Caçadora - Reflexo da Morte escrita por Sarah


Capítulo 11
Capítulo X




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Aleesa narrando

 

Eu estava nervosa, olhei no relógio novamente. Os garotos já haviam entrado a alguns minutos e logo seria a minha deixa. Não sei exatamente o que vou fazer quando estiver cara a cara com o papai, nem ao menos sei se vou sobreviver.

Respirei fundo, estava na hora de eu entrar. Mas, não sem antes tomar algumas precauções com os meus poderes demoníacos para que nem um dos dois interrompesse a batalha.

Mesmo que Dean me odeie, eu não conseguiria fazer isso com ele. Não me arrependo de ter beijado o Sammy pois sei que era o certo a  se fazer, ele poderia criar falsas esperanças e isso seria ruim. Se eu sair viva, terei que falar com o Dean.

- Bem se é pra morrer – digo com um pequeno sorriso ao deixar um envelope preto na porta – é melhor não deixar pendências.

Depois disso dei um chute na porta e vi que Ana estava ali, então era aquela garota que estava matando  todas as outras. Ela me olhou irritada e vi que todos os espelhos estavam manchados de sangue.

Eu estava em uma sala grande e circular onde tanto a parede quando o teto e o chão eram enormes espelhos. Ana estava dentro de um circulo demonioaco e usa um vestido branco todo sujo de sangue.

- Eu devia suspeitar afinal de contas – falou Ana segurando uma cara de prata – que você iria tentar atrapalhar os meus planos.

- Bem você está errada vadia – falo com o nariz empinado e pegando uma de minhas armas – eu não vou tentar, eu vou arrasar e acabar com os seus planos e os do papai.

- Papai? Então você é a princesinha do inferno – disse ela comprimindo os lábios agora com inveja – bem eu serei a imperatriz da terra.

Não pude evitar de rir. Aquela ridícula era mais burra do que eu pensava. Se meu pai retornasse para este mundo ele a mataria na hora para não ter que pagar a promessa. Uma coisa que poucas pessoas sabem: Quando Sam e Dean acharam que tinham matado Alastor meu pai, eles na verdade só o libertaram da prisão na terra para ele poder se fundir a Lúcifer e o deixar mais forte – e os tornar um só.

- Acho que você vai se ferrar vadia quando ele voltar – falo sarcasticamente antes de pirar e acertar um tiro em um espelho pelo ângulo certo.

Como nos meus cálculos a minha bala que era de vidro com borracha graças a velocidade e o ângulo ia acertando cada um dos espelhos até destruir todos e bater por ultimo na vadia ou melhor no seu colar de espelhos.

- Sua mestiça imunda – falou ela cortando os pulsos e para o meu terror terminando o ritual de trazer Lúcifer para este mundo.

Comecei a me sentir tonta e tudo parecia girar ao meu redor, meu corpo parecia pegar fogo e minhas costas pareciam rasgar a carne viva. Senti todo o ar sair do meu corpo e agora eu sabia, estava me transformando em Calipso.


Dean narrando

 

Por mais que eu me odiasse por isso, eu me preocupava com Aleesa. Sei que ela foi uma idiota traíra por beijar o meu próprio irmão! Quer dizer eu achei que nós tivéssemos alguma coisa.

Durante todo o meu trabalho com Sam para resgatar as garotas eu não o olhava, ou era frio ou até mesmo grosso. Quando finalmente terminamos de tirar as garotas dali – que já estavam com as suas almas – e quando terminamos não esperei Sam para ir até onde Aleesa devia ter entrado.

- Qual é o problema? – disse Sam me prensando na parede.

- Que tal o fato de eu pegar a garota com que eu estava e o meu irmão se beijando? – falei grosso.

- Eu não tenho culpa – gritou ela – e nem ela Dean! Eu te perguntei e você disse que não tinham nada ai eu me declarei pra ela.

- E aquela demônio de cabelos rosa já foi correndo te beijar – falei com nojo.

- Não, ela me beijou e depois disse que era por isso que nunca poderíamos ter nada – falou Sam – não havia química entre nós.

Assim que Sam falou aquilo eu peguei a carta no chão. No envelope preto havia uma carta escrita com tinta prata em papel preto.


Dean seu carrancudo que eu vou matar se rasgar essa carta antes de ler,

 

Antes de você me chamar de vadia ou qualquer coisa do tipo, mesmo eu sabendo que é disso que você deve estar me chamando – no mínimo mentalmente – que tal deixar o Sammy falar. Pensar nunca foi seu forte.

Agora que começou a usar o cérebro e foi inteligente eu quero te pedir desculpas pelo que estou fazendo agora. Sei que escondi muitas coisas, mas enfrentar meu pai é algo que apenas eu posso fazer. Sei que vai ser cabeça duro e tentar entrar, por isso usei meus poderes para impedir. Sei que sou um gênio.

Não sei se vou sobreviver a esta ultima missão, mas gostaria que você queimasse o corpo da humana que eu tenho usado e jogado as cinzas no mar. Outra coisa importante, então leia com atenção eu te amo, mas estas palavras nunca vão sair da minha boca.

 

Aleesa

 

- Sammy nós temos que entrar lá – digo  nervosa – não vou suportar se a perder.


Aleesa narrando

 

Acordei ouvindo vozes e de repente vi meu pai ali em carne e osso bem perto de mim. Havia um pedaço de espelho perto de onde eu estava e pude me olhar no mesmo. Minha pele estava mais pálida, meus olhos tinham uma cor negra de dar medo. Minhas costas doíam como se asas tivessem sido arrancadas dali e eu sentia que estava mais forte, mais poderosa.

