OTAMV 2: A Prima escrita por Azzula


Capítulo 24
9 de setembro - Nori (parte 2)


Notas iniciais do capítulo

No fim das contas, decidi escrever capítulos grandes mesmo... os pequenos não são TÃO entusiasmantes, né? : mas eu espero MESMO que vocês gostem desse... tem surpresa ♥ kk e pela trilionésima vez, me desculpem por demorar tanto :
Boa leitura meus amores ♥



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...

_ Tem certeza de que é esse o filme que quer assistir? Aquele ali parece mais... calmo. – apontou para o cartaz onde o casal sorria feliz com um coração nas mãos.

_ Não, ouvi dizer que esse é muito bom! Jong Guk é um ótimo ator, e eu adoro quando ele é o vilão! – disse, convencendo-a a assistir o filme sanguinário comigo.

_ Você é quem sabe, vou fechar os olhos quando as coisas estiverem feias... – brincou. Agarrei em seus braços enquanto ela carregava a pipoca e eu o refrigerante, e entramos na sala 8, onde poucas pessoas estavam sentadas a espera do início do filme. – Mas me conte, o que aconteceu ontem?

_ Verdade! – disse com entusiasmo enquanto nos sentávamos – Ontem fui ver JunHyung, nós conversamos bastante e cada vez que eu o vejo, me sinto com um peso horrível no coração. Ele mexe tanto comigo, de uma forma que penso se serei capaz de ignora-lo, se por acaso um dia ele me pedir um beijo... – suspirei – outro. – os olhos de Broo estavam cerrados em minha direção, provavelmente julgando-me. Mas antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, continuei falando. – Mas não é sobre ele o que tenho a dizer... – sorri.

_ Então diga Ana, estou tão ansiosa! – pulou no assento.

_ Ok... Quando cheguei em casa, achei que estava sozinha pois não ouvia um som sequer. Fui até meu quarto, troquei de roupa e segui pelo corredor até o quarto de Kiseop, pra ver se ele estava lá... – contei a ela tudo o que aconteceu, rapidamente mas sem deixar que qualquer detalhe escapasse. Brookie riu de minha situação, disse que se tivesse uma mãe, gostaria que ela fosse como SoonHyun, divertida e compreensiva.

O filme começou em 20 minutos, e nós assistimos concentradas a um começo alucinante e instigante. A história sobre a máfia fazia meu sangue ferver por entre as veias, deixando-me tensa e com os olhos brilhando de excitação. Adrenalina, até mesmo nos filmes, era uma coisa fora do comum para mim.

Aos poucos, o que parecia ser um filme policial eletrizante, foi se tornando a história do que havia acontecido comigo a meses atrás, o que fazia com que os sonhos horríveis aceirassem minha mente de uma só vez.


“Você, grite para mim. Grite agora!” – e a fala de Jong Guk fez com que meu coração disparasse, e lágrimas escapassem de meus olhos automaticamente.


_ Ya... você está bem? – Brookie disse apavorada com meu estado. – Venha, vamos sair daqui! – puxou-me para o corredor entre as fileiras, e logo estávamos fora da sala escura e estrondosa de gritos. Pois ao contrario de mim, a garota realmente havia gritado. – Eu disse que devíamos ter assistido ao outro filme! – esbravejou limpando minhas lágrimas.

Minhas mãos estavam tremulas e meu coração disparado, enquanto meus olhos fechados me faziam enxergar os pesadelos em um turbilhão de imagens.

_ Q-quero ir embora. – murmurei amedrontada.

_ Venha cá! – puxou-me pelo braço, guiando-me até a cafeteria do cinema até estarmos a andar pelos corredores do shopping, quando de repente puxou-me para um abraço. – Feliz aniversário, minha amiga. Eu te amo muito, você é uma das pessoas mais importantes pra mim, e a nossa amizade foi a melhor coisa que me aconteceu em tempos! – disse afagando minhas costas. – Continue sempre sendo essa cabeçuda! – rimos.

