Cenas do capitulo anterior

– Vão indo que desço logo - Alice disse fechando a porta do quarto – quem está ai? – falou séria encarando o armário.

O bisonho deu um sorriso como se fosse o cara mais esperto do mundo.

- É o outro gato.- falou o bisonho com voz manhosa.

Uma Alice braba e toda vermelha abriu as portas de uma vez só.

– O QUE AS DONZELAS ESTÃO FAZENDO AQUI?

Pov Edward

– Eu estou esperando, o que vocês estão fazendo aqui? - Alice começou a dar tapas em mim e em Emmet nos puxando pela orelha para fora do closet - E o pior é que deixaram esse futum nas minhas roupas AHHHHHHHHH!!! - gritou cheirando uma das peças de roupa no armário.

– Não foi eu. – disse Emmet cheirando o sovaco.

– É né seu bisonhudo. – Dei um soco no braço dele – Deve ter sido o gato. – disse sarcasticamente.

– Olha, pra mim chega ! – Alice começou a nos empurrar pra fora do quarto – PRA FORAAAAA!!!! – berrou.

Aproveitei e sai correndo; não queria ter que dar explicação do porque estava escondido no armário dela.

– Caraca velho – Emmet disse correndo atrás de mim entrando no nosso quarto - não sei como ela descobriu a gente.

– É Emmet, eu também não sei. – disse sarcasticamente - Não faço a menor idéia .- entrei no banheiro batendo a porta - Só falta ele querer entrar aqui comigo.- resmunguei.

Apesar disso depois do incidente catastrófico de hoje cedo, a tarde passou tranqüila claro que eu estava dormindo na minha cama, pois ainda sentia uma leve ressaca da noite anterior.

Quando acordei já era tarde da noite e todos já estavam dormindo. Olhei para o lado e vi porque não tinha acordado. O Emmet não estava no quarto para me acordar com seus roncos.

Desci até a cozinha para fazer um lanchinho.

– Ora, ora mas se não é a Isabella? - disse ironicamente vendo a ogra; estava sentada na mesa da cozinha comendo uma baita fatia de melancia. - Mas foi muito bom te encontrar sozinha. - é agora que ela ia me pagar.

– O que quer Edward?

– Eu só queria ter uma conversinha com você – disse me aproximando dela – sua bebum de uma figa. – a encarei diretamente em seus olhos.

– Bebum? – Isabella se levantou segurando a fatia em suas mãos.

Pov Bella

– Ah não. Assim já é demais. Depois de tudo que passei pra vir aqui pra cumprir meu estagio; minha mãe me obrigou a trazer Ângela e ela desaparece e esse cara de fuinha do Masen ainda me chama de bebum.

A culpa não é minha se ele se acha o bambambam e no fundo é só um metidão. Mas vou mostrar para ele quem é Isabella Swan; ah se mostro.

– E então bebum, a cachaça apagou seu cérebro? – ele cruzou os braços ficando a uma distância mínima de mim.

– Vou te mostrar quem é o bebum. – disse e peguei a melancia dando uma boa esfregada no focinho de Edward.

– Sua...- ele tentou desviar mas estava com os olhos cheios de calda da melancia; me abaixei e dei uma banda nele que caiu de costas no chão, aproveitei e peguei o resto da melancia que estava na mesa e joguei em cima dele. Era pra acertar a barriga, mas acabou a certando as bolas dele.

– Você... me paga!- Ele disse coma respiração suspensa segurando as coisinhas. Sai correndo pela cozinha antes que ele cumprisse a promessa. Subi as escadas que nem um raio em direção ao quarto de Alice.

– O que houve Bellinha?- ela me perguntou assim que entrei no quarto trancando a porta . Devia estar toda vermelha, pois quando fazia exercícios ficava assim.

– Não foi nada Alice. – falei sem graça - Mas achei que tinha visto uma alma penada na cozinha e sai correndo. – coloquei a mão no peito pra caprichar na farsa . Não queria que ela soubesse que dei uma sova no primo dela.

– Você tá parecendo o Edward, - pegou minha mão me puxando para cama – ele morre de medo de almas do além.

–É ..não me diga – disse curiosa. Se ele continuasse a me encher o saco já sei como ele me pagaria MUAAHAHAHAHAHA. Minha vingança será maligna!

Sem perceber comecei a esfregar as mãos e sorri diabolicamente. Quando dei por mim Alice me olhava com cara de “o que aconteceu com você”. Dei meu melhor sorriso amarelo caindo de costas no colchão e me cobrindo com o lençol.

