OTAMV 2: A Prima escrita por Azzula


Capítulo 25
9 de setembro - Feliz aniversário, mestiça (final)


Notas iniciais do capítulo

XEGANDUS~ Olá pessoal, a muito tempo não apareço por aqui, né? Bem, depois desse golpe no nyah, confesso que super desanimei a continuar, mas vocês no twitter me dão muita força pra continuar, então não vou deixar vocês na mão!
Bem, capítulo passado eu ia agradecer a todas vocês e acabei esquecendo t__t, então deixem-me fazer isso agora:
Se não fosse por vocês, essa fic não teria chegado aonde está, sinceramente! Vocês me dão força até demais e nem imaginam... cada palavra que eu escrevo é pensando no que vocês vão pensar, então muito obrigada por darem tanto amor à fic! ♥
Notas finais, leiam por favor, e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/216598/chapter/25

_ Não acredito! Esse tipo de infelicidade sempre acontece comigo! – chutou o pneu do carro.

_ Nós precisamos mesmo ir de carro? – perguntei, pegando Nori do chão da garagem e aconchegando-o em meu colo.

_ Quer ir como? Andando? – riu – É muito longe...

_ Então vamos outro dia, sei lá... – sugeri, recebendo seu olhar de reprovação logo em seguida.

_ Aish... – chutou o pneu mais uma vez. – Essa droga não estava assim hoje mais cedo! Nós temos que ir hoje, é importante pra mim... – encostou-se no carro e fechou a cara, pensativo.

_ Tem a bicicleta do seu pai... – debochei, encarando a bicicleta velha encostada no fundo da garagem.

   Quando pousei meus olhos em Kiseop, ele encarava-me com um ar genial, seguiu em minha direção e apertou minha cabeça eufórico.

_ Você... É... Um gênio! – seguiu entusiasmado em direção da bicicleta, apertando os pneus e checando os breques. – Olha, eu pedalo bem... – disse convidando-me a sentar na garupa.

_ Sem chance! Eu tenho medo de cair, e tem Nori... ele não pode ficar aqui sozinho! Kiseop, vamos amanhã!

_ YA! – puxou-me pelo braço – Sem chance! Eu já estou pronto, e Nori disse que quer muito ir, não é Nori? – silêncio. – Então... Senta ai, não vou deixar você cair, confie em mim! – subiu na bicicleta e encarou-me com muita expectativa, seus olhos brilhando de um modo que tornou a possibilidade de dizer não ainda mais difícil.

_ Se eu cair... – disse sentando-me de lado na garupa, apertando Nori contra meu colo e tomando cuidado para ele não cair.

   Kiseop começou a pedalar então. Podia sentir a brisa fresca daquela noite batendo contra meu rosto, e as orelhas de Nori. Um perfume delicioso escapava de Kiseop, e eu grudei uma de minhas mãos em seu tronco assim que ele fez uma curva. Não queria solta-lo, e ele parecia não quer ser solto, também.

_ Nós nunca tivemos um encontro, oficialmente, não é? – limpou a garganta – Como namorados...

_ Não. Kiseop, eu sou sua namorada não faz nem 5 horas... – ri.

_ Eu sei, mas se eu tivesse chamado você pra sair antes, talvez o pedido tivesse vindo antes também...

_ Digamos que o pedido veio na hora certa... Veio junto com Nori. – acariciei suas orelhinhas.

   Um silêncio um tanto confortável nos rondou, ele parecia perdido em mil pensamentos enquanto guiava a bicicleta por bairros que eu não conhecia. Encostei minha cabeça em suas costas, sentindo o perfume ainda mais forte, e apertei meu braço com força a sua volta.

_ O que foi? – perguntou.

_ Nada demais. – suspirei – É que... Ultimamente, eu tenho sido cercada por pesadelos terríveis. Aqueles mesmos pesadelos de antes... Mas quando estamos assim, quando eu estou com você, eles não me assombram nem um pouco. Eu preciso agradecê-lo, por ter me dado uma família quando eu perdi a minha... Por ter ido me buscar, e enfim... – senti seu peito enchendo-se de um ar que ele não demorou a desfazer-se.