_ Obrigada! – disse desfazendo o abraço e encarando seus olhos. – Obrigada mesmo! – desabafei.

E após alguns segundos encarando meu rosto para ter certeza de que eu estava bem, começamos a andar pelo prédio. Quando eu me dei conta, havíamos voltado ao assunto “Kiseop”, que ultimamente parecia ser o preferido de Broo, depois de do assunto “Doojoon”.

_ Mas sabe, eu não entendo... Parece que você foge dele, pelo menos é essa a impressão que dá! Parece que você não o quer... entende?

_ Você não faz idéia do quanto eu o quero. – deixei que um suspiro escapasse. – Da mesma forma que ele me quer, mas... – era constrangedor admitir.

_ Mas...? – instigou-me a continuar.

_ Eu quero uma aliança no meu dedo! – despejei – É isso! – admiti derrotada, enquanto Broo ria do meu orgulho – Não que um simples objeto de prata vá resumir o que eu sinto por ele, mas simboliza o compromisso! Um compromisso que sinceramente, eu nem sei se existe! Kiseop sempre arruma um jeito de fugir do assunto, parece até que não me quer dessa forma... como namorada. Pare de rir Brookie! – soquei seu braço – Você não sabe o quanto estou necessitada dele, mas não quero que seja só isso. Não quero que ele se acostume com a nossa relação do jeito que está! Ele precisa entender que é preciso dar passos para as coisas fluírem... – pensava sobre a situação – De qualquer forma, espero que ele se ligue logo, pois eu estou subindo pelas paredes! – rimos.

_ Nós pensamos muito diferente! Sabe, como você mesma disse, é só um objeto de prata, o que muda tê-lo ou não? Kiseop é famoso, acha que ele vai poder assumir um relacionamento assim?

_ Sei disso Broo! Não é a aliança em si, é o significado! É o compromisso! Do jeito que está, parece que eu sou só alguém com quem ele pode transar quando bem quiser... Me sinto tão insegura, e talvez seja essa insegurança que me impede de esquecer JunHyung. Ele sempre foi, e é até hoje, tão claro no que sente, enquanto eu não faço idéia do que se passa na cabeça do idiota do Kiseop... – bufei – Não quero que o mundo todo saiba, mas quero poder chama-lo de “meu namorado” quando estivermos sozinhos. Quero poder me entregar sem o medo de pensar que por um momento, ele possa estar levando isso como uma brincadeira. É egoísmo demais?

_ Não amiga... – passou seu braço por meus ombros – Eu entendo você!

Seguimos pelas vitrines, já passavam das cinco horas e nós estávamos observar roupas maravilhosas e conversando sobre além dela, Jun ter sido o único a se lembrar de meu aniversário.

_ Eu disse que antes de escurecer estaria em casa. – disse olhando no relógio. – No fim nós nem assistimos ao filme, me desculpe por isso.

_ Já estava quase no final, não se preocupe com isso! – sorriu, abrindo sua bolsa. – Eu sei que vai me encher o saco por isso, mas eu realmente gostaria de dar isto a você! – estendeu-me um embrulho.

_ Brookie, não...

_ Lógico que precisava! – sorriu – Como assim, desde quando a melhor amiga não presenteia a outra? Isso é mais que minha obrigação...

Tomei o embrulho em mãos, apalpando o pequeno pacote e sorrindo com a expressão de felicidade no rosto de minha amiga.

_ O que é? – perguntei, ameaçando abrir.

_ NÃO! Por favor, abra em casa, eu tenho vergonha! Só me prometa que vai usar, sim? – piscou, agarrando em meu braço e retomando nossa caminhada.

Tomamos sorvete, conversamos sobre DooJoon e o relacionamento bem sucedido dos dois, e namoramos roupas na vitrine, sonhando alto com vestidos de festa.

_ Eu preciso ir agora. – disse olhando uma mensagem em seu celular. – Você tem certeza de que não quer que eu mande uma mensagem a Kiseop, avisando que hoje é seu aniversário como se você não soubesse de nada? Ou sei lá... sair mais tarde... Não é assim que se comemoram aniversários de 18 anos! – disse tentando me convencer.

