OTAMV 2: A Prima escrita por Azzula


Capítulo 22
Alimentos que me lembram... -FUU


Notas iniciais do capítulo

Não me matem, ok? Demorei, mas não pretendo mais fazer isso (ava) explico tudo nas notas finais (: Boa leitura pra vocês, meus amores, e espero do fundo do coração que gostem! ♥



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   Faz muito tempo desde a ultima vez que cursei este caminho, até a casa de JunHyung. Espantou-me o fato de ainda me lembrar sobre qual rua virar, o bloco, o andar e o número do apartamento.

   E mesmo completamente insegura sobre ter tomado a decisão certa, lá estava eu, tamborilando os dedos no espelho do elevador com um frio imenso na barriga. Sentia o chão ligeiramente sumindo só de pensar em vê-lo, depois de tanto tempo e uma partida nada convencional.

   Quando o elevador parou no andar desejado e as portas se abriram lentamente, eu me perguntei sobre o que havia ido fazer ali. Engoli a seco, seguindo pelo corredor com um frio imenso na barriga. Trilhava passos exageradamente lentos até o ultimo apartamento e quando parei em frente à porta, ensaiei mentalmente algumas coisa para começar dizendo.

_ Vamos, você consegue! – encorajei-me.

   Certo, eu poderia muito bem ter ligado e combinado um lugar melhor para vê-lo, mas se o fizesse, isso daria a JunHyung a vantagem de pensar sobre o que dizer. Eu nunca tinha chance contra os argumentos dele, e não que pega-lo de surpresa fosse adiantar, mas na minha cabeça pelo menos, adiantaria. Mordi o inferior labial ameaçando dar a meia volta, mas em um impulso dei três toques suaves e audíveis, esperando com uma insegurança ainda maior.

_ Inspira... Respira... – murmurava, tentando relaxar.

   Posso dizer que paralisei por completo quando ouvi os passos aproximando-se, e a voz mais deliciosa do mundo perguntou “Quem é?”. Claro que não consegui responder. Era responder e desmaiar em seguida, ou ficar calada e apenas continuar respirando. E ao abrir a porta, sua reação pareceu pior que a minha. Entreabriu os lábios surpreso, pendendo os braços ao longo do corpo e deixando o chaveiro balbuciar ainda na maçaneta. Ameaçava dizer qualquer coisa, mas sempre que o fazia, seus olhos piscavam incontáveis vezes e ele balançava a cabeça, reprovando-se.

_ Oi. – eu disse finalmente, brincando com a alça da mochila completamente rubra, como se não conhecesse bem JunHyung. Meus olhos deixaram de focar os pés alheios, erguendo-se até que estivessem presos aos olhos dele.

_ Você. – esboçou um sorriso tímido no canto dos lábios, os olhos cansados, seguido de um suspiro. – É bom te ver.

_ É bom te ver também. – sorri um pouco mais familiarizada com a situação.

_ Entra... – abriu mais a porta, dando espaço para que eu entrasse e a fechou assim que eu entrei. – Desculpe a bagunça! Os meninos saíram, Yoseob está dormindo e eu não esperava receber alguém...

_ Falando assim, parece até que você não me conhece! Acha mesmo que eu estou ligando pra isso? – abri um sorriso ainda maior, deixando a mochila sobre o balcão enquanto acomodava-me para sentar na bancada.

   Ele apenas sorriu conformado, aproximando-se do balcão e pousando seus cotovelos no mesmo, encarou-me por uns segundos e voltou a balançar a cabeça, provavelmente reprovando algum pensamento.

   O silêncio um tanto incômodo nos rondava, eu fitava o chão amadeirado balançando as pernas no ar, enquanto ele contemplava o qualquer coisa na sala, não muito longe dali. Não tão longe quanto nossos pensamentos estavam, pelo menos.

_ Porque veio? – perguntou baixo, ainda sem me encarar, e sem nenhum sorriso.

_ Queria ver com meus próprios olhos se está bem... – disse encarando seu rosto.

