena elevou o rosto ao teto, respirou fundo e decidiu ser forte. “Chega de chorar”, ela pensou, “Caroline precisa de você.”

Com as duas mãos ela fez um rabo de cavalo baixo no cabelo e logo em seguida desceu para a sala.

Elena vestia um vestido preto que ia dos ombros até os joelhos sem mangas e sem decote. Ela usava uma sapatilha preta que parecia sufocar os pés de tão apertada.

Ao chegar na cozinha ela foi surpreendida por um telefonema.

Tirando o celular do bolso, ela o atendeu:

- Alô?!

- Olha Elena, aqui é a Xerife Forbes. Bem, a Caroline está muito, muito mal e eu acredito que ir hoje para o funeral não vai ajudar, muito pelo contrário, vai deixá – la ainda mais abalada, portanto eu decidi que iremos para a Califórnia ficar na casa dos meus pais enquanto a poeira baixa, tudo bem?! Não se preocupe, eu já falei com a diretora da escola e ela entendeu perfeitamente a situação, é claro que eu não disse a ela que o Tyler foi assassinado, disse apenas que ocorreu um acidente... em linhas gerais, nós vamos partir para a Califórnia daqui a pouco... você e a Caroline se falam por telefone mais tarde, O.K.?

Elena respirou fundo.

- Tudo bem, senhora Forbes. Diga a ela que ela pode contar comigo para tudo e que eu a amo muito.

A xerife Forbes pareceu sorrir.

- Ela sabe disso, Elena. Mas pode deixar que eu aviso. Até mais.

Elena desligou o telefone logo em seguida.

Aquela altura ela já havia perdido a fome. Tudo seria tão difícil dali para frente que ela sentia uma angústia só em pensar. Ela havia perdido a melhor amiga. Ela havia sido traída da pior forma possível pela melhor amiga.

Elena se dirigiu a saída da casa e ao abrir a porta, ela se deparou com os irmãos Salvatore. Ambos encantadoramente elegantes vestindo um terno preto.

- Vamos?! – disse ela rapidamente com um tom de tristeza na voz, sem olhá – los nos olhos, passando pela varanda e descendo as escadas que dariam para o jardim.

Os irmãos se entreolharam assustados e preocupados, porém simplesmente a seguiram.

Eles andavam pelas iluminadas e frias ruas de Mystic Falls calados. Elena pensava na vida, pensava em tudo que ela havia vivido nos últimos meses e fazia o possível para conter as lágrimas que escorriam de seus olhos por seu rosto. Stefan e Damon tentavam de alguma forma achar uma maneira de ajudá – la, mas não havia nada a ser feito. Eles sabiam que chorar era a melhor maneira de afogar a dor e que todo aquele sofrimento passaria com o passar dos dias, afinal, nenhuma dor dura para sempre.

Assim que chegaram ao cemitério, Elena pôde perceber de cara vários rostos conhecidos. Como o de Matt, que chorava discretamente apoiado no tronco de uma frondosa árvore, onde as folhas farfalhavam na medida que o vento batia nelas.

Elena, Stefan e Damon se aproximaram da cova. A senhora Lockwood chorava e gritava desesperadamente agarrada ao caixão. Elena pôde sentir a dor nos gritos dela e aquilo a fez chorar de forma mais intensa.  Stefan a abraçou. Ela afogou o rosto no peito dele por um instante e ao levantá - lo e olhar por sobre o ombro de Stefan ela não pôde acreditar no que estava vendo.

Era Bonnie, vestida de preto e com um ramalhete de rosas vermelhas feito sangue nas mãos. Ao perceber que Elena a olhava, Bonnie sorriu maliciosamente.

- Como ela pôde ter a capacidade de vir até aqui?- gritou Elena irritada ao se soltar de Stefan.

Elena deu alguns passos para a esquerda. Damon e Stefan se viraram para trás. Porém, para a surpresa de Elena, Bonnie havia sumido e em seu lugar havia apenas o ramalhete de rosas vermelhas que ela estava segurando.

Elena respirou fundo na tentativa de conter a raiva, sem ter a mínimia idéia de que aquela não era Bonnie.

• • •

O táxi andava pelas ruas de Mystic Falls sem um destino certo.

- Você conseguiu vê – la? – perguntou a mulher de voz felina, que vestia uma calça preta justa e usava um casaco de cor marfim, e que estava dentro do táxi, falando ao celular.

A pessoa do outro lado da linha pareceu sorrir.

- Eu consegui tocá – la enquanto ela tomava banho. A semelhança entre você e ela é incrível.

Dessa vez quem sorriu foi a mulher.

- Ela é uma versão mosca – morta e sem graça de mim.

A mulher fez uma pausa enquanto ria.

- Depois acertamos os detalhes. – disse ela por fim – Já estou chegando ao meu destino. Preciso desligar.

A pessoa do outro lado da linha riu e ela desligou.

Mexendo o cabelo levemente caracolado de forma sensual, ela disse ao táxista para parar.

Ele parou o táxi e ela desceu do carro, exalando força e confiança.

- A vadia voltou, Mystic Falls. – disse ela ao colocar os óculos escuros nos olhos e fitar o horizonte. Logo em seguida ela saiu andando pela rua em que estava.

Era Katherine e aquela era a rua da casa da Elena.


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Notas finais do capítulo

Gente, tem quatro pessoas que marcaram a minha história como favorita e não comentam! Um aviso pra elas: O que custa mandar um review?! Ah e a vocês que fazem sempre a minha felicidade comentando não deixem de comentar nessa reta final, ok?! Um grande abraço.