Diário Mortal I - O Segredo De Bonnie escrita por Nilson Nobre


Capítulo 15
Traída


Notas iniciais do capítulo

Gente peço mil desculpas pela demora pra postar, porém dessa vez eu tive motivos válidos. Minha irmã extraiu a tireóide essa semana e eu não tive tempo nem estado emocional pra postar nada, sabe? Bom, graças a Deus tudo ocorreu bem na cirurgia e cá estou eu para postar o capítulo.
AVISOS:
- Esse é o penúltimo capítulo da história antes do epílogo.
- Leiam ele com muita, mas muita atenção! Será de extrema importância para algo que acontecerá no fim! PORTANTO ATENÇÃO, GALERA!
- É isso ai, prometo não demorar mais pra postar. Um grande abraço e boa leitura!



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Segal, Sirchade, Bucon, Clisthert, Frucissiere, Frutimiere, Huictiigaras, gritou Bonnie de olhos fechados e nesse mesmo instante a chama da tocha acendeu.

Resna e Borus levaram o caixão até o lado direito de Bonnie, o colocando no chão de forma lenta e delicada. Eles se puseram atrás dela, que estava concentrada em invocar espíritos obscuros.

Caroline olhou assustada para os lados, temendo o que aconteceria em seguida. Elena sentiu um tremor surgir em seu corpo, fosse lá o que viesse em seguida, uma voz dentro dela dizia que não era bom.

Ainda de olhos fechados, Bonnie elevou as mãos ao céu.

- Klasmus, eu vos ofereço o corpo e a alma dos que aqui estão presentes – Nesse instante o vento se agitou e as chamas se elevaram – Eu vos ofereço o meu ser em troca da minha avó.

O chão pareceu tremer. O ar pareceu sumir da face da terra nesse instante. Tudo ficou escuro e silencioso.

De repente, tudo voltou ao normal. Caroline e Elena respiravam de forma ofegante e suavam muito. Elas estavam assustadas e com medo. Bonnie continuava de olhos fechados e quando por fim os abriu, um sorriso malicioso surgiu em seus lábios. Ela finalmente havia conseguido o que queria. Sua vida voltaria ao normal. Ela poderia enfim ser feliz de novo. Pelo menos era isso que ela achava.

Bonnie elevou o rosto ao céu e não pôde conter a emoção ao ver a lua. As estrelas pareciam sorrir para ela e o vento parecia querer levá – la ao paraíso. Lentamente, Bonnie se agachou, passando a mão direita no caixão de forma carinhosa, até que por fim ela o abriu.

O pavor de uma surpresa atingiu o coração de Bonnie no instante seguinte. O rosto de sua avó parecia ter tudo, menos vida.

“Ela deveria ter acordado, ela deveria sorrir para mim...”, pensou ela ao mexer de forma desesperada o corpo da avó.

- Vó?! – gritou Bonnie de forma desesperada ao chorar – Acorda, vó, eu preciso de você!

Mas não adiantava. A avó dela continuava morta. Ela havia sido enganada e isso não era o pior: Bonnie havia liberto um espírito demoníaco e insano com ações futuras imprevisíveis.

Resna e Borus se encararam, como se já soubessem que aquilo aconteceria. Caroline e Elena pareciam confusas. Porque o tal ritual não funcionara?, elas se perguntavam.

De repente o pavor e a dor de Bonnie se transformaram em ódio.

Ela se levantou bruscamente e apontou para Resna e Borus, os fitando com um olhar capaz de mutilar.

- Me levem até Klasmus. – disse ela de forma autoritária.

- Não podemos. – respondeu Resna – Nós não somos...

- Não me importa! – gritou Bonnie agressivamente – Ou vocês me levam até ele, ou eu os mato.

Resna e Borus engoliram em seco. Eles sabiam que Klasmus tinha dado a Bonnie poderes suficientes para matá – los em instantes. Na verdade, eles fingiam temer, pois aquilo era exatamente o que eles queriam. Era aquilo que Klasmus queria.

Sem hesitar, Resna assentiu.

- Te levaremos para a dimensão sombria assim que você desejar.

- Me levem agora! – ordenou Bonnie – E levem o caixão da minha avó para o lugar onde o pegaram.

Resna e Borus assentiram e pegaram o caixão, partindo em direção a floresta e, sem olhar para trás ou se despedir das ex – amigas, Bonnie os seguiu, sem saber o que esperava por ela.

• • •

O vento soprava agora de forma calma e suave.

Assim que o barulho dos passos de Bonnie sumiram, os joelhos de Caroline fraquejaram e ela caiu de joelhos. Ela elevou as mãos aos olhos tentando conter as lágrimas que escorriam por seu rosto de forma contínua. Caroline soluçava muito. O choro dela expressava bem o que ela estava sentindo. Suas lágrimas expressavam dor. Ela havia perdido a única pessoa que a havia feito se sentir amada.

Ao ver a amiga chorando Elena não hesitou, correu até ela e a abraçou da forma mais aconchegante que podia. Ambas ficaram em silêncio por um longo instante. Uma chorando no ombro da outra.

