Dandelion escrita por MissMe


Capítulo 15
A aula


Notas iniciais do capítulo

Oi! Primeiramente, eu quero justificar o motivo de não responder as reviews é que eu estou muito focada nos capítulos já que meu tempo é escasso. Segundo, eu estou muito agradecida por chegar aos 100 reviews! Uhul! Terceiro, eu vou postar uma fic que eu pretendo chamar de "One Shots, Long Loves" que seriam várias one-shots de casais diferentes. Então? O que acham? Posto/não post? Não vou encher o saco leiam logo! Beijos!



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 Me ajeitei na carteira e me foquei no professor. Ele tinha uma aparência engraçada: era baixo (dois centímetros maior do que eu), tinha os olhos levemente puxados e cabelos negros curtos. Parecia ter quase 50 anos e suas feições se destorciam vez ou outra quando ele fazia caretas.

-Vejo rostos conhecidos em minha... “Classe”. - todos rimos de seu comentário. -Como já disse, meu nome é Leroy mas me chamem de Lerry. - ele diz com uma voz sedutora. Até Peeta ri dele. Acho que posso considerar ele uma pessoa engraçada pelo jeito dele de falar e de seu olhar persistentemente sedutor. -Eu odeio que me chamem de Leroy... Hum, o que temos aqui? Srta. Mason, continua lindíssima!

-Obrigada Lerry! - ela responde.

-Já se conheciam? - eu pergunto.

-Ele foi meu guia pessoal pela ilha e um colega na rebelião. Trabalhava com os aspectos geográficos para determinados ataques contra a cadeia de montanhas em torno da Capital. Com certeza é o melhor sobre o assunto.

-Continuando a nossa apresentação pessoal... - Lerry diz. -Sra. Odair, que surpresa! Onde está seu filhinho? 

-Está com a Sra. Everdeen na ala hospitalar. - Annie responde sorrindo.

-Bom... Sr. Vasker, Srta. Hobbs e... Srta. Everdeen! Ouvi muito falar sobre você! Muito mesmo! É linda como todos dizem... - ele pronúncia cada palavra analisando o meu corpo de cima à baixo.

-Humhum! - Peeta pigarreia. Ele fica lindo quando está com ciúmes.

-Ah claro! Sr. Mellark! Um homem de sorte, não é? Saiu dos jogos duas vezes sem nenhuma dificuldade, é um recorde! E também tem essa mulher belíssima ao seu lado. - ele continua a dizer com os olhos fixos em meu corpo e depois sussurra. -Ponha linda nisso...

-Obrigada Sr. Adler! Agora faça o favor de começar a sua aula. - Peeta diz impaciente.“Tudo bem, ele está com ciúmes.”-penso.

-É claro! Bem, a ilha Vitoria está nas mesmas fachas longitudinais de Panem. Sendo assim, o clima e a vegetação são praticamente idênticos. Diferente de Panem, a ilha está divida em “Allas” que são interligadas por estradas subterrâneas e superficiais. Todos desse aerodeslizador morarão na Alla Vitoriana, que se localiza no centro aproximado da ilha. Temos outras cinco Allas: Costeira, Cordilheira, Urbana, Lavradora e Industrial.

    Antes que ele continuasse a falar, Lyra levanta uma mão para fazer uma pergunta e Lerry, com um aceno de cabeça, lhe entrega a palavra.

-Ainda não entendi o que é uma “Alla”. - ela diz. Sinceramente, nem eu entendi.

-Uma Alla é como um Distrito, porém menor. Cada Alla possui duas partes: a vila, onde estão as moradias e o CS, onde estão os pontos de Comércio & Serviços. Eu tenho aqui algumas fotos.

