Caçadora - Reflexo da Morte escrita por Sarah


Capítulo 10
Capitulo IX


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, espero que gostem :)



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O beijo foi ficando mais intenso do que nunca, Aleesa arranhava as costas de Dean enquanto o mesmo se ocupava de tirar a blusa dela. Beijos no pescoço, toques nos lugares certos e o clima quente.

Ambos tinham o desejo, ambos queriam aquilo e estavam loucos de  vontade. Logo ambos estavam só com a roupa intima, mas quando Dean ia tirar-lhe a calçinha ela o empurrou.

Dean a olhou sem entender, ele achou que ela também quisesse aquilo,que também estivesse com aquela vontade tanto quanto ele. Mas aparentemente ela não estava afim daquilo.

Aleesa estava com as mãos na cintura, como se o desafiasse a tentar alguma coisa. Dean tentou chegar perto dela, achando que era um jogo. Mas ela o chutou na barriga para longe.

- O que foi? – pergunta Dean sem entender nada.

- Não da pra fazermos isso – disse Aleesa.

A mesma mordeu o lábio inferior, não parecia com vergonha, arrependida ou qualquer coisa do tipo. Sua expressão era indecifrável, não era nenhuma novidade. Ela parecia gostar disso.

Dean queria entender tanto o que se passava pela cabeça dela. Sempre que não conseguia entender algo sobre ela se confundia, queria estar ali para a confortar o maximo possível.

- Não me diga que é virgem – disse Dean zombeiro.

Aleesa o olhou com um olhar mortífero, odiava demais aquele sorriso que vivia brincando nos lábios dele. Era isso que ela devia sentir por ele ódio, não ficar se agarrando e quase indo pra cama.

Se a razão não tivesse falado mais alto, ela provavelmente se arrependeria muito quando acordasse. Não podia fazer isso, não podia ficar com ele de todo e qualquer modo. Era ridículo.

Uma coisa pecaminosa demais para ser real, não podia nem sequer desejar esse caçador machista e galinha. Quer dizer, ele é um ridículo caçador que adora ficar com toda garota que vê pela frente.

Mantém sua expressão indecifrável, não gostava quando as pessoas sabiam o que estava pensando e isso a deixava fraca. A missão começariam em pouco tempo, lhe daria umas informações. Apenas as suficientes.

- Se fizermos isso não vou me concentrar na missão – disse Aleesa indo de vestir, não parecia alterada – devíamos chamar o Sammy.

A mente de Aleesa estava a mil por hora, todo o quebra cabeça estava se arrumando e o mistério já estava praticamente selecionado. O problema era juntar tudo, precisaria de Sam mais do que tudo.

Por mais que soubesse que era boa, que aquele não era o primeiro caso difícil onde teria que quebrar a cabeça. A jovem demônio de cabelos Pink teria que engolir o seu orgulho e pedir ajuda a Sam.

Sam era o melhor caçador em pesquisa que ela conhecia e teria acesso naquele momento. Sam teria que chegar ali voando, faltavam 3 horas para o horário em que Alastor estaria mais forte e seria o fim do mundo se ele conseguisse o que quer que quisesse.

Sabia que teria que explicar tudo o que sabia, que isso seria chato e que o relógio estava rodando. Estava nervosa, aquele caso tinha mais coisas pessoais sobre ela do que um dia poderia revelar.

Não demorou muito até que Sam chegasse, ele estava usando roupas amassadas e parecia curioso quanto ao que estava realmente acontecendo. Aleesa respira fundo antes de começar a falar.

- O caso não acabou Sammy e Alastor tem haver com isso – começa a soltar a vampira de cabelos Pink – o jogo do copo quando usado com um tabuleiro de vidro libera um espírito que deve aprisionar as almas das participantes em um espelho... A ultima tem um destino diferente. Com Georgina foi parecido, ela esta de certo modo viva. Daqui a algumas horas será as 3 da manhã, a hora em que esse espírito estará mais forte e Alastor fará a proposta para Mariane a ultima garota. Temos que descobrir onde é o esconderijo e como libertar as garotas.

