Losing It escrita por faberryislove


Capítulo 8
Have Faith In Me




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Um dia de cada vez estava funcionando bem. Ela podia ver Rachel e ficar bem. Alguns dias, ela poderia até mesmo ver Finn com Rachel e ficar bem, contanto que ela não tenha passado algum tempo a sós com Rachel antes. Esse era o truque. Ter Rachel por quase completamente um minuto e vê-la focar a mesma atenção em Finn. Isso deixou um gosto ruim na boca de Quinn e uma dor constritiva em seu peito.

Quinn ainda via Joe. Ela ainda beijava-o e houve momentos que ela não poderia não pensar em Rachel, mas era mais fácil lidar com isso agora que ela aceitou isso. Era estranho pensar em alguém que não seja a pessoa que ela estava beijando, a fazia se sentir culpada, mas fazer isso uma vez por dia não queria dizer que seus sentimentos iriam embora durante a noite, isso era bastante óbvio. Ela pensou sobre isso como sua fisioterapia: lento e doloroso, mas ela ia chegar lá no final. Não era como se Rachel fosse declarar seus sentimentos por ela em breve, então, Quinn não iria falar sobre os sentimentos dela de novo. Elas só iriam se prejudicar.

Elas decidiram se encontrar uma vez por semana depois da escola para a terapia adicional de Quinn e uma vez para ajudá-la a fazer a lição de casa que parecia nunca acabar, especialmente depois do acidente.

Rachel havia levado uma toalha extra para colocar sobre as telhas onde Quinn ficaria depois que saísse da cadeira. Ela poderia facilmente escorregar sem ela, Rachel fundamentou. Foi um gesto pensativo e Quinn apreciou isso. Ela não tinha tanta certeza se apreciaria a banda lá tocando música dramática ao seu processo de recuperação, mas ela agradeceu Rachel por se oferecer para fazer isso acontecer.

Elas haviam chegado a um acordo pelo qual se Quinn chegasse lá primeiro, ela iria ia esperar ao lado da piscina até que Rachel chegasse. Não colocando mais sua vida em perigo — foi o que Rachel disse, não Quinn.

Rachel atravessou a escola tão rapidamente quanto ela se atreveu, cinco minutos de atraso para a fisioterapia.

"Peço desculpas pelo meu atraso, eu estava reunindo fontes e os idiotas do anuário não aceitaram um não como resposta quando perguntaram se eu tinha um tempo para conversar. Eu quase tive que recorrer ao uso do meu spray de pimenta," ela disse aproximando-se do lado da cadeira. A cabeça de Quinn caiu para frente, praticamente repousando sobre seu peito. "Quinn?"

Quinn levantou a cabeça com o primeiro toque da mão de Rachel em seu braço, aparentemente assustada. "Que horas são?"

Rachel revirou os olhos, mas sorriu de qualquer maneira, sacudindo a toalha para Quinn poder abaixar-se sobre ela. "Eu não estou tão atrasada."

"Você está atrasada, bonita."

"Eu sou bonita?"

"E atrasada."

A reação de Rachel não era perceptível quando Quinn estava ocupada em sair da cadeira. "Cinco minutos."

"Quase seis."

"Como você gostaria que eu fizesse isso para você?"

"Fique seis minutos adiantada cada vez que concordamos em sair." As pernas de Quinn mergulharam na água.

"Eu posso fazer isso." O coração de Rachel não batia descontroladamente de medo quando Quinn caiu da borda da piscina e desaparecia debaixo da água mais. Ela tinha plena fé de que Quinn poderia lidar consigo mesma, tanto faz se era na cadeira ou na água.

Enquanto Quinn nadava em torno da extremidade mais funda da piscina para aquecer seus músculos superiores, Rachel andou até o meio com os pesos que ela tinha trazido para Quinn colocar em seus tornozelos. Os outros estavam muito fracos agora, dificilmente mostrava qualquer resistência ao fortalecimento das pernas de Quinn. Ela melhorou muito em relação ao mês passado, que Rachel não estava mesmo com medo de Quinn usar os pesos em seus tornozelos, bem como empurrar para trás contra a força que ela aplicou para empurrar as pernas para baixo.

Alguns minutos depois, Rachel estava na piscina, ansiosa para começar, mas Quinn estava ocupada nadando como se não estivesse na água por meses.

"Ariel, quando você terminar a preparação para as Olimpíadas, talvez você possa trazer sua bunda para cá para que nós possamos começar?"

"Eu estava me aquecendo," Quinn disse quando ela estava perto o suficiente. "Isso está bem para você, ou eu preciso de uma permissão por escrito primeiro?"

"Você precisa de uma permissão por escrito."