– Boa noite Alice – falei dando um longo e falso bocejo.

– Boa né. – disse ela com um tom de “não tô entendendo nada.”

O dia seguinte passou voando. Procuramos a desmiolada da minha irmã por toda a cidade e nada de encontrá-la em lugar algum.

Confesso que já estava ficando realmente preocupada. Ainda bem que não vi o Edward; não estava com cabeça para aturar gracinhas.

Esme aconselhou de ligar para meus pais falando sobre o desaparecimento de Ângela e adivinhem só? Não adivinham? Eu falo então; resolveram vir pra fazenda. Era só isso que me faltava, dona Renné dando pitchí aqui.

Aiiinnn o quê que eu fiz pra merecer isso? Era muita urucubaca em cima de mim.

– Amanhã será a missa de finados de dona Inacinha, Esme. - Carlisle disse. Estávamos reunidos na mesa do jantar. Eu estava sentada entre Alice e Esme enquanto Emmet e Edward estavam do lado oposto da mesa com Carlisle na cabeceira.

Achei que Edward fosse me delatar para seus tios mais parece que ficou com vergonha de ter apanhado de uma mulher já que se quer voltou a me dirigir a palavra. Assim ele aprende com quem esta lidando.

– Ela faz muita falta aqui. – Esme disse suspirando e de relance vi quando Edward arregalou os olhos baixando rapidamente para o prato.Então Alice tem razão, Edward tem medo de alma penada MUAHAHAHAHAHAH. Droga, dei de novo minha risada maligna e pelo visto em voz alta já que todos me olharam.

– Me desculpem – fingi secar uma lágrima - é que estou com saudade de Ângela - tive que enganar. Alice que estava ao meu lado me abraçou e Esme do meu outro lado segurou minha mão.

– Não se preocupe, vamos achá-la meu bem – Esme tentou me reconfortar.

– Ei – falou Carlisle chamando a atenção de todos - porque não aproveitamos a missa de dona Inacinha e pedimos para incluir o nome de Ângela.

– Credo pai já quer dá-la como morta? – falou o musculoso com a boca cheia de comida. Mas como assim incluir o nome da minha irmã numa missa de finados?

– Não é isso – disse Carlisle - podemos pedir para inclui-la nos pedidos ao padim pade Cícero.

– Eu não vou a missa nenhuma. - resmungou Edward ainda de cabeça baixa.

– Nem eu. – disse o musculoso com outra colherada cheia na boca.

– Todos vamos! – finalizou Carlisle.

– Pai.

– Tio.

Disseram juntos mister muc e Edward.

– Não quero reclamações, todos vão. – Carlisle disse dando uma garfada no bife - Já marquei o horário da primeira missa. Assim todos poderão ir e não atrasará tanto o trabalho.

– E também dará tempo de Rose chegar e ir comigo na escolha do Buffet.- disse Alice super empolgada.

– Dona Inacinha era um amor de pessoa e merece nossa última homenagem; – disse Esme saudosa e vi Edward soltar um arrepio - e agora sem falar que iremos pedir por Ângela.

Bom, quem sabe com muita oração aquela destrambelhada aparece.

Dia seguinte

Agora sei o porquê chamavam de primeira missa; as estrelas ainda estavam no céu.

– Vamos queridas acordem, a missa começará logo. – Esme bateu na porta do quarto nos chamando.

– Já estou acordada Esme – eu disse me levantando. Mesmo com o fuso horário sabia que teria que acordar cedo devido ao estágio. Fui em direção a cama de Alice para acordá-la.

–Tô legal...Tô legal – Alice levantou trôpega da cama – AIIII... – gritou batendo o nariz na porta do banheiro.

– Não é melhor ficar e dormir mais um pouco Alice?- fiquei com dó dela –sua mãe vai compreender.

– Não belinha.... eu vou – choramingou entrando no banheiro.

Quando finalmente descemos todos já estavam na sala com a maior cara de enterro. Edward sequer me olhou; devia estar muito puto comigo ainda.

– É engano meu ou café ainda não está pronto? – falou mister muc dando tapinhas na barriga.

– Vamos Emmet, tomamos café quando voltar – Esme segurou o braço dele o puxando para a porta - já estamos em cima da hora.

– AH NÃÃÃÃÃOOO!!! – o grandão tentou protestar mas não teve jeito. Fomos sem café mesmo.

Uma hora depois

Já estávamos na igrejinha há uns vinte minutos e nada da missa começar.

