Aviso:
Oi, pessoal! Esse aviso é essencial para a leitura! Como vocês sabem, no capítulo anterior, a Katniss foi sequestrada, e é agora que a história ficará emocionante...
Infelizmente, minha vida escolar não está muito boa e eu estou precisando dedicar um pouco mais de tempo à escola, por isso vai ficar mais difícil escrever as minhas fics.
Como recompensa por toda essa espera, que deve ter torturado vocês, eu vou lançar a Maratona Adrenalina de Dandelion! É a hora da verdade, o que vai acontecer com a Katniss? Onde está Madge? Qual é o destino da pequena Dandelion? Todas as respostas vão ser respondidas só depois do dia 4 de dezembro. Eu sei, está longe mas essa foi a data determinada pelos meus pais, que é quando eu tenho minha última prova do ano.
Como eu não sou uma pessoa malvada, eu não vou postar só o aviso, temos um capítulo especial! Aí vai:

Ponto de Vista: Peeta Mellark

Acordei bem cedo, ouvindo o choro estrondoso da minha filha vindo do berço ao lado da cama. Olhei para o lado. Katniss parecia exausta, era mais do que justo eu tomar conta dela agora.

Me levantei e encontrei-a chorando enquanto se mexia para todos os lados.

- Calma, filha, o papai está aqui! - eu sorri para ela e Delion abriu os olhos. Era incrível a semelhança com Katniss, apesar de seus olhos serem iguais aos meus.

Delion é praticamente tudo o que eu sempre quis. Uma pequena família com Katniss. Pode não ser grande, claro! Ela tem apenas os pais e uma avó, mas nada importava depois que ela nasceu. Eu a tinha. Eu a amava tanto quanto amava Katniss.

O sol surgia lentamente, o que indicava que o meu dia de trabalho já começava. Depois de ninar minha filha, tomei um banho e me arrumei conforme o trabalho exigia. Antes de sair, dei um pequeno beijo no rosto de Katniss, um beijo na testa de Delion e sai de casa, rumo à padaria.

O dia foi normal, pães e mais pães, clientes e mais clientes, ansiedade e mais ansiedade de voltar para casa e encontrar as minhas duas meninas. O horário de saída foi um pouco mais atrasado, mas nada que fizesse questão.

No caminho, eu passei pela frente da delegacia, como em todos os outros dias. Havia um imenso quadro com fotos de pessoas desaparecidas. Era difícil desaparecer na ilha, mas muitas pessoas desapareciam. Isso me preocupava, Katniss parecia um alvo fácil para qualquer aliado de Gale ou Cartenia, mas a casa era bem próxima da padaria, aço que eu ficaria consciente de qualquer ataque à minha casa que pusesse a vida das minhas duas meninas.

Estacionei o carro e desci. Não era nem por do sol ainda, e eu estava bem animado. Eu preparei duas receitas de bolachas recheadas. Uma para mim, outra para Katniss. Antes de entrar, pude ouvir um choro incessante dentro da casa e era de Delion. Katniss provavelmente estava no banheiro e não pode atendê-la.

- Peeta! - ouvi alguém chamar. - Peeta! - era Johanna. Ela estava correndo na minha direção e quando chegou ela se apoiou nos meus ombros, o rosto coberto de lágrimas e a respiração muito ofegante. - Katniss... Pegaram ela também!

Aquelas quatro palavra me fizeram praticamente desabar. Não fisicamente, mas emocionalmente. Não podia ser verdade. Não podia.

- Como assim. - perguntei confuso, eu já estava imaginando muitas coisas, queria ter mais certeza. As lágrimas já me vinham aos olhos.

- Hoje de manhã, aquela vã raptou o Lunos. Logo depois que eu saí da sua casa, eu reconheci a vã. Um homem bateu nela e a levou. Eu consegui impedí-lo por um tempo, mas ele me nocauteou e foi embora. Eu juro que eu tentei seguí-los, mas foi inútil! - ela disse chorando.

- Pra que lado eles foram?

- Eu não vi. Eu só os segui até o final dessa rua, eu estava muito tonta... Me desculpe. - ela me abraçou e eu retribui. Acabei enterrando o rosto em seu ombro e deixei rios de lágrimas caírem.

Onze, doze, treze foi até onde eu consegui contar. Depois de treze, as lágrimas se condensaram e pareciam ter formado rios escorrendo pelos meus olhos. Eram as lágrimas de mais pura tristeza. Talvez nunca entendam, mas naquele momento, não havia qualquer esperança. Eu lutei tanto por aquele amor, por aquela vida... Será que aqueles homens pensam nisso quando a levaram?

