OTAMV 2: A Prima escrita por Azzula


Capítulo 3
Inconsequente


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAA, olha eu aqui!
Me desculpem, MEEEEESMO,por demorar tanto em postar. Estou numa correria em busca das matérias que perdi nesse bimestre e enfim... Vou tentar postar o proximo capítulo amanhã mesmo, porque estou mais ansiosa para o que vem a acontecer *MUAHAHAHAHA*
Esse é mais daqueles capítulos que deixam armadilhas para os proximos... Estou sofrendo de um bloqueio terrível, mas espero que gostem desse cap! Eu comecei a escrever ele umas mil vezes,de maneiras diferentes /morre.(desculpem-me qualquer erro de portugues... eu revisei, mas meu word esta uma bosta e eu posso ter deixado escapar alguma coisa, mas acredito que não) Boa leitura meus amores ♥ *notas finais* A MÚSICA DESSE CAPÍTULO É: All Fall Down - One Republic [/achei que da um clima



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Eu encarei os olhos de Kiseop por alguns segundos, imóvel e cálida. Não sabia bem o que dizer, talvez não houvesse o que dizer;

_ Você é mesmo surpreendente! – sorriu irônico.

_ Kiseop eu... – procurava pelas palavras certas, que pudessem desculpar-se por mim.

_ Esqueça! – afastou-se um pouco. – A onde eu estava com a cabeça?

_ O que...

_ Fique tranqüila Ana... – interrompeu-me. – Eu não vou mais atrapalhar você! Não vou mais atrapalhar sua vida amorosa com JunHyung... Vocês são perfeitos afinal, dois idiotas!

_ Kiseop

_ Como eu pude ser tão babaca ah? – sussurrava, assegurando-se de que ninguém nos ouviria. Mas apesar de tudo, seus olhos eram cansados, o que fez com que eu sentisse ainda mais culpa. – Eu desisto de você! Desisto de tentar entregar meus sentimentos! Você não vale a pena... – disse indiferente, contemplando o chão escuro a sua frente.

_ Não... – procurava pelas palavras desesperada, mas elas insistiam em sumir.

Completamente em pânico, sem ter o que dizer, senti algumas lágrimas fugindo de meu controle, odiando-me por ser tão fraca. Fraca em todos os sentidos.

_ Pensando bem agora, chego a me envergonhar por ter me apaixonado por alguém como você! Uma garota sem escrúpulos, falsa e mestiça! Só agora enxergo o quão ridícula você é...

Estava paralisada, digerindo suas palavras frias, enquanto sentia o chão sumir debaixo dos meus pés. O pior de tudo, é que eu não sabia o que sentir, não sabia como encarar aquela situação.

Mas sabia de uma coisa; estava decepcionada. Decepcionada comigo, por conseguir desapontar a Kiseop, um homem que apesar dos pesares, eu amava. Eu sabia que o amava, e doía ouvir suas palavras tão duras.

_ Por favor... – minha voz saiu em tom de súplica, contrariando-me, enquanto condenava a mim mesma por ser tão chorona.

_ Aish... – suspirou levando suas mão até seus olhos, cobrindo-os. – Eu me envergonho por você! – seu tom era tão baixo, que não seria possível ouvi-lo se eu não estivesse perto demais. – Por você ser tão vadia... E agora, eu a vejo como uma mancha, uma mancha que quero apagar da minha vida, e do meu coração.

_ Kiseop, por favor, me escuta! – disse um pouco mais alto do que pretendia.

_ Não precisa dizer nada, e nem perca tempo se desculpando! – deu de ombros. – O que você faz ou deixa de fazer da sua vida a partir de agora, não me diz respeito! Sugiro que vá correndo, e se entregue logo pra JunHyung, se é que já não o fez com outra pessoa no Brasil... – seguiu para seu quarto enquanto eu permaneci ali, paralisada, desnorteada.

Fui atingida por um milhão de sentimentos desconhecidos, e não tive forças para manter-me de pé. Abaixei ali, em frente a porta de meu quarto, contendo meus soluços que saiam cada vez mais de meu controle.

Fugi dali, preocupada em acordar alguém. Deixei a casa sem nem ao menos pegar um agasalho, e encarei o frio despreocupada com o mesmo, queria apenas um refugio.

As palavras de Kiseop não saiam de mim, ecoavam torturando-me a todo o momento enquanto eu seguia pela rua. Passavam das onze horas, mas eu precisava respirar, pensar, entender o que tinha acabado de acontecer.

O vento soprava árduo contra meu corpo, e eu comecei a tremer, sentindo minha pele queimar. Meu rosto sofria ainda mais, com as lagrimas que escorriam aos montes, sendo sopradas por aquela brisa gélida, mas eu não conseguia cessar. Andava pelo meio da rua, sem me importar com a possível aparição de um carro, soluçando e muitas vezes, perdendo o fôlego, enquanto Kiseop ainda falava dentro de mim, esmagando meu coração.