Os olhos de Quinn se arregalaram em uma risada. "Oh, está bem."

"Você só... demorou um pouco mais do que o normal, só isso."

"Eu cai na noite passada, cai feio. Eu só estava voltando os músculos," ela disse depois de levantar uma perna de cada vez para Rachel colocar os pesos em cada um de seus tornozelos.

"O quê?" Rachel exigiu em voz alta. "Quando? Por que você não me disse?"

Quinn estremeceu com o tom de voz. "Tudo bem, eu estou bem," ela disse. "Então pare de se preocupar antes que você tenha um ataque cardíaco. Eu estava no banheiro. Eu apenas escorreguei."

"Você tem certeza que está bem?"

"Se eu disser que sim, você vai parar de se preocupar?" Rachel negou com a cabeça em silêncio e então Quinn segurou a mão dela. "Eu estou realmente bem, ok? Eu ainda consegui virar e não bater minha bunda no chão. Poderia ter mais estofado lá, mas eu acho que não poderia sentar com minha bunda machucada durante o dia todo e não ficar louca."

Rachel olhou para baixo na água e Quinn virou um pouco para que o hematoma em sua coxa ficasse mais visível. Pele pálida manchada de vermelho e roxo. Não estava tão ruim quanto ela pensou; Rachel ficou aliviada ao descobrir. Mas ainda era um hematoma que não tinha que estar lá. Isso fez Rachel pensar nos ferimentos constantes em Quinn quando ela tinha a visto no hospital. Seus dedos passaram pela pele do local. Ela olhou para cima de novo.

"Dói?"

"Só quando eu me inclino sobre ele."

A mão de Rachel deslizou por trás da coxa de Quinn até que a tivesse completamente em sua mão. Ela sabia que Quinn poderia sentir se ela sentasse no seu colo, mas o toque era diferente. Pele com pele sempre era diferente. "Você consegue sentir a minha mão?"

Quinn assentiu e ficaram em silêncio, mesmo quando a mão de Rachel começou a se mover, deslizando mais para baixo da coxa de Quinn até chegar à parte de trás do joelho e depois passou a mão pelo resto de sua perna e a levantou. O único som que Quinn fez foi o barulho da água movendo quando ela levantou os braços da água para colocá-los na borda da piscina.

"Corretamente?"

A sensação inequívoca da mão de Rachel descendo sua perna não era algo que Quinn tinha que adivinhar. Ela balançou a cabeça novamente. "Sim."

Rachel engoliu em seco e forçou um sorriso, segurando um dos dedos de Quinn. "Você pode sentir isso?"

"Sentir o quê?"

Uma cócega na parte de baixo do pé de Quinn foi o suficiente para quebrar a tensão em desenvolvimento.

Quinn seguiu Rachel com os olhos enquanto a morena se moveu para o lado dela e, em seguida, puxou-se para se sentar na borda. Não muito surpreendente, foi Rachel que falou pela primeira vez. "Ok, chute por sua vida. Sessenta segundos, velocidade máxima. Você está sendo perseguida por um tubarão."

"Esse tubarão pode correr?"

"Basta chutar. Você está sendo caçada; você não tem tempo para fazer perguntas quando suas pernas estão indo ser o aperitivo."

Quinn segurou na borda da piscina enquanto começava o primeiro exercício, chutando o mais forte que podia. Isso também significava que a água respingava em Rachel às vezes. Foi divertido e ela não se sentiu de forma alguma como uma idiota como na primeira vez que elas haviam feito isso. A diversão acabou no minuto seguinte quando Rachel disse para ela fazer tudo de novo. Ela parou depois de vinte segundos.

"Oh, olhe, ai vem Martin Brody. Eu estou salva."

"Não, Martin Brody está morto porque ainda há um tubarão muito faminto na água. Chute. Você pode fazer isso! Por que alguém deveria salvar você quando você é perfeitamente capaz de se salvar?"

Quinn começou a chutar, mais devagar do que antes. "É um tubarão gordo, certo?"

"Não, esse é malhado."

"Malhado?" ela riu.

"Taylor Lautner é malhado! Mais rápido, antes que ele te pegue!"

Quinn gemeu e pegou velocidade, sentindo a queimadura começar em suas coxas. "Eu te odeio."

"Não, você não odeia," Rachel disse.

"Sim, eu odeio." Quinn imaginou o tubarão malhado novamente e sorriu. "Não, eu não odeio."

Rachel acrescentou cinco segundos sem Quinn saber antes que ela falasse que Quinn podia parar de chutar para salvar sua vida. Ela acompanhou Quinn em uma de suas profissionais sessões de fisioterapia e agora teve uma ideia melhor de quando ela precisava ser forçada e quando era preciso deixá-la ter um descanso.