– Mãe, aposto que quem vai celebrar a missa é o padre Ambrósio. – disse Alice ao meu lado no banco. Esme estava do outro lado com Emmet e Carlisle e Edward estava ao lado de Alice.

– Porque diz isso minha filha ?

– Pela demora né mãe? – Alice cruzou os braços fazendo bico. - Já era pra ter começado e eu estou morrendo de fome.

– Eu também estou – resmungão Edward falou. Ele estava muito estranho desde que Carlisle informou da missa.

– Todos estamos, – esbravejou Esme - mas que coisa! Custa esperar só mais um pouco?- todos abaixaram a cabeça. De repente um sininho começou a tocar.

–FINALMENTE! – Carlisle que estava mudo até aquele instante abriu o bocão levando uma olhada mortal kombat de Esme. Ele também abaixou a cabeça rapidamente. Quem mandou marcar missa de madrugada?

Logo em seguida entrou um padre bem velhinho mas tinha um olhar tão doce que tive vontade de carregá-lo.

– Ele é bem idoso Bella – disse Esme - mas é o melhor padre da região; por isso não o tiram daqui.

– Em... intenção... de dona... Inácia.... Silveira...- o padre começou a falar de forma pausada entre respiração e suspiros - que... completa.... hoje um mês... de morta....

– Não acredito nisso. – Alice disse olhando pra janela. Olhei na direção e Jasper balançava os braços a chamando. – Ouve alguma coisa com o Jasper mãe. Já volto – se levantou e quase correu em direção à porta.

Senti alguém se arrepiando do meu lado olhei e vi que Edward fazia o sinal da cruz. Eu heim, cara mais estranho.

– Também... em intenção... a uma querida jovem.... que está aqui.... com seus amigos.... e familiares.... pedindo pelo.... seu desaparecimento... – olhei em volta . Ângela estava aqui? Onde?

– Não ligue Bella às vezes padre Ambrósio é meio confuso – disse Esme em meu ouvido. Sorri sem graça.

– ...que ela... apareça... onde quer... que esteja... com vida... ou sem... – o quê só pode tá de brincadeira. Olhava incrédula para aquele senhorzinho - pois todos... estão... preocupados... com ela.

– Com vida ou sem – resmunguei - não entendi. Olhei e Esme apenas balançou a cabeça .

– Sua irmã... anabella... está ...muito preocupada. – continuou o padreco.

– Meu nome é Isabella – coxixei tentando corrigir ele. Que padre mas sem noção;

- Sem contar... que... quando.... – continuou o padre - uma alma.... desaparece... duas... entram.... no purgatório.

– O quê? – disse pra mim mesma.

– ROOOOOOOOONC. - Quê isso? Era um ronco? Olhei pro lado e vi Esme dá um cutucão em Emmet.

– AMÉÉÉÉMMMMMM - gritou Emmet levantando com a mão erguida.

– Senta ai- Esme deu um puxão no braço dele fazendo se sentar de novo.

– Embora... os mortos.... não voltem... do além.... – continuou o padre Ambrosio sem perceber o pequeno show de Emmet - é sempre.... bom ...a gente... ficar atento..... pois vai que... - Eduard começou suar ao meu lado passando as mãos na testa molhada. - que quando.... a gente... menos espera.... pode ser... um de nós... temos que.... ficar atentos.... pois o dia... de amanhã... pode ter... sido ontem...

– ROOOOOONC - outro cutucão no grandão.

–AMÉÉÉÉÉMMMMM.

– Mas será possível Emmet? – dessa vez deu beliscão nele.

– Poxa mãe – reclamou massageando o braço - eu disse que não queria vir. Essa missa é muito cedo e eu ainda estou com sono e com fome.

Carlisle pôs a mão no rosto, não sei se pra rir ou chorar do filho. Uma mão gelada segurou a minha. Olhei e Edward estava todo suado e branco que nem uma vela.

– Ei você ta bem?- perguntei a Edward que ainda segurava firme minha mão.

– Acho...que vou... desmaiar. - ele disse ofegante.

– Vamos lá fora então. – me levantei dando apoio físico e moral ao manezão do Edward. Que isso, fala sério. De repente a porta da igreja se abriu e uma imagem toda branca apareceu.

–AIIII...DONA IIIIIIIIII- Edward começou a falar mas se estrebuchou todo ao meu lado caindo no chão. Que doideira.

É... já vi que ele tem é um CAGAÇO DE ALMA PENADA.