Dandelion escrita por MissMe


Capítulo 23
A decisão


Notas iniciais do capítulo

Oi! Antes de lerem o capítulo, eu quero avisar que faz um tempo que eu estou escrevendo uma história de Universo Alternativo e queria saber se eu posto ou não, já que a ideia é muito diferente e nunca vi ninguém escrever com o mesmo enredo. Enfim, desculpe por deixar aquele clima de suspense no último capítulo postado. Matem suas curiosidades, beijos e aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/217414/chapter/23

-Katniss, o que está dizendo aí? - Peeta me pergunta. Olho para a Dra. e ela balança a cabeça satisfeita. Peço com o olhar para que ela conte a Peeta o que o papel diz enquanto meus olhos transbordam. Perdi qualquer capacidade de falar. Estou pasma. Estupefata. É algo praticamente inimaginável!

–O papel diz que sua mulher carrega uma menina. Meus parabéns Sr. Mellark! - Tarae responde. Peeta se vira para mim sorrindo e eu correspondo ao mesmo. Já posso sentir as lágrimas de felicidade escorrendo pelas bochechas e caindo no papel letrado.

–Obrigada Dra. Micher! Alguma recomendação? - Peeta pergunta apressado.

–Sei que ela terá aquele programa com os alunos de sobrevivência, mas eu ligarei para a administração da Alla e informarei que você não pode comparecer porque precisa ficar de repouso. A divisão celular acelerada a fez usar muitas calorias e, se o noivo puder te alimentar um pouco mais, pode sair do repouso daqui há dois dias. - ela diz sorrindo. -É isso, podem ir pra casa. E a Srta. Everdeen, fique de cama! Repouso absoluto!

–Obrigada Tarea. Volto na próxima consulta! - eu a abraço com força e logo saio da sala pulando nos braços de Peeta. -Ah! É menina! É menina! É menina!

–Eu sei! Eu sei! Eu estou tão feliz! - ele me põe no chão e me dá um beijo apaixonado. -Só você consegue me deixar feliz assim...

–Eu te amo Peeta. - beijo-o novamente. -Vamos para casa?

–Vamos.

–Espera! Temos que buscar Annie primeiro! - digo logo me lembrando de nossa companheira de casa.

–Claro! Sabia que estava faltando alguma coisa...

–Você dizendo isso parece até que esqueceu uma chave ou um óculos, não um ser humano! - digo rindo.

–Tudo bem, tem razão. - ele admite com as mãos ao alto.

–Vamos esperá-la na creche.

   Subimos no carro e três minutos depois paramos na entrada da creche. Annie demorou talvez uma meia hora para sair de dentro da construção acompanhada de Felix. Percebi que ele estava tentando andar de mãos dadas com Annie mas não conseguia muito bem graças as pernas gorduchas (que eu particularmente acho muito fofas).

–Olá! Como foi o dia de vocês? - ela pergunta sorridente.

–Digamos que emocionante... - começo a dizer antes de Annie me interromper sobressaltada.

–Peeta, o que houve com o seu rosto?

–Longa história, te contamos no jantar. Pode ser? - ele sugere.

   Ficamos em silêncio até chegarmos em casa (que era relativamente perto do CS). Annie saca a chave da bolsa e percebo que se não viéssemos com ela, provavelmente ficaríamos presos do lado de fora de casa.

   A casa estava totalmente escura, o que denunciava que minha mãe ainda não havia chegado em casa. Apertando apenas um botão a casa toda se ilumina. Vou direto para o quarto e me jogo na cama, logo Peeta se joga ao meu lado.

–Que tal jantar na cama? Afinal de contas, repouso absoluto... - Peeta sugere.

–Sabe que eu não recusaria. Eu vou tomar um banho e por um pijama enquanto isso. - digo e viro meu rosto para encarar seus olhos azul-celestiais. Sinceramente, pode parecer ridículo, mas eu queria que ele ficasse ali, ao meu lado e deixasse a comida para outra hora. -Você janta aqui comigo?

–Claro. Vai lá tomar banho e eu vou fazer o jantar.