Encostei-me em uma arvore, cansada de andar contra o vento. Eu mal havia percebido, mas já estava um pouco longe de casa. Mesmo assim, não queria voltar. Não queria agüentar Hyori, e nem encarar Kiseop com vergonha.

Aquilo doeu, doeu de uma forma que talvez, não consiga explicar. Talvez nada disso tivesse acontecido se eu não fosse tão indecisa. Mas meu coração estava pisoteado, despedaçado. E o pior de tudo, é que eu chorava por raiva. Raiva por ser tão idiota, tão volúvel e indecisa. Porque diabos eu tinha que amar tantas pessoas?

Foi quando eu percebi justamente naquele momento, quase morrendo de frio, que não suportaria viver sem ele. Que não suportaria viver sabendo o que ele pensava sobre mim. E que havia deixado de me amar.

“Uma mancha que eu quero apagar da minha vida, e do meu coração.”

É claro que eu merecia aquilo.

Pensei que a qualquer momento, fosse enfartar por tanto chorar. Não conseguia controlar meus batimentos, soluçando descontrolada.

E eu nem sequer fui capaz de dizer que o amava. E isso piorou meu sentimento. Porque eu nunca havia dito? Porque eu nunca havia conseguido dizer o quanto o amava, o quanto ter seu sorriso quente ao meu lado era importante pra mim? O quanto amava seu abraço, sua implicância... Estagnei-me.

Tornou-se uma daquelas situações, em que você chora completamente perdida em pensamentos, e eu desejava voltar no tempo e dizer “eu te amo”. Talvez, ouvindo aquilo sair de minha boca pela primeira vez, ele me perdoasse. Mas eu sou burra demais, estúpida demais, e nunca permiti que ele soubesse disso, nunca permiti que ele ouvisse meus sentimentos por ele...

Continuei seguindo em frente, sem a intenção de quietar-me em algum canto. Mas encontrei um lugar interessante, que me ofereceu ajuda e alguns segundinhos de esquecimento.

Era uma feira noturna;

O melhor de feiras noturnas, era o soju de boa qualidade. Entrei em uma das barracas, pedindo uma garrafa e um copo. De início, o ajosshi estranhou minha presença ali, pois já era tarde, e eu não aparentava estar bem. Mas sem dizer uma palavra, ele atendeu ao meu pedido, e eu comecei a afogar a dor.

Ram varias tendas que estendiam-se por uma rua tranqüila, alguns senhores de idade jogavam xadrez mais a frente, outros apenas enchiam a cara como eu pretendia fazer.

Cada gole esquentava-me o corpo, e entorpecia minha mente. Mas aquilo não estava sendo o suficiente. Mesmo um tanto dopada, eu ainda podia ouvir Kiseop, e queria calá-lo. Perdi a conta de quantas garrafas bebi, e terminei debruçada sobre a mesa pequena de metal, resmungando algumas palavras enquanto as lagrimas escorriam involuntariamente.

Rezava para que Kiseop me encontrasse, pois não conseguiria mais voltar pra casa. Na verdade, Kiseop era a única coisa em meu pensamento.

_ Moça... – ouvi alguém dizer.

_ Kiseop, me perdoe! – encarei o rosto que me dirigia a palavra, um rosto desconhecido e embaçado.

_ Você esta bem? – sentou-se na cadeira a minha frente.

_ Siiiiim... – ajeitei meu corpo, tentando me recompor.

_ Quantos anos têm? – bebeu um gole de sua garrafa.

_ Dezessete! – ri.

_ E não é muito nova para estar aqui? Por acaso anda mexendo com drogas? – especulou.

_ Não, não gosto disso e já tenho idade suficiente moço... – eu mal abria a boca para dizer, notando que o homem a minha frente fazia um certo esforço para entender-me.

_ Está sozinha?

_ Sim! – pisquei longo.

_ Ching Woo, veja só... – gargalhou. – Acho que demos sorte, o que acha? – ele falava com um amigo que surgiu por detrás da outra barraca.

_ Encrenca... – o tal Ching Woo disse, sentando-se na outra cadeira. – Oi moça!

Eu apenas acenei com a cabeça, levantando-me rapidamente e cambaleando imediatamente para o lado.

_ Devagar... – o outro levantou-se também, segurando em meu braço. – Não queremos que se machuque...

_ Obrigada! – ri e curvei-me para ir embora.

_ Ei.. Ei! – correu segurando em meu braço. – Pra onde vai agora? Onde você mora?

_ Não sei... – disse respondendo as duas perguntas, tentando me lembrar onde morava, enxugando a ultima lagrima que pousava em meus olhos.

_ Você por acaso é coreana? – ao dizer isso, estudou meu corpo com os olhos enquanto seu amigo se aproximava.

_ Sim e não... – disse a ponto de cair, mas o homem que aparentava ter uns 30 anos sustentou meu peso.

_ Mestiça? – hesitou. Afirmei com a cabeça novamente, cansada da conversa. – Viu Ching Woo, ninguém vai dar falta dela! Quem vai se importar...