_ Quando você foi embora... – suspirou – Bem, eu odeio falar sobre isso, porque desperta um sentimento horrível dentro de mim. Mas quando você foi, senti como se tudo tivesse perdido a cor, ou algo assim... Nada parecia ser forte o suficiente para me reerguer. Mas agora tudo está bem... Enquanto estivermos juntos, tudo ficará bem! – eu não podia vê-lo, mas sentia seu sorriso perfeito desenhado em seu rosto.

   Mais algumas pedaladas, e passamos por um grande portão, que guardava arvores enormes. Descemos da bicicleta, pois a trilha esburacada era arriscada demais para seguir-mos pedalando. Deixei Nori no chão, e o guiei pela coleira verde.

_ Não consigo imaginar a reação da sua mãe quando ela vir Nori... Quer dizer, ela sabe? – perguntei enquanto ele afirmava debochado com a cabeça. – Kiseop, onde é aqui? – perguntei preocupada. O lugar parecia bonito, mas era noite, e estava escuro demais.

_ Você já vai ver... – passou sua mão livre a minha volta.

_ Vai deixar a bicicleta aí? – perguntei curiosa ao ver que a bicicleta encontrava-se encostada sobre um tronco pouco atrás de nós.

_ Quem vai querer esse treco velho? – riu.

   No começo da trilha seguimos silenciosos. As arvores balançavam em resposta ao vento que soprava forte, e somente a luz da lua iluminava nosso caminho, até que nos tornamos mais próximos de um casebre. Parecia um enorme casebre, pelo menos.

   Apertei sua mão com força enquanto subíamos por alguns degraus, e ele parou por um momento, encarando meu rosto.

_ O que foi? Está com medo? – perguntou curioso.

_ Acho que sim... – suspirei – É que, aqui é um pouco escuro, não acha? O que você vinha fazer aqui?

_ Eu gosto daqui, já vai entender porque... Lá dentro é iluminado, vamos? – puxou-me pelo braço até que parássemos em frente a porta.

   A porta ruiu de um jeito engraçado depois que Kiseop fez um esforço para abri-la. Não conseguia enxergar absolutamente nada dentro do cômodo, e assim que entramos, Kiseop fechou a porta atrás de nós e ameaçou soltar nossas mãos.

_ Não! – apertei seus dedos com força. – Não solte... – pedi.

_ Porque? – riu.

   A verdade é que estava apavorada. Meu corpo tremia ligeiramente de pavor da escuridão. Aquele cheiro de madeira  me lembrava muito o lugar onde ficara presa durante os dias em que pensei que morreria, e aquela escuridão me assombrava de um jeito estranho.

_ Não precisa ter medo, ok? Eu só vou ali acender a luz... Fique parada aqui, e conte até cinco, quando terminar já terei acendido as luzes... Ok? – disse ambíguo, ameaçando soltar nossas mãos mais uma vez, e eu suspirei, libertando-o.

_ Um... – pude ouvi-lo contando enquanto se afastava.

_ Dois... – contei rindo.

_ Três... – mais distante.

_ Quatro... – respirei fundo.

_ Cinco! – luzes acesas.

_ SURPREEEEEEEEEEEEESA! – um coro estrondoso soou de uma multidão de conhecidos que surgiu diante de meus olhos, e eu demorei um pouco para assimilar aquilo, olhando confusa para Kiseop do outro lado do salão.

   Começaram a cantar parabéns enquanto eu encarava rosto por rosto, e reconhecia todas as pessoas aos poucos. Prestei atenção em cada detalhe do que por fora parecia um simples casebre, mas por dentro semelhava a um palácio. Arranjos de flores e velas, várias mesas espalhadas e vários amigos sorridentes, encarando-me como se estivessem prestes a morrer de rir de minha reação.

   Brookie safada estava lá, de mãos dadas com DooJoon. Kevin, Key, Onew, Taemin, DongHo e AJ estavam perto de um balcão, onde parecia ser um bar improvisado... JongHyun e MinHo ao lado de uma das mesas; HyungSeun, Yoseob e Gi Kwang estavam mais ao fundo, enquanto Eli, SooHyun e Hoon estavam próximos de JaeSoon appa e SoonHyun omma, e ver aquilo fez com que meus olhos transbordassem em lágrimas.

   Quando pensei que a surpresa não poderia ser maior, olhei para um dos cantos enquanto limpava uma lágrima fujona e vi DongWoon ao lado de JunHyung, que carregava um sorriso lindo e ensolarado em seu rosto, como a muito tempo não via.