_ Agora você se preocupa? – encarou-me desta vez, arqueando a sobrancelha. Eu mereci ouvir isso.

_ Eu vim me desculpar também... – engoli a seco, sentindo o coração apertado por tê-lo feito sofrer.

_ Não precisa se desculpar! – revirou os olhos – Você se desculpa demais, sabia? – silêncio – Pra falar a verdade, nem sei porque quero que se preocupe comigo! – suspirou – Você devia seguir com a sua vida, e não se importar comigo! Só... Seja feliz. – sentou-se também, tamborilando os dedos no balcão.

_ Acho que não foi uma boa idéia ter vindo. – lamentei. – É que... Como é que eu posso ser feliz, se eu me sinto tão culpada por fazer você sofrer?

_ Tsc... – franziu o cenho debochado – Quem disse que eu estou sofrendo? – riu.

_ Olha pra mim! – após pedir, ele seguiu relutante por alguns segundos até que encarou a fundo meus olhos. – Eu conheço você! Sei quem você é! Só não sofra sozinho, por favor... Eu tenho culpa disso, então abuse de mim, o que você pedir eu farei! Sou uma idiota, faço tudo errado, devia ter dado muito mais valor no seu amor, mas não sei como é que as coisas chegaram onde estão! Eu simplesmente não notei meus sentimentos mudando, não sabe o quanto eu me odeio por isso... – quando me dei conta, segurava em sua mão com mais força do que pretendia.

_ Você voltou do Brasil ainda mais linda... – suspirei. Jun segurou em minha mão suavemente, seus olhos cansados me dizendo muitas coisas. – Não tem culpa de nada... Ninguém tem! O que você teria feito se tivesse percebido seus sentimentos mudando? Teria lutado contra eles? Teria feito isso com você e com ele?

_ Eu não sei o que eu faria... – disse – Estive pensando na possibilidade de meus sentimentos terem mudado antes mesmo de conhecer você, como eu cheguei a conhecer... – corei – Se foi isso o que aconteceu, eu devia ter percebido, e evitado ter vivido tantas coisas com você...

_ Já eu, agradeço por ter vivido tantas coisas com você. – sorriu sem jeito – Antes de você aparecer, me sentia tão anormal por não sentir meu coração batendo forte por alguém... Daí você entrou chorando em uma quadra de esportes, e de primeira meu coração saltou, mas não porque eu havia me apaixonado, mas porque eu me assustei... – rimos – O que eu venho sentindo por você foi surgindo aos poucos, com o meu total conhecimento... Eu não me arrependo um segundo sequer de amar você, mesmo não me amando de volta, ou do mesmo tanto...

   O que eu poderia dizer diante disso? Parecia que a cada coisa que eu falava, era uma abertura pra ele me deixar ainda mais encurralada. Droga, Chiao Ana burra e estúpida...

Abaixei a cabeça pensativa, o tempo não havia passado tanto com relação ao tanto que havíamos mudado. Todos, tornaram-se tão diferentes do que costumavam ser, e esse JunHyung a minha frente não era diferente. Parecia amargurado, além de triste.

_ Não faça essa cara, ok? – bagunçou meus cabelos – Preciso de você sorrindo! – forçou outro sorriso.

_ É pedir muito, pedir pra você sorrir também? Eu preciso disso, pra me sentir bem comigo, e pra voltar a encará-lo sem vergonha...

_ Eu vou melhorar! Eu prometo... Não esqueci que prometi que seriamos amigos, eu preciso ter pelo menos sua amizade, você ainda pode? – e como se eu precisasse responder a uma pergunta daquelas, encarei em seus olhos luminosos e afirmei com a cabeça, deixando os braços penderem sobre o corpo sem saber muito o que dizer.