   E assim fizemos. Tomei um banho quente e relaxante, aproveitando a água quente que relaxava cada músculo meu. Sai do banho enrolada na toalha e no closet tirei apenas uma calça de moletom verde escura e uma camiseta regata branca. Deitei na cama e apreciei o cheiro forte de comida que provinha do primeiro andar. Explorando a TV, comecei a assistir um programa de notícias sobre Panem e ilha Vitoria. Notícias iam e voltavam mas Peeta ainda estava cozinhando lá em baixo. Eu refleti sobre meus dias na ilha até agora e fui interrompida quando a porta foi aberta lentamente.

–Peeta? - indago tentando ver quem estaria atrás da porta e me surpreendi ao ver minha mãe.

–Desculpe querida, pensei que estava descansando... - ela começa e eu a interrompo.

–Não, não, eu estava vendo TV. Eu estive no hospital hoje.

–Fiquei sabendo. Qual foi o resultado?

–Menina! - exclamo voltando a ficar animada acompanhada de minha mãe. Ela me parabenizou e se sentou ao meu lado para me fazer companhia até Peeta voltar com a comida.

–Katniss, preparei um Risotto de Limão Siciliano! - Peeta diz abrindo a porta do quarto com as costas. Corri para ajudá-lo e minha mãe saiu do quarto nos desejando um bom jantar e uma boa noite.

–Nossa! Isso parece bom. - digo avaliando o prato na bandeja a minha frente.

–Especialmente feito para você. Vamos, prove! Quero saber se a receita está boa! - ele estende a colher até mim e eu provo o conteúdo. Realmente, acho que é um dos melhores pratos que Peeta já fez!

–Peeta, isso está delicioso! Hum... Eu quero mais!

   Acabei devorando o prato inteiro e Peeta foi buscar mais para ele mesmo. Como não havia percebido que estava com fome?! De novo! Minha filha deve estar pensando que eu quero matá-la de tão mal que me alimento.

   Pensando melhor, toda vez que nos referimos ao bebê, dizíamos nosso filho, mas eu estou grávida de uma menina (no feminino). Coitadinha... Ter uma mãe como eu deve ser difícil ainda na vida intra-uterina.

   Me desperto dos pensamentos auto-flagelativos e vejo Peeta entrar com um prato razoável de Risotto, porém não me atrevo a pedir um pedacinho. Já abusei da bondade dele hoje.

–Então, vai decidir quem será a madrinha? - pergunto com a intenção de quebrar o silêncio.

–Decidi que seria a Madge. - ele diz casualmente.

–Tudo bem. Agora explique seus motivos!

–Bem, Annie já tem o Felix para cuidar e ser madrinha possui suas responsabilidades, comprometimentos e afins. Johanna não é a pessoa mais amigável do mundo. Madge, além de ter sido sua melhor amiga por muito tempo, é mais responsável do que Johanna e mais disponível do que Annie.

–Tudo bem então Madge será a madrinha e Haymitch o padrinho!

–Perfeito! Avisaremos amanhã, porque agora estou cansado... Vou só trocar de roupa. - ele entra no closet e depois sai já de moletom. Ele pula em cima da cama e rasteja para perto de mim. Rindo horrores eu o abraço e ele enterra o rosto em meu pescoço, mesmo que sua respiração faça cócegas em meu pescoço, eu retribuo o abraço e acaricio seus cabelos enquanto ele repousa.

–Acabei de lembrar que temos que escolher o nome! - digo acariciando seus cabelos. Ele sobe a cabeça e toca meus lábios com os dele demoradamente.

–Eu tenho um, mas não sei se você vai gostar...

–Porque não? Diga-me o nome e eu decido se gosto! - digo impaciente. Já estava farta de tanta ansiedade que ele provocava!

–Bem, eu tirei o nome de uma planta, como tradição, e que era muito importante para mim e talvez para nós. É um nome particularmente estranho mas pode receber inúmeros apelidos, então o nome... É Dandelion.

   Dandelion significa dente-de-leão. Tudo faz sentido.