_ Estou bem assim! – ameacei sorrir. – Hoje o dia já foi perfeito por ter passado com você! Vou confessar que estou triste por Kiseop não ter se lembrado, mas é melhor assim... Vá lá, DooJoon te chama... – brinquei.

_ Antes fosse! É papai, querendo ajuda com o jantar. Não quer nem ir lá pra casa? – insistiu, e rendeu-se após me ver negando com a cabeça.

Nos despedimos, e vi Broo seguir por um caminho contrario do meu. Eu ficaria um pouco mais ali, sentei-me em um dos bancos próximos a uma loja de vestidos de noiva, e fiquei fantasiando sobre meu casamento. E por mais incrível que pareça, meu noivo não tinha cabeça.

Estava pronta para ir embora quando vi Hyori de longe aproximando-se, com algumas amigas, da loja de vestidos de noiva. Elas pararam em frente a vitrine, e eu fiquei torcendo para que ela não me visse ali.

_ Esse vestido unnie, não é lindo? – perguntou a uma de suas amigas. – Quando eu me casar com meu oppa vou usar algo parecido com esse!

_ Que oppa? Por acaso não esta falando do...

_ Sim! Kiseop oppa e eu vamos nos casar! – sorriu. – Tudo fica mais difícil com a mestiça aqui, mas ela é só um obstáculo que me impede de ser feliz com ele... Pode parecer ruim, mas eu tenho cultivado esperanças demais, principalmente depois do que aconteceu! – disse com entusiasmo.

_ E quanto a estrangeira? Eles estão juntos dong, e pelo que me diz, não vão se separar tão cedo...

_ Aish... Eu tenho planos unnie! Se o que eu sempre quis realmente aconteceu, é questão de tempo até eles se separarem... – retomou seus passos com suas duas amigas e eu pude sair detrás das folhas.

“Que história é essa de... Não, esquece! É Hyori, Chiao Ana, ela não tem medida.” – pensei.

Finalmente pude deixar o shopping, tendo muito cuidado para não esbarrar na prima novamente.


___x___




Assim que abri a porta, notei que ninguém estava em casa. Deixei meus sapatos na entrada e segui direto para o sofá, onde me deitei e liguei a televisão. Passados uns 8 minutos, em que eu assistia a um filme romântico idiota, pude ouvir a porta se abrindo, e Kiseop passando por ela um tanto ansioso com uma caixa enorme em suas mãos.

Encarou-me com um olhar seco e deixou a caixa sobre o chão, seguindo imediatamente em minha direção como se estivesse com muita pressa.

_ Ya... – disse surpresa quando o senti puxando-me pelo braço. – O que...

_ Não iria me dizer nunca que hoje é seu aniversário, não é? – perguntou pondo seus braços em minha volta. – Que tipo de pessoa sozinha é você? – colou sua testa na minha, e um sorriso ensolarado me fez perder o fôlego. – Feliz aniversário meu amor! Que você viva muitos anos, e que passe todos eles comigo. – riu – Saúde, inteligência, amor... Amor e felicidade eu prometo dar a você! – apertou-me em seu abraço. Meu coração batia descompassado em meu peito, enquanto meus olhos estranhamente lacrimejavam. – E falando em felicidade... – afastou-se, direcionando seus olhos até a caixa e seguindo em sua direção.

Apanhou a caixa em suas mãos e deu meia volta, encarando-me como se estivesse prestes a me matar do coração. Como se já não tivesse fazendo isso.

A verdade é que eu era extremamente sensível quando o assunto era ser presenteada. Quando eu não chorava, ficava sem ter o que dizer, dando a impressão de que não gostei, quando na verdade havia adorado. Por essas e outras, preferia nem ganhar!

_ Você não existe... – disse envergonhada enquanto ele pousava a caixa no chão novamente, com um sorriso de satisfação iluminando seu rosto.