- Se a minha filhinha não acordou – falou meu pai com um sorriso maldoso no rosto.

- Olá papai – disse com ódio.

- Não faça essa cara, juntos podemos dominar a terra e escravizar anjos e demônios – falou ele tentando me convencer.

- Prefiro chutar sua bunda bem forte e te devolver pro lugar de onde nunca devia ter saído – digo grosseira.

E então foi naquele instante que uma batalha feroz começou, meus novos poderes – cortesia do burro do meu pai – estavam me ajudando e muito, mas infelizmente ele é mais forte para completar tinha a vadia da Ana ali que queria realmente me matar.

Não havia como eu ganhar, já havia perdido a batalha e meu pai nem se dera ao trabalho de me matar. Não, quem faria isso seria aquela vadia de marca maior que não perecia o chão que pisava.


Sam narrando

 

Naquele momento precisão era tudo e  único jeito de conseguir entrar ali era usar os meus poderes demoníacos. Ao mesmo tempo eu também devia ter cautela, eles não devia notar que estamos entrando ali.

Finalmente conseguimos entrar e quando estamos entrando quase na porta vi uma garota de costas presa em uma jaula, havia um tipo de escudo que não permitia que nem eu ou Dean entrássemos ali.

Eu via o quanto Dean estava aflito por causa de Aleesa, ele a amava de verdade e era correspondido. Por algum tempo eu achei que amasse Aleesa de verdade, mas eu apenas a veja como uma grande amiga e a irmãzinha que eu nunca tive.

- Ela vai ficar bem – eu digo tentando soar confiante, mesmo sabendo que isso era impossível.


Aleesa narrando

 

Passei minha existência recebendo ordens de como agir e o que sentir. Acho que no final isso não serviu para nada, eu acabei cometendo os piores dos pecados que qualquer um que nem eu poderia cometer: Eu desejei, eu amei.

No fim eu havia confundido o ódio, a vontade de matar aquele garoto irritante com o verdadeiro amor. É estranho como no fim as coisas terminam, principalmente agora que o fim chegou.

Vou morrer, morrer e ele vai ficar. Como sempre deveria ter sido, só me sinto mal porque não pude dizer adeus, olhei bem no fundo daqueles olhos frios que provavelmente iriam em matar. Minha assassina apenas deu uma risada infantil.

- No fim você vai morrer antes da sua irmãzinha – disse Ana.

- Irmã? – falei assustada.

- Ah claro, você não sabia que é gêmea – falou meu pai rindo – você é meio demônio e ela é meio anja.

Então ele pegou a garota que estava dentro de uma jaula, só agora eu notei a jaula é isso que da ser desatenta , e a empurrou até onde eu estava. Ela me olhava tão chocada quando eu estava.

A minha suposta irmãzinha que ninguém se deu ao trabalho de me apresentar. Tem cabelos loiros cacheados, pele bronzeada, olhos azuis brilhantes, usava um vestido branco e estava repleta de machucados.

Nossas mãos se tocaram por leves segundos e sentimos  poder que tínhamos juntas. Nós só teríamos uma chance de sobreviver e impedir o apocalipse e era trabalharmos juntas.

- Vamos – disse ela segurando a minha mão.

Não sei como, mas nós duas começamos a falar ao mesmo tempo palavras em uma língua de anjos e demônios tão antiga que nem eu sabia direito como eu sabia a falar perfeitamente.

Meu pai e Ana começaram a gritar de dor, mas eu não me virei para os olhar. Continuei falando aquelas palavras que eu própria mal entendia olhando para a minha irmã da qual eu nem sabia o nome.

Eu sentia o poder sobre nós fazer uma barreira bem forte quando as portas do inferno se abriram e todo aquele ódio e dor emanavam dali. Eu estava fraca, mas isso só fez com que eu usasse mais os meus poderes para tentar fazer com que tudo aquilo parasse.

Quando finalmente aquele inferno pareceu acabar eu sorri para a minha irmã e a abracei bem forte. Eu não estava mais sozinha no mundo, tinha alguém com que dividir toda a minha dor e que sabia o que eu sentia pois também vivia aquilo.

De repente vi Dean me abraçando forte e eu sorri para ele e o beijei com força eu estava feliz. Muito feliz por toda aquela merda de inferno ter acabado e meu pai ter se dado tão mal quanto ele merecia.

- Você está bem – disse ele feliz.

- É claro que estou, vaso ruim não quebra – falo com um sorriso – meninos quero que conheçam minha irmã... qual o seu nome?

- Evangelize – disse ela sorrindo – e você é?

- Aleesa – digo e beijo Dean de novo.

- Então nós podemos dormir agora? – falou minha irmã com a voz fraca – estou morrendo de sono.

- Claro, mas antes deixe-me apresentá-la a Sam e Dean – digo apontando ambos com o dedo  vamos viajar com eles.

- Vocês vão? – falou Dean sorrindo, mar incerto.  

- É claro, ou acham que vou deixar vocês sozinhos – digo apertando a bochecha de Dean – sou que nem a chiclete grudo e não solto mais.

Dean me beijou animado e eu vi pelo cantos dos olhos que tanto minha irmã quando Sam conversavam com as bochechas coradas. Pode ser a minha imaginação, mas eu acho que dali vai nascer um grande amor.


FIM

Então agora finalmente chegamos ao fim da fic, fi muito legal a escrever e espero que tenham gostado

Se vocês pedirem eu faço um epilogo com algo tipo o futuro deles... Se quiserem digam.

 


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