Sam tentava assimilar tudo o que ouvia, sem tirar os olhos de Aleesa. Ele não podia deixar de a admirar, ela era incrivelmente forte e linda. É ela era a garota mais linda que ele já vira desde Jessica.

A questão é, poderia ele estar apaixonado por ela? Ele não tinha certeza alguma sobre isso mas antes precisava saber se seu irmão chegou a ter algo com a demônio de cabelos Pink.

Dean decidiu ir buscar café, enquanto os dois CDF’ s inteligentes ficavam ali quebrando a cabeça. A questão era, o que aqueles dois iriam fazer ali enquanto estavam sozinhos?

Ele sabia e tinha certeza que Aleesa não era aquele tipo de garota que fica brincando com as pessoas e ficava com tudo mundo. O tipo que ele sempre ficava e gostava de chamar de prostitutas.

Aleesa arrumava seu “pequeno” armamento quando percebe que Sam não parava de a encarar. Ela não estava envergonhada, aquilo era um sentimento desconhecido para ela. Na verdade ela estava intrigada quanto a isso.

Já Sam estava envergonhado, não planejava ficar olhando tampo para ela mas aquilo já havia fugido de seu controle a um bom tempo. Apenas lhe lançou um sorriso e voltou a pesquisar.

Não demorou muito ele voltou a admirá-la e ela a perceber. Aquele jogo poderia ser divertido se o momento não fosse tão critico e o relógio não estivesse em contagem regressiva. A demônio respirou fundo antes de começar a falar.

- O que foi Sammy – disse ela.

- Acho que vou falar com meu irmão – fala Sam saindo rapidamente dali.

Ele teria que perguntar para Dean ,teria que ter certeza que ambos não tinham nada antes de investir. Seu irmão era muito importante e não poderia deixar a demônio encantadora ficar entre eles.

Achou o irmão na secretaria do hotel olhando as pernas de uma moça, é aquele definitivamente era o seu irmão. Foi até ele, aquele assunto era bem serio mas ele não podia mostrar seu interesse no mesmo.

- Dean posso te perguntar uma coisa? – disse Sam direto.

- Claro – Dean desvia o olhar das pernas da garota.

- Você é Aleesa tem algo – disse Sam.

- Não, porque – Dean tentava parecer imparcial.

- Parecia estar um clima estranho entre vocês – disse Sam vibrando por dentro – acho que vou voltar a pesquisar.

Sam subiu com um pequeno sorriso no rosto, era a sua chance de ficar com ela. Não sabia como acabaria a missão ou o que podia acontecer, teria que aproveitar aquele momento único.

Aleesa estava terminando de colocar um silenciador na Colt quando o viu entrar, aquele sorriso outra vez a intrigou e também estava com um mal pressentimento. Não entendia por que, mas as vezes se sentia em uma novela.

- Aleesa eu tenho que te falar uma coisa – disse Sam tomando coragem – eu gosto realmente de você.

- Como? – a demônio poderia esperar por tudo menos por aquilo.

- Eu acho que estou te amando – Disse Sam chegando mais perto.

Agora ela teria que escolher um destino, um caminho e alguém. Com quem ela devia ficar Sam e Dean? Ela sentia alguma coisa por Dean, aquele jeito dele era de longe fácil de se apaixonar. Havia algo nele que fazia ela querer o beijar varias vezes mas Sammy...

Sam era doce, carinhoso, amoroso. Um namorado perfeito para qualquer tipo de garota, não seria difícil se apaixonar por ele mas não era ele. De certo modo Aleesa não era romântica e isso mudava tudo.

- Sammy eu gosto de outra pessoa e você não gosta de mim – disse Aleesa baixo, medindo as palavras – isso não passa de atração e eu vou te mostrar.

A maioria das garotas diria um curto não ou no maximo daria vários motivos para eles não ficarem juntos ou até mesmo diria que é noiva de um cara que nem existe. Mas isso não era típico dela.