_ Calma... você já vai conhecer a mamãe! – disse após ouvirmos um barulho quase inaudível.

_ Ãh? – perguntei confusa.

_ Apenas abra! – sentou-se no chão em frente à caixa, e esperou que eu fizesse o mesmo.

Talvez, naquele exato momento, o que estivesse habitando meu coração fosse a felicidade em sua mais pura forma. Meu coração sentia-se estranho, era uma mistura de insegurança e felicidade, e Kiseop contribuía para que ele batesse exageradamente acelerado.

Eu havia me esquecido da sensação, se ser presenteada por alguém a que se ama muito, sem merecer ou pedir. E ver como ele parecia feliz, me deixava da mesma forma. Sem contar na vontade imensa de beija-lo! Seus lábios pareciam convidativos até demais, e eu passei segundos eternos admirando a perfeição de seus traços enquanto a face dele contorcia-se em ansiedade para que eu abrisse logo a caixa.

Estava feliz. Mais que feliz! Lee KiSeop estava me apresentando a felicidade de uma forma que eu não conhecia, ou que a muito tempo não sentia. Depois de tantos acontecimentos tristes, eu realmente pensei que fosse ser por muito tempo – ou para sempre – uma pessoa amarga, mas não.

_ Eu te amo! – disse apaixonada por aquele sorriso – Eu te amo muito! Obrigada por não se esquecer de mim... – pela primeira vez, Kiseop sorriu constrangido.

E foi então que eu percebi o que estava a minha frente o tempo todo. Não havia no mundo, coisa ou pessoa que eu amasse mais, do que ele. Era literalmente meu sol, o topo dos meus sentimentos. A pessoa que havia feito meu coração voltar a bater alegremente, e em quem eu pensava todas as horas. Aish...

_ Ta... – disse enquanto corava – Abra logo! – rimos.

E quando pousei as mãos na tampa da enorme caixa – vermelha, com pequenos furinhos e um laço azul – senti uma vibração estranha vinda de dentro dela, e mais um grunhido. Quando finalmente abri o embrulho, tomada pela curiosidade e pela surpresa em seguida.

_ OMO! – gritei apaixonada, enquanto ele gargalhava satisfeito. – OMO, OMO... – disse derretida.

Um cãozinho. Olhinhos grandes e brilhantes iluminavam um rostinho extremamente fofo, e um focinho brilhoso deixava-o ainda mais apertável*. A cor caramelo, e orelhinhas caídas de uma forma adorável, era um filhote de labrador, usando uma coleira verde linda.

E explicando o motivo pelo qual detestava ganhar presentes, desabei a chorar.

Ridícula, eu sei, mas a felicidade precisava extravasar de alguma forma. Kiseop apavorou-se um instante, aproximando-se rapidamente e aconchegando-me com o braço a minha volta. Estávamos sentados no chão, eu acariciava o filhotinho ainda na caixa – sem coragem de tira-lo dali – e escondia o rosto em seu pescoço. Agradecida por ele me fazer feliz, de uma forma que jamais acreditei que seria.

_ Você gostou? – perguntou constrangido por me fazer chorar, e eu afirmai com a cabeça, sem conseguir dizer.

Apanhei o filhotinho, aconchegando-o em meu colo e acariciei suas orelhas, rindo quando ele lambeu minha mão. Cheirei seu focinho, me controlando para não apertar demais aquela fofura.

_ Você é incrível... – murmurei inconformada. Um filhote era a ultima coisa que eu imaginava ganhar.

_ Eu sei que você precisa de um amor que não a decepcione. – coçou a cabeça desajeitado – Por isso eu estou dando-o a você. Não que minha intenção seja desaponta-la, na verdade, eu pretendo acertar sempre! Mas é que, eu não sei quando o faço... Eu sempre a desaponto, e nem sempre percebo. Então, quando eu fizer isso, você terá ele – apontou para o filhote – e eu tenho certeza de que ele nunca vai decepciona-la! Nem que ele coma suas roupas, ou sapatos... – riu. – Escolha um nome pra ele! – disse escondendo suas mãos em seus bolsos, afastando-se um pouco de mim.