   Lerry passa algumas fotos. O lugar é até bem iluminado com seis mil luminárias por Alla. Ele possui ventilação natural e várias casinhas que suponho serem as lojas. Depois de todas as fotos serem exibidas, nós recebemos um formulário de propriedades que nos foram selecionadas. Eu e Peeta recebemos uma padaria no CS, Johanna administrará a indústria madereira de toda a ilha e Annie foi convidada à fazer parte da creche local.

-Vamos agora para o almoço e na volta discutiremos o governo. Até mais tarde pessoal! Srta. Everdeen... Até logo. - ele diz o meu nome de forma sedutora. Não sei se me sinto lisonjeada ou envergonhada com seu comentário, então decido exibir a famosa cara de “Pode-Crer”.

-Futura Sra. Mellark. Não se esqueça Sr. Adler... - Peeta diz de forma ameaçadora e passa o braço pela minha cintura. Nós saímos da sala e vamos para o restaurante rindo à toa. Annie ria mais do que todos. 

-Aquele velho tonto não percebe que não tem chance com você? - Peeta diz ainda sério.

-Peeta, ele só estava brincando! - digo e beijo seu rosto ainda emburrado. -Para com isso Peeta! Você sabe que eu te amo! Ele é só um admirador!

   Finalmente Peeta sorri e me dá um beijo rápido. Não acredito que ele está com ciúmes de um velho fanático que nem sequer me conhece direito.

   No almoço nós ficamos comentando sobre a aula de Larry e Peeta fica praguejando sobre como ele era desrespeitoso comigo já que eu era uma mulher comprometida. Eu só ri dele.

   Voltamos para a “aula” e Lerry estava conversando com Beetee. Os dois se despediram e Beetee voltou para o final da sala para assistir a aula.

-Olá novamente senhoras, senhores... Srta. Everdeen...

-Futura Sra. Mellark... - Peeta grunhe.

   As pessoas mais ao final da sala riem da pequena discussão dos dois. Johanna vem até mim e diz em meu ouvido:

-Fala pro Mellark não se incomodar, porque ele sempre escolhe uma aluna para perturbar! No Distrito 13, quando o conheci, ele ficava atrás da Irene!

-É sério. - retruco ainda rindo. Ela acena um sim com a cabeça. Me viro para Peeta e digo em seu ouvido: -Johanna disse para não se incomodar com ele, porque ele sempre persegue uma aluna. Ano passado, ele perturbou a Irene!

   Peeta sorri desfazendo uma carranca que estava formada em seu rosto que destruía suas feições suaves e gentis.

-Claro, claro... O que iríamos discutir agora? - Lerry pergunta. Um garoto no final da sala levanta a mão e Lerry o concede a palavra.

-Creio que discutiríamos o governo.

-Sim, sim... Perdoem a minha falta de memória. Diferente de Panem, cada Alla será regida por uma democracia. Haverá uma assembleia  popular em que cada família elegerá um representante, e este levará as opiniões da família até a assembleia.

-E o que faremos nessas assembleias? - alguém no lado esquerdo da sala perguntou.

-Decisões políticas. As opiniões dos representantes, unidas, formam a decisão total da Alla e assim se segue. Por um acaso, essa foi a mesma forma de governar dos ancestrais de nossos ancestrais: os gregos.

-Então não haverá nenhum governante único? - pergunto.

-Não, não haverá.

   Palavras que poderiam descrever a reação da classe: insanidade, histeria, alegria, liberdade, caos, gritos, abraços e risos. Era difícil imaginar outro governo que não fosse apenas um único soberano oprimindo outras pessoas. Mesmo assim, opino que a reação de todos foi precipitada e exagerada.

   Depois de um grande tempo abafando a confusão formada em nossa sala, Lerry explicou alguns meros detalhes sobre uma tal “Democracia Ateniense”. Depois de liberados, eu e Peeta fomos para o jardim do quarto andar novamente mas, dessa vez, à sós.

