Dandelion escrita por MissMe


Capítulo 27
A segurança


Notas iniciais do capítulo

Oi! Sentiram minha falta? Muito bem, esse está curtinho mas era essencial. Se você está desesperado para saber o motivo do meu sumiço, pule direto para as notas finais! Mas, se você quer ir direto ao que interessa, leia o texto abaixo agora!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/217414/chapter/27

Meu coração deu um solavanco bruto e pude senti-lo parar por um mero segundo. Lágrimas se formaram em meus olhos e meu rosto perdeu a cor. Peeta se aproximou mais ainda de mim e segurou o telefone.

-Nós fugiremos Johanna, tenha certeza disso. Obrigada. - ele disse e desligou o telefone. - Katniss você está bem?

-Não Peeta, eu não estou bem. Vamos voltar para a estação de trem agora.

-Mas...

-Mas nada. Vamos pegar um trem para a Alla Costeira e nem pense em discordar agora. Motorista! Siga para a estação, por favor!

O homem assentiu e entrou em uma nova rua.

-Katniss, o que está fazendo? Não devemos fugir! Nós temos que procurar a guarda da Alla e pedir ajuda.

-E por Madge em risco? Não Peeta, sinto muito. Eu já a "perdi" uma vez, não quero sofrer essa dor novamente...

-Katniss, para por um segundo e pensa na segurança da sua filha! Se você fugir, eles vão atrás e podem machucar a Dandelion! Vamos à guarda da Alla pedir proteção militar. Ponto e basta.

Não ousei discordar. Peeta estava certo, eu estava arriscando a minha filha. Olho para ela e seus olhos inocentes me fitam curiosos. Não contenho as lágrimas ao imaginar o que estão fazendo com Madge em um seu covil mas tenho certeza de que a encontrarei.

Olho para a minha pequena inquieta em meu colo. Eu daria minha vida por ela. Sua graciosidade, sua beleza jovial, sua infantilidade... Ela é a coisa mais preciosa que já tive. Não arriscaria ela por Madge. Ou arriscaria?

- Eu não sei o que fazer, Peeta. - eu descanso a cabeça em seu peito e ele acaricia meus cabelos. - Nem mesmo fugindo de Panem eu tenho paz!

- Faça o que eu disse: peça o serviço da guarda da Alla, proteja-se enquanto buscamos Madge.

- Então, moça, pra onde devo levá-la? - o motorista insiste.

- Para a estação de trem. - respondo.

- Ok...

O caminho de mais ou menos cinco minutos parecia durar cinco horas devido a quantidade de pensamentos preenchendo a minha mente.

Peeta fez tudo por mim enquanto eu fiquei sentada em um banco tentando fazer Dandelion dormir, mas ela parecia tão inquieta quanto eu.

- Fique calma, está bem? Mamãe e papai vão resolver tudo. Eu prometo. - digo a ela, mas na verdade eu tento me acalmar com as próprias palavras que digo.

Peeta conseguiu nos embarcar no primeiro trem para a Alla Vitoriana. O nosso quarto era idêntico ao outro, mas eu não me preocupei com isso. Acomodei o berço de Dalion na cama, troquei suas fraldas, troquei de roupa e dormi com Dandelion nos braços. Eu tinha medo de dormir longe dela, medo de que algo pudesse nos separar, algo pudesse tirá-la de mim.

Na estação, nós voltamos para casa com escolta da guarda da Alla. Peeta e eu apenas tomamos um banho e fomos para a casa de Johanna. Era difícil observar tudo sem Madge naquela residência, mas eu precisava falar com as meninas sobre cada detalhe sobre ontem. Assim que chegamos, Devor abriu a porta triste, quando nos viu ela tapou a boca com a mão e fechou a porta na nossa cara.

- Peeta, é melhor se afastar. - eu disse.

- Concordo... - nós demos três passo pra trás e a porta se escancarou. Adivinhem quem a abriu desta maneira?

- Vocês não ouviram o que eu disse? Eu mandei vocês fugirem! E vocês fazem justamente o contrário! - Johanna berrou e veio até nós. - Por que não fugiram? Acham que podem ser os salvadores da pátria? Acham que vão conseguir ajuda? Então... ESQUEÇAM! Tudo o que a guarda da Alla pode fazer por vocês é balançar a cabeça e dizer "sinto muito"!

