Diário Mortal I - O Segredo De Bonnie escrita por Nilson Nobre


Capítulo 11
Dor


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, desculpem - me a demora pra postar! Eu achei que de férias teria mais tempo...
Faltam 1 capítulos e meio mais um epílogo para eu terminar de escrever a fanfic, rs. Ah e teremos uma continuação de título já decidido: "O Último Suspiro Humano"
Esse capítulo ficou grandinho, mas leiam! Vale a pena!
Em breve mais mistérios serão revelados e novos mistérios aparecerão, então não deixem de acompanhar a história!
E também não esqueçam de mandar reviews! A opinião de vocês é muito importante.
No demais, boa leitura!



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O cenário era o mesmo da noite em que tudo começara.

Era um terreno circular de 20 metros de diâmetro no meio da floresta. Haviam três círculos dispostos um ao lado do outro de forma triangular com uma tocha acesa no centro. O vento fazia as chamas tremerem.

Quando acordou, Elena pôs a mão no canto lateral inferior esquerdo da cabeça, lugar onde haviam a atingido com o bastão. A visão dela, naquele instante, era desfocada e uma dor torturante perfurou seu belo corpo quando ela por fim tentou se levantar.

Ainda deitada, Elena elevou as mãos, ainda sujas com sangue, aos olhos.

Ela podia sentir o calor das chamas que se espalhavam com a ação do vento bem a sua frente. Ela não sabia onde estava, até que por fim, sua visão começou a recuperar a nitidez.

Elena olhou lentamente de forma calma para o lado esquerdo com a respiração um pouco ofegante. Ela pôde distinguir uma linha circular ao seu lado e ver que Caroline também estava dentro de um círculo.

Caroline estava desacordada, mas apesar do barulho do vento que batia levemente nos ouvidos de Elena, ela pôde ouvir a respiração da amiga.

- Caroline? – disse Elena baixinho, mas era o máximo que conseguia.

Ela não obteve resposta.

Forçando seu corpo mais uma vez, superando a dor que a atingia gradativamente, Elena se pôs de joelhos perante a bruxa que a encarava, bem a sua frente.

Foi nesse instante que ela pôde finalmente entender o que tudo aquilo significava. Elena respirou fundo e pediu a Deus que aquilo fosse apenas um pesadelo.

Mas infelizmente, não era.

Elena evitou olhá-la nos olhos e com as mãos sobre os joelhos e seu longo e liso cabelo cobrindo seu rosto, ela se pôs de pé. Elena se aproximou lentamente de Bonnie ainda com o cabelo nos olhos e tocou seu ombro, quando por fim, pôde ouvir o pulsar do seu coração.

Elena bufou e os fios de cabelo que sobrepunham sua boca voaram nesse pequeno instante.

Com a voz embargada de ódio, medo e tristeza, Elena falhou ao dizer o que estava entalado em sua garganta:

- Você...Você morreu pra mim.

Naquele instante, Elena não conseguiu conter as lágrimas e caiu, ajoelhada, ao chão com uma dor ainda pior no coração. A dor de uma traição.

Bonnie parecia não acreditar no que tinha acabado de ouvir, mas quando por fim caiu na real, as lágrimas escorreram instintivamente de seus olhos. Aquelas quatro palavras ditas por Elena perfuraram sua alma e atingiram em cheio seu coração:

Você morreu pra mim.

Ela não esperava ouvir aquilo. Bonnie sabia que podia acontecer, mas simplesmente não queria acreditar.

Ela recuou um pouco para trás até se virar e elevar a mão ao nariz e nesse instante, um mar de lágrimas escorreu por seus negros olhos. Ela correu para frente. Sua respiração fraquejou em meio as lágrimas.

E como se aquela fosse a última vez, Bonnie olhou para trás e mirou Elena, que ainda chorava com a cabeça baixa, no cenário do ritual que ela planejara executar.

• • •

Stefan caminhava sozinho pelas negras e solitárias ruas de Mystic Falls.

O vento gelado batia em seu corpo, o fazendo estremecer. A lua estava num ponto alto do céu e o brilho das estrelas parecia ser um movimento realizado de forma sincronizada.

Ele retirou o celular do bolso para confirmar que estava indo na direção certa e ele realmente estava. Com o auxílio do GPS, ele pôde encontrar com facilidade o lugar exato onde o celular de Damon se encontrava.

Stefan bufou e um sorriso maldoso se firmou no canto esquerdo da sua boca. Ele havia chegado ao lugar.

- Então a seqüestradora do Damon não é tão inteligente assim. – disse Stefan ao guardar o celular no bolso.

Ele alongou os braços e seguiu em direção a calçada da casa. Stefan passou pelo negro jardim que estava ao seu redor e pôde ouvir o barulho do vento atingindo as folhas das árvores.

Ao chegar onde desejava, ele não precisou usar muita força para abrir a porta, entrando na casa logo em seguida. Aquela era a casa da Bonnie e as defesas dela estavam agora a um passo de se romper.