"Você está viva, como isso é?"

Quinn ainda estava um pouco sem ar. Ela esticou o pescoço para olhar para Rachel ainda sentada na beira da piscina. "Dolorida."

"Ótimo. Sem dor, sem ganho."

Estranhamente, Quinn não tinha esse desejo de jogar sua cadeira de rodas em Rachel quando ela dizia coisas do tipo. Suas ameaças de violência ainda estavam reservadas para sua terapeuta real.

"Onde está o tubarão agora?"

"Não precisa se preocupar, ele foi baleado com segurança na parte traseira com um tranquilizante altamente eficaz," Rachel a informou. "Tenho certeza que ele está a caminho de um aquário encantador onde ele poderá vagar pelas águas até o conteúdo de seu coração."

"É bom saber," Quinn assentiu. Uma fração de segundos depois, ela agarrou o braço de Rachel e puxou-a para a água. O respingo mal foi ouvido com o grito agudo da morena.

Um pouco mais de uma hora tinha passado.

Quinn estava dolorida e cansada. Tudo o que ela queria era ir para casa e tirar um cochilo como ela fazia depois de cada sessão de fisioterapia. Seus braços e pernas foram alternando de geleia para duro e dolorido. Seria mais gentil perguntar para Rachel empurrá-la até a rampa mais íngreme da escola.

Ela olhou para a escada que conduz para fora piscina. "Não."

"Tente."

"Eu mal consigo flutuar, você realmente acha que eu posso colocar todo o meu peso sobre as minhas pernas e subir?"

"Eu sei que você pode," Rachel disse. "Prove-me bem e eu vou chamá-lo de um dia. Vá o tão devagar que você precisar."

Um olhar provocador de Rachel foi tudo o que Quinn precisou até que ela finalmente suspirou, determinação substituindo derrota. Ela assentiu, pegando no metal. "Ok."

"Você pode fazer isso."

"Eu posso fazer isso." Ela olhou para Rachel. "Não olhe para mim. A visão da parte de trás... não vai ser bonita."

"Por favor. Como se você não tivesse algum ângulo bonito."

"Você não vai dizer isso em um segundo. Você vai estar muito ocupada gritando que um cavalo estava na água o tempo todo ao invés de um tubarão malhado."

Rachel riu. "Isso foi tão ofensivo. O seu corpo é lindo, Quinn. Cada parte dele. Mas se você se sentiria mais confortável..." ela parou, nadando para o lado da escada, suas costas pressionadas contra a lateral da piscina.

Ela não ouviu Quinn agradecer; ela estava olhando para o seu corpo. Como Quinn poderia pensar que era qualquer coisa, menos uma das criações mais perfeitas da forma feminina? Rachel nunca iria parar de olhar para si mesma para ver se ela se parecia com isso.

Quinn era perfeita, por dentro e por fora.

A pior parte não foi o primeiro degrau, foi o segundo e o terceiro. Segurando o metal da escada, Quinn respirou fundo pela dor em suas costas e rangeu os dentes, ela subiu o terceiro degrau. Sua perna esquerda tinha melhorado, mas ainda era sua perna mais fraca e ela não podia descansar seu peso sobre a perna direita por muito tempo quando ela ficasse cansada.

"Owww," ela disse lentamente, arrastando-se para cima.

Rachel só olhou presunçosa. "Eu disse," ela sussurrou.

Quinn sentiu um leve toque de sua mão, seguido por Rachel dizendo-lhe para cair e ela seria pega. Cansada demais para discutir, Quinn parou de apertar o metal contra suas mãos e caiu de costas na água, o braço de Rachel em torno de sua cintura.

A adrenalina correndo por suas veias fez Quinn rir. Ela sabia isso seria uma imagem diferente em uma hora. "Eu não vou ser capaz de sair da cama amanhã."

"Você ainda não tem fé suficiente em si mesma."

"Eu tenho muita; estou apenas afirmando um fato."

Elas se moveram para a parte rasa da piscina novamente. Os pés de Rachel tocavam o fundo agora. Quase, mas o suficiente para ficar estável. Ela não podia deixar de notar que Quinn estava se movendo mais devagar.

"Você quer sair agora? Deixe-me trazer a cadeira até aqui." Ela foi interrompida antes mesmo de começar a nadar para longe.

"Eu preciso de um minuto."

Rachel olhou para Quinn preocupada. E se ela tivesse forçado demais? Ela estendeu a mão, hesitando por um segundo. "Não— não me bata, ok?"