   Fiquei ali cerca de mais uma hora, assistimos ao final de um filme na televisão e eu esperei até que Yoseob acordasse para poder ir embora. Voltava para casa perdida em pensamentos, maquinando sobre o que Jun havia se tornado, que tipo de homem ele seria daqui pra frente. “Ele vai poder sorrir algum dia, com sinceridade?” – perguntava a mim mesma várias vezes, incapaz de saber a resposta.

   Eu parecia ter causado muitas dores a ele, à quem eu tanto amava. É triste isso, de amar uma pessoa e sem querer acabar machucando assim. As coisas sempre partiam de um rumo contrario com relação a ele, nada foi pelo caminho que eu planejei. Tudo, simplesmente tudo o que aconteceu em minha vida a partir do momento que comecei a namorá-lo, serviu para nos afastar, e eu fui fraca e idiota por não lutar contra esse mal. Ou sequer ver que esse mal estava nos rondando.

   Enfim cheguei em casa, ainda de uniforme e mochila pesada nas costas. Deixei os sapatos no tapete de entrada e estranhei o silêncio... Hyori estava na escola, mas Kiseop devia estar em casa, assistindo televisão como sempre costumava fazer àquela hora.

_ Será que foi treinar? – perguntei a mim mesma.

   Desviei contra minha vontade da cozinha, seguindo até meu quarto cheia de fome. Antes de qualquer coisa, precisava tirar o uniforme, lavar as mãos e ver se por um acaso, Kiseop não estaria dormindo, babando mo colchão.

_ Kiseop? – perguntei no corredor. Nada. Entrei em meu quarto, livrando-me da roupa e trocando por uma mais confortável. Uma camiseta surrada e um short curto, aproveitando o calor.

   Deixei meu quarto, seguindo para o do Senhor Cabeção, quando da porta pude ouvir um ruivo.

_ Kiseop? – repedi, batendo suavemente na porta. Nada. Ele estava em casa, com certeza estava!

   Abri a porta cuidadosamente, enfiando a cabeça pela fresta e procurando-o com os olhos por algum canto. Ele estava lá, sentado em frente ao computador com os fones de ouvido, provavelmente sem camisa, pois eu podia ver seus ombros nus por detrás do encosto da cadeira.

   Aproximava-me em passos lentos, queria assusta-lo! Percorri cuidadosamente pelo cômodo, aproximando-me cada vez mais e parei bruscamente ao ouvir um grunhido. Que diabos ele estava vendo ali?

   “OMO! OMO OMO OMO OOOOOOOOMMMMOOOO” – morri.

   Kiseop estava gemendo. Não consegui conter minha curiosidade, é lógico que eu sabia o que ele estava fazendo, porra! Mas eu estava tão em choque que não conseguia parar de andar em sua direção, vendo-o inclinar a cabeça para trás e deixar um longo gemido escapar por sua boca. OMO OMO! “Respire... O que você ainda faz aqui Chiao Ana?” – ordenava-me a sair, mas não obedecia.

   Conforme me aproximei, pude ver o monitor do computador, e claro que boa coisa não era. Tenho certeza de que corei só por ver o que ele estava assistindo, e porque ele tinha que se masturbar tão lentamente? “OMO!” Cobri os olhos, contraindo cada músculo do meu corpo quando o ouvi gemendo mais uma vez após dizer o meu nome, trilhando os mesmos passos silenciosos de volta, certificando-me de não causar nenhum barulho ao fechar a porta.

   No corredor tive um colapso. O meu nome? OMO, ele disse o meu nome...

   Segui imediatamente para a cozinha, tentando com todas as forças esquecer a cena de segundos atrás. Apoiei minhas mãos no mármore da mia, lavando-as na água gelada em seguida, e paralisei, perdida em pensamentos estranhos. Não foi uma boa idéia ter visto isso, não desse jeito, tão “vulnerável”. Apesar de estranho, sentia todos os pelos do meu corpo arrepiados, e isso acabou arrancando-me um suspiro.

   E a sensação só piorou, assim que senti braços contornando minha cintura e um beijo em minha nuca, que me fez pular de susto.

_ Aish... – disse assustada – Me assustou! – me virei rapidamente, totalmente arisca.