_ O que você acha de... Nori? – sorri. Nori combinava perfeitamente com aquele focinho preto.

_ Legal... – disse enquanto eu estava distraída, acariciando Nori. Ele fungava quente em meu braço. – Mas, o que você acha de ser minha namorada? – disse como quem não queria nada, mas sorriu ao ver meu espanto quando encarei seu rosto.

E quando menos esperei, ele tirou uma caixinha azul de seu bolso, abrindo-a e estendendo-a em minha direção. E estava ali, o pequeno objeto prata que simbolizava todo o compromisso que eu queria assumir com ele, para sempre.

_ O que você me diz... – disse acanhado – Você aceita? Quer ser minha namorada? – ansiava por uma resposta, enquanto eu nada conseguia dizer.

E quando meus olhos ameaçaram despejar mais lágrimas, ele aproximou-se sorrindo e tomou meus lábios com paciência. Tive a certeza de que ele podia sentir o gosto de minha felicidade aparente, principalmente depois que apertou-me a cintura.

_ Eu aceito. – disse entre o beijo, como se precisasse responder.

Seus lábios brincavam com os meus, e interrompemos o ósculo assim que Nori grunhiu um latido fofo e agudo. Rimos, e ele apanhou minha mão em seguida, pondo a aliança como se estivéssemos nos casando.

_ Desculpe por demorar tanto! Fazer isso foi o que eu sempre quis, desde o momento em que te vi, no aeroporto com o rostinho perdido... Eu só queria fazer em uma data especial. – sorriu enxugando com o polegar, uma lágrima que ameaçava escorrer por minha bochecha – Você pode até se sentir sozinha muitas vezes, mas nunca estará, ok? Eu te amo mais do que consigo dizer, ou demonstrar... Eu sempre te amei, e sempre quero vê-la feliz. Por favor, não deixe de sorrir pra mim! – disse puxando minha mão para seu peito, pousando-a a li.

Caminhei com meus dedos até seu pescoço, acariciando ali enquanto me perdia em sua imensidão castanha. Seus olhos eram lindos.

E para minha surpresa, meu coração pulou para fora do peito, e senti meu sangue fervendo por entre as veias. Sabia muito bem o que isso significava, pois já havia sentido antes, só não imaginava ter aquela sensação dominando meu corpo justo naquele momento. E tomada por um impulso, ataquei seus lábios de uma maneira diferente, aproximando-me o maximo possível e sentando-me em seu colo.

Ele pareceu surpreso, os olhos abriram-se rapidamente, mas logo teve suas palmas em minhas coxas, correspondendo ao meu beijo e invadindo o tecido fino de meu vestido, erguendo-o até minha cintura, deixando minha roupa intima a mostra.

Tomou meu pescoço, beijando-o lentamente e arrancou-me um gemido, que fez com que ele risse satisfeito. Era impossível não gemer. Kiseop era tão bom nisso, que arrancava-me até arrepios. E apesar do tapete da sala parecer um lugar excêntrico, não parecia o melhor lugar para me render ao que muito tempo, estava guardando dentro de mim. E quase que lendo meus pensamentos, ele levantou-se de um jeito desajeitado, puxando-me em seguida para um abraço e retomando os beijos e carinhos, guiou-me até o corredor.

_ E-e Nori? – disse um pouco tonta e desconcentrada, observando Nori a roer a caixa onde antes estava.

_ O que tem? – perguntou olhando rapidamente para o cãozinho. – N-não... Ele está bem... – disse guiando-me novamente até seu quarto.

A cada ação de Kiseop, meu corpo correspondia de uma forma diferente. Tudo contribuía para que eu tivesse ainda mais vontade de tê-lo para mim; e não era só a forma como ele me pegava, ou distribuía carícias pelo meu corpo; era ver que ele também correspondia às minhas caricias da mesma forma estranha que eu.