- Johanna, nós estaríamos colocando Dandelion em perigo! Você não pensou nisso? - Peeta protestou.

- Mais do que já estão pondo? Vão embora! Fujam! Nós procuramos a Madge... - Johanna bufou.

- Johanna, quem era? - disse uma voz masculina de dentro de casa. Espera aí...

- Ninguém Lunos! Já estão de saída... - Johanna gritou e se aproximou de nós. - E agora, espero que eles sumam da minha vista bem rápido. Ou melhor, da vista de mais algumas pessoas...

- Entendemos, Johanna. - Peeta respondeu pegando a minha mão. - Mas nós não podemos sumir. Não agora, e muito menos com um bebê.

Saímos da frente da casa a passos largos, deixando uma Johanna furiosa para trás. Fomos direto para a guarda da Alla, e enquanto Peeta discutia com o diretor do setor de segurança, eu buscava os homens em uma grande lista de suspeitos que alguns oficiais me entregaram para colaborar com as investigações do sumiço de Madge. Era uma coletânea enorme de livros com os registros de todas as pessoas que moram ou já moraram na ilha Vitória. Em ordem alfabética, procurei primeiro Frevis.

Sua passagem era principalmente pelo Distrito 2, onde ele se inscreveu para a fuga. Ele com certeza tinha alguma relação com Gale... Os registros pós-fuga dizem respeito a sua prisão por tentativa de sequestro (minha e de Peeta) mas algo interessou minha mente curiosa: no registro confissões ele sugeria algo sobre um pagamento muito alto em troca de algo chamado PIIR. Era uma sigla, mas significaria o que? Um produto? Uma organização? Não sabia, mas queria descobrir mais do que tudo.

Quando estava prestes a procurar a ficha de Rodoni, Peeta saiu acompanhado do diretor de segurança da nossa Alla, René Visteas.

- Srta. Everdeen, você e sua filha estarão seguras. Dou minha palavra. Já estou providenciando dois guardas para acompanhá-los até sua casa e montarem guarda. Tenham um bom dia!

Ele se retirou enquanto eu aguardava os guardas. Dandelion continuava inquieta, tanto que Peeta se ofereceu para tentar acalmá-la, sem sucesso. Estávamos a sós na sala de espera, enquanto eu observava o enorme sorriso no rosto de Peeta ao fitar Dandelion.

- Era tudo o que eu queria, desde que eu era menino... - ele refletiu em voz alta.

- O que?

- Uma família... Com você. - ele se virou para mim sorridente, se aproximou e me beijou com tamanha paixão que meu coração acelerou. Nos separamos receosos. - Eu vou cuidar de vocês, eu prometo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi (de novo)! Eu estava morrendo de saudades de postar! Mas, estou com muito mais saudades de reviews! É serio pessoal, eu estava muito desmotivada sem a opinião de vocês, mas aqui vai uma grande lista de motivos para eu não postar a tanto tempo... Ou melhor, vou explicar de uma vez o que está acontecendo:
A Dandelion é escrita tanto no iPad quanto no iPhone, e esse texto é atualizado em ambos pelo iCloud (novo serviço da Apple). No meio do ano, eu viajei pra NY com os dois aparelhos, mas não tinha internet para sincronizar os dois textos então, quando eu escrevia um, o outro não carregava. Quando eu voltei pro Brasil, houve um conflito entre as atualizações que acabou acabando com os dois textos! Ou seja, eu perdi a história :( . Mas, como eu estava inspirada e animada hoje, eu reescrevi e consegui postar!
Bem, mataram as saudades? Vou tentar postar logo, e tentar recuperar o resto do texto.
(Momento Imaginem: eu no recreio mexendo com o meu iPhone quando eu começo a ver vários textos sumindo um por um. Eu congelei por um minuto e minha melhor amiga começou a perguntar o que estava acontecendo enquanto eu estava PARALISADA, só assistindo meus textos sumirem um a um. Eu comecei a gritar muito, comecei a chorar e assim... Só a minha mãe entendeu. Agora eu estou trabalhando com novos textos, mas a Dandelion eu não abandono).