_ Me desculpe! – riu, provavelmente da minha cara – Eu falei com você, e você não respondeu... Está tudo bem? – seus olhos estudando os meus, enquanto eu sentia... aish... enquanto eu sentia ‘aquilo’ prestes a furar uma de minhas pernas.

_ S-s-s-sim. – nada convincente – Estou bem, mesmo! – empurrei-o gentilmente, seguindo até a geladeira.

   Enquanto isso ele seguiu até o balcão, sentando-se em uma das bancadas apenas me guiando com os olhos. Capturei o jarro de água, enchendo um copo com o líquido e encostando-me novamente no mármore da pia, desta vez, de frente para ele. Eu apenas bebia o mais rápido que podia, encarando-o e rapidamente encarando o chão, muito nervosa com a situação.

_ Você não parece bem... O que você tem? – perguntou confuso.

_ Hm? NADA... – acabei gritando sem querer – Nada... – suspirei.

_ Não parece ser ‘nada’... – disse rindo.

_ Só estou com fome... – menti, bebendo mais um pouco de água.

_ Tem banana! – e como se eu já não estivesse ferrada o bastante, acabei por engasgar e babar a água na minha roupa, tossindo descontrolada deixando o copo sobre a pia antes que ele caísse de minhas mãos. – Omo, o que foi isso? Você está bem? – perguntou aproximando-se. Suas mãos apoiaram-se em minhas costas enquanto eu me curvava para frente, de frente para o...

_ AISH... – afastei-me tensa. “O que está havendo com você, hm?” – pensei irritada. Precisava me controlar. Aos poucos fui controlando minha respiração, e ele afastou-se alguns passos, totalmente confuso com a situação.

_ Eu hein... – bufou – Tudo isso é fome mesmo? – franziu o cenho. – Aconteceu alguma coisa lá? – perguntou desconfiado. Sabia que eu havia ido até JunHyung.

_ N-não, não aconteceu n-nada! Só estou com fome mesmo...

_ Tem...

_ EU... SEI... QUE TEM BANANA – disse pausadamente descontrolada, o que acontece comigo?

_ Eu ia dizer sopa...

_ Ah... – engoli a seco – Sopa...

_ Sopa de nabo, está boa!

_ Nabo... – repeti hipnotizada, apenas me lembrando da cena.

_ Mas se quiser tem rammen, e aquele negócio com pepino que omma fez... – disse atencioso.

_ Pepino... – arrepiei.

_ Você não está bem! Olhe só pra você...

_ Cenoura... Oi? – encarei-o.

_ Tsc... Enlouqueceu por acaso?

_ N-não... – disse seguindo até a fruteira. – Acho que vou ficar com a banana mesmo... – disse descascando-a. – Com essa... Não a sua...

_ Que?

_ N-não... Nada! – Ana idiota.

_ Por acaso está bêbada? – perguntou mordendo os lábios de um jeito tão...

_ A-acho que sim, quer dizer... Não! Acho que vou deitar... – disse passando por ele, tentando seguir para meu quarto.

_ Ei... – segurou em meu braço. – Bem que a gente podia dormir junto, o que você acha? – puxou-me para si, soprando minha franja dos olhos. – Estou com saudade... – aproximava-se cada vez mais enquanto eu tentava me esquivar, mas acabou por selar nossos lábios tranquilamente, mordiscando meu inferior. Droga de arrepio maldito. – Podíamos nos livrar dessa sua camiseta molhada e

_ A-aah... A-aish – o toque de suas mãos seriam absurdamente irresistíveis se um pouco antes eu não o tivesse visto ordenando a cobra.

_ Que foi? – encarou-me confuso, com aquele rostinho quase inocente.

_ Q-quero não... – suspirei nervosa, enquanto me livrava sutilmente de suas mãos, já em minha cintura.

_ “Quero não”? – debochou – Tsc, o que você tem? Estou falando sério! Está estranha...