_ Você não presta! – disse à Kiseop assim que ele se aproximou, me abraçando. – Como você... – estava inconformada, ainda.

_ Você achou que nós nos esqueceríamos do seu aniversário? – omma disse aproximando-se enquanto o coro de parabéns se encerrava aos poucos, e se transformava em risos contagiantes. – Meus parabéns, meu amor... Que você seja muito feliz e... AIN QUE COISA LINDA! – olhou para Nori derretida. – Qual nome deram pra ele?

_ Nori! – sorri enquanto appa me abraçava.

   Estava me sentindo amada, como a muito tempo não sentia, por todas as pessoas a minha volta. Aos poucos, as pessoas foram se acomodando e havia um Dj na festa... Aquilo era muito maior do que eu imaginava! Algumas pessoas na festa eu sequer conhecia, estavam como acompanhantes e amigos dos convidados, algumas amigas de Hyori, as mesmas que eu havia visto com ela no shopping mais cedo, o pai de Brookie, Charlie e alguns conhecidos da escola também estavam lá.

   No decorrer da festa, cumprimentei todos os convidados e sentia meu rosto dolorido de tanto sorrir, Yoseob engraçadinho como sempre, foi o responsável pela maioria dos meus sorrisos, e aquela noite estava se resumindo em um aniversário muito feliz, uma data que eu achei que passaria despercebida.

   Criei coragem e subi ao palco enquanto os convidados socializavam, tomei o microfone em mãos e decidi dizer algumas palavras, mesmo que com muita vergonha, antes de ter o mínimo de álcool no meu sangue.

_ Bem... Vocês aqui... Juro que não imaginava isso! – ri. – Estou muito feliz, principalmente por ter ganhado uma família tão grande, logo depois de ter perdido a minha... – respirei fundo para não cair em prantos mais ma vez – Muito obrigada a todos que estão aqui, até mesmo aos que pouco me conhecem... Vocês fazem parte da minha vida agora, e não importa o quão diferentes sigam nossos caminhos, espero que sempre possamos nos lembrar de momentos como esse! Espero que vocês aproveitem a festa... – desci no palco e fui de encontro à um abraço com Onew, que me esperava aos pés dos degraus com um sorriso enorme.

_ Pensou que escaparia do meu abraço de urso, ã? – apertou-me forte, dando algumas voltas e me deixando ainda mais tonta. – Feliz aniversário, pequena... Seu presente está naquela caixa alí, junto com o de todos... Foi o Key que escolheu, espero mesmo que você goste...

_ Obrigada! Você me paga Lee JinKi, devia ter me dito alguma coisa sobre isso... – sorri, socando seu braço.

_ E estragar a sua reação? JAMAIS! – gargalhou. – Sua cara foi impagável!

_ YA, ONEW VENHA AQUI... – ouvimos Jong o chamando em meio a gargalhadas, e ele seguiu até seu amigo, me deixando sozinha.

   De longe vi Jun, sentado em um canto acariciando Nori. Não entendia o porque de ele estar afastado de seus amigos, em um clima tão gostoso de festa... Seguia em sua direção, quando Kiseop apareceu na minha frente com um sorriso maior que o sol.

_ O que a aniversariante está fazendo sozinha? – abraçou-me.

_ Ah... – suspirei – Eu ia...

_ Venha, vamos dançar essa música... – puxou-me pelo braço até o meio da pista de dança,  onde alguns poucos casais dançavam. – Está muito brava comigo? – perguntou.

_ Não... Eu realmente não esperava, mas agora não vou conseguir ficar brava com você! Eu preciso agradecer muito, meu amor... Obrigada! – encostei a cabeça em seu ombro, deixando-me levar por sua condução.

_ Quero que aproveite hoje, e nunca se esqueça desse dia! – murmurou. – Eu te amo, então é isso... – riu.

   Continuei ali, naquela imensidão de segurança que ele me proporcionava. A música chegava ao fim, mas eu não queria me soltar, até que senti Kiseop parando bruscamente, e quando vi, Eli estava ao nosso lado.

_ Ya... – sorriu – Desculpe-me atrapalhar o momento romântico do casal, mas Kiseop, preciso apresentar uma amiga a você... – encarou-me piedoso, implorando com os olhos para que eu deixasse Kiseop ir, como se eu fosse impedi-lo.

