Os pássaros cantavam, e batia uma brisa bem agradável no rosto de Sophie. Ela estava se sentindo muito bem ali, dormindo, até que sentiu algo se mexer. Sophie odiava ser acordada, então logo abriu os olhos esperando ver o idiota que com certeza era Hermes. Mas o estranho, é que ele estava muito perto para ela poder sentir ele se mexer, algo muito estranho tinha acontecido. Ela tentou se levantar, mas antes teve que tirar a mão do ser de genes masculinos da sua cintura, o que era mais estranho ainda, porque eles nunca dormiram abraçados.

Quando o lençol desceu pelo seu corpo, percebeu que não estava com vestes. Ela olhou para Hermes, ele continuava dormindo. Ela se enrolou no lençol e cutucou o primeiro deus que iria ser morto. Ele resmungou coisas sem sentidos, algo a ver com batatas.

Sophie revirou os olhos e cutucou novamente, ele não acordou. Ela andou até o banheiro, encheu um balde de água e caminhou bem devagar até a quarto que ficava ao lado. Ela demonstrou um pequeno sorriso irônico e derrubou toda a água nos lençóis importados.

Hermes acordou logo quando a primeira gota tocou na ponta do seu nariz, seu coração estava acelerado pelo susto. E ficou mais ainda por ver a sua bela esposa coberta somente por algumas camadas finas de lençóis.

— Você é idiota ou o que? – perguntou Sophie e Hermes se fez de confuso. Talvez até estivesse, mas Sophie não acreditava. – “Só mais um copo, Sophie” – Sophie estava imitando muito mal a voz de Hermes. – Meus deuses, não acredito que a gente fez isso!

Hermes tentou se lembrar de tudo o que aconteceu, e acabou conseguindo. Até mais do que Sophie consegue, ele se lembrou de como foi. Ele foi bem carinhoso com ela, até demais.

— Sophie... Meu deus, como aconteceu isso? - disse Hermes ainda tentando raciocinar.

— Bem, quanto mais álcool, mais libido né - disse Sophie explicando as coisas - Sim, foi ótimo, eu lembro. Mas... isso não pode ocorrer mais, nós nos odiamos! Eu preciso ficar um tempo longe de você, vou para a casa dos meus pais -

E no meio de um turbilhão de palavras, Sophie saiu correndo do templo, deixando tudo tão vazio e silencioso.

Sarah estava terminando de fazer o almoço, estava ainda um pouco chateada com que aconteceu, chateada não. Com ódio. Desde desse acontecimento, eles voltaram a brigar, e mais do que já brigavam antes.

— Sarah!- gritou Apolo da sala.

— O que você quer, oh maldito raio de sol?! – gritou Sarah em resposta.

— Cadê a comida? –gritou Apolo.

— No meio do seu ...

— Olha como cê fala comigo. – Apolo já estava na cozinha segurando muito forte no braço de Sarah.

— Me solta! – Sarah tentava se soltar de Apolo, mas ele era muito forte.

Apolo solto, Sarah logo começou a massagear seu próprio braço. Ele tinha ficado vermelho, Apolo já tinha passado dos limites, principalmente hoje. Apolo depois de perceber o que tinha feito, ele tentou chegar perto dela, mas Sarah só sabia recuar, não queria ficar mais perto dele. Daquele monstro, e não o cara que ela conheceu na Lua de mel.

— Me deixa em paz. – Sarah sai correndo pelo templo afora, Apolo não a impediu.

— Você aceita casar comigo? – Eros estava ajoelhado na frente da mulher que ele amava tanto.

Ela sorriu tanto, que todos pensavam que as bochechas dela iriam rasgar. Ártemis se ajoelhou ao lado do amado, e beijou os lábios mais belos e viciantes de todo o Olimpo.

— Acho que você já tem sua resposta.