Primeiro, eu tentei conquistá-la durante toda a minha adolescência e parte da minha infância. Tentei salvá-la em dois jogos vorazes. Consegui me lembrar dela depois de tantas tormentas causadas pelo telessequestro e então, dois homens a roubam de minha vida. Era... Cruel.

- Vai pegar a Dandelion, nós vamos para a guarda da Alla agora! - eu disse determinado.

Ela obedeceu e logo estávamos na guarda da Alla. Eu dirigia como um louco, mas tinha consciência de que havia uma criança no banco de trás do carro, então tentei me controlar.

- Eu preciso falar com René Visteas. Urgentemente! - disse no balcão de entrada da guarda.

Em alguns minutos, o secretário de segurança da Alla Vitoriana chegou com um semblante cansado, mas sem dispensar o sorriso amigável de um homem na sua idade.

- Peeta! Quanto tempo, você parece cansado...

- Sr. Visteas, eu dispenso as cordialidades, estou desesperado! - fui direto, e um pouco grosseiro, mas coerente com a ocasião.

- Claro, vamos para a minha sala?

Eu, Johanna, Delion e René nos encaminhamos para a sala do mesmo e nos sentamos.

- Bem, Sr. Visteas, serei direto. Hoje, tanto a minha esposa quanto o conjugue da Srta. Mason foram raptados por uma vã.

- Locais e datas especificas, por favor. - René anotava os casos em duas fichas diferentes. Olhei para Johanna, ela que sabia aquelas informações.

- Lunos foi raptado hoje de manhã, por volta de 11hrs na frente do trabalho. - ela deu o endereço preciso. - Katniss foi raptada hoje de tarde, por volta das 15hrs na frente da própria casa...

- Eu sei bem o endereço, Srta. Mason, obrigada.

Ele finalizou as duas fichas e enviou-as para seus investigadores.

- Sr. Visteas, eu andei analisando os dois casos junto com o caso da minha colega, Madge e eu cheguei à conclusão de que a mesma pessoa raptou os três...

- Nós sabemos do caso. Os três não foram os únicos raptados por Rodoni e Frevis, muitos outros desapareceram também! - ele abriu uma gaveta e tirou dez fichas. - Sophie Lapworth, Alexa Fills, Jesse Garibaldi, Minerva Tulli, Andy Forths, Erik Phanty e outros casos ainda não investigados. E a nossa constituição democrática nos impede de por em perigo o sigilo da ilha. Ou seja, eu sinto muito, nós já estamos conscientes dos sequestros, mas isso pode envolver algo de fora da ilha e nós não podemos nos envolver com isso.

- Mas as pessoas estão desaparecendo! - Johanna protestou.

- São doze entre as dez milhões que habitam a ilha. Não podemos colocar dez milhões de habitantes em perigo por causa de doze pessoas.

Eu não conseguia acreditar naquelas palavras. Eu conhecia de longa data aquele homem e eu sabia que ele nunca fora ignorante. Ele prezava pela ilha e não queria por ninguém em perigo.

- Entendo seu ponto de vista, Sr. Secretário, mas isso não nos impede de prosseguir as buscas independentemente. - concluí.

- Sr. Mellark, eu posso aprovar suas buscas contanto que não ponha em risco a nossa ilha.

- Você sabe que eu não vou.

Eu e Johanna nos levantamos e fomos embora da guarda da Alla. Eu peguei Delion no colo, já que Johanna se sentia desconfortável em ficar com um bebê.

Johanna foi para sua casa e eu fui para a minha. Tive que explicar toda situação para Annie e para a Sra. Everdeen, que encararam a situação com mais esperança do que eu.

Assim que me despedi, subi para o quarto com a minha filha sem olhar para trás. Tranquei a porta e encarei a cama vazia. Era para Katniss estar ali.

Deitei Delion na cama e ela começou a chorar instantaneamente. De algum modo, eu acabei chorando junto com ela. Eu a peguei no colo, as lágrimas rolando pelo meu rosto enquanto tentava acalmá-la sem sucesso, porque eu estava desesperado e Delion parecia sentir isso. Ela era compreensiva, mesmo com dois meses de vida ela conseguia ser doce e companheira como se já fosse crescida.

Eu me sentia culpado. Eu tinha certeza que nós dois chorávamos pelo mesmo motivo: saudades de Katniss.

- Desculpa o papai. Eu não queria que isso acontecesse, não queria mesmo. - eu a abracei e solucei involuntariamente. - A gente vai achar ela, fica calma. Por favor, fica calma! Pela mamãe! Ela não gostaria de te ver chorando. - dito isso, seu choro cessou lentamente. Eu fiquei encantado. - A gente vai achar ela, eu te prometo.