"Até hoje não consigo deixar de fazer a ligação entre esse garoto, Peeta, o pão que me deu esperança e o dente-de-leão que me fez lembrar que eu não estava condenada."

–Você mencionou essa flor quando eu desenhava o livro. Achei que faria sentido depois que você me contou aquela história. Lembra?- ele continua a dizer enquanto eu refletia. -Katniss? Por favor fala alguma coisa?

–É perfeito Peeta! - passo os braços por seu pescoço e o abraço enterrando o rosto em seu pescoço.

–Ufa! Estava com medo de você não gostar e entrarmos em uma grande discussão...

–Esqueça isso. Já temos tudo resolvido: os padrinhos, os nomes, o sexo... Agora só precisamos do tempo. - digo olhando em seus olhos.

–Ah, se eu pudesse comprar o tempo... - ele suspira e me beija ternamente. -Vamos dormir?

–Não está muito cedo?

–Já são 20hrs. Não quer dormir?

–Sinceramente não.

–Ok, então ligue a TV. Não me incomodo. - ele passou o cobertor por cima de nós dois e me deu um beijo na ponta do nariz,eu puxei o controle que estava no canto da cama e fiquei assistindo um filme bem antigo que não me lembro do nome. Acabei adormecendo com a cabeça no peito de Peeta e logo comecei a sonhar.

   Em meu sonho, eu estava aqui mesmo, em casa, mais especificamente na cozinha. Havia uma bebê sentada em uma cadeirinha na ponta da mesa. Seus cabelos loiros soltos em pequenos cachos em volta de seu rosto jovial. Eu dizia algo que não consegui distinguir, mas o sorriso gigante em meu rosto denunciava tudo. Viro-me para a criança levando uma mamadeira em mãos então me deparo com uma cena inimaginável: Gale alimentava a minha filha com usa papinha alaranjada. Ele se levanta e me recebe com um beijo, já eu, fiquei sem reação. Não correspondi ao beijo, o que o deixou confuso. Ele tentou me receber novamente em seus braços e começou a, literalmente, me agarrar. Eu me debatia desesperadamente em seus braços mas ele mesmo assim não me soltava, até me prensar na parede e prender meu corpo com o seu. A única coisa que me lembro foi de gritar. Um grito estrondoso que aterrorizou até mesmo a mim.

   Peeta acordou-me sobressaltado. Ele sabia o quão desesperada eu estava após acordar e me abraçou com força. Seu abraço cálido e reconfortante me deixou muito mais calma.

–Você está melhor? - ele pergunta.

–Muito melhor, obrigada.

–Quer me contar o que aconteceu?

–Não, me desculpe... Eu não me sinto bem em te contar isso, é que...

–Não precisa me contar. Sei que isso te perturba e não quero que se sinta mal agora. - ele sussurra próximo ao meu ouvido e deposita um beijo em minha testa. -Sabe que amanhã você não põe os pés no chão sem que eu veja, não sabe? - ele muda de assunto.

–Sei. Odeio repouso absoluto... - retruco risonha.

–Tente dormir de novo. Boa noite meu amor. - ele me beija rapidamente e me envolve melhor em seus braços. Nem precisei de cinco minutos para adormecer pensando nos próximos meses, nos próximos anos e no resto da minha vida começando pelo simples fato de ser mãe. Percebo que minha vida acabou mudando tão inesperadamente, tornando a caçadora miserável do Distrito 12 em uma vitoriosa mãe e esposa da ilha Vitoria. Como eu mudei assim tão rápido? Só uma resposta pairava em minha mente.

Tempo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Avisem se tiver problemas de formatação porque eu estou postando direto do iPad então... É isso. Já aviso que avançarei alguns meses e já sabem o que acontece quando se avançam alguns meses. Desculpem mas não vou soltar a ideia de UA que eu tive porque é uma preciosidade que eu tenho e já vi pessoas que fizeram o mesmo tendo historias plagiadas. Também não digo porque a minha mãe não deixou... É sério. Ela não deixou. Loucura né? Beijos, até o próximo capítulo.