_ Vão lá... – sorri – Vou beber alguma coisa!

   Fiquei ali parada, vendo os dois se afastarem até finalmente seguir para o bar. Pedi uma dose concentrada da bebida mais forte e sentei-me em uma mesa abandonada, rezando para que ninguém fosse falar comigo tão cedo, queria apenas apreciar os convidados felizes.

   Mais algumas doses da mesma bebida e eu já estava alta, apenas encarando mortalmente Kiseop de longe, que parecia se engraçar com uma das amiguinhas de Eli.

_ Eu não vou até lá! – suspirei – Não vou... Mas quando ele vier vou arrancar a cabeça dele com tanta força e

_ Está falando sozinha? – ouvi uma voz próxima de mais dirigindo-me a palavra.

_ ÃH? – perguntei assustada, acalmando-me um pouco assim que reconheci JunHyung. – Hm... Jun... – suspirei.

_ O que você tem? O que a aniversariante faz aqui sozinha? Você deveria ser o centro das atenções...

_ Não ligo muito pra isso... Eu queria só ser o centro das atenções de uma única pessoa, mas parece que...

_ Você é o centro das atenções pra mim – riu – Mas certamente não é disso que está falando... Está com ciúmes? – perguntou olhando para onde eu olhava.

_ Lógico que não! – disse um pouco alto, encarando-o incrédula e recebendo um olhar de reprovação em seguida. – Quer dizer... Aish, elas são tão bonitas... – disse enquanto uma delas sorria, imitando de um jeito estranho a risada da mesma.

_ Está morrendo de ciúmes! – gargalhou.

_ Jun, não estou! – virei de uma só vez o que restava em meu copo.

_ Vai com calma... Não queremos uma aniversariante bêbada!

_ Quem aqui está bêbada? – debochei.

_ Aish... esquece! Como você consegue ficar bêbada tão rápido? Quantos desse bebeu?

_ Alguns... Não estou bêbada... Jun, algum dia será que eu vou ser tão gostosa como ela? – perguntei incrédula.

_ Ãh? – riu envergonhado – M-m-mas ela é puro osso e

_ Não minta pra mim! Olha só a cara dele... Está na cara que ele quer ir pra cama com ela, está vendo ali ó... Os olhos dele mal se concentram no rosto dela, ele fica desviando e desviando e desviando e desviando... Tudo pra não ser pego em flagrante olhando para os peitos dela e

_ Ele não está fazendo isso... Está óbvio que ele não quer mais estar ali! Olha só, ele sorri quando ela sorri, só por educação... Ela deve ser burra! – disse tentando me consolar.

_ A inteligência não interessa muito nessas horas, não é? O que importa é ela ser um buraco quente pra ele poder se enfiar e

_ Quer mesmo falar sobre isso, Ana? – olhou-me com repulsa.

_ Não Jun... Mas olha... Eu não sou muito inteligente, e ele me quer e sabe-se lá até onde o amor está envolvido nisso... Ele está lá com aquela ridícula e eu estou enchendo a cara de bebida, pra não encher a cara dele de socos...

_ Não seja ridícula! – riu – Você e ciúmes é uma combinação até engraçada, mas seria melhor se você não estivesse tão bêbada e dizendo tantas barbaridades... Está óbvio que ele não quer estar lá... E você não é burra, pelo contrário!

_ Vamos beber mais... – sinalizei para o garçom – Vocês todos tem mania de mentir pra mim... OLHA LÁ, OLHA LÁ... ela cruzou as pernas, quer chamar a atenção dele... Será que ela está de calcinha? Aish sai daí sua vaca, ele é o meu homem! – disse me esquecendo por alguns segundos de que Jun estava ali. – UUURHG e o idiota está sorrindo por quê? Ele deve estar se perguntando o mesmo, deve estar querendo saber a cor da calcinha dela eu vou mataaaaaaaaaaaaarrr os doiiis!!!

_ Ya, pare de agir desse jeito, está ridículo! Acha mesmo que você valeria tão pouco para ele? Aonde está sua confiança? Quer dizer então que você trocou todo o meu amor por um homem que você não confia direito? – dolorido como um soco na boca do estomago.

_ Você pode me odiar se quiser, Jun... – suspirei encostando minha cabeça em seu ombro – E se estar aqui for muito dolorido pra você, pode ir... Eu posso entender.