Aleesa simplesmente beijou Sam, mesmo aquele beijo podendo ser dito como perfeito para quem visse. Qualquer pessoa que visse diria que era um beijo lindo de dois apaixonados ambos sabiam que aquilo não era verdade.

Não havia nem um pingo de sentimento, de nenhum dos lados. Eles não se amavam e no maximo sentiam atracam um pelo outro. Não, a verdade é que o que eles realmente sentiam era bem mais forte do que isso. Eles se amavam, como irmãos.

Eles se separaram por falta de ar e a primeira coisa que viram foi um Dean chocado, confuso e curioso. Ele estava irritado, se sentia enganado e traído por ambos, mas ele não era namorado de Aleesa para brigar.

- Acho que interrompi os namorados – disse Dean sarcástico.

Aleesa apenas murmurou no ouvido de Sam palavras calmas, palavras importantes que só eles entenderiam. Chegou bem perto de seu ouvido apenas para dizer: “Já provei o que queria, agora é com você acreditar ou não”.

Depois disso Sam foi até o computador ler o que achou, era melhor fingir que aquele momento nunca havia chegado a existir, afinal não fora nada de mais. Apenas algo que ele precisava saber e fazer para seguir em frente.

- Os maias diziam que o único jeito de libertar uma alma presa no espelho é quebrar o espelho principal  com uma faca de sal – lê Sam – o lugar do ritual seria cheio de espelhos, pro isso tive uma idéia. O estúdio de dança Princesa Amanda.

O clima estava definitivamente estranho, mas eles não podiam fazer nada quanto a isso. Pegaram suas armas, mas havia algo que os dois irmãos tinham que saber e que era de extrema importância.

Como fariam o ritual parar, eles não tinha pesquisado sobre isso e Aleesa não comentara como faria aquilo. Mas não dava para perguntar para ela, não quando já estavam na estrada e ela estava na frente de moto.

Chegaram depois de alguns minutos no estúdio de dança Princesa Amanda. Era uma casa de dois andares em um tom de rosa claro, muito bem cuidado onde o muro mostrava varias bailarinas fazendo paços diferentes. O lugar poderia ser lindo durante o dia, mas naquela noite nenhum deles parecia gostar.

Talvez fosse por saber o que realmente estaria acontecendo em pouco tempo se não conseguissem impedir Alastor. Aleesa prendeu os cabelos em um coque mal feito e olhou para eles.

- Querem perguntar alguma coisa? – disse ela fria.

- Como vamos deter Alastor – disse Sam.

- Eu vou detê-lo já sei como, quando terminarem de salvar as pessoas saiam daqui – disse Aleesa – eu confio em vocês, mas será mais seguro.

- Nós não vamos – disse Dean serio.

- Vão sim – Aleesa bate o pé no chão – sabe por que? Porque eu sou a filha daquele canalha, mesmo não tendo todos os poderes sou filha dela e só eu vou conseguir parar o ritual. Eu sou Calipso a herdeira do inferno e nada pode mudar isso.

Aleesa não esperou para ver a reação deles, sabia que seria de longe uma de puro desapontamentos. Eles não entendiam a complexidade de ser ela, tudo o que ela chegou a sofrer e muito mais. De longe não seria fácil isso, não seria nem nunca chegaria a ser.

Entrou no estúdio de dança esperando qualquer coisa e/ou movimento para atirar, não sabia o que viria daqui pra frente ou se sairia viva dali. Apenas que aquele ritual não poderia acontecer.

Aleesa passou toda sua existência recebendo ordens de como agir e o que sentir. No final isso não serviu para nada, acabou cometendo os piores dos pecados que qualquer um que nem ela poderia cometer: Ela desejou, ela amou.

No fim havia confundido o ódio, a vontade de matar aquele garoto irritante com o verdadeiro amor. É estranho como no fim as coisas terminam, principalmente agora que o fim chegou.

Vai morrer, morrer e ele vai ficar. Como sempre deveria ter sido, só se sente mal porque não pode dizer adeus, olhou bem no fundo daqueles olhos frios que provavelmente iriam a matar..


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