_ Nada, aish, eu j-já disse... – afastei-me mais sem que ele notasse – Vou... filme ver... – gesticulava com as mãos completamente desordenada, louca.

   Ele apenas encarava-me incrédulo enquanto eu seguia para a sala o mais rápido que pude, deite-me largada sobre o sofá, ocupando todo o espaço já premeditando que ele poderia tentar sentar ali.

_ Ya, me dê um espaço! – disse empurrando minhas pernas.

_ Eu quero ficar aqui, deitada... – voltei as pernas para o estofado.

_ Aish... Deita no meu colo, sei lá... – parou em frente a televisão.

_ Kiseop, senta em outro sofá, nossa... – eu estava sim o evitando. Nesse momento, meus hormônios estavam tão aflorados que eu o agarraria sem pensar, mas precisava me controlar. Eu já havia cedido uma vez, não podia ceder de novo sem ter pelo menos uma garantia de que o que tínhamos era sério. Kiseop, até onde se sabia, era apenas meu “irmão”. Foi totalmente contra meus princípios ter me entregado assim, sem nenhum compromisso. Eu me deixei levar da primeira vez, e não me arrependo nem um pouco, mas precisava me controlar.

   E em uma tentativa de me enlouquecer de raiva, ele sentou em cima de minhas pernas, encostando-se no encosto do móvel e cruzando os braços em seguida, encarando a TV.

_ YA! Aish... KISEOP... AISH – debatia minhas pernas, mas era impossível contra seu peso – Vai me machucar assim! – disse, sentindo meus joelhos sendo esmagados.

   Aproveitando do meu estado vulnerável, ele encarou-me como quem acabara de ter uma idéia idiota, ameaçou levantar-se de cima de mim mas quando eu estava prestes a suspirar pelo alívio, ele sentou-se novamente, desta vez com as pernas em volta de minha cintura. E lá estávamos nós; Suas coxas envolta de meu tronco enquanto suas mãos passaram a prensar as minhas no braço do sofá. Que coisa era aquela me cutucando no OMO OMO NÃO POR FAVOR PRECISO SER FORTE!

_ E agora, o que vai fazer? – disse um tanto ofegante, por ter se movido tão rápido, não tirava um sorriso cínico dos lábios, idiota... Eu bem sei o que você estava fazendo naquele quarto! – Posso te beijar agora?

   Que tipo de pergunta foi essa? Ele aproximava-se cada vez mais, descendo seu corpo até que seu rosto estivesse a centímetros do meu.

_ Se eu disser que não, do que vai adiantar? – disse contrariada, controlando até minha respiração para não acabar gemendo sem querer.

_ Você quer dizer que não? – disse, a ponta de seu nariz colada na ponta do meu, sua respiração calma causando-me arrepios enquanto suas mãos desciam por meus braços antes esticados para cima. O toque de seus dedos tirando parte do meu controle, enquanto escorregavam por minhas axilas e, audaciosos, pousaram em meus seios.

   AI QUE ISSO.

_ O que vo – estava até sem fôlego para dizer qualquer coisa, quando ele calou-me com um beijo. Sem demorar muito, sua língua foi adentrando em minha cavidade, arrancando-me suspiros involuntários enquanto suas mãos apalpavam-me em diversos lugares. Permaneci inócua, odiando-me por cogitar em ceder mais uma vez. Lógico que eu faria, como ceder?

_ Aqui não. – murmurei entre o beijo, recebendo um enorme sorriso de satisfação. Como ele era competitivo... Sorria feito uma criança sempre que eu acabava cedendo à suas vontades.

   Rapidamente levantou-se, livrando-me de seu peso e me puxou pelos braços. Agarrou minha cintura e me cobriu de beijos enquanto me guiava pela casa. Passamos pelo corredor em passos incertos e nos beijamos um pouco ali, até que – totalmente afobado – ele abriu bruscamente a porta de meu quarto, fechando-a logo que entramos com uma forte batida.