   Realmente todo o jardim estava vazio, o que tornava nossa privacidade maior. Decidimos nos sentar perto do lago: ele de pernas cruzadas e eu com a cabeça deitada em uma delas. Ele acariciava meus cabelos delicadamente. Vez ou outra ele passava as mãos na água e molhava meu rosto provocando arrepios no mesmo.

-Você já pensou em um nome para nosso filho? - ele perguntou me tirando do “transe” causado pelas carícias.

-Até onde eu me lembre, se fosse menina eu escolheria o nome. E se fosse menino, você quem escolhe.

-Tudo bem, mas você já pensou em alguma coisa? - ele afasta alguns fios de cabelo teimosos do meu rosto e me fita com expectativas.

-Por enquanto só tive meras ideias. Todas relacionadas à plantas. E você?

-Nada. Mas eu quero ouvir suas ideias...

-Desista. Minhas ideias foram que nomes eu não daria como: Daisy,  Sunflower, Violet e muito menos Rose... 

-Eu tenho um nome em mente, mas só digo quando soubermos o sexo. Fechado?

-Fechado.

   Selamos nosso acordo com um beijo. Eu me sento de frente para ele e nós separamos nossos lábios em busca de ar. Sinceramente, eu pouco me importava com o ar. Ele simplesmente se esvaia quando eu estava com Peeta. Voltamos a nos sentar à beira do lago.

   Pouco tempo passou até que peguei no sono. A grama era macia e o clima era ameno (nem muito quente, nem muito frio), o que tornava tudo confortável demais. Sinto os braços de Peeta passarem por baixo do meu corpo e me carregarem, sem nenhuma dificuldade, até a nossa cabine. Ele me pôs na cama e tirou minhas botas. Eu podia sentir tudo o que acontecia ao meu redor, mas não tinha energia para reagir ao ambiente.

   A cama afundando é sinal de que Peeta se deitou também. Ele me puxou para perto dele e finalmente eu estava inconsciente.

   Quando voltei à consciência, Peeta não estava em meu quarto. Me levantei lentamente (me arrastando) e fui ao banheiro lavar o rosto e tomar um banho. Em vez de por um moletom, eu pus uma camisola simples e a jaqueta do meu pai por cima. Continuei esperando por Peeta e nada. Dei uma olhada no corredor e ainda nada. Calcei minhas botas favoritas e fui atrás dele. Depois de um tempo eu decidi procurar em um lugar mais distante do nosso corredor.

   Quando me dei conta, estava em frente ao quarto de Irene. Espiei pela porta de vidro e o vi. Ele, Johanna, Annie, Lyra e Irene estavam com os olhos atentos ao televisor. “Ah meu deus! O discurso era hoje!” - lembro-me. Dou três batidas na porta e todos os olhos atentos se voltam para mim.

-Oi, posso entrar? - pergunto. Elas só acenam com a cabeça enquanto Peeta se levanta e abre a porta para mim.

-Desculpe te deixar no quarto, mas eu não queria te acordar. - ele diz e beija meu rosto.

-Parem de se agarrar! Tem um discurso histórico rolando! - Johanna diz.

-Mas Johanna, nós nem...

-Shiu!

   Nós nos sentamos em uma das camas e ouvimos atenciosamente às palavras de Cartenia e Gale. Ao ver o rosto de Gale milhares de imagens se passam pela minha cabeça: desde as nossas primeiras caças até a rebelião. Era impressionante vê-lo daquele jeito.



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Notas finais do capítulo

Oi de novo! Pergunta básica que só vocês podem responder: "É mais uma mera mania de perseguição da autora ou a qualidade da história está caindo em queda livre?"
Tudo bem, foi um pouco melodramático, mas eu realmente quero saber. Outra coisinha assim de nada que está me revoltando e eu vou mudar para nossa alegria: eu estou demorando demais para postar! Eu pretendo postar um capítulo curto por dia e um longo no final de semana, mas fugiria demais do rascunho... Mais uma vez a mala da autora está perturbando vocês, ignorem. Beijos, estou aguardando os comentários!