Entramos no quarto, e ele logo desfez-se de sua camisa, fazendo com que seu perfume se espalhasse pelo cômodo. Grudou no tecido fino de meu vestido – e já amarrotado – e livrou-se dele também, acariciando minhas costas, e brincando com o botão de meu sutiã.

Não conseguia dizer nada. Nos movíamos de forma magnética, seus braços fortes ao meu redor, guiando-me até a cama, onde nos deitamos ainda em silêncio. Eu precisava dele. Precisava dele urgente.

Passeei com minhas unhas por suas costas, sentindo seus pelos ouriçando em seguida, e seu membro rijo contra meu ventre. Deixei que um grunhido escapasse assim que o senti mordendo-me o pescoço, e sua língua quente arrancando-me calafrios tortuosos.

Suas mãos escorregaram por meu sutiã, apalpando meus seios e descendo por minha barriga e pernas, onde agarrou uma de minhas coxas e ergueu-a até sua cintura. Parecia que a qualquer momento, meu coração saltaria do corpo; eu estava completamente hipnotizada por aquele perfume, e aquela pele perfeita e macia.

E talvez, pelo efeito que o perfume causava em mim, senti algo que jamais havia sentido. Uma necessidade estranha, de satisfazê-lo do meu jeito, embora eu não soubesse nem um pouco, qual era o meu jeito...

No embalo desse sentimento, afastei-me um pouco de Kiseop, e em um movimento um tanto brusco demais, o virei sobre o acolchoado, arrancando-lhe um sorrio confuso e acanhado. Estava morrendo de vergonha, mas me deixaria levar por esse instinto estranho.

Levei minhas mãos até o botão de sua bermuda, e me livrei dela rapidamente, passeando com minhas mãos por seu abdômen perfeitamente esculpido, beijando-lhe a barriga, próximo ao cós de sua boxer preta e volumosa. Eu estava um tanto assustada, pois não sabia o próximo passo, mas quando passei rapidamente meus olhos por sua face, notei o anseio estampado, por sentir algo que somente eu poderia fazer; e aquele sentimento encorajou-me a continuar.

Por minha sorte, o cômodo estava um tanto escuro. Nossos olhos já haviam se acostumado com a escuridão, mas não era como se alguma luz estivesse acesa. Aquilo me deixava mais confortável. Pensar que ele não me enxergaria perfeitamente deixava meu consciente mais tranquilo.

E com o coração saltando pela boca, pousei uma de minhas mãos sobre seu sexo – ainda protegido pelo tecido – e o ouvi ofegar. Só aquela sensação era boa o suficiente para me incentivar a fazer o resto. Assim que percebi o que aquilo lhe causava, decidi tortura-lo um pouco mais, acariciando seu membro preguiçosamente, o que fez com que ele levasse uma de suas mãos até meu ombro, e apertasse ali.

Ri. Ri baixinho, de nervoso, mas ri.

Passeei com meus dedos por toda a extensão de seu membro protegido, fazendo com que ele se retorcesse sobre o colchão. Era totalmente excitante. Sem aguentar tortura-lo mais, fui aos poucos abaixando o tecido negro, libertando seu pênis ereto – o que me deixou apavorada, confesso.

Pude ouvi-lo grunhindo de alívio. Sua mão estava agora acariciando-me os cabelos, próximo à minha orelha, em movimentos circulares. Hesitei um pouco, até ter coragem o suficiente para toca-lo diretamente. Era constrangedor, mas necessário. Eu mesma sentia a necessidade, eu queria.

Seus músculos se contraíram quando segurei em sua base, acariciando as veias um tanto tímida, e estimulando ainda mais seu sexo pulsante. Kiseop agarrou-se aos meus fios com um tanto mais de força, o que me permitiu notar seu desespero, quando finalmente aproximei meus lábios de seu sexo, beijando sua glande cuidadosamente.