   A poucos centímetros da cama afastou-se de mim, desfazendo-se de sua camiseta velha e voltou a me beijar. Porque diabos aquele corpo tinha que ser tão perfeito? A pele tão quente, os braços fortes e seguros... Porque eu suspirava tão pesadamente ao me lembrar de cada detalhe de Kiseop? Descontrole estúpido.

   Despertou-me de minha hipnose assim que apertou minhas nádegas com força, fazendo-me pular assustada e rir em seguida. Soquei seu braço enquanto ele ria próximo ao meu pescoço, puxando-me ainda mais para si de propósito, para que eu sentisse sua ereção. “Aish”.

   Nos deitamos na cama aos poucos. Kiseop livrava-se de meu short, jogando-o ao lado da cama enquanto tinha seus olhos colados aos meus. Beijou-me novamente, suas mãos ardilosas invadindo minha camiseta e tocando minhas costas ferventes, brincando com o fecho de minha lingerie. Agarrei em seus cabelos, puxando-os suavemente, sentindo um frio horrível na barriga por não ser nem um pouco experiente no que estaria prestes a fazer. Mordi seus lábios enquanto ele debruçava seu corpo sobre o meu, acariciando-me e me arrancando grunhidos só com seus toques precisos.

_ Eu te amo. – disse, parando alguns segundos para encarar em meus olhos. – Sei que você ainda não se sente pronta, mas eu preciso de você agora. Estou prestes a ficar louco, e essa sensação só piora quando você está por perto, como agora... – beijou-me o pescoço, e eu gemi, contraindo-me em seguida por tê-lo feito, e por sentir suas mãos percorrendo minha virilha.

_ E-eu também te amo. – precisei dizer, na tentativa de mostrar que ele não estava me forçando a nada. Pelo menos, não conscientemente.

   Seus beijos desciam por meu pescoço e clavícula, onde ele distribuía chupões e mordidas intercalados. Sua destra invadindo o tecido fino de minha calcinha enquanto a outra acariciava minha barriga por debaixo da camiseta.

   Foi impossível não gemer e contrair cada músculo assim que senti seu dígito tocando em meu ponto sensível. Ele estava apenas suscitando-me, roubando ofegos enquanto eu me contraia em silêncio. Calou-me com um beijo assim que ameacei gemer um pouco mais alto. Minhas mãos acariciando seu corpo, inclusive seu membro totalmente desperto por debaixo da bermuda.

   Quem estava prestes a enlouquecer era eu, pois mesmo tendo inserido outro dígito, eu não sentia nada além de puro prazer. Nenhum vestígio de dor, apenas uma sensação desconhecida que foi sumindo aos poucos, dando lugar ao que me arrancava gemidos de satisfação. E embora não estivesse recebendo nada em troca, Kiseop também estava ofegante, roçando seu pênis em minha coxa, mantendo nossas bocas ocupadas.

   Eu o queria, talvez muito mais do que ele queria a mim. E tomada por tal descontrole, me desfiz de seus toques lentamente, parte de meu corpo me odiando por isso. Não precisei dizer nada, ele apenas dentou-se, segurando em minha cintura enquanto desfrutava de seus lábios. Suas mãos ainda acariciando minhas costas, enquanto eu desci os beijos até seu pescoço, meus dedos já suscitando seu membro por cima do tecido.

   Ele grunhiu agoniado pelo anseio, assim que mordi seu pescoço com mais força do que pretendia, abrindo o botão de sua bermuda, passando a selar beijos em seu tórax, e descendo cada vez mais. Kiseop arqueou a cabeça para trás, soltando um gemido assim que notou o que eu estava prestes a fazer. Eu não fazia idéia de onde havia tirado coragem para fazer aquilo, mas eu queria. Queria muito.

   Lembrar-me de Kiseop se masturbando em frente ao computador deixava-me totalmente excitada, e eu me senti mais encorajada assim que seus dedos entrelaçaram-se em minhas madeixas, afagando-as com certa força quando eu estava prestes a tocar o cós de sua boxer branca.