_ Não importa o quanto doa, não há um sacrifício que eu não faça pra ver você sorrindo como sorriu quando viu todas essas pessoas aqui!

_ Aceita uma dança como retribuição? – perguntei querendo de alguma forma me entender com Jun.

   Poderia estar sendo absurdamente egoísta, mas precisava deixá-lo ir. Dançar, sentir seu abraço enquanto conduzida, eram coisas que me tentavam a ceder a seus encantos, mas do outro lado daquele salão, de conversa fiada com uma qualquer, estava o amor da minha vida e as escolhas em minha mente deveriam ser bem claras para o meu coração.

_ Você não acha que se começarmos a dançar, o esquentadinho ali pode entender errado e...

_ Não interessa o que ele acha, Kiseop não precisa desconfiar de mim... Vai negar uma dança à aniversariante? – chantagista baixa, me desculpe Jun...

_ Você sempre vence com esses argumentos, como se eu conseguisse dizer não pra você! – riu, pegando minha mão e me levando para a pista de dança.

   Não era como se nós não nos conhecêssemos, pelo contrario, eu conhecia muito bem aquele cheiro, aquele corpo e o carinho com o qual me conduzia, ao som de uma melodia desconhecida.

   Por um momento as coisas sumiram, todas as pessoas em volta, e tudo girava – talvez pelo efeito da bebida – mas ele me segurava tão forte que não temia cair um segundo sequer.

_ Sabe... Não sei se já disse isso, mas quero ver você feliz! Ainda não dei feliz aniversário pessoalmente, mas acho que posso substituir as felicitações dizendo que te amo, mais uma vez – riu envergonhado – Não sinta isso como um sentimento ruim, o que eu sinto por você é algo tão bom... Não quero que se sinta culpada, sou feliz assim, amando você desse jeito desconhecido pra mim... – suas palavras soando baixas e calmas em meus ouvidos – E embora isso pareça estranho ou masoquista, é bom que você esteja com ele! Quer dizer, você brilha de um jeito que eu nunca a vi brilhar, e é bom que ele te faça feliz assim...

_ Jun, não precisamos falar disso... – era inevitável não sentir um peso em cada uma de suas palavras – Me conte sobre você, o Beast, os meninos, os compromissos... Toda vez que voltamos a esse assunto, sinto como se tivesse uma dívida ainda maior com você, não importa o quanto diga para eu não me sentir assim! – suspirei.

_ Ok, então...

_ VAMOS CANTAR PARABÉÉÉÉÉÉÉNSSS! – Kevin aproximou-se de mim, puxando-me pelo braço enquanto a música interrompeu.

   Todas as pessoas me olhavam com sorrisos esperançosos e otimistas, enquanto Kiseop deixou a garota sentada a tagarelar sozinha, e aproximou-se mais e mais, trocando alguns sutis olhares com JunHyung, pelo que pude perceber.

   Quando dei por mim, Nori estava aos meus pés, lambendo meus sapatos de um jeito adorável, o tomei em meus braços e sorri envergonhada enquanto todos cantavam parabéns em coro. Onew berrava mais do que todos, batendo os talheres na mesa e sendo acompanhado por JongHyun nessa baderna.

   Aos poucos, Key que logo agarrara em meu outro braço, foi me conduzindo até a mesa com um bolo enorme, onde eu soprei as velas de 18 anos e pedi felicidade à todos naquele lugar. Kevin murmurou “pra quem vai o primeiro pedaço?” e eu senti um nó no estomago por ter que escolher uma só pessoa.

_ Bem, o primeiro pedaço vai pra uma pessoa muito importante, que mudou minha vida em todos os sentidos... – comecei – Me deu uma família, atenção, afeto, muito amor, e supriu todas as minhas carências, principalmente depois de acontecimentos terríveis... Omma, muito obrigada por tudo mesmo, sei que um bolo não é nada, comparado a tudo o que faz por mim!

_ Minha querida... – aproximou-se deixando algumas lágrimas escaparem.

_ Sem choro, por favor! – disse esforçando-me para não ter o mesmo fim.

_ Você foi a maior alegria que nossa família recebeu em tempos... Nós amamos você também! – abraçou-me.