Ele gemeu. Gemeu de um jeito tortuoso, o que me deixou louca para ouvir mais gemidos como aquele. Foi assim, que perdi o medo e o abocanhei, passeando com minha língua por toda sua extensão, masturbando-o ao mesmo tempo. Meu coração estava mais que acelerado, enquanto ele grunhia baixinho, palavras desconexas.

Estocava seu quadril sutilmente, arqueando suas costas enquanto sua mão livre segurou a minha sobre seu tórax. Nossos dedos se enlaçaram, e ele os apertou com força, enquanto eu o chupava com a expectativa de estar fazendo certo. Kiseop parecia ainda mais desesperado, conforme os segundos se passavam. Agia afoito, mas inesperadamente foi recuando, afastando-me de forma contrariada, com seus olhos fechados e respiração ofegante.

Foi quando eu entrei em desespero. Teria eu, feito algo errado ou inaceitável? Eu não estava fazendo certo?

Me ajoelhei ambígua sobre o estofado, enquanto ele se ajeitava em silêncio sobre o mesmo, deixando-me com milhares de interrogações em mente. Direcionou-me um olhar diferente, e aproximou-se ao notar minha insegurança, ajoelhando-se também sobre o colchão, aninhando meu rosto entre suas mãos.

_ Você é perfeita! – beijou-me a bochecha. Sua respiração ainda era falha, causando-me arrepios. – N-não quero que acabe agora. – disse, levando suas mãos à minhas costas, desabotoando finalmente minha lingerie.

Deitou-me sobre os lençóis, puxando a roupa intima e deitando-se sobre mim. Seus beijos seguiam de meus lábios até meu pescoço, onde mordiscava às vezes. Foi descendo por minhas clavículas, beijando delicadamente a pele sensível, até chegar aos seios, onde distribuiu beijos, mordidas e chupões, que me deixavam acanhada, mas absurdamente excitada.

Grudei em seus cabelos, uma de minhas pernas subindo e descendo lentamente pela lateral de seu corpo, enquanto ele descia com os beijos por minha barriga e umbigo, e suas mãos ainda acariciando meus peitos, apertando-os algumas vezes.

E quando chegou no cós da renda de minha calcinha, mordeu o tecido, causando-me arrepios com seus dentes em meu baixo ventre, e puxou-a para baixo. Não demorou muito para que eu sentisse sua língua invadindo-me, após alguns beijos em minha virilha. Era uma sensação enlouquecedora, que talvez não consiga descrever, mas seus movimentos me deixavam sem fôlego, e eu inevitavelmente gemia como resposta.

Suas mãos agora apertavam minhas coxas, e pressionavam-me contra seu rosto. E quando pensei que estava no ápice da sensação, ele passou a chupar-me de um modo indescritível, que me arrancou um gemido baixo, porém arrastado. Meu coração parecia não bater mais.

Me sentia exausta, quando finalmente atingi o auge do efeito que Lee Kiseop causara em mim. Seu corpo erguia-se sobre o meu novamente, até que ele estivesse com o rosto escondido na curvatura de meu pescoço. Com minha respiração ofegante até demais, acariciei suas madeixas, enquanto ele passou a beijar gentilmente meu ombro direito.

Mas aquilo não era o suficiente. Eu precisava de mais, precisava do principal, e sentia que ele queria o mesmo. Entrelaçamos nossos dedos, enquanto rolamos pelo acolchoado, deixando-me em cima de seu corpo desta vez. Rendi-me ao desejo de mordiscar seu queixo, quando me sentei sobre seu baixo ventre de forma acanhada. Aquela distância entre nossos corpos era algo novo para mim, sentiria falta do atrito das peles, e do calor, mas comecei a provoca-lo, movimentando-me vagarosamente sobre seu sexo já desperto.

Ele ergueu um de seus braços até a mesinha de cabeceira, apanhando um pacotinho de preservativos – coisa que eu já havia me esquecido que existia – e o abriu, contando com minha ajuda para coloca-lo o mais rápido possível, para que pudéssemos dar continuidade ao que fazíamos.