   Ajoelhei-me sobre o acolchoado, livrando-me de sua bermuda e sorri completamente constrangida, tendo os olhos alheios tão fixos e concentrados em meus movimentos. Kiseop parecia outra pessoa, agia como um homem e era assim que eu o estava vendo. Levei as palmas de minhas mãos até seu tronco e ele segurou em minha cintura; mordi os lábios em uma tentativa falha de provocá-lo, e voltei ao que estava fazendo.

   Mas antes, eu precisava provocá-lo. Primeiramente, seria uma forma de adiar o que eu queria fazer, mas não tinha idéia de como; E depois, queria torturá-lo com aquilo, ver qual sua reação. Então comecei a beijar próximo a sua virilha, por cima do tecido claro; selei centenas de beijos lentamente por toda a região, beijando também seu membro, que podia sentir pulsando. Eu amava cada pedaço daquele corpo, cada mínimo detalhe.

   Mordi o cós de sua roupa íntima, preparando-me para tirá-la quanto, talvez, como um ultimo apelo para manter meu bom senso, senti meu coração saltar pelo nariz assim que ouvimos um “CHEGUEI!”.

_ Não, não, não! Não pode ser, m-mas que isso? Quem faz isso, por quê? – disse irritado, afundando a cabeça no travesseiro enquanto eu estava apavorada.

_ OMO! – olhei envolta rapidamente, maquinando sobre quem poderia ser, omma ou Hyori.

   “NÃO TEM NINGUEM? FILHO...” – omma!

_ Kiseop, sai! – cochichei em desespero.

   Em fração de segundos, eu já havia saído de cima dele e andava de um lado pro outro, totalmente apavorada e frenética enquanto ele ameaçava rir da situação.

_ Não pense em rir! – cochichei – Sai daqui agora! – disse pegando sua camiseta no chão e dando a ele, enquanto ele se sentava preguiçoso. – AN... Anda Kiseop, por favor! – cochichei.

_ Você é louca? Eu vou sair assim e ela vai me ver indo pro meu quarto do corredor, quem te garante que ela não esta vindo pra cá? E se ela me vir assim, o que acha que ela vai pensar?

_ Aish... – andava de um lado para o outro afobada, coçando a cabeça. – Então se esconde! Vai Kiseop pelo amor do senhor, colabora!

_ É difícil pensar assim, sabia? Você estava prestes a... Ai de repente... Ai eu fico... Sabe como é?

_ Sei não – disse empurrando-o em direção ao guarda roupa.

_ Aish, que? Ta achando que eu vou entrar ai? Por acaso sou seu amante?

_ Puta que pariu, quer se esconder onde então? – cochichei irritada – Quer se fingir de abajur por acaso, imbecil? – meu coração estava a mil. – Embaixo da cama! – emburrei-o novamente, em direção à cama.

_ Aish ma...

_ Cacete se esconde ai e cala boca! – sim, eu estava “cagando” de medo de ser pega com a boca na botija, ou na sucuri, como preferirem...

    “ANA? KISEOP?” – ouvíamos a voz cada vez mais próxima, calculei que omma devia estar entrando no corredor. 

_ Vai, vai, vai! – disse dando dezenas de pulos inquietos no mesmo lugar, enquanto ele se escondia sem um pingo de vontade, lento e preguiçoso. – Caramba Kiseop, você quer que ela nos pegue assim, né? – perguntei impaciente e contrariada, custava ele colaborar?

_ Ah, saco... Quer que eu faça o que? Estou me escondendo patroa, estou me escondendo... – enfiava-se por debaixo da cama como uma cobra, queria rir, mas estava apavorada demais para isso.

_ É apertado ai? – perguntei subindo na cama, me deitando, arrumando os cabelos bagunçados e me cobrindo.

_ O que você acha? – perguntou seco.