De todas as coisas do mundo, era apenas daquilo que Caroline precisava. Um ombro amigo pra chorar. Alguém que a mostrasse que ela não estava sozinha.

Ainda chorando, Caroline levantou o rosto e fitou Elena, a olhando nos olhos.

- Como ela pôde fazer isso comigo, Elena? Como?

Ela não esperou uma resposta e deitou a cabeça no ombro da amiga.

Elena pensou em Bonnie, em tudo que elas já haviam vividos juntas.

- Eu não sei, Caroline – a voz de Elena estava embargada de lágrimas – simplesmente não sei.

Achando nas lágrimas uma forma de afogar a dor, elas choraram como se o mundo pertencesse apenas a elas.

Stefan e Damon, já acordado, chegaram ao lugar alguns minutos depois. Para eles ver Elena naquele estado e não ajudá – la foi difícil, mas eles sabiam que tinham de respeitar aquele momento, por isso permaneceram calados, apenas vendo as garotas chorarem, uma entrelaçada a outra.

Quando por fim elas se separaram, Elena correu até Stefan e o abraçou. Ele retribuiu o abraço da forma mais aconchegante que podia e Damon não conseguiu disfarçar a dor que sentiu ao ver os dois juntos.

- O que aconteceu? – perguntou Stefan, erguendo o rosto de Elena, fazendo com que ela o olhasse nos olhos, e o acariciando.

- Depois eu te conto tudo, Stefan – prometeu Elena com lágrimas brotando nos olhos – Tudo que eu preciso agora é que você nos leve para casa...

Elena apoiou o rosto no peitoral de Stefan e ele a abraçou com mais força.

- Tudo bem – disse ele.

Alguns instantes depois eles partiram, tentando, de alguma forma, superar o que eles haviam passado naquele dia conturbado.

• • •

Bonnie não soube ao certo como chegou naquele lugar.

Resna e Borus simplesmente juntaram as mãos e disseram algumas palavras (nomes de espíritos que Bonnie não conhecia) e num piscar de olhos ela havia chegado a aquele lugar.

Ele era como um quarto de um presídio, com exceção de tudo ser absolutamente negro e haverem inúmeras tochas acesas nas paredes. Era um lugar bem amplo e vazio. No fundo da sala havia uma cama e nela havia algo grande que suspirava de forma ofegante.

O ar do lugar parecia morto e tudo era assustadoramente quente.

Bonnie hesitou em andar, mas Resna a empurrou para frente.

- Não era isso que você queria? – Resna deu uma risadinha irônica.

Bonnie bufou. Engolindo o medo, ela voltou a andar lentamente na direção da coisa que estava deitada.

- Klasmus? – disse ela,quando, por fim, ficou de frente a cama.

A coisa riu de uma maneira diabólica.

- Como ousas me chamar pelo meu nome? – a voz da coisa era semelhante as das mensageiras que falaram com Bonnie – Você não deve chamar o senhor das trevas pelo nome.

Bonnie engoliu em seco e o ignorou, apreensiva.

- Eu fiz um pacto com você. – Bonnie falou da forma mais grossa que podia – Mas eu não obtive a minha recompensa. Eu fiz tudo que você me pediu. Eu quero a minha avó de volta.

Klasmus riu novamente.

- Bonnie, minha doce e ingênua Bonnie, tudo que eu precisava era que você matasse um híbrido e me invocasse. Como é que você quer algo em troca? Você deveria se sentir honrada por servir a mim, o senhor das trevas. Mas já que você insiste...

Ele se levantou logo em seguida. Bonnie não conseguiu conter o grito ao vê – lo.

Misteriosamente, Klasmus havia adquirido a imagem da avó dela. Era como se ela estivesse ali. Viva.

- Como assim... vovó? – perguntou Bonnie incrédula.

Klasmus, com aparência da avó da Bonnie, sorriu.

- É minha netinha, sou eu. – respondeu ele ao se aproximar de Bonnie, que recuou em defesa.

Era incrível. Ele tinha a voz da avó da Bonnie.

Mas Bonnie não acreditou. De punho cerrado, ela gritou, nervosa:

-  Eu fiz tudo que você me pediu! Eu matei um amigo por sua causa! Como você pôde fazer isso comigo?

- Você matou o meu escravo – rebateu ele – estamos quites.

Bonnie não conseguiu conter a raiva e partiu para cima de Klasmus, tentando o socar.

Ele segurou o braço dela sem muito esforço e o quebrou.

Um grito de dor ecoou pela cela vazia. Resna e Borus riram.

Bonnie tentou gritar mais uma vez, mas magicamente a voz dela havia sumido.

Frucitiede, gritou Klasmus.

Nesse mesmo instante, Bonnie caiu a alguns metros de distância. A visão dela estava embaçada e escurecia aos poucos. Seus braços e pernas não tinham mais força e ela não conseguia respirar.

Chorando e juntando todas as forças que ainda restavam dentro de si, ela perguntou:

- O que você vai fazer comigo?

Klasmus riu e de repente adquiriu a forma física dela.

- Você é minha prisioneira, Bonnie. Seu corpo e sua alma me pertencem.


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Notas finais do capítulo

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