Kiseop pousou suas mãos em minha cintura, apertando-me e ameaçando ditar um ritmo antes mesmo de me manar. E cedendo a um desejo gritante e irracional dentro de mim, deixei que ele me invadisse, assim como queríamos; Foi diferente. Tão diferente, que foi impossível não gemer alto o bastante para que ele se excitasse ainda mais. Todo aquele volume dentro de mim, provocava-me uma sensação prazerosa em demasia. Não havia dor, como na primeira vez.

Acostumei-me com a sensação, e segundos depois, dei inicio a movimentos lentos e circulares, o que fazia com que ambos gemêssemos em aprovação. E sem aguentar meu ritmo, Kiseop grudou em minhas pernas e estocou com mais rapidez, arrancando-me gemidos cada vez mais altos, embora eu tentasse disfarça-los, ou contê-los.

No entanto, apesar daquela sensação ser boa o bastante, não era o suficiente para me fazer gozar. Aquela distância entre nossos corpos me incomodava, eu precisava dele, e do atrito, e de seu suor unindo-se ao meu. Era incrível como Kiseop conseguia estar sempre conectado com meus pensamentos, pois após relutar um pouco, sentou-se sobre o estofado macio, sem interromper as estocadas. Eu estava agora, sentada sobre ele, envolvi minhas pernas ao seu redor, enquanto meu corpo subia e descia sobre o dele de maneira afrodisíaca, seus lábios roçavam em meu pescoço e seus braços envolveram-me em um abraço afetuoso.

Não queria que aquele momento acabasse, mas contra meus desejos, nossos corpos foram aumentando cada vez mais o ritmo, visando atingir o ápice daquele momento o mais rápido possível.

_ Kiseop... – gemi seu nome me sentindo completamente estupida por me render a esse desejo, mas isso só fez com que ele me pressionasse com ainda mais força contra seu corpo, afundando-se por completo em meu interior, deixando-me cega de prazer.

Já não era mais possível suportar, e completamente encharcados pelo suor, motivados pelo som de nossos corpos se chocando, e a cama grunhindo como resposta – sem contar com nossos ofegos – acabamos por gozar. Eu o abracei forte, pressionando meus dedos em suas costas largas, enquanto ele ainda pulsava dentro de mim, envolvendo-me em um abraço do qual eu nunca mais queria me soltar.

Nos deitamos sobre o colchão, ele passou uma de suas mãos por meu rosto, livrando-me da franja ensopada, e sorriu. Um sorriso tão lindo quanto o por do sol, mais lindo que o por do sol, eu diria.

_ Eu te amo muito. – murmurou, beijando uma de minhas mãos, quando esta passava por sua bochecha.

Milhares de coisas passavam por minha mente naquele momento. Uma delas era como eu havia sido abençoada, pois, mesmo perdendo uma família, eu havia ganhado outra, onde havia encontrado o amor da minha vida. Tive sorte por ser acolhida com tanto amor, até mesmo por quem, no inicio, dizia me odiar. Era bom se sentir amada novamente, e eu era amada. Não me restavam dúvidas quando a isso.

Acolheu-me em um abraço, acariciando minha barriga e distribuindo beijos por meu ombro e pescoço, fazendo-me cócegas.

_ Aish... – ri. – Kiseop! – bati em seu ombro cuidadosa, arrancando-lhe um sorriso debochado.

_ Vem, vamos tomar banho! Quero levar você a um lugar... – cheirou meu pescoço, mordiscando em seguida.

_ Onde? – perguntei baixo, sentindo minhas pálpebras pesando.

_ Você não sabe onde é, amor... – apertou meu nariz em seus dedos. – É o lugar que sempre vou, quando preciso pensar... Além do templo! Eu ia pra lá todos os dias quando você não estava aqui... Quero que conheça!



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Notas finais do capítulo

TADÃÃÃÃÃÃ~~~/apanha apidsaodka~dla
dl enfim, espero que tenham gostado! beijos e até o proximo ♥



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