Antes que Quinn pudesse dizer algo, Rachel colocou os braços em volta dela, puxando-a para perto, contra seu próprio corpo. Seus olhos desceram para a boca de Quinn por apenas um segundo. Ela poderia manter seu peso assim. Quinn poderia descansar um pouco. Tudo o que ela tinha que fazer era deixar Rachel segurá-la.

Mas Quinn olhava muito séria no tempo que levou para piscar um olho. Ela segurou o ombro de Rachel instintivamente, endireitando-se um pouco para que ela não ficasse pressionada com tanta força contra ela.

"O que você está fazendo?"

"Tentando te afogar, claramente." Rachel sorriu. "Não seja tão paranoica. Pensei que você estivesse cansada?"

"Sim, mas—"

"Deixe-me segurá-la. Você pode flutuar como uma daquelas lontras fofas."

Rachel parecia tão fofa e inocente e infinitamente gentil. Ela concordou silenciosamente, deixando a mão cair de volta na água como as mãos de Rachel apertaram contra suas costas. Ela estendeu os braços e inclinou a cabeça para trás, deleitando-se a sensação de estar na água sem ter de manter-se acima. Rachel ficou praticamente entre as pernas dela, segurando-a quando ela se inclinou muito para trás, mas ela tentou não pensar muito sobre isso caso de ela se engasgar com o ar. Rachel provavelmente entraria em pânico tanto que ela recorreria ao boca a boca.

"Oh, meu Deus." ela disse depois de um tempo.

Rachel sorriu. "Bom?"

Quinn fez um barulho expressando afirmação. "Eu me sinto como um bebê."

"Você quer que eu te gire? Eu não vou muito rápido, e isso é muito bom."

"Ok." Houve uma longa pausa quando Rachel começou a girar e puxá-la junto. Quinn sorriu, de repente, rindo no momento em que ela terminou dizendo, "Deus, três anos atrás..."

Rachel a cortou. "Eu sei."

Quinn tinha sido lentamente girada em círculos e ela se sentia tão bem que ela poderia dormir em menos de um minuto se Rachel continuasse assim.

As mãos de Rachel deslizaram alguns centímetros para baixo. Sem pensar, ela segurou fortemente e girou no sentido oposto mais rápido do que antes. Quinn suspirou instantaneamente, um grito deixando seus lábios um segundo mais tarde, a dor em suas costas. Ela endireitou-se, atirando seus braços para cima, para segurar firmemente ao redor dos ombros de Rachel.

Foi bom que Quinn tinha agarrado Rachel, porque seus próprios instintos tinham certeza que suas mãos deixariam o corpo de Quinn no momento em que ela tinha ouvido o grito e percebido o quão baixo suas mãos tinham ido às costas da loira.

"Quinn, eu sinto muito," Rachel ofegou. "Eu sinto muito."

Os olhos de Quinn estavam fechados, respirando pesado. Era demais esperar sua voz sair ainda, então ela não tentou. Seu coração batia furiosamente, mesmo antes de ela perceber que seu peito foi empurrado contra Rachel.

Rachel estava enjoada com a culpa. Ela era tão boba às vezes que isso a fazia mal.

Quando o hálito quente contra o pescoço de Rachel começou a desacelerar, ela tentou puxar a cabeça para trás para ver Quinn corretamente, mas Quinn enterrou mais a cabeça no pescoço de Rachel em um protesto silencioso.

"Isso foi porque eu lembrei que era uma vadia?" Quinn perguntou depois de vários minutos.

"Eu sinto muito, muito mesmo. Você quer me bater?"

"Não."

"Tem certeza?"

"Sim."

Agora que a dor estava começando a diminuir e ela ainda estava pressionada firmemente contra Rachel, Quinn não podia não pensar nas vezes que ela estava com Joe e como seu corpo reagia ao imaginar que era Rachel. Estava acontecendo agora, lentamente. Ela olhou para o pescoço de Rachel, tão perto, e seu coração disparou novamente.

Seus pés contra o chão piorou as coisas, suas pernas estavam se roçando, mas foi pouco ao sentir Rachel se arrepiar em seus braços e segurá-la ao seu lado.

Quinn sorriu com a reação de Rachel e estar tão perto dela, mas não ficou muito tempo. Ela sabia que tudo o que estava acontecendo não foi total e completamente unilateral, mas ficou frustrada porque nunca, nunca tinha sido, mas Rachel era muito cega para não perceber isso.

"Você quer sair amanhã?" Rachel perguntou em voz baixa quando Quinn se afastou. "Você provavelmente tem planos, mas talvez pudéssemos ver um filme? Eu gostaria de saber se você sobreviveu à noite."

Não havia nenhuma maneira que Quinn pudesse decepcioná-la.


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