   Dei me conta de que um tempo pra cá, SoonHyun realmente era como uma mãe pra mim. Não que ela tivesse tomado o lugar de minha mãe, mas em meu coração, os laços sanguíneos pareciam realmente não importar.

   Alguns convidados se deliciavam do bolo, outros dançavam e comemoravam felizes uma data tão especial para mim, e que antes eu não fazia questão de comemorar (...)

_ Dança comigo de novo? – Kiseop aproximou-se com um sorriso lindo.

_ Hm... – sorri, afirmando com a cabeça e gargalhando assim que ele puxou-me bruscamente para si. – É uma dança ou você está me agredindo? – brinquei.

_ Idiota! – beijou o pé de meu ouvido, mexendo-se lentamente enquanto a música agitada fazia todos a nossa volta pularem. – Lembra a primeira vez que dançamos? – perguntou.

_ Não... – respondi sem jeito, pois realmente não me lembrava.

_ Sério mesmo? – arregalou os olhos – Pra mim que as garotas sempre se lembravam de coisas como essas... – fingiu estar ofendido.

_ Quando foi? Talvez eu me lembre se você disser...

_ O baile de formatura, quando ganhamos de rei e rainha e tivemos que dançar, aquela foi a primeira vez em que eu a senti tão perto, e pareceu ser pior, porque depois eu me pegava pensando nisso o tempo todo! – riu.

_ Me lembro vagamente disso... – debochei – Acho que naquela noite bebi demais, mas me lembro que foi sabotagem sua... Aish, só me lembrar disso faz com que eu tenha raiva de você novamente, sabia? – rimos. – Você era tão sujo e trapaceiro...

_ Não é isso! – gargalhou – Você me odiava tanto que jamais dançaria comigo se eu pedisse! Estou errado? – arqueou a sobrancelha.

_ Em partes! Trapaça nunca é o melhor jeito, Kiseop...

_ Que seja... – bufou – Mas confesse... – sorriu de lado – Você gostou, não gostou? Pelo que me lembro, peguei você com mais força do que pretendia, tipo assim... – pressionou-me ainda mais contra seu corpo, arrancando-me um grunhido – E minhas mãos deslizaram assim... – deslizou suas mãos lentamente por meu quadril, deixando-me arrepiada.

_ Ya, idiota... Aqui não é lugar pra isso, você... – suspirei – Ya... Kiseop, para! – era difícil me manter sã.

   Minha reação só fez com que ele risse alto, todo convencido de que estava me enlouquecendo. Certo, ele estava, mas porque o idiota sentia tanto prazer em me provocar?

_ Kiseop, obrigada! – sorri, abraçando-o com demasiada força. – Nunca fiz questão de comemorar aniversários, mas graças a você esse dia está marcado em minha vida, como um dos melhores... Hoje, desde a hora em que acordei, foi um dia inesquecível... – corei, lembrando-me do que havia acontecido a tarde – Obrigada!

_ De nada meu amor, fico feliz que tenha gostado... Pra mim, tudo valeu a pena, e eu espero que essa aliança só saia do seu dedo, quando eu a substituir por uma outra... – tomou meus lábios carinhosamente, provocando Kevin, Key e AJ a gritar em coro perto de nós. – Feliz aniversário, mestiça. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, essa surpresa do Nyah realmente abalou a todos, mas espero mesmo que vocês apareçam aqui pra ler. Desde o início do ano, na primeira temporada, recebi carinhos por reviews que jamais imaginei que receberia, até hoje, ganhei muitas leitoras, mas tambem, perdi muitas de vocês, talvez por não seguir com uma história tão interessante, dependendo do ponto de vista... Sei tambem que muitas de vocês lêem a fic e ficam como anônimo... Sinceramente, reviews não são meu principal objetivo, principalmente agora que a categoria logo será extinta, mas as vezes um simples review da uma força que vocês nem imaginam... Não precisam comentar em todos os capítulos, se não acharem necessário, mas as vezes seria bom me deixar de saber da existência de vocês, e me deixarem ver por quantas pessoas estou continuando a escrever a fic, mesmo com tantos contratempos e enfim... Obrigada a todas vocês por tudo, de coração!
PS: agora estou desempregada, escreverei cada vez mais para terminar a fic até o fim do ano, mas espero ver vocês por aqui, por favor ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "OTAMV 2: A Prima" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.