_ É, quem vai se importar com uma mestiça!? – eu disse completamente tomada pela embriagues, rindo em seguida.

_ Querida, quer ir a uma festa com a gente? – Ching Woo perguntou.

_ Festa?

_ É, vai ser legal... Eu e Ching Woo estamos indo pra lá e vai ser muito divertido... Poderemos beber, e você vai poder dormir por la se quiser! Amanhã deixamos você aqui... – sugeriu.

Eu parei pensativa, embora não conseguisse manter-me concentrada em um pensamento por muito tempo sem rir. Encarei os dois homens, um alto e magro e Ching Woo um pouco mais forte, com um bigode, e eles não pareciam estranhos. Aquela parecia uma boa idéia. Esquecer a dor, Kiseop, e o desprezo. Me divertir um pouco e fazer mais amigos, fora da escola e talvez com mais cabeça para me aconselhar...

_ Ok... – sorri. – Vamos! – escorreguei.

_ Opa! – gargalhou o mais alto segurando em minha cintura e guiando-me até uma vã escura não tão longe da feira.

O interior da vã era todo de couro, e olhando pelas janelas, não podia ver nada. Meus dois novos amigos conversavam baixo sobre algo no banco da frente, e as vezes olhavam-me sorrindo.

_ Ponham uma música... – sugeri.

_ Ya... Ching Woo, a princesinha pediu por uma música, ligue o rádio! – gargalhou enquanto o outro percorria pelas estações, procurando uma música descente.

_ O que vai ter nessa festa? – perguntei.

_ Muitas pessoas de nossa idade, e de sua idade também... Um pouco de bebida e música, nada demais! – encarei seus olhos pelo retrovisor.

_ Legal...

_ Pegue... beba isso amiguinha! – Ching Woo estendeu-me um copo sorrindo.

_ O que é? – peguei-o, cheirando o líquido com cheiro de morango.

_ Isso é que é uma bebida de adulto! – o homem que conduzia o veículo disse.

_ Certo... – dei um gole, aprovando o sabor, que queimava a garganta ao ser engolido. – É uma delicia! – ri.

_ Você estava chorando, certo? – Ching perguntou. – Porque estava chorando? Seus olhos estarão inchados quando chegar a festa...

_ É complicado... – disse novamente tomada pela dor.

_ Dor de amor? – o motorista interessou-se.

_ Sim! – uma lagrima cretina escapou. – Dor de amor... – sussurrei.

_ O que ele fez?

_ Eu fiz! – entornei o copo, bebendo tudo de uma vez. – Eu amo Jun, e amo ele. Amo ele demais. E agora, ele não me ama mais, porque eu nunca disse que o amava... Agora eu o perdi, e ele acha que eu sou uma vadia... Eu sou uma mancha que ele quer apagar! – tagarelei.

_ Ya... – pude ouvir Ching cochichando para o motorista. – Jung, ela é apenas uma garota! – murmurou.

_ Sei disso... – sorriu baixo, porém, diabólico. – E é disso que gostamos, não é? – continuou cochichando.

_ Não parece certo!

_ Quer amarelar agora? Desde quando fazemos isso? E desde quando você se arrepende?

_ Mas ela é nova demais! – seu tom era preocupado. Eles com certeza falavam de mim, mas eu estava embriagada demais para me preocupar em prestar atenção, ou até mesmo me preocupar.

_ Vai ser bom pra experimentar... Quem vai dar falta de uma mestiça? Estamos fazendo um favor! – riu.

O caminho todo foi silencioso. Podia-se ouvir apenas a música alta ecoando na vã, e as vezes eu atrevia-me a perguntar se já estávamos chegando.

Eu estava impaciente, esperando logo para chegar ao local da festa, enquanto sentia minhas pálpebras pesando. Não queria dormir, não podia... Queria me divertir com meus novos amigos, e conhecer as pessoas novas que me ajudariam com sua amizade.

Precisava que aquela noite fosse inesquecível. Precisava apagar Kiseop da minha mente pelo menos por algumas horas.

Porque continuava pensando nele? Sentindo meu coração sair pela boca sempre que me lembrava de seu beijo? Ele era perfeito, e só agora eu conseguia entender o tamanho de meu amor.

Ou seja, ele precisou quebrar meu coração inteiro, e declarar o fato de querer me esquecer, pra eu sentir a necessidade de dizer-lhe “eu te amo”.

Encostei minha cabeça sobre o vidro, tomada por algumas lembranças felizes que passara com ele. Tomada pelas sensações de seus beijos, voltando-me em mente, e seus abraços. Mas aquilo, àquela altura já não adiantava mais. Kiseop já não me amava mais, já não me queria, desistira de mim. O que eu poderia fazer?

_ Chegamos gracinha! – Ching estapeou de leve meu joelho, despertando-me de meus pensamentos.

Enfim diversão.



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Notas finais do capítulo

Não me matem, porfa! Proximo capítulo promete .-. Aguardem *----*



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