   Fechei os olhos assim que ouvi omma tocando na maçaneta, meu coração disparado, prestes a sair pela boca ou por qualquer outro lugar. Estava ligeiramente tremula, com um frio horrível na barriga quando ela entrou no quarto silenciosa, e eu fingi estar acordando.

_ Omma... – disse baixo. Pelo menos em atuar eu era boa... Quer dizer, um pouco boa.

_ Ô querida, te acordei? – perguntou carinhosa, sentando-se na beirada da cama.

_ Não. – disse baixo, semelhando a alguém que tivesse acabado de acordar.

_ Porque está coberta nesse calor? – perguntou imediatamente levando as mãos até minha testa – Você está suando, sente-se bem?

   “Não omma, eu acho que vou desmaiar de susto a qualquer segundo, então por favor, me perdoe por fazer esse tipo de coisa em sua casa antes que eu morra de vergonha” – pensei.

_ Sim, só estava cansada. – menti.

_ Almoçou? – perguntou.

_ Comi uma banana, apenas – e estava prestes a comer a segunda.

_ Isso não é alimentação que se faça depois de uma manhã inteira de estudos... – disse séria – Vou fazer algum almoço... JaeSoon não vem hoje, está em uma reunião e eu consegui escapar... Hyori está na escola, Kiseop está...? É, onde ele está? – perguntou curiosa.

_ Não sei omma, cheguei e ele estava em seu quarto, comi a banana e vim pra cá. – a cara mais lavada de uma mentirosa.

_ Vou ver se ele está no quarto, qualquer coisa eu ligo... – sorriu. – Bem, continue dormindo, ou venha me ajudar se quiser... Mas por favor, tire essa coberta! Está me dando agonia... – levantou-se, seguindo para a porta.

_ Ok... Vou só tomar um banho, e já vou ajudá-la... – respondi me sentando sobre a cama.

_ Certo querida... Vou encostar aqui! – disse com as mãos na maçaneta, fechando a porta após um sorriso.

   Revirei os olhos de alívio, deixando escapar um aish. Relaxei os ombros, mas antes que pudesse dirigir a palavra à Kiseop, a porta se abre, e omma está por trás dela com uma expressão confusa.

_ Ah... – disse ameaçando sorrir – Kiseop, consigo ver seus pés daqui! – gargalhou. – E a sua bermuda, não devia estar jogada aos pés da poltrona! – estava vermelha por tanto rir, enquanto eu continuava desacreditada. – DANADINHOS, PEGUEI VOCÊS... ME DESCULPEEEEEEM... – gritou fechando a porta em seguida.

   “-FUU”


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Notas finais do capítulo

NÃO ME MATEM, SÉRIO! .~~. KEKEKEKEKE~
Bem, depois de um tempo, vim com esse comeback super fajuto, afim de dar uma animada nos ânimos que andavam caídos... Espero ter conseguido, ando bem sem criatividade pra coisas engraçadas porque estão acontecendo algumas coisas, e enfim...
O que eu tenho de importante pra dizer é: Bem, eu realmente detesto demorar tanto pra postar! Acho que toda essa demora é devido a quantidade de palavras de cada cap... Acho que da pra notar que eu sempre falo sobre mais que um assunto em cada cap, o que o deixa extenso e demorado pra ser escrito... Queria saber, o que vocês acham de eu passar a postar capítulos mais curtos (?) De inicio sei que não parece muito bom, mas se eu passar a escrever capítulos menores, (cerca de 2.000 e poucas palavras) vou poder postar mais de três vezes por semana, falando sobre assuntos diferentes... Sem colocar tantos plotes em um mesmo capítulo. Eu já estou quase decidida a fazer isso, pois quero que essa fic tenha mais desempenho do que tem tido (falo com relação a mim, ok? vocês são perfeitas ♥) mas não queria deixar de comunicar/perguntar... Vocês vão me odiar muito se eu reduzir o tanto de palavras, afim de postar mais caps por semana? hm Enfim, obrigada por acompanharem mesmo quando eu demoro pra caramba pra postar, vocês são incríveis :



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