• • •

O ar do lugar agora era pesado.

Elena ainda chorava ajoelhada com o cabelo sobre o rosto e Bonnie estava confusa sobre o rumo que ela deveria tomar a seguir.

A chama da tocha ainda tremia com a ação do vento e ele ainda soprava com violência as folhas das árvores.

Tudo que Bonnie havia feito até aquele momento era irreversível. Por mais que ela desistisse e pedisse perdão, ela não acreditava que as coisas fossem mudar. Ela havia perdido para sempre a amizade de Elena e assim que Caroline acordasse, o ódio brotaria de seu interior e o único desejo que teria seria o de triturá – la em pequenos e sangrentos pedaços. Bonnie tinha plena consciência disso.

E foi diante das circunstâncias apresentadas anteriormente que Bonnie decidiu continuar.

Ela, que até então estava sentada, se levantou com o olhar firme. Desligando seu lado sentimentalista, Bonnie resolveu pensar apenas no que viria como recompensa assim que ela concluísse o ritual.

Aproximando - se rapidamente dos círculos, ela fitou o céu num rápido instante.

Humots, Frucissiere, Guland ,  gritou Bonnie.

A chama da tocha pareceu se enfurecer.

Ao ouvir tais palavras, Elena fitou Bonnie com um sentimento de pânico no olhar. Foi nesse instante que ela viu o que realmente a cercava. Os três círculos que estavam dispostos em torno dela e ao seu lado, eram cercados por pedras de ametista de cor lilás. No ritual, essa pedra era utilizada com o objetivo de acalmar os instintos assassinos dos participantes, afim de manter a paz, para que o ritual ocorresse sem interrupções. Ao lado de Elena estava Caroline, ainda desacordada, e ao seu lado direito havia um coração.

Foi inevitável para Elena não relacionar aquele coração a Tyler. O corpo de Elena tremeu ao perceber o tamanho da crueldade que Bonnie havia cometido.

- Que o ritual de ressurreição se inicie neste instante! – gritou Bonnie e nesse mesmo instante as pedras de Ametista que cobriam os círculos pegaram fogo.

Como defesa, Elena recuou um pouco para trás. Ela tremia e estava assustada. Neste exato momento ela fitou Bonnie. Ela estava com os olhos fechados e possuía uma afiada faca nas mãos.

Angrecton, Ledrion, Amisor, gritou Bonnie novamente e as chamas das pedras atingiram um metro de altura.

Elena assustou – se mais uma vez e foi nesse instante que Caroline despertou.

Os olhos dela estavam vermelhos e ela sofria com uma dor de cabeça que a atingia.

Ela ergueu – se rapidamente, como em um movimento de defesa, e recuou bruscamente para trás quando viu que as chamas a cercavam.

Caroline olhou para o ambiente ao seu redor. Viu os círculos, a tocha e o extenso espaço vazio que os cercavam. Viu Bonnie, Elena e o coração. Ela estava confusa, tentando entender o que aquilo significava.

- Elena?! – gritou Caroline e foi nesse instante que ela percebeu que a amiga estava chorando. – O que houve, Elena? Me responda, por favor... – Caroline agora gritava de forma desesperada.

Elena não respondeu e suas lágrimas pareceram cair de forma mais intensa.

Nesse instante Caroline fitou Bonnie que falava, com a cabeça baixa, palavras que ela não conhecia.

Para Caroline era óbvio que aquilo era um ritual e que ela era, junto a Elena e o coração, um instrumento para a realização do mesmo.

Mas o que aquilo significava afinal?

Porque Elena estava chorando?

De quem era aquele coração?

E por que Bonnie precisou deixa – la inconsciente para trazê – la?

Algo, como uma voz, dizia a Caroline que aquilo não era bom.

Quando a lua entrou em ascensão, as pedras de ametista explodiram, fazendo com que as faíscas atingissem Elena e Caroline.

- O que é tudo isso, Bonnie? – gritou Caroline e nesse instante, as chamas que a cercavam apagaram.

De repente, o lado frio de Bonnie trincou.

Bonnie engoliu o seco ao olhar para Caroline. Respirou fundo e com um nó na garganta, começou a se desculpar:

 - Eu te juro que não pensei nas conseqüências quando planejei fazer isso. – Bonnie chorava ao falar e Caroline a fitava confusa. – Eu sei que você não vai me perdoar quando souber o que aconteceu, mas eu espero que você tente ao menos entender o meu lado.

Caroline engoliu o seco e fechou os olhos. Respirou fundo e uma lágrima escorreu de seu olho esquerdo.

- O que você quer dizer com isso, Bonnie? – perguntou Caroline com a voz embargada de lágrimas.

Elena arranhou a terra que estava ao seu redor com violência. Respirou com agressividade e por fim, disse em meio as lágrimas:

- Ela matou o Tyler, Caroline.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Mandem reviews e prometo não demorar a postar o próximo. Abraços!